sábado, 8 de outubro de 2011

DRACÓNIDAS, A LUA, JÚPITER E NETUNO



Dracónidas, a Lua, Júpiter e Neptuno 

do Dia Internacional de Observação da Lua

2011-10-06

Mapa das Dracónidas
Dia 8 de Outubro 
é o Dia Internacional de Observação da Lua
(International Observe the Moon Night). A equipa que coordena este evento a nível mundial é constituída por cientistas, educadores, organizações não governamentais, etc. O evento pretende usar o fascínio da Lua para motivar o interesse e despertar curiosidade dos participantes acerca do nosso satélite.

Em 2011, a data escolhida para este evento será coroada por outro fenómeno celeste, as dracónidas. Essa chuva de estrelas
decorre todos os anos nesta mesma época. Alguns estudos publicados antevêem que a Terra se cruzará com alguns rastos de poeiras produzidos pelo cometa
21P/Giacobini–Zinner durante as suas passagens no final do século XIX e princípios do século XX e ao que tudo indica, em 2011, o fenómeno será mais pronunciado. O número preciso de meteoros que poderá ser observado é muito incerto, mas as estimativas mais modestas apontam para 1 a 10 meteoros por minuto. Infelizmente, devido ao brilho da Lua cheia e da poluição luminosa, apenas 5 a 20% daquele número de meteoros será visível a partir das nossas cidades, o que significa que não devemos esperar observar mais do que um meteoro por minuto.

O máximo da actividade das dracónidas é esperado para o dia 8 de Outubro entre as 16h00 e as 21h00 Tempo Universal (UTC), 17h00 e 22h00, hora de Portugal continental e arquipélago da Madeira. As previsões sugerem um pico de meteoros pouco brilhantes cerca das 21h00 (±30m) hora de Portugal continental e arquipélago da Madeira, causado pelas poeiras do cometa nas passagens de 1900 e 1907. A Terra já se cruzou previamente com estes rastos de poeiras em 1933 e em 1946, tendo sido produzidas fortes "chuvas" de meteoros em ambas as datas. Existe também a possibilidade de ocorrerem alguns picos mais cedo, entre as 16h00 e as 19h00 UTC, que não serão visíveis em Portugal.

O NUCLIO estará a partir das 19h00 no Centro de Interpretação Ambiental da Pedra do Sal a acompanhar o fenómeno. Ainda no dia 8, a partir das 21h30 decorrerá uma apresentação, por João Gregório, sobre Neptuno
e a versão adaptada da sua descoberta para a observação de planetas extra-solares

(http://www.nuclio.pt/projectos/000104.html)

As actividades do NUCLIO em Cascais contam com o apoio da Câmara Municipal de Cascais e são dinamizados em parceria com o Centro de Interpratação Ambiental da Pedra do Sal em São Pedro do Estoril. http://www.nuclio.pt/projectos

Imagem do Dia: Lua "a cores"

2011-10-08

Crédito: Filipe Alves
Telescópio: 10" f/4.7 Skywatcher Newtonian
Instrumento: Câmara Canon EOS 300D
 
A Lua costuma ser 
o objecto branco e cinzento que se passeia pelo céu
no seu desfile infinito de fases. 
 
No entanto, a Lua tem cor, tal como nos mostra nesta imagem o astrónomo amador português Filipe Alves. Utilizando imagens capturadas com um telescópio reflector de 25cm e uma câmara fotográfica digital SLR, e um processamento inovador de sua autoria, Filipe Alves desvendou uma imensa paleta de cores que o nosso satélite natural nos oferece, evidenciando as diferentes formações lunares de uma forma que até agora apenas era possível observar com instrumentos científicos. 
 
Nesta imagem, o resultado de um processamento de 64 fotografias individuais, as terras altas aparecem predominantemente com um tom alaranjado, enquanto os mares evidenciam-se a azul. O contraste é particularmente marcante nos raios ejectados da cratera Copernico (perto do centro, do lado esquedo) sobre o mare Imbrium.

Li 
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Fonte:
Portal do Astrónomo Pt



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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Symphony No. 9, Op. 125, "Choral" Mvt. IV (Beethoven)


Recorded on the 4/18/2010 Masterworks Scholarship Benefit Concert at SUNY Fredonia, in King Concert Hall.

Under the direction of Dr. David Rudge, the concert began with Brahms masterful "Variations on a Theme by Haydn", and concluded with Beethoven's groundbreaking Symphony No. 9.

Features acclaimed soloists Barbara Kilduff, soprano; Laurie Tramuta, alto; Alan Schneider, tenor; Erik Angerhofer, baritone with the Masterworks Chorus, Dr. Gwen Detwiler, director.

