sábado, 2 de novembro de 2013

A CIÊNCIA ASTRONÔMICA DA MESOPOTÂMIA



 
A ciência astronômica feita pelas civilizações da Mesopotâmia - 46min




A mesopotâmia não foi um império ou um pais. Ao invés disso, a mesopotâmia
é uma área geográfica na qual pessoas, com as mais variadas origens, se
instalaram e, eventualmente, organizaram estados-cidades, que mais tarde se
transformaram em poderosos impérios.

Vários destes estados-cidades primordiais mesopotâmeos foram fundados muito antes
que as mais antigas comunidades políticas egípcias. A palavra Mesopotâmia significa 
"a terra entre os rios", e este foi nome dado por Polibio e Estrabão às terras muito
 planas que estavam situadas entre os dois rios que fluem através dela, os rios
 Tigre e Eufrates. Este rios correm de Anatólia e Síria até o golfo Pérsico.

A região da Mesopotâmia era limitada ao norte pelas montanhas do Curdistão.
O limite oeste eram as estepes e os desertos da Siria e da Arábia e a leste estava
a cadeia de montanhas Zagro, no atual Irã. A fronteira ao sul eram os pântanos do
 delta do rio. Ao longo dos rios Tigre e Eufrates muitas grandes cidades  comerciais
se formaram, entre elas Ur e Babilônia às margens do rio Eufrates.

 A região que era chamada de Mesopotâmia está situada, aproximadamente,
 na mesma região geográfica ocupada hoje pelo Iraque.

Os impérios formados pelos sumérios, babilônios, caldeus e assírios
se estenderam  sobre a região da mesopotâmia.

Os babilônios
Quem eram os Babilônios

Como vemos no mapa ao lado, a Babilônia estava situada na região conhecida
 como Mesopotâmia, palavra grega que significa "entre os rios".

A história dos babilônios é tão misturada com a dos sumérios e caldeus
que fica difícil separa o passado de cada um destes povos.

Os historiadores têm dúvidas quanto à extensão da história dos babilônios.
Alguns consideram que ela se estende até o quarto milênio a.C. enquanto que
outros a traçam somente até o século 18 a.C. quando Hamurabi estabeleceu a
 primeira dinastia babilônia.

A escrita dos Babilônios

Muito do sistema educacional dos babilônios têm fortes ligações com a
cultura suméria. Sua escrita e sua ciência, em particular a astronomia e a
astrologia, teve suas origens na ciência desenvolvida pelos sumérios.

Os estudiosos babilônicos eram sacerdotes e profetas. Deste modo,
apenas uns poucos tinham acesso à educação.

A astronomia babilônia não foi exceção. Ela foi deixada nas mãos de uns poucos
educados que serviam como escribas e eram capazes de usar e compreender o
sistema de escrita que havia sido transmitido aos babilônios pelos sumérios.

Este sistema de escrita, que usava símbolos em forma de cunha ao invés de
 caracteres alfanuméricos, é chamado de cuneiforme e é o mais antigo sistema
de escrita conhecido.

Com o passar dos séculos ao longo da época antiga os símbolos cuneiformes
sofreram uma evolução gráfica muito grande até chegarem à sua forma
definitiva adquirindo não somente novos significados mas também tendo o seu
 desenho drasticamente alterado. Nas suas formas mais antigas, os símbolos
 cuneiformes identificavam principalmente objetos físicos mas mais tarde os
babilônios adicionaram novos símbolos que representavam ideias abstratas.

A matemática dos Babilônios

A matemática dos Babilônios não seria estranha para aqueles que estão
acostumados com sistemas binários (sistemas de base 2) e hexadecimais
(sistemas de base 16) exigidos pela computação moderna. Ela não estava
 baseada no sistema decimal que usamos comumente, segundo o qual
contamos todas as coisas usando potências de 10 ou seja, usando 10
 dígitos de zero a nove para representar as unidades, e as notações
posicionais de dezenas, centenas, milhares para representar as potências de 10.

Os babilônios usavam um sistema de contagem de base 60.

 Isto os levou a dividir o círculo em 360 graus.

Eles também dividiram a hora em intervalos usando sua medida sexagesimal.
Esta é a razão pela qual existem 60 segundos em um minuto e 60 minutos em uma hora.

