terça-feira, 19 de abril de 2011

PLANETA X - 2012

2012: Não haverá Planeta X


Não haverá Planeta X!
Não haverá Planeta X!
Tendo em vista os diversos alertas e notícias falsas sobre tragédias a ocorrer no ano de 2012  alegando o  suposto ‘fim do calendário Maia‘, estamos postando uma série de artigos para desmistificar esses cenários apocalípticos impossíveis. Esse é o terceiro artigo que fala sobre o suposto Planeta X que supostamente se aproximará perigosamente da Terra em 2012 e provocará o ‘fim do mundo.
2012: No Planet X (2012: Não haverá Planeta X)
Tradução do artigo escrito por Ian O’Neill na Universe Today em 25 de maio de 2008

Aparentemente, o Planeta X (também conhecido como Nibiru) foi observado pelos astrônomos no princípio dos anos 80, nos confins mais remotos do Sistema Solar. O tal planeta tem sido seguido por observatórios infravermelhos, foi visto rondando pelo Cinturão de Kuiper e agora acelerando justamente em nossa direção e entrará no Sistema Solar interior em 2012. Então, o que isso quer dizer para nós? Bem, os efeitos de aproximação do Planeta X sobre nosso planeta serão bíblicos e mais ainda, esses efeitos estão sendo sentidos desde agora. 

Milhões, ou até mesmo bilhões de pessoas morrerão, o aquecimento global vai aumentar, terremotos, saques, fome, guerras, colapso social, incluindo explosões solares assassinas, todas essas desgraças serão causadas por Nibiru quando ele passar através do núcleo do Sistema Solar. Tudo isto irá ocorrer em 2012, e devemos começar a nos preparar para nossa extinção desde já…

Como já se investigou em artigo anterior, “2012: Não Haverá o ‘fim do mundo’“, tem-se dado grande importância para o suposto evento chamado “o final do calendário Maia de Contagem Longa“. De acordo com este calendário e mitos Maias, algo ocorrerá em 21 de dezembro de 2012. Agora, os apocalípticos que apóiam o Planeta X parecem ter calculado que seu hipotético e letal planeta viajará em uma excêntrica órbita para causar um caos gravitacional na Terra, causando danos ambientais, econômicos, geológicos e sociais e matando a uma grande parte da vida terrestre… e tudo isso tem data marcada: 2012.

Sinto muito, mas os “fatos” que estão por trás do mito do Planeta X/Nibiru simplesmente não têm o menor sentido. Então não se preocupe, o Planeta X não baterá em nossa porta em 2012.
Explicarei a seguir as razões…

Netuno

Nibiru e o Planeta X

Em 1843, John Couch Adams (um matemático e astrônomo britânico) estudou as perturbações orbitais de Urano e deduziu através das interações gravitacionais que deveria existir um oitavo planeta após Urano, perturbando sua órbita. Isto levou a descoberta de Netuno, orbitando a uma distância de 30 UA do Sol. Tem havido diversas ocasiões nas quais este método tem sido usado para deduzir a existência de outros corpos no Sistema Solar antes que fossem vistos de forma direta através de telescópios.

Netuno, por sua vez, também experimentava perturbações orbitais, mas com a descoberta de Plutão em 1930, pensou-se que o bem denominado “Planeta X” havia sido finalmente descoberto. Desgraçadamente, a massa de Plutão era diminuta e quando se analisou a órbita de Caronte (lua de Plutão), verificou-se que a massa do sistema Plutão-Caronte era demasiada pequena para afetar consistentemente a órbita de Netuno. A busca do Planeta X prosseguiu…

Depois de anos de especulação e pesquisa histórica, acreditava-se que um grande objeto alvo da busca contínua dos astrônomos era um grande planeta ou uma pequena estrela, possivelmente uma estrela companheira do nosso Sol (tornando assim o Sistema Solar um sistema binário). O nome “Nibiru” foi desenterrado pelo autor Zecharia Sitchin, na suposição da possível intervenção de extraterrestres nos inícios da história da humanidade. Nibiru é um hipotético planeta procedente da cultura suméria (os sumérios existiram ao redor de 6.000 a.C até 3.000 a.C, antecessores dos babilônios, que viveram onde atualmente se situa o Iraque). 

Há pobres evidências arqueológicas a sugerir que este mítico planeta tem algo que ver com o Planeta X. Mas dada esta duvidosa conexão, agora os profetas do apocalipse pensam que o Planeta X e Nibiru são a mesma coisa, um antigo corpo astronômico que agora vai retornar depois de uma longa órbita nos confins de nosso Sistema Solar.

