quarta-feira, 11 de agosto de 2010

BELEZAS DO CÉU

 

Imagem do Dia: Região de Orionte

2004-04-27

Crédito: Robert Gendler (http://www.robgendlerastropics.com/ ) - copyright.

Magnífica imagem de campo largo obtida por Robert Gendler da região de Orionte, sendo visíveis, em todo o seu esplendor, a nebulosa Cabeça de Cavalo (à esquerda) e a nebulosa de Orionte, M 42 (à direita na imagem). À esquerda da nebulosa Cabeça de Cavalo vê-se ainda a nebulosa da Chama. Esta região é uma região activa de formação de estrelas, constituída por várias nuvens de gás e poeira, estrelas jovens e nebulosas de emissão e reflexão. Esta imagem foi obtida através da combinação de várias imagens resultantes de mais de 20 horas de observação.

M 42 - A Grande Nebulosa de Orionte

2003-02-28

Crédito: NASA, C.R. O'Dell and S.K. Wong (Rice University).
Telescópio: Hubble Space Telescope (NASA/ESA).
Instrumento: Wide Field Planetary Camera 2 (WFPC2).
 
Esta imagem, obtida em 1995 pelo Hubble, mostra a parte central da nebulosa M 42, a Grande Nebulosa de Orionte (o Caçador), o berçário de estrelas na vizinhança do Sol (a uma distância de cerca de 1500 anos-luz) mais bem estudado. É também um dos objectos do céu nocturno mais conhecidos dos astrónomos amadores. No interior de M 42, através da utilização de um simples par de binóculos, é possível visualizar as estrelas do trapézio, quatro estrelas muito jovens, que iluminam as paredes da nebulosa. Esta imagem resulta da combinação de 45 imagens individuais da parte central da nebulosa e permitiu aos astrónomos identificar estruturas, como sejam, sistemas solares em formação, com metade do diâmetro do nosso Sistema Solar. Também se podem distinguir nesta imagem alguns exemplos de jactos de matéria emitidos por estrelas muito jovens, ainda embebidas na nebulosa. Apesar de se estender por cerca de 2,5 anos-luz, a nebulosa está tão longe que esta imagem obtida pelo Hubble ocupa uma área com apenas cerca de 5% da área ocupada no céu pela Lua cheia.

Glóbulo NGC 1999

2003-02-06

Crédito: NASA & The Hubble Heritage Team (STScI/AURA).
Telescópio: Hubble Space Telescope (NASA/ESA).
Instrumento: Wide Field Planetary Camera 2 (WFPC2).
 
NGC 1999 é uma nebulosa de relfexão situada a cerca de 1 500 anos-luz de nós, numa região activa em formação de novas estrelas na constelação do Orionte. As nebulosas de reflexão brilham porque os grãos de poeira refletem a luz de estrelas embebidas na nebulosa. Ao contrário das nebulosas de emissão, cujo brilho avermelhado se deve à excitação dos átomos do gás, as nebulosas de reflexão são azuladas porque os grãos de poeira reflectem preferencialmente a luz azul. NGC 1999 é iluminada por uma estrela quente muito jovem, V380 Orionis, que se encontra ligeiramente à esquerda do centro da imagem. À direita do centro, encontra-se uma pequena nuvem escura que é um exemplo de um glóbulo de Bok. Trata-se de uma nuvem de gás molecular frio e poeira, que por ser tão espessa e densa, bloqueia toda a luz que vem por trás dela. Os glóbulos de Bok formam estrelas no seu interior. Esta imagem foi obtida logo após a missão de reparação do telescópio espacial Hubble em Dezembro de 1999.

B 33 - Nebulosa da Cabeça do Cavalo

2003-02-17

Crédito: European Southern Observatory (ESO).
Telescópio: Very Large Telescope - Kueyen (Paranal Observatory, ESO).
Instrumento: FOcal Reducer/low dispersion Spectrograph 2 (FORS2).
 