Os babilônios mostraram ser muito hábeis nas artes dos cálculos e
distinguiram-se na manipulação aritmética e na representação simbólica.

Foram eles que inventaram as tabelas de multiplicação e estabeleceram
as regras da aritmética.

O calendário inventado pelos Babilônios

Os babilônios usaram um calendário baseado em ano de 360 dias.

 Seu sistema era similar ao dos sumérios e eles provavelmente copiaram
o calendário dos sumérios. Embora o seu sistema de contagem fosse feito
 com a base 60, quando os babilônios decidiram dividir o calendário em
 segmentos menores - ou seja em semanas - eles não tentaram encontrar
alguma fração de 360 para representar o número de dias.

Eles criaram a semana com sete dias.

A astronomia dos Babilônios

Os babilônios compilaram catálogos estelares e registraram o movimento dos planetas.

A partir dos seus estudos das variações cíclicas dos céus eles foram capazes de prever
 eclipses e preparar calendários que prediziam as estações e as épocas de Lua cheia
 e Lua nova.

Os babilônios também registraram os movimentos das estrelas em seus documentos
 astronômicos. Foram eles que, há 4000 anos, agruparam as estrelas do céu em
constelações que, embora fossem diferentes das conhecidas hoje, formaram as bases
 para o Zodíaco atual.

O texto cuneiforme ao lado, que está no Museu Estadual de Berlim, contém o mais
antigo uso dos doze signos zodiacais. Na linha 5 lê-se "Júpiter e Vênus no começo
 de Gemini, Marte em Leão, Saturno em Peixes. Vigésimo nono dia: ocaso a tarde
de Mercúrio em Touro". Estas posições correspondem ao mes de abril do calendário
atual, no ano 419 a.C.

 No entanto, as civilizações que se desenvolveram na Mesopotâmia continuaram
a fazer grandes contribuições para o conhecimento astronômico. Pode-se dar a elas o
 crédito de terem fundado a astronomia como ciência.

Pela sua própria disposição política em estados-cidades falar da ciência desenvolvida
na Mesopotâmia é falar dos vários povos que habitaram aquela região.

Os sumérios

Quem eram os Sumérios

Inicialmente, a maioria das pessoas que habitaram os vários estados-cidades
estabelecidos na Mesopotâmia eram Sumérios.

Os sumérios vieram de muitos lugares. Alguns deles vieram das terra de Akbad,
o que faz com que suas origem estejam ligadas a tribos semíticas que viveram
 no quarto milênio a.C. Outras tribos se fixaram em Eridu, próximo ao rio
Eufrates no sul da Mesopotâmia, povos estes com uma origem ainda mais antiga.

Os sumérios também se fixaram em Ur, uma região que prosperou até quase
o tempo de Homero, e também em Lagash, uma cidade que escavações
arqueológicas revelaram ser um dos mais criativos meios ambiente daqueles
tempos antigos, e que prosperou até aproximadamente a mesma época da
queda do Velho Reinado egípcio, por volta de 2500 a.C.

Claro que estas cidades não existem mais e só são lembradas pelos que
 estudam a Bíblia ou pelos professores e estudantes de história.

A astronomia dos Sumérios

Os Sumérios tinham uma grande fascinação pela astronomia e astrologia.
 O fato importante é que, ao contrário dos egípcios que se preocupavam
com a astronomia somente por causa de seus usos práticos, os sumérios
estudavam o céu não só pela questão prática mas também com o objetivo
primário de adquirir conhecimentos sobre os astros.

Uma das grandes contribuições dos sumérios para a astronomia foi a
invenção do seu calendário. Embora ele fosse muito semelhante ao que
já havia sido inventado pelos egípcios, baseado em um ano de 360 dias,
 o calendário sumério possuia uma importantíssima diferença.

O calendário sumério tinha sido equipado com ajustes periódicos para
 compensar o fato de que o ano tinha, na verdade, 365 1/4 dias ao invés
de 365 dias e o mês lunar era, na verdade, formado por 29 1/2 dias em
 vez de 30 dias. Isto significa que o calendário anual proposto pelos
sumérios tinha um erro de 11 dias a cada ano. Assim, após a passagem
 de alguns anos, dependendo do ajuste necessário, os sumérios teriam
que acrescentar um mês adicional ao seu calendário.

