sábado, 6 de novembro de 2010

LHC vai começar a estudar o Big Bang

LHC vai começar a estudar o Big Bang:
"A colisão de íons de chumbo vai avançar por outras fronteiras, rumo ao estudo dos primeiros instantes de existência do Universo."
Espaço

LHC vai começar a estudar o Big Bang

Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/11/2010
LHC vai começar a estudar o Big Bang
Fonte de íons de chumbo, que serão acelerados ao longo dos 27 km do anel do LHC.[Imagem: CERN]
O Grande Colisor de Hádrons, mais conhecido como LHC, atingiu nesta quinta-feira uma etapa importante, ao finalizar as colisões de prótons previstas para sua primeira fase de operações.
A partir de agora, o LHC passa para uma outra fase, na qual serão feitas colisões usando íons de chumbo.

Luminosidade
Uma das principais metas para 2010 era chegar a uma luminosidade - uma medida da taxa de colisões - de 1032 por centímetro quadrado por segundo.
Isto foi alcançado em 13 de outubro, com duas semanas de antecedência. Antes de encerrar as colisões de prótons, a máquina atingiu esse valor duas vezes, permitindo que os experimentos duplicassem a quantidade de dados coletados em um período de poucos dias.
O principal objetivo para 2011 será coletar dados suficientes - uma quantidade conhecida pelos físicos como um femtobarn inverso - para fazer avanços que, espera-se, possam cruzar as fronteiras da física atual.
Os resultados obtidos até agora, quando se atingiu um total de energia de 7 TeV, incluem a validação de aspectos do Modelo Padrão de partículas e a observação de um fenômeno físico potencialmente desconhecido.

Matéria primordial
A colisão de íons de chumbo vai avançar por outras fronteiras, rumo ao estudo dos primeiros instantes de existência do Universo.

Um dos principais objetivos com o uso do chumbo é produzir pequenas quantidades da matéria primordial que preenchia o Universo instantes depois de sua criação, conhecida como plasma de quarks-glúons, e estudar sua evolução para o tipo de matéria que compõe o Universo hoje.
Os cientistas esperam lançar alguma luz sobre as propriedades da interação forte, que liga as partículas chamadas quarks, em objetos maiores, como prótons e nêutrons.

O LHC vai colidir íons de chumbo até 6 de Dezembro, antes de uma parada técnica para manutenção. O funcionamento do colisor irá recomeçar, novamente com prótons, em fevereiro de 2011.

Silício multiplica por dez capacidade das baterias de lítio

Silício multiplica por dez capacidade das baterias de lítio: "O silício é 10 vezes melhor do que o carbono atualmente usado nas baterias de lítio, mas não aguentava os ciclos de carga e descarga. Agora os cientistas apresentaram uma solução para o problema."
Energia

Silício multiplica por dez capacidade das baterias de lítio

Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/11/2010

Silício multiplica por dez a capacidade das baterias de lítio
Poros minúsculos na superfície do silício dão ao material espaço suficiente para que ele se expanda e contraia sem se tornar quebradiço. [Imagem: Biswal Lab/Rice University]

Carbono versus silício

As baterias de íons de lítio, usadas em celulares e notebooks, possuem um eletrodo negativo, ou anodo, feito de um material à base de carbono.

O carbono é necessário para acomodar os íons de lítio que se separam na reação que gera a corrente que sai da bateria. Esses íons depois voltam à bateria, durante o processo de recarregamento.

Ou seja, a capacidade de uma bateria de lítio é grandemente determinada pela capacidade do carbono em acomodar os íons.

Ocorre que o silício consegue acomodar 10 vezes mais íons de lítio do que o carbono. Então, por que não usar o silício e resolver de vez o grande gargalo para a disseminação dos carros elétricos?

A razão é simples: depois de uns poucos ciclos de carga e recarga, o silício se esfarela e a bateria vai para o beleléu.

Espaço para expansão

Agora, cientistas da Universidade Rice, nos Estados Unidos, em um projeto conjunto com a empresa Lockheed Martin, descobriram uma forma de aumentar a vida útil dos anodos de silício.

Outros cientistas vêm tentando usar nanofios de silício para aumentar a capacidade das baterias de lítio, mas Lisa Biswal e seus colegas adotaram uma estratégia diferente.

Eles descobriram que basta perfurar poros minúsculos, na faixa dos micrômetros, na superfície do silício, o que dá ao material espaço suficiente para que ele se expanda e contraia sem se tornar quebradiço.