Esta nebulosa, localizada na constelação de Orionte e próxima da Grande Nebulosa de Orionte (M 42), é um dos objectos celestes mais fotografados do céu. Esta nebulosa, que lembra a cabeça de um cavalo (donde o seu nome), é também conhecida pelos seu número de catálogo B 33, e é parte da nuvem molecular Lynds 1630, estando localizada na parede externa da região IC 434, uma nebulosa de emissão composta de hidrogénio ionizado (dita região H II). A distância a esta região é de cerca de 1400 anos-luz (430 pc). A cor vermelha é devida à emissão Hα do hidrogénio da região H II, enquanto que a cor azul-verde é luz dispersada na poeira da nebulosa. Na parte superior da cabeça pode ver-se uma zona de interface brilhante que separa a poeira da nebulosa de emissão. Trata-se duma frente de ionização na qual os fotões ionizantes da região H II penetram na nebulosa, destruindo a poeira e as moléculas, e aquecendo e ionizando o gás interestelar. Ao sofrer continuamente este tipo de erosão, as estruturas como esta nebulosa são necessariamente transientes, sendo destruídas numa escala de tempo da ordem de alguns milhares de anos.

M 57 - Nebulosa do Anel

2003-02-10

Crédito: NASA & The Hubble Heritage Team (STScI/AURA).
Telescópio: Hubble Space Telescope (NASA/ESA).
Instrumento: Wide Field Planetary Camera 2 (WFPC2).
 
Localizada na constelação da Lira, a Nebulosa do Anel (M 57 ou NGC 6720) é o exemplo mais conhecido de uma nebulosa planetária. Encontra-se a 2 000 anos-luz da Terra e a sua extensão é de aproximadamente 1 ano-luz. No seu centro, encontra-se o que resta de uma estrela que, em fase final da sua vida, ejectou as suas camadas mais externas para o espaço. Esta imagem revela que aquilo que parece ser um anel em forma de elipse é, afinal, um cilindro de gás visto quase de frente. Estas formas alongadas são comuns em nebulosas planetárias, pois discos espessos de gás e poeira formam uma cintura à volta da estrela moribunda, travando a expansão, nessa direcção, do material ejectado. O caminho mais fácil para o material escapar para o espaço é por cima ou por baixo da estrela. Na imagem, destacam-se ainda numerosas nuvens escuras de poeira, em forma de dedos, que se formaram na periferia da nebulosa. A maioria destas nuvens aponta para fora da nebulosa, para longe da estrela central, devido à pressão da radiação e ao gás ejectado da estrela.
  
IC 4406 - Nebulosa da Retina
2003-02-11

Crédito: NASA & The Hubble Heritage Team (STScI/AURA).
Telescópio: Hubble Space Telescope (NASA/ESA).
Instrumento: Wide Field and Planetary Camera 2 (WFPC 2).
 
IC 4406, tal como outras nebulosas planetárias, exibe um elevado grau de simetria, como se a sua metade esquerda fosse a imagem ao espelho da metade direita. O seu todo toma um aspecto que lembra o olho humano, daí o nome Nebulosa da Retina. Gás e poeira estão a afastar-se da estrela moribunda central formando um toro gigante, que nós só observamos de lado. O gás dentro do toro é ionizado pela luz da estrela e, por isso, brilha. Nesta imagem, o oxigénio aparece a azul, o hidrogénio a verde, e o azoto a vermelho. As cores finais resultam das diferentes concentrações destes gases na nebulosa. No centro, encontra-se gás neutro que só pode ser detectado por radiotelescópios. Destacam-se os filamentos escuros de poeira, com dimensões que chegam a atingir 160 vezes a distância da Terra ao Sol. Estes filamentos de poeira são criados por instabilidades semelhantes aos mecanismos que provocam o aparecimento de nuvens no verão. A Nebulosa da Retina encontra-se a 1900 anos-luz, na constelação do Lobo. O primeiro registo que se lhe conhece data do século 19.

M 51 - Galáxia do Remoinho

2003-02-12

Crédito: Nasa & The Hubble Heritage Team (STScI/AURA).
Telescópio: Hubble Space Telescope (NASA/ESA).
Instrumento: Wide Field and Planetary Camera 2 (WFPC 2).
 