Fonte:

Enviado por em 06/05/2010

Licença padrão do YouTube

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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

GALAXIAS CONFIRMAM TEORIA DA RELATIVIDADE - NEUTRINOS


Luz de aglomerados de galáxias confirma Teoria da Relatividade
A escala usada pelos astrônomos é 1,022 vezes maior do que as escalas usadas em testes de laboratório. [Imagem: Dark Cosmology Centre, Niels Bohr Institute]   


 

 

 

 

 

Aglomerados de galáxias confirmam Teoria da Relatividade

Gertie Skaarup - 28/09/2011
Se, de um lado, 
neutrinos superluminais parecem ameaçar a longa vida das teorias de Einstein, de outro, astrônomos conseguem novas demonstrações 
experimentais que reforçam as teorias 
mais aceitas atualmente.

Observações e interpretações
Todas as observações em astronomia são baseadas na luz emitida por estrelas e galáxias e, de acordo com a Teoria Geral da Relatividade, essa luz é afetada pela gravidade.

Ao mesmo tempo, todas as interpretações em astronomia são baseadas na exatidão da Teoria da Relatividade.
Contudo, até hoje nunca havia sido possível testar a teoria da gravidade de Einstein em escalas maiores do que o Sistema Solar.
Agora, astrofísicos dinamarqueses conseguiram medir o quanto a luz emitida por aglomerados de galáxias é afetada pela gravidade.

E as observações confirmam as previsões teóricas, não apenas as de Einstein, mas também as hipóteses mais recentes do "universo escuro" - a energia escura e a matéria escura.

Desvio para o vermelho
Observações de grandes distâncias no universo são baseadas em medições do desvio para o vermelho, que é um fenômeno onde o comprimento de onda da luz de corpos celestes distantes é deslocado mais para o vermelho quanto maior é a distância que essa luz percorre.

O desvio para o vermelho 
indica o quanto o universo se expandiu 
desde que a luz foi emitida 
até sua detecção na Terra.

Além disso, de acordo com a Teoria Geral da Relatividade de Einstein, a luz e, portanto, o desvio para o vermelho, também é afetada pela gravidade de grandes massas, como aglomerados de galáxias, o que provoca um desvio para o vermelho gravitacional da luz.

Mas a influência gravitacional sobre a luz nunca havia sido medida em uma escala cosmológica.

Luz de aglomerados de galáxias confirma Teoria da Relatividade
Aglomerados de galáxias são aglomerações de milhares de galáxias, mantidas juntas por sua própria gravidade. Esta gravidade afeta a luz que está saindo do aglomerado em direção ao espaço. [Imagem: Hubble Space Telescope]
Aglomerados de galáxias
Radek Wojtak e seus colegas Steen Hansen e Hjorth Jens, da Universidade de Copenhangue, analisaram medições da luz de galáxias em cerca de 8.000 aglomerados de galáxias.

Aglomerados de galáxias são aglomerações de milhares de galáxias, mantidas juntas por sua própria gravidade. Esta gravidade afeta a luz que está saindo do aglomerado em direção ao espaço.

Os pesquisadores estudaram as galáxias localizadas no centro dos aglomerados e galáxias na borda dos aglomerados, e mediram os comprimentos de onda da luz emitida por umas e por outras.
Em seguida, eles mediram a massa total do aglomerado de galáxias e, com isso, obtiveram seu potencial gravitacional.

Usando a Teoria da Relatividade Geral, eles então calcularam o desvio para o vermelho gravitacional para as diferentes localizações das galáxias no interior dos aglomerados.

Teoria da Relatividade confirmada
"Descobrimos que os cálculos teóricos do desvio para o vermelho gravitacional baseados na Teoria da Relatividade Geral estão em completo acordo com as observações astronômicas.

"Nossa análise das observações dos aglomerados de galáxias mostra que o desvio para o vermelho da luz é proporcionalmente deslocado em relação à influência gravitacional [exercida pela] gravidade do aglomerado de galáxias.
Desta forma, as nossas observações confirmam a Teoria da Relatividade," resumiu Radek Wojtak.

Com este resultado bem-comportado, a pesquisa dá sustentação às chamadas teorias do universo escuro, que explicam o comportamento observado do Universo com base em duas entidades ainda desconhecidas e não observadas, chamadas matéria escura e energia escura.

"Agora que a Teoria Geral da Relatividade foi testada em escala cosmológica isto representa uma forte indicação da presença da energia escura," completou Wojtak.

Indicações
É importante ressaltar que o cientista fala em "forte indicação". Outros dados igualmente experimentais colocam dúvidas sobre o universo escuro.
Recentemente, um grupo de astrônomos brasileiros também colocou em dúvida a interpretação corrente da expansão acelerada do Universo.


Bibliografia:

Gravitational redshift of galaxies in clusters as predicted by general relativity
Radosl strokeaw Wojtak, Steen H. Hansen, Jens Hjorth
Nature
28 September 2011
Vol.: 477, Pages: 567-569
DOI: 10.1038/nature10445

Neutrinos podem ter viajado mais rápido do que a luz

 

 

 

 

O gigantesco detector Opera, formado por 150.000 pequenos "tijolos" de uma emulsão nuclear, separados por folhas de chumbo. Dispostos em paredes paralelas, são esses tijolos que detectam os neutrinos.[Imagem: CNRS] 

  Neutrinos podem ter viajado mais rápido do que a luz

Neutrinos superluminais


Quando, há poucos mais de um ano, cientistas do experimento Opera detectaram neutrinos transmutando-se de um tipo em outro, eles logo falaram da descoberta de uma "nova física".