Enquanto uma bateria comum de íons de lítio - onde "comum" deve ser entendido como as melhores baterias disponíveis hoje no mercado - comporta cerca de 300 miliamperes/hora por grama de anodo de carbono, os cientistas verificaram que um anodo feito com o silício tratado pode armazenar mais de 3.000 miliamperes/hora por grama.

Silício multiplica por dez a capacidade das baterias de lítio
"Nossas baterias atuais aguentam de 200 a 250 ciclos, muito mais do que as baterias de nanofios," diz Biswal. [Imagem: Biswal Lab/Rice University]

O grupo argumenta que a criação dos nanoporos é mais simples do que a fabricação dos nanofios.

Nanoporos

Os poros, com 1 micrômetro de diâmetro e entre 10 e 50 micrômetros de profundidade, são perfurados quando cargas positivas e negativas são aplicadas aos dois lados da pastilha de silício, que é então mergulhada em um solvente hidrofluórico.

"Os átomos de hidrogênio e flúor se separam," explica Biswal. "O flúor ataca um dos lados do silício, formando os poros. Eles se formam verticalmente por causa da diferença de potencial."

O resultado é uma pastilha parecida com um queijo suíço. E um queijo onde as dimensões dos buracos são realmente essenciais: se eles forem grandes demais, haverá menos silício para absorver os íons de lítio; e se eles forem pequenos demais, o material não terá espaço para se expandir e voltará a se tornar quebradiço.

Outra vantagem em relação às baterias de nanofios de silício é a vida útil: "Nossas baterias atuais aguentam de 200 a 250 ciclos, muito mais do que as baterias de nanofios," diz Biswal.

Ainda é menos do que os 1.000 ciclos considerados necessários para que uma bateria se torne comercialmente viável. Por outro lado, isso pode se mostrar relativo para uma bateria que consiga armazenar 10 vezes mais energia.


Sejam felizes todos os seres.
Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Schubert - Ave Maria (Opera)

Seis minutos rumo ao céu
plainando na máxima beleza
- o milagre da música.

*

Sejam felizes todos os seres.
Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres
.

CURSO DE CANTO GREGORIANO- ENFRADES



CURSO DE CANTO GREGORIANO
- MISSA VIII (DE ANGELIS) -  
PRONÚNCIA DO LATIM -
TONS SALMÓDICOS


CURSO DE CANTO GREGORIANO
 

O Curso de Canto Gregoriano foi fundado na mesma data da criação do coral (19//03/90) e era o único do gênero no Brasil ministrado de forma regular mas, devido a dificuldades estruturais, o mesmo encontra-se, momentaneamente, com as suas atividades suspensas.
 
A Sociedade Cultural Padre Nereu de Castro Teixeira oferecia os seguintes cursos: básico, o de Tons Salmódicos e Modalidade Gregoriana; de Regência Gregoriana e de Latim. Atualmente os cursos estão suspensos devido a reestruturação interna do grupo.
Além destes cursos eram realizadas, esporadicamente, as "Semanas Gregorianas", que são cursos rápidos para uma aprendizagem das noções básicas da história e do canto gregoriano.

Todas as atividades realizadas pela sociedade são mantidas pelas mensalidades pagas pelos alunos do curso e/ou participantes do coral e pela venda dos CDs gravados pelo coral.

Se você estiver interessado em obter informações sobre o coral e o curso entre em contato conosco pelos telefones: 031-3224-4676 ou 9955-4246 ou pelos e-mails: enfrades@uai.com.br e enfrades@yahoo.com.br

Nestes endereços você encontra muitas informações sobre a notação das partituras e cursos de canto gregoriano:

Curso Elementar de Canto Gregoriano - em português.

Método de Canto Gregoriano - em italiano.

Canto Gregoriano - A Música
- em português.

Schola Cantorum Bogotensis - em espanhol.

Dan`s Gregorian Chant Tutorial - em inglês.

Sancta Missa
- em inglês e francês. Ótima página sobre a Missa Tridentina com tutoriais, livros de partituras que podem ser baixados etc.

Na minha página, em Outros Links você encontrará mais informações para entender e aprender a cantar a música gregoriana.



Aproveitando as facilidades da Internet ouça e veja abaixo a Missa de Angelis, também conhecida como Missa VIII (oitava) que é a missa gregoriana mais conhecida e cantada em todo o mundo católico.

Os vídeos abaixo, do Youtube, fazem parte do belo trabalho realizado por Giovanni Vianini, organista e regente da Schola Gregorina Mediolonensis, de Milão, Itália, que gravou várias músicas de canto gregoriano e que as colocou na Internet para que todos possam aprender a cantar.