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CONSTELAÇÃO : TAUROS



History Channel - Constelações - 44min.
 
  
 
Constelação de Taurus - 4min
 
Taurus - Auriga - Cygnus - Lira - Órion - 6min.
 
 
 
Constelação de Touro - 4min

Taurus (Touro) é uma constelação do zodíaco. O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Tauri. As estrelas mais brilhantes são: Aldebarã (Alfa do Touro) de magnitude aparente 0,85, Alnath (Beta do Touro) de magnitude aparente 1,65 e Hyadum I (Gama do Touro) de magnitude aparente 3,63. Próximo a Teta do Touro encontra-se uma célebre nebulosa, a Nebulosa do Caranguejo.1 2 A constelação também é notável por possuir dois belos aglomerados: Híades e Plêiades.2 As constelações vizinhas, de acordo com as fronteiras modernas, são: Auriga, Perseus, Aries, Cetus, Eridanus, Orion e Gemini.

História e Mitologia

Desenho feito por Johannes Hevelius da constelação do Touro.
Na mitologia grega, este é o touro em que Zeus se transformou para seduzir Europa, uma princesa fenícia. A representação é formada apenas pela cabeça, ombros e membros anteriores do touro. Na literatura grega foi chamada o Busto, representando o touro que raptou Europa, e sua parte posterior estava submersa nas ondas. As estrelas são representadas como um touro em posição de ataque, com os chifres abaixados. No antigo Egito, os dois aglomerados de estrelas da constelação do Touro, as Híades e as Plêiades, eram associados à chegada das chuvas.3
A Constelação de Touro
Fernando Costa (Monitor OAFR)
03/02/09
  
Introdução
A constelação de Touro é uma das mais facilmente identificáveis no céu. Muitos já devem ter visto um conjunto de estrelas muito brilhantes designado por 'sete irmãs'. Pois elas se localizam exatamente na constelação do Touro, que ainda traz outros objetos muito interessantes, como a estrela Aldebarã, ou olho de touro, as Híades e a famosa nebulosa do Caranguejo. Estamos na melhor época do ano para observar esta constelação, o verão, pois é quando ela mais se destaca no céu, nascendo a leste por volta de 18 horas e estando visível praticamente a noite toda.
Mitologia
         Segundo a mitologia grega, há muito tempo atrás, havia no reino de Tiro, um rei, Agenor, cuja filha era muito bela. Seu nome era Europa, e Zeus se apaixonou perdidamente por sua beleza. Queria possuí-la a qualquer preço. Movido por essa determinação, Zeus decidiu utilizar-se de seu estratagema principal, ou seja, o de se metamorfosear de algum ser ou coisa. Por alguma razão, Zeus jamais aparecia diante das suas eleitas na sua forma pessoal, preferindo assumir sempre outra aparência qualquer. 
 Assim, depois de muito pensar, decidiu transformar-se num grande touro, branco como a neve. Em uma das praias de Tiro onde um grupo de moças se divertia, entre elas, Europa, a calma das jovens foi abalada pela aparição do touro branco, assustando o grupo. De todas as moças a única que não foge é Europa, que se aproxima do touro e acaricia o pêlo alvo do animal e o enfeita com flores. Quando as moças ganham confiança e se aproximam, o touro se levanta e foge em direção ao mar, a galope sobre as ondas, com Europa no dorso.
Pintura retratando o rapto de Europa pelo Touro
         Europa pede socorro às companheiras, mas o touro, correndo dia e noite sem parar, nadou até uma praia em Creta, onde se abaixou para que a jovem pudesse descer. Aí Zeus retoma a sua forma divina e une-se a Europa que, com o tempo, dá a ele dois filhos, entre eles Minos, futuro rei de Creta e pai do Minotauro. O Touro brilha até hoje no céu como uma constelação, para recordar essa união.
Aldebarã
         A estrela Aldebarã (ou alfa Tauri) é a estrela mais brilhante da constelação de touro. É conhecida popularmente como o olho do touro, pois sua localização na imagem sugerida para a constelação ocupa sensivelmente a posição do olho esquerdo do Touro mítico.
     