E eles aparentemente já tinham nas mãos outros resultados ainda mais surpreendentes.


Depois de dois anos de medições, e inúmeras revisões e checagens, eles finalmente resolveram compartilhar sua possível descoberta com outros pesquisadores.

Segundo Antonio Ereditato, da Universidade de Berna, na Suíça, a equipe aparentemente detectou neutrinos viajando mais rápido do que a velocidade da luz.


Quebra da relatividade?

Se neutrinos podem viajar mais rápido do que a velocidade da luz, então o preceito fundamental de que as leis da física são as mesmas para todos os observadores cai por terra.

A ideia de que nada pode viajar mais rapidamente do que a luz é um pilar da teoria da relatividade especial, formulada por Einstein. E esta teoria está na base de toda a física moderna.


Isto sim, pode apontar para uma "nova física" - desde que os outros pesquisadores não encontrem erros no experimento e nas análises.

"Nós tentamos por todos os meios descobrir um erro - erros triviais, erros mais complicados, efeitos impensáveis - mas não conseguimos encontrar nenhum," disse Ereditato.


Depois de tantos cuidados, ele e sua equipe afirmam ter alcançado um nível seis sigma, que indicaria uma descoberta científica realmente válida.

Tudo vai depender do escrutínio que será feito nos dados por equipes de físicos do mundo todo.


"Dadas as potenciais consequências 
de longo alcance desse resultado,
medições independentes serão necessárias 
antes que o efeito seja refutado ou firmemente estabelecido,"
disse o CERN em nota.


Neutrinos podem ter viajado mais rápido do que a luz
O feixe de neutrinos percorre 730 km desde o CERN até o laboratório INFN, onde as medições são realizadas. [Imagem: CNRS]

Nano-incerteza

O experimento OPERA (Oscillation Project with Emulsion-tRacking Apparatus) está localizado a 1.400 metros de profundidade, no Laboratório Gran Sasso, na Itália.


Um detector ultra-sensível recebe um feixe de neutrinos disparado do laboratório CERN, na Suíça - onde está o LHC - que está localizado a mais de 730 quilômetros de distância.

O que os pesquisadores concluíram é que os neutrinos estão chegando 60 nanossegundos antes do que deveriam.


E isso só pode ser possível se eles estiverem viajando a uma velocidade maior do que 299.792.458 metros por segundo, que é a velocidade exata da luz.

Para checar seus resultados, os cientistas usaram relógios atômicos e avançados sistemas de GPS, conseguindo com isso reduzir a incerteza da distância percorrida pelos neutrinos para 20 centímetros - em relação aos 730 km do feixe.


O tempo de chegada dos neutrinos 
foi medido com uma incerteza 
de 10 nanossegundos.


Atalhos em outras dimensões

O físico italiano Antonino Zichichi, falando à revista Nature, levantou a hipótese de que - se os resultados se confirmarem e a física como a conhecemos estiver mesmo desmoronando - então os neutrinos superluminais podem estar pegando atalhos por dimensões extras do espaço, algo que é previsto pela Teoria das Cordas.


Mas tanto Ereditato quanto o CERN são bem mais comedidos.

"As medições do OPERA estão em desacordo com leis da natureza bem estabelecidas, embora a ciência muitas vezes progrida derrubando os paradigmas estabelecidos," diz a nota do CERN.


De fato, não têm faltado medições e estudos em busca de "desvios" da teoria da relatividade de Einstein - até hoje sem sucesso.

"As fortes restrições decorrentes dessas observações tornam improvável uma interpretação da medição do OPERA em termos da modificação da teoria de Einstein, o que nos dá motivos ainda mais fortes para buscar novas medições independentes," conclui a equipe do laboratório.


Li 
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Fonte:
INOVAÇÃO tecnológica

Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/09/2011


Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres.

Sejam abençoados todos os seres.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

VENI CREATOR SPIRITUS - Inno Gregoriano - Pentecoste



Il Veni Creator Spiritus, in italiano Vieni Spirito Creatore è un inno liturgico dedicato allo Spirito Santo ed attribuito a Rabano Mauro, arcivescovo di Magonza, del IX secolo.
L'autore sono Giovanni Vianini, 
Direttore della SCHOLA GREGORIANA MEDIOLANENSIS 
che ha registrato il Veni Creator.

La versione più conosciuta è quella gregoriana, ma è stato musicato anche da numerosi autori di musica polifonica e classica.

Viene regolarmente cantato nell'ufficio delle Lodi e dei Vespri della festa di pentecoste e viene spesso accostato alla sequenza Veni Sancte Spiritus.