OK, se então a conexão Nibiru/Planeta X pode ser questionável, existe por outro lado alguma evidência sólida sobre a presença de algum possível candidato a Planeta X moderno?

Planeta X Nancy20

Observações infravermelhas = Planeta X ?

Há muita ênfase na “alegada descoberta” em 1983 que destaca um misterioso corpo celeste detectado pelo “Infrared Astronomical Satellite” da NASA (IRAS) nos confins do Sistema Solar, a aproximadamente 540 UA de distância do Sol. Naturalmente, na ocasião, as mídias de comunicação de todo o mundo ficaram entusiasmadas por tal descoberta e começaram a gerar rumores, espalhando que talvez esse objeto seja o procurado Planeta X (o artigo mais popular que defendeu essa tese foi o do Washington Post, publicado em 31 de dezembro de 1983 e intitulado “Descoberto um misterioso corpo celeste” – “Mystery Heavenly Body Discovered“). 

Na realidade, os astrônomos não estavam confiantes de que era realmente o misterioso corpo infravermelho (a pista está na palavra “misterioso”). Os informes originais das mídias postulavam que poderia ser um cometa de longo período, ou um planeta, ou uma galáxia jovem, ou uma proto-estrela (ou uma anã marrom). Tão logo que se mencionou a última possibilidade, tal rumor se converteu na “descoberta” de que o Planeta X era na realidade uma anã marrom que orbitava nos confins mais distantes do Sistema Solar.

“Tão misterioso é o objeto que os astrônomos não sabem se é um planeta, um cometa gigante, uma “proto-estrela” próxima que nunca teve calor suficiente para converter-se em estrela, uma galáxia distante tão jovem que ainda está em processo de formar suas primeiras estrelas ou uma galáxia envolta em pó que bloqueia a luz gerada por suas estrelas”. – Thomas O’Toole, Escritor associado ao Washington Post, 30 de dezembro de 1983 (conforme texto do site Planet X and Pole Shift).

Então, de onde obteve essa história o Washington Post? A história foi publicada em resposta ao artigo de pesquisa titulado Unidentified point sources in the IRAS minisurvey (“Fontes pontuais não-identificadas na pesquisa do IRAS” por Houck et al publicado em Astrophysical Journal Letters, 278:L63, 1984). O Dr. Gerry Neugebauer, co-investigador do projeto IRAS, foi entrevistado e afirmou categoricamente que o que IRAS viu não sugeria que houvesse um objeto aproximando-se da Terra.

Lendo esta interessante pesquisa, fiquei especialmente atraído pela conclusão do artigo científico:
“Um número de identificações candidatas tem sido consideradas, incluindo objetos extragalácticos e galácticos próximos ao Sistema Solar. Posteriores observações em infravermelho e outras faixas de freqüência de onda podem proporcionar informação adicional para apoiar alguma de estas conjeturas, ou talvez, estes objetos irão necessitar de interpretações completamente distintas”. – Houck et al, Astrophysical Journal Letters, 278:L63, 1984

Embora estas observações publicadas do IRAS terem mencionado vagamente objetos misteriosos, nessa ocasião não havia nenhuma indicação de que existisse um objeto (muito menos uma anã marrom) aproximando-se de nós. Mas os rumores já haviam começado a fluir. Quando se publicaram posteriores artigos em 1985 (“Unidentified IRAS sources – Ultrahigh-luminosity galaxies“, Houck et al., 1985) e 1987 (The IRAS View of the Extragalactic Sky, Soifer et o., 1987), já haviam bem poucos interessados em seus argumentos esclarecedores. De acordo com estas novas publicações, a maioria das observações do IRAS no artigo de 1984 eram na realidade jovens galáxias ultra-luminosas e uma delas era uma estrutura filamentosa conhecida como “cirrus infravermelho” flutuando no espaço intergaláctico. O IRAS, de fato, nunca observou nenhum corpo astronômico nos confins do Sistema Solar.

Perturbações orbitais = Planeta X?