M 51, também designada por NGC 5194, é um dos objectos mais famosos do céu do Hemisfério Norte. Esta galáxia em interacção com uma companheira (NGC 5195), não visível na imagem, encontra-se a uma distância de 15 milhões de anos-luz. Messier descobriu-a a 13 de Outubro de 1773, descrevendo-a em 11 de Janeiro de 1774 como "uma nebulosa muito difusa sem estrelas, perto da orelha mais a norte dos Cães de Caça". Nesta imagem, as regiões de cor vermelha são devidas à emissão de hidrogénio atómico associado a aglomerados de estrelas jovens muito luminosas. Julga-se que esta actividade intensa de formação de estrelas é induzida pela interacção gravitacional da galáxia M 51 com a galáxia companheira. São igualmente visíveis filamentos de poeira regularmente espaçados e perpendiculares aos dois braços espirais da galáxia, o que pode levar os astrónomos a reconsiderar os actuais modelos teóricos de galáxias com apenas dois braços espirais.

Nebulosa planetária IC 418

2003-02-13

Crédito: NASA & The Hubble Heritage Team (STScI/AURA).
Telescópio: Hubble Space Telescope (NASA/ESA).
Instrumento: Wide Field Planetary Camera 2 (WFPC2).
 
Esta nebulosa planetária encontra-se a cerca de 2000 anos-luz e pertence à constelação da Lebre. Nesta imagem pode ver-se estranhas texturas, fazendo lembrar rugas, em toda a extensão da nebulosa. Contudo, a sua origem permanece incerta. Uma nebulosa planetária representa o estágio final da vida de uma estrela como o Sol. A estrela central, foi, outrora, uma gigante vermelha que ejectou as suas camadas mais exteriores para o espaço, originando uma nebulosa com um diâmetro de 0,1 anos-luz. O que restou da estrela é apenas o núcleo quente da gigante vermelha que, através da sua radiação ultravioleta, excita o gás da nebulosa. A emissão de radiação por parte de azoto ionizado (o gás mais frio localizado na parte mais afastada do núcleo) está indicada a vermelho. A verde e azul temos, respectivamente, emissão de hidrogénio e oxigénio ionizado. Nos próximos milhares de anos, a nebulosa irá dispersar, e a estrela central arrefecerá, enquanto anã branca, por milhares de milhões de anos. Tal será igualmente o destino do nosso Sol. 

Galáxia Espiral ESO 510-13

2003-02-14

Crédito: NASA & The Hubble Heritage Team (STScI/AURA).
Telescópio: Hubble Space Telescope (NASA/ESA).
Instrumento: Wide Field Planetary Camera 2 (WFPC2).
 
ESO 510-13 é uma galáxia espiral que é observada de perfil a partir da Terra. Encontra-se a 150 milhões de anos-luz, na constelação da Hidra. O seu plano equatorial, com um diâmetro de cerca de 100 000 anos-luz, está pronunciadamente torcido, indicando que a galáxia provavelmente terá tido, recentemente, um encontro com uma outra galáxia. As forças gravitacionais distorcem as estruturas das galáxias à medida que as estrelas, o gás e a poeira se fundem, num processo que dura milhões de anos. Nas regiões mais externas de ESO 510-13, especialmente do lado direito, destacam-se aglomerados de estrelas jovens azuis, indício de que a colisão das nuvens interestelares e consequente compressão provocaram a formação de novas estrelas.

Nebulosa do Cone

2003-02-18

Crédito: NASA, Ford (JHU), Illingworth (USCS/LO), Clampin (STScI), Hartig (STScI), ACS Science Team & ESA.
Telescópio: Huble Space Telescope (NASA/ESA).
Instrumento: Advanced Camera for Surveys (ACS).
 