Oltre che a pentecoste, viene anche cantato in particolari avvenimenti solenni per invocare lo Spirito Santo, quali in occasione del conferimento del sacramento della confermazione, durante l'elezione del nuovo Papa dai cardinali nella Cappella Sistina, per la consacrazione dei vescovi, per l'ordinazione dei sacerdoti, per i concili ed i sinodi e per l'incoronazione di un sovrano.
 Fonte
Enviado por em 23/05/2010
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BURACOS NEGROS: INTESTINOS CÓSMICOS ao som da ♫...Musica Gregoriana Magnificat...♫

 Veni Sanctus Espiritus


 Misterium Salutis - Canto Gregoriano - 70min.



Canto Gregoriano -32min.
 Rádio - www.gregoriano.org.br

 
CantoGregoriano - Elegias para Reyes e Príncipes
Cantos Mozárabes - 45min.

Canto Gregoriano -32min.
 Rádio - www.gregoriano.org.br


Banhados de luz
da Música reveladora
- ora para aprender.
ou ...
- hora de compreender


Buracos negros: A chave de tudo (Parte 1) 





Existem monstros no universo 
que podem engolir estrelas inteiras
e podem destruir o próprio espaço e o tempo:
 os buracos negros. 

{( BRINCADEIRA !!...

Se,
  " Homem, conhece-te a ti mesmo
e conhecerás Deus e o Universo"

e,

Se o homem
é um fractal do holograma do Universo
basta a espelhagem da micro função corpórea
com a macro realidade em eterna reciclagem.
então:
A imagem do Buraco negro retrata  semelhança
ao "tubo" do intestino humano, logo,
as funções devem ser idênticas:
RECICLAGEM DA VIDA
(Ade)}

Por décadas, eles ficaram completamente escondidos, mas agora os cientistas estão se aventurando em seu território desconhecido. Eles descobriram que os buracos negros não governam apenas a esfera das estrelas e galáxias, eles influenciam todos nós aqui na Terra, pois os buracos negros podem ser a chave para a compreensão da verdadeira natureza da realidade.

 I – Introdução 

Buraco Negro


Pegue o planeta Terra e o comprima até o tamanho de uma bolinha de gude. Você criará um objeto tão denso que nem mesmo a luz, viajando a 300 mil km/s conseguirá escapar da sua extraordinária força gravitacional. Seu nome: um buraco negro.

Astrofísicos acreditam que os buracos negros devem se formar quando estrelas gigantes ficam sem combustível e se contraem sob seu próprio peso. Os buracos negros são lugares onde as leis da física não se aplicam. Alguns pensadores arrojados estão fazendo grande progresso rumo à compressão do que há dentro dos buracos negros. E as novas leis da física que estão surgindo têm uma implicação surpreendente. Você, eu e o mundo em que vivemos podem não passar de uma ilusão.

Os físicos teóricos atualmente estão muito interessados em buracos negros tentando entender como eles realmente funcionam e o que podem nos dizer sobre o universo.

“Um buraco negro é uma janela para um novo mundo no qual não temos um conceito. Ainda não temos uma arquitetura mental para conseguir visualizá-lo adequadamente.”, disse Leonard Susskind, famoso físico teórico sobre o qual falaremos muito no decorrer desse artigo. “É um estranho mundo de gravidade muito forte, onde não há linhas retas. Não conseguimos vê-lo, isso é perturbador e instigante ao mesmo tempo”, completa.

A ideia de um buraco negro é uma extensão natural das leis da gravidade. Quanto mais perto chegamos de um objeto de grande massa, maior a sua força gravitacional, impedindo que algo escape dele. A superfície da Terra está a 6.500 km de seu centro, então a força da gravidade aqui em cima não é muito forte. Mas se pudéssemos contrair a Terra até que toda sua massa ficasse próxima de seu centro, a força da gravidade ficaria muito mais forte. Nada se moveria rápido o suficiente para deixar sua superfície.

Se tentar imaginar a criação de algo tão denso que nem a luz consiga escapa estará tentando criar um sistema tão compacto que a velocidade necessária para escapar desse objeto seja superior à velocidade da luz. Por isso é impossível que algo escape de um buraco negro e o objeto todo escurece.

II  - Supernovas 

Supernova

 Supernova

Christian Ott, astrofísico  do Instituto de Tecnologia da Califórnia está tentando entender como entidades tão estranhas como buracos negros podem se formar no cosmo. Ele estuda o que ocorre quando gigantes vermelhas ficam sem combustível e começam a encolher. Durante a maior parte de sua vida, as estrelas transformam hidrogênio em hélio lentamente, conseguindo muita energia de cada núcleo de hidrogênio consumido. Depois desse processo, elas passam a queimar elementos mais pesados e este combustível é queimado muito rápido. O último elemento que elas acabam queimando é o ferro, e depois disso, não há mais geração de calor e energia em seu núcleo. A gravidade permanece agindo e como não há nada produzindo pressão para mantê-la, ela vai entrar em colapso e haverá uma onda de choque, que vai para fora e explode a estrela inteira. Este é o fenômeno denominado supernova.