Além da “descoberta de 1983″ da “anã marromPlaneta X, a afirmação de 1992 sobre o Planet X era algo assim: “Desvios inexplicáveis nas órbitas de Urano e Netuno apontam para um grande corpo fora do solar sistema solar com 4 e 8 vezes a massa da Terra, em uma órbita muito inclinada, há 11 bilhões de quilômetros do Sol”, – texto de uma fonte da NASA não citada no vídeo “Planet X Forecast and 2012 Survival Guide” (“Previsão e Guia de Sobrevivência para a vinda do Planeta X”).
O cinturão de Kuiper - Crédito©: Don Dixon (www.cosmographica.com)

O cinturão de Kuiper - Crédito©: Don Dixon (www.cosmographica.com)
Apoiando-se na descoberta de planetas usando as medidas de perturbação orbital, os defensores do Planeta X apontam para esse tal alegado anúncio da NASA em 1992. Nesse cenário foram apuradas medidas indiretas de um planeta a aproximadamente 11 bilhões de quilômetros da Terra. Desgraçadamente, não se encontrou a fonte original desta afirmação para se fazer a confrontação. A

única grande descoberta que a NASA anunciou sobre este tema em 1992 foi o descoberta do primeiro grande objeto trans-netuniano (TNO) denominado 1992 QB1 (os detalhes da descoberta deste objeto da classe cubewano estão detalhados aqui na transcrição original do anúncio). 1992 QB1 possui um diâmetro de 200 km e está confinado no Cinturão de Kuiper, uma zona de planetas anões (onde reside Plutão) e asteróides entre 30 UA e 55 UA, além da órbita de Netuno. Alguns destes corpos (exemplo: Plutão) cruzam eventualmente o caminho da órbita de Netuno e são por isso designados como TNO. Estes TNOs não proporcionam nenhuma ameaça contra a Terra (muito menos eles abandonarão o Cinturão de Kuiper para fazer-nos uma visita em 2012).
Desde então, qualquer perturbação orbital de Netuno tem sido associada a erros observacionais e não se têm observado quaisquer problemas com as apurações da órbita desse planeta desde então… pelo que parece não há nenhum objeto óbvio maior que qualquer dos que existem no Cinturão de Kuiper ali fora. Ainda assim, para manter uma mente aberta, vamos supor que poderiam até haver corpos por descobrir (isso poderia explicar por que há uma queda na concentração tão marcante dos objetos do Cinturão de Kuiper na “Falésia de Kuiper”), mas não há provas de que um corpo massivo está se aproximando desde a vizinhança do Cinturão de Kuiper.

Além disso a estranha anomalia da Pioneer a qual as sondas Pioneer e Voyager estão experimentando também não se pode atribuir ao Planeta X. Esta anomalia parece ser uma aceleração até o Sol, se houvesse um planeta massivo ali fora, este provocaria algum efeito gravitacional contrário…

Anã Marrom

4 a 8 massas terrestres = uma anã marrom!?!?

Tem que ser o Planeta X!

Provavelmente a inconsistência mais evidente na hipótese do Planeta X é a afirmação dos defensores do Planeta X de que o objeto de 1984 de IRAS e o corpo de 1992 são o mesmo. Como anunciado em diversas páginas da web e vídeos on-line sobre o Planeta X, a observação de 1984 de IRAS viu o Planeta X a 80 bilhões de quilômetros da Terra. O “alegado anúncio” da NASA de 1992 colocou o Planeta X a uns 11 bilhões de quilômetros da Terra. Portanto, seguindo a lógica, o Planeta X havia viajado 69 bilhões de quilômetros ao longo de apenas oito anos (de 1984 a 1992). 

Baseado então em alguns duvidosos cálculos matemáticos, o Planeta X é então esperado que alcance o centro do Sistema Solar em 2012 (embora muitos acreditassem que deveria haver chegado em 2003… obviamente estavam equivocados em sua previsão).

Bom, penso assim que nós estamos mordendo nossa língua agora. Para começar, para que o objeto de 1984 fosse exatamente o mesmo que o objeto de 1992, certamente estes corpos deveriam ter a mesma massa. Se o Planeta X era de fato uma anã marrom (como as observações do IRAS nos levou a supor), como é possível tal objeto pesar tão somente de 4 a 8 massas terrestres oito anos depois? As anãs marrons têm uma massa na faixa de 15-80 vezes a massa de Júpiter.

Dado que Júpiter tem aproximadamente 318 massas terrestres, o objeto que se dirige até nós deveria ter uma massa de entre 4.770 e 25.440 massas terrestres, não é? Dessa forma, vou ser taxativo aqui e concluir que os objetos de 1984 e de 1992 (se é que existiram alguma vez tais objetos) nunca poderiam ser os mesmos. A diferença de massas entre esses alegados objetos é abismal…

Se não há provas que apóiem o Planeta X, deve(?) então haver uma conspiração dos governos

Parece agora que é bem fácil alegar dúvidas sobre a pretensa teoria “científica” básica que está por trás do suposto Planeta X. Tampouco vejo razões para estender o assunto aqui para discutir as razões históricas (extinções massivas, atividade vulcânica, terremotos etc.) sobre as quais os profetas do apocalipse acreditam que justificam o tal Planeta X. Se não há nenhum planeta ofensor lá fora com uma massa significativa, como poderia ser Nibiru uma ameaça para nós em 2012?