A Nebulosa do Cone reside a 2500 anos-luz, na zona sul do enxame NGC 2264, uma região activa em formação de estrelas na constelação do Unicórnio. Esta imagem apanha os 2,5 anos-luz do topo do pilar de gás e poeira em forma de cone que constitui a nebulosa e se estende por 7 anos-luz. A radiação de estrelas jovens e quentes, que se encontram mais acima do que a imagem mostra, erodiu a nebulosa ao longo de milhões de anos. A luz ultravioleta aquece os bordos da nuvem escura, libertando gás para a região vizinha, que é relativamente vazia. Aí, mais radiação ultravioleta faz com que o hidrogénio brilhe, produzindo um halo vermelho de luz que se vê à volta do pilar. Um processo semelhante ocorre em menor escala à volta de uma única estrela, formando o arco que se vê à esquerda e no topo do Cone. A luz branca e azulada resulta da reflexão da luz de estrelas próximas pela poeira. 

Duplo enxame globular NGC 1850

2003-02-19

Crédito: European Southern Observatory (ESO).
Telescópio: Very Large Telescope - Antu (Paranal Observatory, ESO).
Instrumento: FOcal Reducer/low dispersion Spectrograph 1 (FORS1).
 
NGC 1850 é um duplo enxame de estrelas na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da Via Láctea a 168 000 anos-luz. Este aglomerado de estrelas é representativo de uma classe de objectos que não tem contrapartida na nossa Galáxia. A peculiariedade de NGC 1850 reside em ter uma natureza dupla: é composta por um enxame globular principal, com cerca de 40 milhões de anos, e um segundo aglomerado, também globular, menor, com apenas 4 milhões de anos e que é essencialmente composto por estrelas extremamente quentes. Estima-se que cerca de 1000 estrelas no aglomerado principal tenham explodido como supernovas nos últimos 20 milhões de anos. Uma teoria propõe que a formação do enxame mais jovem terá sido provocada pelo efeito das supernovas nas nuvens de gás residual à volta do enxame principal. Na imagem, o hidrogénio brilha a vermelho, mostrando que ainda resta muito gás na região. Embora parte deste possa ainda pertencer à nuvem mãe, donde nasceram os dois enxames, a estrutura do gás, com a presença de filamentos, favorece a teoria das supernovas.

Nebulosa planetária NGC 2440

2003-02-21

Crédito: NASA & The Hubble Heritage Team (STScI/AURA).
Telescópio: Hubble Space Telescope (NASA/ESA).
Instrumento: Wide Field Planetary Camera 2 (WFPC2).
 
NGC 2440 é uma nebulosa planetária a 4000 anos-luz de nós, na direcção da constelação da Popa (do Navio). A estrela central evoluiu para anã branca depois de ter ejectado as suas camadas mais externas, dando origem à nebulosa. É uma das estrelas mais quentes que se conhece, com uma temperatura à superfície perto dos 200 000 °C. A estrutura complexa que a rodeia tem desafiado os astrónomos a explicá-la. Uma teoria defende que, periodicamente, desenvolvem-se jactos de matéria a partir da estrela, em direcções opostas. Em cada episódio, estes jactos tomam novas direcções, assim resultando a forma caótica característica da nebulosa. NGC 2440 é rica em nuvens de poeira e algumas estendem-se em longos filamentos escuros que apontam para fora, no sentido oposto à estrela central. A nebulosa brilha devido à fluorescência provocada pela radiação ultravioleta da estrela quente central. NGC 2440 está rodeada por uma nuvem muito maior de gás frio que só pode ser detectada no infravermelho. 

Galáxia espiral NGC 4414

2003-02-22

Crédito: NASA & The Hubble Heritage Team (STScI/AURA).
Telescópio: Hubble Space Telescope (NASA/ESA).
Instrumento: Wide Field Planetary Camera 2 (WFPC2).
 
Esta imagem, com um campo de 2,4 minutos de arco de lado, mostra a galáxia espiral NGC 4414, com um diâmetro de 56 mil anos-luz. A galáxia encontra-se à espantosa distância de 62 milhões de anos-luz, na direcção da constelação da Cabeleira de Berenice. Foi a partir da medição rigorosa do brilho de estrelas variáveis em NGC 4414 que se conseguiu medir com precisão a distância à galáxia. Distâncias desta ordem de grandeza são usadas pelos astrónomos para estimar parâmetros como a constante de Hubble, a idade ou a taxa de expansão do Universo. Nesta imagem podemos ver que a parte central da galáxia, como é típico das galáxias espirais, contém essencialmente estrelas velhas de cores amarela e vermelha. Os braços espirais parecem azulados, resultado da formação, em curso, de estrelas jovens, azuis. Os braços espirais são igualmente ricos em nuvens de gás e poeira interestelares, que na imagem aparecem como estruturas escuras contrastadas pelo fundo de luz estelar.