As convulsões de morte de estrelas gigantes são os eventos mais dramáticos que os astrônomos já testemunharam. Observadores chineses viram uma explodir em 1054. O brilho era tão forte que podia ser visto durante o dia. Outras duas explodiram há aproximadamente 400 anos.

Essas colossais explosões deixam campos de destroços de gás e poeira em um raio de centenas de anos-luz ainda visíveis e se expandindo hoje. Mas o que interessa aos pesquisadores de buracos negros não é a explosão, mas o que ocorre no centro de uma estrela que está morrendo. Astrônomos modernos nunca viram a explosão de uma estrela em nossa galáxia, mas físicos teóricos preveem que se uma estrela for maior que o dobro da massa do sol, seu colapso será ainda mais extenso. Não há forma de pressão que possa resistir à este colapso e o núcleo da estrela vai continuar se contraindo até formar um buraco negro. Basicamente, tudo acaba afundando dentro de um buraco negro, e a estrela vai desaparecendo lentamente.

 III – Caçando buracos negros

Centro da Via Láctea
Centro da Via Láctea-

De acordo com Ott, os buracos negros podem estar escondidos em toda a parte do universo.

“Encontrar buracos negros é extremamente difícil. Mesmo se não fosse negro e irradiasse energia teria apenas 30km de diâmetro”, explica o astrofísico. “E mesmo a dez anos-luz de distância, seria impossível achar com nossos melhores telescópios”, completa.


Em 1931, um pesquisador da Bell Telephone, Karl Jansky estava testando um novo sistema para enviar mensagens de rádio cruzando o Atlântico até a Europa. Ele foi importunado por um ruído de fundo. Após dois anos de trabalho cuidadoso, Jansky eliminou a maior parte da interferência, mas um sinal estranho nunca desapareceu. Ele ficava mais alto sempre que sua antena era apontada para a constelação de Sagitário, no centro da Via Láctea.

Era um sinal diferente do que qualquer estrela faria. Astrônomos começaram a indagar se não viria de um objeto que teóricos haviam previsto, mas nunca detectaram: um buraco negro. O centro da nossa galáxia está escondido atrás de um grosso véu de poeira e o melhor modo de observá-lo é através de luz infravermelha. Em 1992, os astrônomos utilizaram as melhores técnicas que possuíam para entender de onde vinha aquele estranho sinal.


O que eles haviam encontrado no centro da Via Láctea era um aglomerado muito denso de estrelas que giravam em torno de um buraco negro que emitia ondas de rádio. Essas dezenas de estrelas se moviam depressa demais em torno de um objeto escuro e denso. Quanto mais próximas do buraco negro, mais rápido elas giravam. A estrela mais próxima do buraco negro, denominada S2, se movia numa incrível velocidade de 18 milhões de km/h. A massa do buraco negro foi calculada em 4 milhões de vezes a massa solar. Era a primeira descoberta de um buraco negro, e ele está ali bem no meio da nossa galáxia.


Esse objeto deve ter engolido milhões de estrelas durante sua longa vida e ele é denominado de supermassivo. A maioria das galáxias do universo deve conter um desses monstros cósmicos em seu centro.

Continuação: Buracos negros: a chave de tudo (Parte 02 – Final)


  Estudando buracos negros


Buraco negro


 A imagem do Buraco negro retrata  semelhança
ao "tubo" do intestino humano, logo,
as funções devem ser idênticas:
RECICLAGEM DA VIDA


Vamos entender exatamente como estes buracos negros engolem matéria e como sua gravidade extrema distorce o espaço e o tempo.


A ficção científica vê os buracos negros como máquinas do tempo cósmicas ou portais para um universo paralelo. Mas por mais incrível que pareça, a realidade é mais estranha do que a ficção. Vamos entrar num mundo onde o muito grande e o muito pequeno são indistinguíveis, onde realidade e ilusão são a mesma coisa.


A astrônoma Julie Comerford tem estudado buracos negros supermassivos de galáxias distantes. É possível observar um buraco negro supermassivo quando gás cai sobre ele. Antes disso, o gás é aquecido e emite muita energia ficando muito brilhante, que rodeia a borda do buraco negro. Ao estudar esse fenômeno, ela descobriu algo totalmente inesperado. Há uma dança cósmica numa escala quase inimaginável.


“Nós vimos dois picos de luz em vez de apenas um. Nós esperávamos um de um buraco negro inativo nesta galáxia, mas vimos dois picos com velocidades diferentes. Logo achamos que aquilo seria algo interessante.”, explicou Julie.

Ela se indagou sobre o que aconteceria se duas galáxias com buracos negros supermassivos se colidissem.


“Quando duas galáxias colidem, os buracos negros em seu centro em vez de bater de frente começam a girar ou dançar. Nós detectamos os buracos negros observando a luz que emitem. Para o buraco negro se movendo na nossa direção, detectamos luz com menor comprimento de onda e assim vemos uma luz azulada. Para o buraco negro se afastando de nós, vemos luz com maior comprimento de onda, que parece avermelhada”, explica a astrônoma. “Essas luzes coloridas são os indicadores da valsa de um buraco negro.”.