Os profetas do apocalipse tentarão nos convencer que há uma conspiração global dos governos internacionais para ocultar os fatos. A NASA estaria implicada neste acobertamento, dada a falta de evidências sobre o Planeta X. Em minha opinião, simplesmente a falta de provas não indica uma conspiração para ocultar a verdade do público. Por que acreditar que os governos ocultariam uma “descoberta” tão histórica e formidável como um planeta apocalíptico aproximando-se o Sistema Solar interior? Ah! É para evitar o pânico nas massas e seguir com suas próprias agendas secretas (obviamente).

Como resultado, este é o único ponto de apoio atrás do mito do Planeta X. Quando os confrontamos com os fatos científicos, os defensores do Planeta X respondem “… os governos nos enviam desinformação para encobrir a verdade sobre as observações de Nibiru“. Embora eu até aprecie eventualmente uma bem construída tese de teoria da conspiração, não apoiarei nada em nome do Planeta X. Se a ciência básica que nos tem levado a concluir que a tese da existência do Planeta X está errada, parece então um argumento pobre dizer “mas foi o governo que fez isso”.

Assim, a história que o Planeta X chegará em 2012 é, em minha opinião, uma total estupidez (mas ela ajuda a vender livros e DVDs, criados pelos profetas do apocalipse, a gente aterrorizada). Desta forma, Nibiru seguirá tão somente nos domínios dos mitos sumérios.

É importante frizar que a busca pelo Planeta X é um tema que não se esgota por aqui. Há 3 artigos interessantes que trazem novidades sobre o avanço desta procura astronômica, se você quer saber mais, clique nos links abaixo:
  1. A procura pelo planeta X vai ganhar um reforço extra do observatório Pan-STARRS
  2. A procura do Planeta X: poderá um mundo do tamanho da Terra estar orbitando no Sistema Solar Exterior?
  3. Conjecturas sobre o Sistema Solar: Onde está o verdadeiro Planeta X? Onde está Nêmesis?

Fontes e refeências

AstroPT: 2012 – Fim do Mundo
Eternos Aprendizes:
Fonte:

O Universo – Eternos Aprendizes

http://eternosaprendizes.com/2009/01/22/2012-nao-havera-planeta-x/


segunda-feira, 18 de abril de 2011

SOL -Superfície


Era um dia calmo na superfície do Sol – o que não quer dizer que tudo estava parado por lá, como é possível ver nessa imagem. Retratada aqui está a grande mancha solar AR9169.

Mostradas em ultravioleta, as áreas escuras são mais frias que, mesmo assim, têm temperaturas de milhares de graus Celsius. 

O gás que você vê fluindo para fora da mancha tem temperatura estimada de um milhão de graus Celsius.

A razão de temperaturas tão altas é desconhecida, mas suspeita-se que seja relacionada às mudanças no campo magnético que canalizam o plasma solar. 

Fonte:
http://hypescience.com/foto-espacial-um-close-em-uma-mancha-solar/


CONSTELAÇÃO DO COLCHEIRO

 Nebulosa Estrela Flamejante IC 405

Essa bela imagem é um retrato da nebulosa conhecida como Estrela Flamejante ou IC 405.

No centro da imagem, um pouco mais abaixo e para a esquerda, é possível ver AE Aurigae, uma estrela do tipo O, que energiza o hidrogênio ao seu redor, iluminando o centro da nebulosa.

Mas a AE Aurigae não nasceu dentro da nebulosa Estrela Flamejante – provavelmente ela vêm da Nebulosa de Orion.

Outra estrela também teria sido ejetada de Orion e “estacionado” perto de Aurigae – a estrela Mu Columbae, que viajou com Aurigae há cerca de dois milhões de anos atrás.

Desde então essas duas estrelas se separam a uma velocidade de 200 km por segundo.