Nebulosa planetária NGC 3132

2003-02-23

Crédito: NASA & The Hubble Heritage Team (STScI/AURA).
Telescópio: Hubble Space Telescope (NASA/ESA).
Instrumento: Wide Field Planetary Camera 2 (WFPC2).
 
Esta imagem da nebulosa planetária NGC 3132, obtida pelo Hubble, foi colorida por forma a traduzir as diferentes temperaturas do gás em expansão em torno da estrela central. A azul, temos o gás mais quente, confinado à região mais interna da nebulosa, enquanto que, a vermelho, temos o gás mais frio, na orla externa. Um conjunto de filamentos aparece bem patente na imagem, em particular, um grande filamento que parece atravessar a nebulosa. Estes filamentos são constituídos por poeira que se condensou a partir dos gases em expansão. As partículas de poeira são ricas em elementos como o carbono. NGC 3132 tem um diâmetro de cerca de 0,5 anos-luz e encontra-se a uma distância de aproximadamente 2000 anos-luz. É uma das nebulosas planetárias mais próximas do nosso Sistema Solar. Os gases que se encontram em expansão afastam-se da estrela central a uma velocidade de cerca de 15 km/s. No centro da nebulosa podemos ver 2 estrelas, uma brilhante e uma mais fraca. A estrela que produziu a nebulosa planetária é, na verdade, a mais fraca das duas.
  
Galáxia com anel polar NGC 4650A
2003-02-24

Crédito: NASA & The Hubble Heritage Team (STScI/AURA).
Telescópio: Hubble Space Telescope (NASA/ESA).
Instrumento: Wide Field Planetary Camera 2 (WFPC2).
 
Localizada a 130 milhões de anos-luz, NGC 4650A é uma das 100 galáxias contendo um anel polar que se conhecem. Esta estrutura não é ainda totalmente compreendida, mas pensa-se que resulta da colisão colossal de duas galáxias, há mais de mil milhões de anos. Os restos de uma das galáxias transformou-se no disco central interior (horizontal na imagem). O seu aspecto regular e liso indica que é um sistema denso, composto por estrelas velhas e vermelhas, e que contém pouco gás e poeira. A outra galáxia, de menor dimensão que a primeira, foi desfeita durante a fusão e os seus restos formaram um anel de poeira, gás e estrelas, que orbita o disco central perpendicularmente. É o anel polar (vertical na imagem). Condensações brilhantes de cor azulada são especialmente proeminentes nas zonas mais externas do anel polar, indicando regiões de estrelas jovens azuis, nascidas após o desastre galáctico. O anel polar não se encontra exactamente no plano vertical, mas apresenta um elevado grau de distorção. 

Galáxia espiral NGC 7742

2003-02-25

Crédito: NASA & The Hubble Heritage Team (STScI/AURA).
Telescópio: Hubble Space Telescope (NASA/ESA).
Instrumento: Wide Field Planetary Camera 2 (WFPC2).
 
A galáxia espiral NGC 7742 é uma galáxia Seyfert 2 - um tipo de galáxia espiral activa, com um núcleo central muito brilhante onde se pensa que se esconde um buraco negro de massa elevada. O nome deste tipo de galáxia deve-se a Carl Seyfert que, em 1943, efectuou um estudo sistemático de galáxias espirais, cujos núcleos compactos e muito brilhantes pareciam mostrar sinais de intensa actividade. A cerca de 72 milhões de anos-luz, na constelação do Pégaso, NGC 7742 encontra-se virada de frente para nós, destacando-se claramente o núcleo central amarelo, com cerca de 3000 anos-luz de diâmetro. À sua volta, distribui-se uma estrutura em forma de anéis, com regiões azuladas, ricas em formação de estrelas, e braços espirais apertados, pouco brilhantes. A luminosidade duma galáxia Seyfert pode variar em períodos que vão desde apenas uns dias, até meses.