  O seu nome provém da palavra árabe al-dabarān que significa "aquela que segue" – referência à forma como a estrela parece seguir o aglomerado das Plêiades durante o seu movimento aparente ao longo do céu. 
Aldebarã é uma das estrelas mais facilmente identificáveis no céu noturno, tanto devido ao seu brilho como à sua localização. Identificamo-la rapidamente se seguirmos a direção das três estrelas centrais da constelação de Orion (designadas popularmente por “três Marias”), da direita para a esquerda, no hemisfério sul – Aldebarã é a primeira das estrelas mais brilhantes que encontramos no seguimento dessa linha. 
É uma estrela de tipo espectral K5 III (é uma gigante vermelha-laranja), o que significa que tem cor alaranjada; tem grandes dimensões, e saiu da seqüência principal do Diagrama HR depois de ter gasto todo o hidrogênio que constituía o seu “combustível”. 
Atualmente, a sua energia provém apenas da fusão de hélio da qual resultam cinzas de carbono e oxigênio. O corpo principal desta estrela expandiu-se para um diâmetro de aproximadamente cerca de 40 vezes maior que o Sol. Localiza-se a 65 anos-luz da Terra, e sua luminosidade é 150 vezes superior à do Sol, o que a torna a décima terceira estrela mais brilhante do céu (0,9 de magnitude).
Plêiades
        O aglomerado estelar aberto das Plêiades é o grupo de estrelas mais brilhante em todo o céu. As Plêiades também são conhecidas por vários outros nomes tais como "Sete Irmãs", “Sete-estrelo” em algumas passagens bíblicas, como M 45 pela classificação do catálogo Messier, e como "Subaru" no Japão.
      
 O nome Plêiades deriva do grego plein, que significava a abertura e o fechamento da estação da navegação entre os gregos. Na mitologia grega, as Plêiades são as sete irmãs, filhas de Pleione e Atlas, perseguidas por Órion que estava encantado com a beleza das moças, e que para escapar da perseguição do caçador, recorreram aos deuses, que as transformaram em sete estrelas. Seus nomes eram: Maia, Electra, Taígeta, Astérope, Mérope, Alcíone e Celeno.
     

 Um modo fácil de localizar as plêiades no céu é tomando a reta formada pelas estrelas Betegeuse (na constelação de Orion) e Aldebarã, ambas fáceis de ser identificdas por ter cor avermelhada. Seguindo a reta chegaremos ao aglomerado das Plêiades, bem no pescoço do touro.
        
As Plêiades, como é típico dos enxames abertos, constituem um grupo de estrelas que se formaram a partir de uma mesma massa inicial de gás e poeira. Trata-se de um enxame muito jovem: a sua idade é estimada em 100 milhões de anos, pelo que terão nascido numa altura em que a Terra era dominada pelos dinossauros. Em fotografias de longa exposição ainda é possível observar o que resta desse gás inicial. O enxame compreende pelo menos 500 estrelas, predominantemente de cor branco-azuladas e muito quentes, e situa-se a 380 anos-luz. Estima-se que durará cerca de 300 milhões de anos para que as estrelas deste aglomerado se dispersem.

Híades
        Nas proximidades das Plêiades, é possível observar outro aglomerado aberto, ainda que menos espetacular: as Híades. Na mitologia grega, as Híades eram filhas de Atlas e Etera, e, portanto irmãs das Plêiades pelo lado paterno. Os antigos acreditavam que o nascer e o pôr helíaco das Híades estavam associados às chuvas. A palavra Híades significa literalmente água ou chuva. As Híades têm um formato em "V" simbolizando a cara do Touro, com a estrela Aldebarã representando um olho.
       
 Aldebarã, na realidade, não pertence ao aglomerado das Híades, mas devido ao efeito de superposição, é impossível não associá-los, pois as suas estrelas distribuem-se, aparentemente, em torno dela. Mas isso não passa de um efeito de perspectiva - enquanto Aldebarã se situa a 60 anos-luz da Terra, as Híades encontram-se a 150 anos-luz. Ainda assim, as Híades constituem o enxame aberto mais próximo de nós. A rotação aparente da esfera celeste dá-nos a sensação de que Aldebarã e as Híades seguem as Plêiades. Por essa razão, o nome árabe daquela estrela, al-dabarān, significa “aquela que segue”.