Para tentar avistar a nebulosa e Aurigae, você deve olhar na direção da constelação do Cocheiro (charioteer). Ela está a 1500 anos-luz de distância. [Nasa]

Luciana Galastri é jornalista. Viciada em livros, lê desde publicações sobre física a romances de menininha do estilo "Crepúsculo". Toca piano desde os oito anos de idade e seu estilo de música preferido é o metal.
Fonte:
Hipesciencie
http://hypescience.com/foto-espacial-a-nebulosa-estrela-flamejante/


terça-feira, 12 de abril de 2011

ONDAS GRAVITACIONAIS FAZEM DESAPARECER DIMENSÕES

Espaço

Ondas gravitacionais poderão comprovar desaparecimento de dimensões

Ondas gravitacionais poderão comprovar desaparecimento de dimensões
Os três satélites da missão LISA vão procurar ondas gravitacionais vindas de grandes eventos cósmicos - o Big Bang, por exemplo. [Imagem: NASA]

Dimensões que somem
Uma nova teoria soluciona alguns problemas da cosmologia e da física de partículas ao propor que o Universo primordial continha menos dimensões espaciais do que as três que nós experimentamos hoje.
E os físicos da Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, propõem um teste para a sua teoria usando o observatório espacial LISA (Laser Interferometer Space Antenna), que está sendo projetado para detectar ondas gravitacionais.

Os teóricos afirmam que as ondas gravitacionais não podem existir em menos do que três dimensões. Assim, acima de uma determinada frequência - que identificaria as ondas mais antigas - o observatório LISA não deverá detectar nenhuma onda.

Embora a teoria seja especulativa, alguns cientistas acreditam que os dados dos raios cósmicos já forneceram indícios das dimensões faltantes sob altas energias. A equipe afirma que o novo teste poderá ser mais conclusivo do que os testes anteriores.

A hipótese das dimensões desaparecidas prevê que, sob energias e temperaturas extremamente altas, as três dimensões do espaço que nos são familiares irão se reduzir a duas ou mesmo a uma única dimensão.
Assim, no ambiente quente do início do Universo, haveria menos dimensões. Conforme o Universo foi esfriando, surgiram dimensões adicionais, uma a uma.

Universo com quatro dimensões
A teoria também propõe que nosso Universo atual tem quatro dimensões espaciais, mas nós detectamos apenas uma "fatia" de três dimensões desse espaço quadridimensional.

Essa quarta dimensão espacial do tempo, segundo a teoria, teria fornecido uma energia extra, que turbinou a expansão do Universo.
Esse impulso adicional poderia explicar a aceleração da expansão do Universo, que foi descoberta em 1998 e que é geralmente explicada como sendo uma resultante de uma misteriosa "energia escura" que permearia todo o Universo. Ou seja, se a teoria agora proposta estiver correta, a hipótese de energia escura também poderia desaparecer.

A teoria resolve igualmente alguns problemas na física das partículas, afirma Dejan Stojkovic, um dos autores da teoria e que também é coautor de uma outra proposta que envolve sumiços - uma teoria que afirma que os buracos negros podem não existir.

Sumiço das dimensões
Indícios do sumiço das dimensões já foram detectados nos chuveiros de raios cósmicos na atmosfera da Terra. Uma reanálise dos dados, feita em 2005, mostrou que os jatos de partículas produzidos pelos raios cósmicos mais energéticos estão fortemente alinhados com um plano, o que seria coerente como uma redução nas dimensões.

Outros pesquisadores estão planejando usar o Grande Colisor de Hádrons para examinar o desaparecimento das dimensões. Se as dimensões realmente desaparecem em altas energias, então as partículas produzidas nas colisões estariam confinadas em um plano bidimensional, em vez de estarem em um volume tridimensional.

Mas interpretar os dados do LHC pode não ser tão fácil porque diferentes modelos resultam em previsões diferentes, afirma Stojkovic. Então, ele e Jonas Mureika, da Universidade Loyola Marymount decidiram procurar um teste definitivo.

Eles optaram pelas ondas gravitacionais - ondulações no espaçotempo causadas por eventos cósmicos em larga escala - que não podem existir em menos do que três dimensões.

Ondas gravitacionais
A ideia é que as ondas gravitacionais primordiais, de mais alta frequência, correspondem às mais altas energias dos momentos iniciais do Universo.
Assim, deve haver uma frequência máxima das ondas observadas - frequências mais altas não deveriam existir porque elas estariam vindo de uma era com menos dimensões.
Stojkovic e Mureika calcularam essa frequência de corte em 10-4 Hz, dadas algumas suposições. Eles afirmam que isso está dentro da faixa detectável pelo LISA, um futuro detector de ondas gravitacionais que está sendo projetado em parceria pela NASA e pela ESA.