Para ver os vídeos você precisa ter instalado o plug-in do Adobe Flash Player e o mesmo pode ser baixado neste endereço da Adobe:

As partituras fazem parte das páginas do Roma Aeterna, Canto e Prego e Gregorian Chant onde você poderá encontrar várias partituras de música gregoriana. Veja, também, as partituras para acompanhamento por órgão.


MISSA VIII (DE ANGELIS)
Kyrie VIII - V Modo - faz parte do Gradual do Vaticano - séculos XV e XVI - e é cantada nas festas ordinárias do Calendário Litúrgico.


O número V na partitura (acima do K) - e todos nos números que aparecem logo no começo das partituras indicam os modos gregorianos da músicas (são 8 modos) e o XV - XVI o século em que ela foi escrita.
Partitura para órgão

GLORIA VIII - V MODO
O número V na partitura (acima do G) indica o modo gregoriano da música (são oito modos) e o XVI o século em que ela foi escrita.

CREDO III - V MODO
O número 5 na partitura (acima do C) indica o modo gregoriano da música (são oito modos) e o XVII o século em que ela foi escrita

SANCTUS VIII - VI MODO
 
O número 6 na partitura (acima do S) indica o modo gregoriano da música (são oito modos) e o XI - XII o século em que ela foi escrita.


AGNUS DEI VIII - VI MODO
 
O número 6 na partitura (acima do A) indica o modo gregoriano da música (são oito modos) e o XV o século em que ela foi escrita.
ITE MISSA EST - MISSA VIII


PRONÚNCIA DO LATIM
 
VOGAIS E DITONGOS:

Todas as vogais se pronunciam sempre, em qualquer que seja a posição que ocupem na palavra.
• o A como na palavra portuguesa , por exemplo: AltÁre, AnimA;
• o E quase como na palavra portuguesa CREDO, por exemplo: DEus, orEmus.
• o I e o Y como na palavra portuguesa MIRA, por exemplo: anIma, butYrum;
• o O como na palavra portuguesa ÓPERA, por exemplo: Orémus, hÓra;
• o U como na palavra portuguesa UVA, por exemplo: DóminUs, lUx.

Nos ditongos, cada vogal conserva o som que lhe é próprio, menos em AE e OE, que, com relação à pronúncia, equivalem à vogal E, por exemplo: caelum = cElum, poena = pEna, quáesumus = quEsumus (nota: no ditongo o acento agudo fica sobre a primeira das duas vogais, colocando-se sobre a vogal-base);

Nos outros ditongos AU e EU e I (nas interjeições: HEI) ouvem-se as duas vogais, mas numa só emissão de voz: lau-da, eu-ge;

OU
e AI nunca são ditongos - cada vogal se pronuncia separadamente: prout = pro-ut, ait = a-it;

O U precedido de Q ou G forma ditongo com a vogal seguinte: qui, sanguis;

Observação:
Evite-se, cuidadosamente o defeito de dar, como se faz em português, às vogais átonas, som fechado ou mudo, especialmente ao E, e ao O, por exemplo: DóminO, não dóminU. VirtutE, não virtutI.

As vogais E e O são mediocremente abertas.

Não há nasal - cada vogal deve conservar a pureza do seu som, seja qual for a consoante que segue: co-nfu-nda-ntur, se-mper.

CONSOANTES:

Para se obter a articulação nítida das consoantes:

Articular é pôr em relevo todos os elementos das sílabas, atacando nitidamente as consoantes e, por conseguinte, as vogais, que entram em sua composição.
Deve-se enunciar cada um dos elementos da sílaba com regularidade, unidade, clareza, inteligência e firmeza, embora com doçura e maciez. Quando se articula bem, a voz sempre bastará para se fazer ouvir.
Todas as consoantes sempre se pronunciam, seja qual for a posição que ocupem nas palavras. Ao contrário do que se dá em português, as consoantes dobradas devem-se pronunciar ambas: steL-La, oF-Fero, peC-Cáta, toL-Lis e não stela, ofero, pecata, tolis

As consoantes e grupos de consoantes pronunciam-se como em português, menos nos seguintes casos:

1.
a) - o C diante de E, I, Y, AE e OE tem o som do C italiano, equivale quase a TCH: Cícero = TCHiTCHero, Cibus = TCHibus;
b) - o grupo CC soa TTCH: ecce = eTTCHe;
c) - o grupo CH soa sempre como K: brachium = bráKium; Melchísedech pronunicia-se este CH final como K = MelkísedeK

2.
a) - o G antes de E e I pronuncia-se DG: genu = DGenu; agit = aDGit.
b) - o GN soa sempre NH: agnus = a-NHus.