Nebulosa do Caranguejo
        A Nebulosa do Caranguejo (catalogado como M1, NGC 1952 ou ainda por Taurus A) foi observada pela primeira vez em 1731, e é o remanescente de uma supernova (resultado da morte de uma estrela massiva, que colapsou e explodiu liberando uma enorme quantidade de energia) que foi registrada, como uma estrela visível à luz do dia, por astrônomos chineses em 1054. Esta super estrela era o 3º corpo mais brilhante no céu (contando com o Sol e a Lua) e pôde ser observada durante o dia por mais de dois meses apesar de se encontrar a cerca de 6300 anos luz de distância. A Nebulosa do Caranguejo se tornou o primeiro objeto astronômico reconhecido como sendo ligado a uma explosão de supernova. 
       Sua magnitude aparente é de 8,4, não podendo ser vista a olho nu. No entanto, não é difícil sabermos sua localização, visto que está bem próxima de um dos chifres do touro, conforme mostra a figura abaixo.
     
 No interior desta nebulosa, existe um pulsar (uma fonte de rádio) e que também pode ser chamada de Estrela de Nêutrons, que gira rapidamente em torno de seu eixo a uma velocidade de 30 vezes por segundo, diminuindo gradativamente esta velocidade em razão da interação magnética com a nebulosa. A energia liberada à medida que o pulsar desacelera é enorme e cria uma região incomumente dinâmica no centro da Nebulosa do Caranguejo. 

Enquanto a maior parte dos objetos astronômicos evoluem tão lentamente que mudanças somente são visíveis em escalas de tempo de muitos anos, as partes internas do Caranguejo mostram mudanças em escalas de tempo de apenas alguns dias.


 
 

 
O Céu da Semana - Plêiades & Hiades- 3min
 
  
Aldebaran - 3min

Aldebarã

 
A Constelação de Taurus, por Johannes Hevelius – Aldebarã aparece junto ao olho esquerdo do touro
Alpha Tauri (α Tau) conhecida como Aldebarã ou Aldebaran é a estrela mais brilhante da constelação Taurus. É também designada pelos nomes de Cor Tauri; Parilicium ou ainda, pelos códigos HR 1457 e HD 29139. Na Grécia antiga era conhecida como "tocha" ou "facho".

Descrição e localização

Se imaginarmos a imagem sugerida para a constelação, a estrela ocupará sensivelmente a posição do olho esquerdo do Touro mítico. O seu nome provém da palavra árabe الدبران al-dabarān que significa "aquela que segue" – referência à forma como a estrela parece seguir o aglomerado estelar das Plêiades durante o seu movimento aparente ao longo do céu nocturno. Quase parece que Aldebarã pertence ao mais disperso dos enxames estelares (as Híades) que constitui, também, o aglomerado mais próximo da Terra. Contudo, a maior parte dos autores crê que, na verdade, está apenas localizada na mesma direcção da linha de visão entre a Terra e as Híades – sendo, portanto, uma estrela independente. Aldebarã é uma das estrelas mais facilmente identificáveis no céu nocturno, tanto devido ao seu brilho como à sua localização em relação a uma das figuras estelares mais conhecidas do céu. Identificamo-la rapidamente se seguirmos a direcção das três estrelas centrais da constelação de Orion (designadas popularmente por “três Marias” ou “Três reis Magos”), da esquerda para a direita (no hemisfério norte) ou da direita para a esquerda, no hemisfério sul – Aldebarã é a primeira das estrelas mais brilhantes que encontramos no seguimento dessa linha. Pode ser vista em Portugal (zona média do hemisfério norte) de Outubro a Março.
Comparação do tamanho relativo de Aldebaran e do Sol
 
Aldebarã é uma estrela de tipo espectral K5 III (é uma gigante vermelha), o que significa que tem cor alaranjada; tem grandes dimensões, e saiu da sequência principal do Diagrama de Hertzsprung-Russell depois de ter gasto todo o hidrogénio que constituía o seu “combustível”. Tem uma companheira menor (uma estrela mais pálida, tipo M2 anã que orbita a várias centenas de UA). Actualmente, a sua energia provém apenas da fusão de hélio, da qual resultam cinzas de Carbono e Oxigénio. O corpo principal desta estrela expandiu-se para um diâmetro de aproximadamente 5,3 × 107 km, ou seja, cerca de 38 vezes maior que o Sol (outras fontes referem que é 50 vezes maior).