Os dois pesquisadores já estão trabalhando com vários experimentalistas de ondas gravitacionais, de várias universidades norte-americanas, para preparar um teste para a sua proposta usando simulações computadorizadas.
Os testes experimentais deverão esperar mais: o observatório LISA não deverá ir ao espaço antes de 2020.

Muitas dimensões
Só muito recentemente os cientistas descobriram a solução matemática para lidar com outras dimensões, uma complexidade de cálculo equivalente ao mapeamento do genoma humano.

Mas o desaparecimento das dimensões extras, para menos ou para mais, chama a atenção dos cientistas há mais tempo.
Gary Shiu e Bret Underwood, da Universidade de Wisconsin-Madison, acreditam ter descoberto um modo de "ver" as dimensões extras do espaço, o que seria a primeira proposta factível para que os físicos testem experimentalmente a Teoria das Cordas.

Já Steven Carlip, da Universidade da Califórnia, em Davis, acredita que o desaparecimento das dimensões é de fato uma questão de dimensão - para ele, em escalas minúsculas, o espaço 3D com o qual estamos acostumados pode simplesmente deixar de existir, e as dimensões evaporam-se na gravidade quântica.
Bibliografia:
Detecting Vanishing Dimensions via Primordial Gravitational Wave Astronomy
Jonas Mureika, Dejan Stojkovic
Physical Review Letters
Vol.: 106, 101101
DOI: http://link.aps.org/doi/10.1103/PhysRevLett.106.10110
Fonte:
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=ondas-gravitacionais-desaparecimento-dimensoes&id=020130110407
Com informações da Physical Review Focus - 07/04/2011


segunda-feira, 11 de abril de 2011

NATUREZA E EVOLUÇÃO ESTELAR - Agência FAPESP

Com dados da sonda Kepler, 
cientistas identificam sistema estelar triplo 
e 500 estrelas que oscilam de forma semelhante à do Sol. 
Estudos são destaques na Science (divulgação)

Divulgação Científica

Natureza e evolução estelar

– A sonda Kepler, lançada em março de 2009 pela Nasa, a agência espacial norte-americana, tem se mostrado um dos mais valiosos instrumentos para os astrônomos.
Em fevereiro, artigo de capa da Nature destacou a descoberta de um sistema formado por uma estrela parecida com o Sol, com seis planetas em trânsito (que passam pela linha de visão entre a Terra e a estrela). 

Agora é a vez de outra revista, a Science, trazer outras novidades da sonda, em dois artigos.
Novos dados enviados pela Kepler estão fornecendo aos cientistas a oportunidade de conhecer novas estrelas distantes e sua estrutura interna de modo inédido.

William Chaplin, da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, e colegas mediram 500 estrelas no campo de visão da sonda que oscilam – promovendo variações de seu brilho – de forma semelhante ao Sol. Até então, os cientistas conheciam apenas 25 estrelas com oscilações do tipo.

O estudo das oscilações permite conhecer informações básicas sobre as estrelas, como massa, raio ou idade, bem como obter pistas sobre suas estruturas internas. Com essas medidas, o grupo de Chaplin pode testar algumas teorias da evolução estelar.

Os pesquisadores descobriram que os raios das estrelas analisadas se encaixaram com as expectativas teóricas, mas que, surpreendentemente, a distribuição das massas entre essas estrelas era muito diferente do que se estimava.

Diante dessa inconsistência, o grupo concluiu que os modelos atuais de formação estelar, particularmente na questão da relação entre massa e raio, precisam ser revistos.

No outro artigo, Aliz Derekas, da Universidade Eötvös, na Hungria, e colegas usaram dados obtidos pela Kepler para descobrir um sistema de três estrelas.

Denominado HD 181068, o sistema conta com uma estrela do tipo gigante vermelha e duas anãs vermelhas. Os pesquisadores verificaram que o sistema também tem tipos diferentes de eclipses. Segundo eles, essas variações fornecem informações sobre a geometria do sistema triplo que poderão ser usadas para testar futuros modelos de evolução estelar.

A Kepler está em órbita do Sol e carrega um fotômetro para medir alterações no brilho de estrelas. O equipamento inclui um telescópio com um pouco menos de 1 metro de diâmetro conectado a uma câmera digital com 95 megapixels.

O fotômetro da sonda está continuamente apontado para a região Cygnus-Lyra, na Via Láctea. Os cientistas estimam que, nos três anos e meio estimados para a duração da missão, a Kepler possa observar continuamente mais de 170 mil estrelas.

Por meio de pequenas variações no brilho das estrelas, a sonda é capaz de identificar planetas que possam ser parecidos com a Terra. A quantidade de dados enviada pela Kepler é tamanha que Chaplin e colegas afirmam em seu artigo que a sonda deu início a uma “era de ouro para a física estelar”.