Essa dança cósmica foi observada várias vezes quando buracos negros estão em pares em galáxias se colidindo. Essa descoberta pode abrir caminho para aprender o que há dentro deles, pois essa dança pode não somente ser vista, mas também ouvida.


Albert Einstein via espaço e tempo como um material flexível, que poderiam ser distorcidos pela gravidade. Um buraco negro é apenas um poço muito profundo nesse material. Quando dois buracos negros se aproximam um dos outro, esses dois poços orbitantes agitam o espaço-tempo e enviam ondas que podem viajar livremente pelo universo na velocidade da luz.


Talvez não possamos observar um buraco negro com luz, mas podemos ouvi-lo se captarmos essa vibração do espaço-tempo. Há tempos que os pesquisadores tem tentado ouvir os sons do buraco negro enquanto giram juntos. Os cálculos não são para os fracos. Delinear o que ocorre quando dois objetos gigantes criam uma tempestade no mar do espaço-tempo exige matemática avançada e muitos supercomputadores.


O que os pesquisadores conseguiram como resultados foi o som ouvido como uma espécie de batida de tambor, onde o tambor é o próprio espaço-tempo. O som começa a pegar uma frequência mais alta e fica mais rápido até o buraco negro menor ser engolido pelo maior, emitindo um som alto juntos e formando um único buraco negro.

Pelo fato dos buracos negros agitarem muito o espaço-tempo em redor deles, a órbita de um buraco negro menor em outro é muito diferente da órbita da Terra ao redor do Sol. Um buraco negro girando ao redor de outro tem uma órbita semelhante à um trevo de três folhas. Esse padrão tem aparecido em simulações de todos os buracos negros que orbitam outro. O intrigante é que esse é o mesmo padrão com que elétrons e prótons giram em um átomo.

É possível construir um tipo de átomo clássico de um grande buraco negro como o núcleo de um átomo e um buraco negro menor, que age como um elétron, formando um átomo. Como um objeto tão pesado se comporta como uma partícula subatômica tão leve? Segundo os astrofísicos, um buraco negro é como uma partícula fundamental, algo incrível dado o fato de serem objetos imensos.


Mas uma onda gravitacional ainda não foi encontrada, e talvez quando for, pode nos dizer se um buraco negro age como um átomo. Detectar uma onda gravitacional é extremamente difícil, já que são praticamente imperceptíveis. Elas podem estar passando sobre nós agora.

IV – Guerra de físicos brilhantes (o paradoxo da informação)


Stephen Hawking versus Leonard Susskind


A promessa de detecção de ondas gravitacionais promoveu um tipo de desafio para teóricos que calculam as coisas no papel. A conexão entre o muito grande e o muito pequeno já desencadeou uma guerra entre dois dos maiores físico vivos: um deles, o famosíssimo Stephen Hawking, do outro lado, Leonard Susskind, que está tentando usar os buracos negros para criar a ideia mais revolucionária da física desde Einstein. Uma ideia que vira a realidade às avessas.


Os buracos negros são os corpos mais pesados do universo, alguns deles com massa de 1 bilhão de vezes maior que o nosso sol, mas ninguém sabe ao certo o tamanho deles. Toda essa massa pode caber num espaço menor que um átomo, numa singularidade, com temperaturas e densidade infinitas. E é aí que a física começa a se surpreender.


A Teoria da Relatividade de Einstein explica muito bem a gravidade, mas só se aplica à objetos muito grandes, não a pequenos elementos como átomos. Os cientistas passaram a entender muita coisa após os tempos de Einstein, mas de alguma forma a gravidade foge da compreensão deles. Há matéria de um lado e gravidade do outro, e essa ideia ambiciosa de juntar as duas coisas tem gerado resultados catastróficos.


O primeiro passo reunindo a física do muito grande (relatividade) e do muito pequeno (mecânica quântica) foi dado em 1974 por Stephen Hawking. A física quântica prevê que o espaço vazio está fervilhando de partículas e antipartículas, passando a existir em pares e um instante depois, ambas se aniquilam. Essas partículas existem por tão pouco tempo que não são consideradas parte da realidade. Os físicos a chamam de partículas virtuais.


Mas Hawking percebeu que havia um lugar específico no universo onde essas partículas podiam se tornar reais: em torno de um buraco negro há uma linha invisível no espaço denominada horizonte de eventos. Fora dessa linha, a força da gravidade é muito fraca para captar a luz. Dentro dela, nada pode escapar de sua força. Se um par de partículas virtuais for formado fora do horizonte de eventos uma delas consegue ultrapassar aquele ponto sem retorno antes de conseguir se recombinar, caindo dentro do buraco negro, deixando sua parceira escapar como radiação real: a radiação Hawking. Se Hawking estiver certo, os buracos negros não devem ser negros. Deveriam ter um brilho fraco e contínuo, mas ninguém jamais detectou a radiação Hawking da margem de um buraco negro. Na verdade é tão fraca, e os buracos negros tão distantes que talvez nunca seja possível.