3.
o H é letra muda, nunca aspirada; não se pronuncia, menos em: mihi, nihil, e compostos em que o H tem o som de K: mihi = miKi; nihil = niKil.

4.
o J para os efeitos de pronúncia vale sempre I. Nunca, portanto, tem o som do J português: ejus = é-Iuss. (A letra J deixou de ser usada no latim eclesiástico)

5.
a) - o S soa sempre como dois SS: nos = nóSS e não nóz.
b) - entre vogais é ligeiramente sibilante lembrando quase o Z: Jesus = i=éZuss.
c) - SC antes de E ou I é igual a CH (chapéu): descéndit = deCHéndit.

6.
TI precedido de uma letra qualquer, que não seja S, X ou T e seguido de uma vogal, soa TCI: patiéntia = paTCIénTCIa; o T final sempre se pronuncia: es-sunT, assim como o TH de sá-ba-oTH, palavra hebráica;

7.
a) - o X depois de vogal (que não seja o E) soa : axis = aiss.
b) - o X depois de E vale KZ: exaudi = eKZaudi
c) - o XC diante de E e I vale KCH: excelsis = eKCHélsiss.

8.
o Z soa DS: Zelus = DSéluss, ZiZania = DSiDSania.

Observação:

Não há som nasal em latim: diz-se a-mor e não ã-mor, vobíscu-m, cínere-m, orié-ntis, isto é; o M e o N não devem nasalizar a vogal que o precede: cí-ne-rem, co-n-céde, mu-n-di etc.
Evite-se todo o som NASAL, que não existe na pronúncia romana. O

a) - ROSAM: o AM final não deve soar como na 3ª pessoa do plural: eles amAM.
b) - VIRTUTEM: não como EM português: eles devEM.
c) - MAGNUS = -nhuss e não -nhus.

Observação: Estas regras foram tiradas do Apêndice VIII – PRONÚNCIA ROMANA DO LATIM, da Gramática Latina, do Pe. João Ravizza, da Arcádia Romana, livro muito utilizado nos seminários católicos até a década de 1960.

Defeitos brasileiros na pronúncia do latim romano:

a) - falar para dentro, e não na ponta dos lábios;

b) - pronunciar as vogais com nasalidade: am na e men, im, in, om, on, um e un: Deve-se dizer, por exemplo: qu-ó-ni-a-m (A-Me), á-me-n (MENe), hó-mi-nes, co-n-ver-te, spí-ri-tu-m;

c) - molhar o som das sílabas di e ti. Deve-se conservar o D e o T bem dentais;

d) - dar a AL, EL, IL, OL e UL um som cheio, gutural quando deve ser o L pronunciado mais na ponta da língua;

e) não pronunciar as consoantes dobradas que devem ser, todas as duas, pronunciadas: al-lelúia, pec-cáta, col-lium, at-ténde;

f) dar às vogais finais átonas O e E valor e U e I, respectivamente: dóminu, virtúti por dómino, virtúte;

g) comer as finais, como em gló-ri-a, pro-pi-ti-á-tio, ma-ter, De-i, co-gi-ta-ti-ó-nes; ou proncunciá-las forte demais: sanctá, Mariá, etc;

Roma Eterna - Nesta página, além de poder acompanhar as músicas em arquivos Midi você pode ouvir a pronúncia de algumas delas em arquivos em MP3 (MP3 pronunciation file) como nesta música: Dominus dixit


Veja este curso de canto gregoriano, em Power Point, que achei na Internet. A tradução para o português foi feita utilizando-se a página do Tradukka e que, obviamente, não dá a tradução correta. Se você achar algum erro na tradução, por favor, mande-me um e-mail com a parte que estiver errada: enfrades@yahoo.com.br
A música na versão em inglês é o Alleluia, lapis revolutus est cantada pelo Coral Gregoriano de Belo Horizonte.

Se você não estiver conseguindo abrir o curso abaixo, em inglês, nesta página, clique neste link do Slideshare

Se você não estiver conseguindo abrir o curso abaixo, em português, nesta página, clique neste link do Slideshare



NOTAÇÃO GREGORIANA
 


Os neumas

Um neuma é uma nota ou um grupo de notas (melisma) que pertence a uma sílaba. A idéia básica é que um neuma é uma unidade indivisível e deve ser executada como tal.
As partituras do canto gregoriano são escritas em pautas com 4 linhas e as linhas das partituras são lidas de baixo para cima, há muitos séculos.
Há duas claves: a de Dó (nos países ingleses, C), na quarta ou na terceira linha, raramente na segunda, e a clave de Fá (F) na terceira linha (só uma vez na quarta linha: no ofertório Veritas mea no Comum dos mártires).
As notas podem ter os seguintes aspectos:

Notas simples

Punctum
Virga
Virga e punctum são notas simples, só usadas em combinação, quer uma com a outra, ou com outras notas.