Fonte:
Agência FAPESP
Os artigos Ensemble Asteroseismology of Solar-Type Stars with the Nasa Kepler Mission (doi:10.1126/science.1201827), de William J. Chaplin, 
http://www.agencia.fapesp.br/materia/13706/natureza-e-evolucao-estelar.htm


domingo, 10 de abril de 2011

A NUVEM DE ÓRION


 
A nuvem de Orion e de Associação
[Constelação de Orion Kohle / Credner]

Na direção da constelação Orion, aproximadamente centrada no
Grande Nebulosa de Órion M42 e M43, não deriva uma gigantesca nuvem interestelar de gás e poeira no interior da Via Láctea galáxia. Esta nuvem foi formada quando um onda de densidade, relacionado com o Galaxy estrutura espiral, movido pela médio do disco galáctico. 

É cerca de 1600 anos-luz de distância e várias centenas de anos-luz de diâmetro.Esta nuvem gigante, ou complexo de nuvens, da matéria interestelar e estrelas jovens contém, além M42 e M43 e a nebulosidade associada com eles (NGC 1973/05/07), uma série de objetos de famosos: Loop de Barnard, o Nebulosa Cabeça de Cavalo região (também contendo NGC 2024 = Orion B) e a nebulosa de reflexão em torno de M78.

Dentro dessa nuvem, as estrelas se formaram recentemente, e ainda estão em processo de formação. As estrelas jovens fazem o Orion chamados OB1 Associação; OB porque a maioria maciço, mais luminosa, e mais quentes, simultaneamente, estas estrelas pertencem a espectral tipos O e B.

Porque eles são tão luminoso, que utilizar-se o seu combustível nuclear de forma rápida e tem pouco tempo para viver. A associação pode ser dividida em subgoups, normalmente chamado de 1a, 1b, e 1c, onde o subgrupo 1b inclui e rodeia as estrelas de Órion

Correia, o subgrupo 1a mentiras Noroeste (Anterior) das estrelas do cinturão, e os subgrupo 1c contém espada de Orion. As estrelas da Nebulosa de Orion, M42 e M43, formam um subconjunto deste grupo, e às vezes são separadamente contado como 1d subgrupo, o próprio estrelas mais jovens do Orion OB1 associação.

Nossa imagem da direita mostra a Constelação de Orion conjunto com brilhantes avermelhada Betelgeuse ligeiramente à esquerda e acima da média, e brilhantes Rigel azulado-branco no canto inferior direito.

A mais brilhante da nebulosa, na "espada" de Orion e abaixo de estrelas de seu cinto, é o Grande Nebulosa M42 com o M43, com a extensão fraca do Norte (para cima), NGC 1973/05/07. À esquerda estrelas cinto mais, Zeta Orionis, a Nebulosa Cabeça de Cavalo região com Orion B é notável.

O arco enorme, em torno deste delicado região, que abrange o sul (mais baixa) metade da constelação, é Barnard

Loop. Muito norte de Órion, ao redor do Mestrela Lambda, é outro muito fraco e rodada, nuvem nebulosa enorme. Nossa imagem foi obtida por Sven Kohle e Till Credner de Bonn,

Alemanha em 29 de outubro de 1995 na 03:25 UT de Calar Alto, com um f = 55 1/3.5 milímetros lente foto no Kodak Filme Ektachrome 400 Elite, expostos 60 minutos (sem filtro). A imagem é protegido pelos observadores.[Orion's Belt, UKS] UKS imagem de um grande parte da nuvem de Orion.

A nebulosa brilhante perto do fundo é M42, a Grande Nebulosa de Órion com os seus M43 norte e do norte extensão NGC 1973/05/07. No superior esquerdo é o complexo de nebulosa em torno da estrela Zeta Orionis, consistindo de brilhantes Orion B (NGC 2024) à esquerda da estrela, e com o IC 434 escuro conspícuo Horsehead

Nebulosa, mais nebulosas várias pequenas.

Toda a região está cheia de gás e partes de pó, mas só ainda não formados estrelas (ou seja, clusters) e são, portanto, iluminado. Loop de Barnard estende muito além dessa imagem e não pode ser brilhante traçada aqui muito bem, como é nas bordas.