Leonard Sussking, renomado físico teórico, passou grande parte de sua carreira pensando na radiação Hawking e muito perturbado com o que ela significa. Hoje, ele é um dos principais físicos teóricos do mundo, sendo um dos criadores da Teoria das Cordas. Seu fascínio por buracos negros começou quando ele foi numa palestra de Stephen Hawking, uma palestra que provocou uma reação violenta.


“Ouvi uma palestra dele pela primeira em San Francisco em 1981, na qual ele alegou de forma extraordinária que os buracos negros violam um princípio fundamental da física chamado conservação da informação”, contou Susskind.

Segundo Hawking, para cada grama de material que o buraco absorveu, ele emitiria uma quantidade equivalente de energia a partir de seu horizonte de eventos. Mas como não há ligação física entre o centro de um buraco negro (singularidade) e seu horizonte de eventos, os dois processos não compartilham informações.


“Isso foi um desastre do ponto de vista dos princípios básicos da física”, disse Susskind. Esse princípio afirma que não se pode perder informações.

Um exemplo é uma pia com um ralo fechado cheio de água. Imagine enviar uma mensagem em código Morse na água dessa pia através de pingos de tinta vermelha. Inicialmente, é possível ver a tinta se deslocando na água e após algum tempo, a tinta vermelha irá se espalhar totalmente pela água. Alguém pode dizer que a informação em Morse foi perdida e que ninguém pode reconstruí-la. Mas na essência da física, aquela informação continua ali. Se pudéssemos observar cada molécula seria possível reconstruir a mensagem, algo muito difícil para os seres humanos, mas a física diz que é possível.


Contudo, Hawking alegou existir lugares especiais no universo onde essa lei pode ser violada. O que acontece quando a informação cai no buraco negro? De acordo com Hawking, ela desapareceria do nosso universo pelo ralo, algo que violava o princípio.


Susskind ficou chocado. Se Hawking estivesse certo, a base da física moderna estava equivocada. Os buracos negros passariam a maior parte de sua vida engolindo estrelas sem deixar registro do que tinham feito. Os buracos negros não embaralham informações, segundo Hawking, as destroem completamente.

Então Susskind não conseguia se livrar da questão dos buracos negros e discordava veementemente da teoria de Hawking. Essa disputa deixou de ser somente desses físicos extraordinários, mas se expandiu para toda a comunidade científica. Em jogo estava mais do que cantar vitória para o vencedor, mas a forma como víamos o universo estava prestes a ser mudada.

Por cerca de 10 anos ele lutou para encontrar algum erro no conceito de Hawking, e até então sem sucesso, ele encarou o problema de forma diferente, com o denominado paradoxo do morto-vivo. Trata-se de uma experiência cósmica imaginário onde há um homem e uma mulher numa nave, além de é claro, um buraco negro.


O homem está na órbita de um buraco negro com sua nave, enquanto a mulher decido pular dentro do buraco negro. O que cada um vê?


Ele vê a mulher caindo na direção do buraco negro, se aproximando cada vez mais do horizonte de eventos, mas reduzindo sua velocidade. Como a gravidade do buraco negro distorce radicalmente o espaço e o tempo perto do horizonte de eventos, a Teoria da Relatividade prevê que o homem verá a mulher se deslocar cada vez mais devagar até parar em algum momento. Do ponto de vista do homem, a mulher se torna completamente imóvel e esse é o fim da história. A mulher demorará uma eternidade para cair no buraco negro.


Por outro lado, a mulher tem uma descrição completamente diferente daquilo que o homem viu. Ela cai livremente pelo horizonte de eventos sem sentir dor ou solavancos. Mas quando chega próximo da singularidade, passa a sentir desconforto e está se sentindo cada vez mais distorcida. Não entraremos em detalhes agora, não é bacana.


São duas descrições do mesmo evento e aparentemente estão em desacordo. Em uma, a mulher fica presa no horizonte de eventos (congelada no tempo e viva), e em outra, ela entra direto (e morre).

Então Susskind percebeu como resolver esse paradoxo e vencer a guerra contra Hawking.  Sua ideia estava baseada na Teoria das Cordas que ajudou a desenvolver.


“Um jeito de ver a Teoria das Cordas é que partículas elementares vão além do que nós vemos. Um exemplo é a hélice de um helicóptero girando muito rápido, no qual só é possível observar seu eixo central. Parece uma partícula simples, mas com uma câmera de alta velocidade que pudesse registrá-la durante o giro, perceberíamos que há mais coisas a serem vistas. Há as pás, e elas fariam a hélice parecer maior.”, explica o físico. “Na teoria das cordas, uma partícula elementar tem vibrações sobre vibrações, como se esta hélice no final de cada pá houvesse mais hélices e estas hélices tivessem hélices nas pontas de suas pás infinitamente, cada hélice indo mais rápido que a anterior. E com câmeras de velocidade cada vez maior, nós veríamos mais estruturas entrando em foco e a partícula daria a impressão de crescer infinitamente até preencher todo o universo.”