Grupos de duas notas

Pes ou Podatus
Clivis (flexa)
Os pes, também chamados de podatus, indicam uma melodia ascendente, enquanto sua contraparte, o clivis, indica uma linha descendente. Sobre os acentos das palavras, os pes têm, por vezes, uma forma ligeiramente diferente, com a primeira nota mudando em initio debilis (início fraco). Neste caso, ela é executada como uma semi-colcheia.

Grupos de três notas (ou mais)

Torculus (pes flexus)
Porrectus
Climacus
Salicus
Scandicus

O torculus consiste de três notas, sendo a segunda a mais alta do grupo. Os intervalos entre as notas podem variar.

O porrectus é o oposto exato: alto-baixo-alto.

O climacus (em grego, escada), é uma linha descendente de notas (3 ou mais) sendo a primeira escrita com o padrão usual quadrado, as seguintes em notas menores. As notas descendentes são chamadas subbipunctis (os dois pontos debaixo), ou dependendo do caso, subtripunctis (com 3 notas).

O scandicus é o oposto do climacus: 3 ou mais notas numa melodia ascendente. O scandicus tem uma importante variante, o salicus. No salicus, a última nota isolada é um oriscus (voltaremos a isto depois). As notações quadradas das notas na Notação Vaticana raramente distinguem entre as notas oriscus e normal, mas a diferença tem importância ritmicamente: o oriscus acrescente à estrutura da melodia levando a linha a seu clímax na última e mais alta nota. 

Neumas liquescentes
Um neuma liquescente só existe no final da sílaba, especialmente quando a pronúncia das sílabas seguintes terá possivelmente problemas. O caso mais comum é a sílaba que termina em -M, como em sanctum, ou quando ocorre um grupo consonantal, como em non confundentur. A Imprensa Vaticana indica os neumas liquescentes com uma nota muito pequena ligada ao fim do grupo. A principal guia para uma boa execução é uma pronúncia clara.
Oriscus
É difícil distinguir uma nota oriscus de uma outra, regular, na Notação Vaticana, mas os manuscritos medievais faziam uma clara distinção entre as duas. O significado real do oriscus tem sido amplamente debatido neste século mas os estudiosos em geral concordam que o oriscus sublinha a importância da nota seguinte. Desde a nova edição do Liber hymnarius, a nota oriscus ganhou sua própria grafia como nota.

Quilisma

Este é um dos neumas muito especiais, por vezes denominado como nota serrada. Ocorre principalmente em melodias ascendentes, tais como os pes ou o scandicus. Geralmente é interpretado como nota de transição o que significa que deve ser executado rápida e delicadamente. De acordo com achados recentes, contudo, existe uma conseqüência melódica disto também: o neuma quilisma aparece mais frequentemente em intervalos de semi-tom.
Custos ou Guião
No final de cada sentença, ou quando muda a clave, o custos indica o tom da nota seguinte. Parece-se a uma nota pela metade e sua haste vai para cima. Trata-se apenas de uma peça de informação e, portanto, não precisa ser cantada.

Neume Flash Cards

Neume Flash Cards
Neumas gregorianos e sua equivalência nas partituras na notação moderna.
NOTA
NOME
EQUIVALÊNCIA NA NOTAÇÃO MODERNA

Punctum

Virga
Pes / Podatus
Clivis (Flexa)
Scandicus
Salicus
Climacus
Torculus (pes flexus)
Porrectus
Porrectus flexus
Scandicus flexus
Porrectus flexus resupinus
Climacus resupinus
Torculus resupinus
Virga subtripunctins
Virga praetripunctis
NEUMAS LIQUESCENTES
Epiphonus (liquescent podatus)
Cephalicus (liquescent flexa)
Pinnosa (torculus liquescente)
Porrectus liquescente
Scandicus liquescente
Quilisma

EQUIVALÊNCIA NA NOTAÇÃO MODERNA
( Por falta de espaço na página desloquei para baixo 
- seguir a ordem correspondente )


TONS SALMÓDICOS
 

 Aprenda a solfejar os 8 tons salmódicos no player abaixo.





Curso: Veja neste arquivo em pdf a apostila usada nas semanas gregorianas que antigamente eram promovidas pelo Coral Gregoriano de Belo Horizonte:


http://www.gregoriano.org.br/gregoriano/cursodecantogregoriano.htm
Sejam felizes todos os seres. 
Vivam em paz todos os seres. 
Sejam abençoados todos os seres.