Esta imagem é protegido por direitos autorais e pode ser utilizados para fins exclusivamente privados. Para qualquer outro tipo de utilização, incluindo a internet espelhamento e armazenamento em CD-ROM, entre em contato com as permissões de fotografias Departamento (foto à aaoepp.aao.gov.au) da Anglo

Observatório da Austrália.
Pelo menos três estrelas notáveis ​​são observado para escapar da Orion complexo, com velocidades altas espaço:

    * AE Aurigae, uma variável espectral Ø9.5 tipo e magnitude cerca de 6
(Correspondente a um absoluto magnitude de - 2,5 em 1600 a sua luz


Distância ano, sendo as variações errática entre 5,4 e 6,1 de magnitude,de acordo com Burnham), que ilumina a nebulosa difusa IC 405,também chamado de "Flaming Star Nebula",escapando a cerca de 130 km / s,

    * 53 Arietis (mag aparente 6,09, B2 espectro V) escapando com 60
km / s,  * Columbae Mu (5,16 mag, espectro Ø9.5 V) fugindo em cerca de 120 km / s.

Eles devem ter deixado a nuvem de Orion cerca de 2 - 5 milhões de anos, e é
especularam que poderia ter acelerado de alguma forma durante
explosões de supernovas (talvez de estrelas companheiras em vários sistemas)

Nebulosa M 43 (NGC 1982)

2011-08-26

Crédito: 2MASS/UMass/IPAC-Caltech/NASA/NSF.
Telescópio: 2MASS (2 Micron All Sky Survey).

M 43, também conhecida por NGC 1982, é uma parte da Grande Nebulosa de Orion, M 42, estando separada da nebulosa principal por uma faixa escura de poeira. Foi referida pela primeira vez por Mairan em 1731, tendo nessa altura sido interpretada como "um brilho a rodear uma estrela". 
 
Sabe-se hoje que este brilho advém de M 43 ser uma nebulosa de emissão, ou seja, uma região de hidrogénio ionizado ou região HII. Estudos recentes revelaram a presença de discos proto-planetários ("Proplyds") em torno de várias estrelas jovens em M 43.
 
Esta imagem é uma imagem de infravermelhos de M 43 obtida pelo projecto 2MASS. 

Anãs Castanhas no Trapézio

2003-09-02

Crédito: NASA; K.L. Luhman (Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, Cambridge, Mass.); and G. Schneider, E. Young, G. Rieke, A. Cotera, H. Chen, M. Rieke, R. Thompson (Steward Observatory, University of Arizona, Tucson, Ariz.) Telescópio: Telescópio Espacial Hubble
Instrumento: Near Infrared Camera and Multi-Object Spectrometer
 
Esta imagem obtida com o Telescópio Espacial Hubble mostra uma região de formação estelar no enxame do Trapézio, à 1500 anos-luz, em Orionte. 
 
A imagem, em infra-vermelho, mostra cerca de 50 estrelas anãs castanhas, um dos tipos de estrelas mais difíceis de detectar.
 
Anãs castanhas, são normalmente objectos considerados como estrelas que falharam, ou seja, são objectos que não possuem massa suficiente para iniciar no seu interior reacções termonucleares.
 

 Imagem do Dia: B 33 - Nebulosa Cabeça do Cavalo
2011-08-01

Crédito: T.A. Rector (NOAO/AURA/NSF) & Hubble Heritage Team (STScI/AURA/NASA).
Telescópio: NSF 0,9m (Kitt Peak National Observatory).
Instrumento: Mosaic CCD Camera.



Sendo, sem dúvida, um dos objectos mais famosos do céu, a nebulosa Cabeça do Cavalo, localizada na constelação de Orionte, faz parte de uma nuvem escura e densa que se situa em frente de uma região de formação de estrelas conhecida por IC434 (nebulosa de emissão visível na imagem em tons cor-de-rosa).

Embora se situe relativamente perto da conhecida nebulosa de Orionte (M 42), a nebulosa Cabeça de Cavalo é extremamente difícil de observar e, ao contrário daquela, não é visível a olho nu.

Também conhecida por Barnard 33, a sua forma peculiar foi reconhecida pela primeira vez numa placa fotográfica obtida no final do século XIX. Devido aos movimentos no interior da nuvem escura, esta forma acabará por se alterar ao fim de alguns milhares de anos.

Estima-se que esta nebulosa se encontre a cerca de 1600 anos-luz de distância. Esta imagem foi criada através da combinação de três imagens sensíveis à emissão proveniente de hidrogénio, oxigénio e enxofre.

 
Fonte:
NASA
Portal do Astrónomo -Pt
http://www.seds.org/messier/more/oricloud.html
http://www.portaldoastronomo.org/npod.php?id=3228