Leonard percebeu que um buraco negro é como uma câmera de velocidade ultrarrápida. Ela parece retardar objetos conforme se aproximam do horizonte de eventos. Então vamos para outra experiência imaginária.


O buraco negro, o homem e a mulher estão de volta. Mas dessa vez a mulher tem um avião movido por uma hélice da teoria das cordas. Para ela, as coisas não mudam muito. Ela senta na cabine e sobrevoa o horizonte de eventos o tempo todo vendo apenas o eixo central da hélice e tem o mesmo destino horrível no centro do buraco negro, mas dessa vez está caindo rumo ao buraco negro acompanhada de alguns destroços do avião.


A visão do homem é muito diferente. Para começar, ele vê a primeira hélice aparecer. Depois, à medida que ela reduz a velocidade, ele começa ver hélices externas surgindo, uma de cada vez. E o efeito é a hélice inteira ficar cada vez maior e por fim ficar grande o suficiente para cobrir o horizonte de eventos.

V – O princípio holográfico (Vitória de Susskind)


Buraco negro


 Buraco negro - Intestino Cósmico (Ade.)

" Homem, conhece-te a ti mesmo
e conhecerás Deus e o Universo"
E,
Se o homem 
é um fractal do holograma do Universo
basta a espelhagem da micro função corpórea
com a macro realidade em eterna reciclagem.
(Ade)

Essas duas visões não parecem mais incompatíveis. A mulher é esmagada na singularidade ou espalhada por todo o horizonte de eventos. Susskind tem um nome para este novo meio de ver as coisas: o princípio holográfico. O físico pensou que aquilo se parecia com um holograma. Há a mulher no centro e se olharmos para ela, veríamos ela espalhada no horizonte de eventos, que podemos chamar se uma superfície, um filme. Tudo que vemos é alguma coisa distorcida e de alguma forma representam exatamente o mesmo que há no interior do buraco negro.


A ideia de Leonard de que o horizonte de eventos de um buraco negro é uma representação bidimensional de um objeto tridimensional em seu centro resolve o problema da perda de informações. Todo objeto que cai num buraco negro deixa sua marca tanto na massa central como no holograma tremeluzente no horizonte de eventos. Quando o buraco negro emite radiação Hawking do horizonte, esta radiação se conecta com a coisa que caiu dentro dele. A informação não se perde.


Em 2004, numa conferência científica em Dublin, na Irlanda, Hawkind admitiu a derrota. Os buracos negros não destroem informações. Leonard Susskind vencera a guerra do buraco negro. Mas ele fez muito mais que isso, porque a teoria não se aplica somente aos buracos negros. Ela nos força a retratar a realidade de um novo jeito.


É como se houvesse duas versões da descrição de você e de todas as coisas do universo. Uma delas é realidade normal visível e tridimensional. E a outra é um tipo de imagem holográfica nas paredes do universo, completamente espalhada, mas ainda com as mesmas informações. Isso porque o nosso universo surgiu de uma singularidade, e segundo alguns físicos, nós vivemos dentro dessa singularidade. Todo o universo está dentro de uma realidade tridimensional situada numa singularidade, e que além dela, há um superfície bidimensional (imagem holográfica) de tudo o que há no universo. Isso pode reforçar a teoria de que nosso universo seja o centro de um buraco negro, pois em uma singularidade não há o espaço nem o tempo, mas pode ser que dentro dela uma nova realidade surja (com novas dimensões espaciais e uma temporal), um novo universo que se expande sobre si mesmo, mas visto de fora, continua com o mesmo tamanho ínfimo de uma singularidade.


“Isso não é apenas uma ideia, é um princípio básico da física de que informações são armazenadas em um tipo de filme holográfico nas margens do universo. De certa forma, o espaço tridimensional é apenas uma versão da realidade. A outra versão existe em um filme holográfico plano a bilhões de anos-luz de distância nas margens do cosmo. Por que estas duas versões parecem coexistir é agora o maior enigma que a física precisa solucionar. Um dos grandes desafios que resulta tudo isso é a compreensão do espaço em si, por que o espaço é tridimensional quando toda a informação armazenada neste espaço é um holograma bidimensional? Um buraco negro traz esses desafios e os aguça porque é um lugar onde o espaço comum praticamente não existe mais. Então me perguntaram como o espaço se forma e vou ter que responder que estamos pensando nisso. Ainda não o entendemos”, completa Susskind.

VI – Conclusão


Caberia em uma singularidade um universo inteiro? É só uma ideia lógica. O que sabemos é que os buracos negros têm sido uma fonte de fascínio por quase um século. Nós pensamos nele como máquinas do tempo, atalhos para universos paralelos, monstros que um dia devorarão a Terra… Qualquer uma dessas ideias pode se tornar realidade um dia. Mas aqui e agora, os buracos negros têm um efeito profundo em nós. Suas superfícies holográficas tremeluzentes parecem estar nos dizendo que imaginamos estar aqui está refletido lá fora, na margem do nosso misterioso universo.


Sírius - Deusa Isis
Enviado por em 29/06/2009