As medições efectuadas pelo satélite Hipparcos localizam a estrela a 65,1 anos-luz da Terra, e permitem saber que a sua luminosidade é 150 vezes superior à do Sol, o que a torna a décima terceira estrela mais brilhante do céu (0,9 de magnitude). É ligeiramente variável, do tipo variável pulsante, apresentando uma variação de cerca de 0.2 de magnitude.

Outras fontes [1] referem que se situa a 72 anos-luz da Terra e que é 360 vezes mais luminosa que o Sol (outras, ainda, referem apenas 100 vezes mais luminosa). Em 1997, uma equipa de astrónomos (incluindo Artie P. Hatzes e William D. Cochran) anunciou a descoberta de um corpo satélite que pode ser um grande planeta ou uma anã castanha que terá, no mínimo, 11 vezes a massa de Júpiter e que orbitaria a uma distância de 1.35 UA. A descoberta não foi, contudo, ainda confirmada por outros astrónomos, sendo referidas outras explicações para os dados apresentados.

Significados místicos e astrológicos

Em termos astrológicos, Aldebarã é considerada uma estrela propícia, portadora de honra e riqueza. Segundo Ptolomeu, é da natureza de Marte. O astrólogo e alquimista Cornelius Agrippa escreveu que "o talismã feito sob Aldebarã com a imagem de um homem voando, confere honra e riqueza. É uma das quatro “estrelas reais” (a guardiã do leste), assim designadas pelos Persas, cerca de 3000 a.C.. Também como guardiã do leste corresponde, na tradição, ao arcanjo Miguel ("o que é como Deus"), o Comandante dos Exércitos Celestes. Indicou o equinócio de outono no hemisfério norte em uma fase inicial da história a que se referem escrituras védicas. Para os cabalistas é associada à letra inicial do alfabeto hebraico, Aleph, e portanto à primeira carta do Tarô, O Mago. Segundo a mitologia própria da Stregheria, ou bruxaria tradicional italiana, Aldebarã é um anjo caído que, durante o equinócio da Primavera, marca a posição de Guardião da porta oriental do céu.
 
 
Órion -Taurus - Cão Maior - 12min
Evidências de Deus 

Constelações

É um grupo de estrelas no céu perto o suficiente
 para ter a aparência de uma figura imaginária no céu. 
 Uma constelação é um asterismo particular. 
No céu as estrelas de uma constelação 
estão muito distantes umas das outras,
 mas aparecem agrupadas em números. 

Imagem do Dia: Remanescente de supernova Simeis 147

2013-10-31
Crédito: Digitized Sky Survey, ESA/ESO/NASA FITS Liberator. Telescópio: Samuel Oschin (Palomar Observatory).
Ocupando uma área correspondente, aproximadamente, a 6 luas cheias no céu, o remanescente de supernova Simeis 147 situa-se na constelação do Touro, a uma distância aproximada de 3000 anos-luz. Ocupa cerca de 150 anos-luz de extensão, tem cerca de 100000 anos de idade e é um dos remanescentes de supernova conhecidos mais espectaculares. No seu centro encontra-se um pulsar, uma estrela de neutrões em rápida rotação, o resto deixado pela estrela original que explodiu e que deu origem ao remanescente. A imagem de hoje foi obtida pelo telescópio Samuel Oschin que faz parte do famoso Observatório Palomar situado na Califórnia.
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Remanescente de supernova Simeis 147 2013-10-31
 
 
Crédito: Digitized Sky Survey, ESA/ESO/NASA FITS Liberator. Telescópio: Samuel Oschin (Palomar Observatory).
Ocupando uma área correspondente, aproximadamente, a 6 luas cheias no céu, o remanescente de supernova Simeis 147 situa-se na constelação do Touro, a uma distância aproximada de 3000 anos-luz. Ocupa cerca de 150 anos-luz de extensão, tem cerca de 100000 anos de idade e é um dos remanescentes de supernova conhecidos mais espectaculares. 
No seu centro encontra-se um pulsar, uma estrela de neutrões em rápida rotação, o resto deixado pela estrela original que explodiu e que deu origem ao remanescente. A imagem de hoje foi obtida pelo telescópio Samuel Oschin que faz parte do famoso Observatório Palomar situado na Califórnia.
Aldebaran - Alfa de Touro

Publicado em 09/09/2013 - Licença padrão do YouTube
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