 Fonte:
Imagens do Dia 
PORTAL DO ASTRÔNOMO - Portugal

terça-feira, 10 de agosto de 2010

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

 


Inteligência Artificial

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Agora os pesquisadores vão colocar toda a inteligência visual do cérebro robótico em um equipamento leve, que possa ser usado como se fossem óculos, para ajudar pessoas com deficiências visuais ou cognitivas a melhorarem sua mobilidade.  15/07/2009  Leia mais...

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        Inteligência Artificial

Fonte:INOVAÇÃO Tecnológica
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/

 
 



QUARTA PROPRIEDADE DO ELÉTRON



Cientistas iniciam busca pela quarta propriedade do elétron

Cientistas iniciam busca pela quarta propriedade dos elétrons
Cientistas criaram um novo material que permitirá a medição de um elusivo dipolo elétrico do elétron, necessário para dar sustentação a teorias sobre a criação do Universo.[Imagem: Forschungszentrum Juelich)
Propriedades dos elétrons
Elétrons são partículas elementares com carga negativa que giram em torno do núcleo, formando as "camadas" externas dos átomos e dos íons.
Essa informação, ou algo muito semelhante, está na maioria dos livros-texto e você deve sabê-la de cor se quiser sair-se bem no vestibular ou exame do Enem.
Mas, muito brevemente, essa lição básica de física poderá exigir uma complementação.
E não será apenas isso. Ao contrário de experimentos gigantescos, como o LHC, um pequeno pedaço de cerâmica, que permite estudar os elétrons em detalhes, poderá explicar porque há muito mais matéria do que antimatéria no Universo.

Dipolo elétrico do elétron
Muitos físicos acreditam que os elétrons têm um momento de dipolo elétrico permanente.
Como os pólos magnéticos norte e sul de um ímã, existem também dois pólos elétricos.
Um momento de dipolo elétrico geralmente é criado quando cargas positivas e negativas são separadas espacialmente.
No caso dos elétrons, a situação é muito mais complicada porque os elétrons não deveriam ter realmente qualquer dimensão espacial.

Matéria e antimatéria
Apesar disso, muitas teorias físicas vão além do Modelo Padrão da física de partículas elementares e de fato baseiam-se na existência de um momento de dipolo.
E não são teorias quaisquer, são teorias que tentam explicar como o Universo foi criado.
Segundo as teorias mais aceitas atualmente, há cerca de 13,7 bilhões de anos, o Big Bang teria criado quantidades iguais de matéria e de antimatéria.
Mas matéria e antimatéria destroem-se mutuamente. Logo, nada deveria ter permanecido. Na realidade, porém, criou-se muito mais matéria do que antimatéria.
Um momento de dipolo elétrico do elétron poderia explicar este desequilíbrio.

Titanato de bário-európio
Até agora, porém, ninguém conseguiu provas da existência deste suposto momento de dipolo, eventualmente porque as técnicas atuais simplesmente não são sensíveis o suficiente.
Mas um pequeno pedaço de cerâmica está para mudar toda essa história. Marjana Lezaic e Konstantin Rushchanskii, da Universidade da Califórnia em Santa Barbara, nos Estados Unidos, projetaram essa cerâmica simulando o comportamento quântico dos átomos em um supercomputador.
A cerâmica é o titanato de bário-európio, que tem algumas propriedades muito especiais, permitindo a realização de medições 10 vezes mais sensíveis do que foi feito até hoje. "Isto deverá ser suficiente para localizar o momento de dipolo elétrico do elétron," afirmam os físicos.
A ideia é usar um magnetômetro SQUID, o sensor magnético mais sensível já construído, para medir a magnetização do pedaço de cerâmica quando ele for submetido a um campo elétrico.

Paralelo e antiparalelo
Como um momento elétrico não pode ser medido diretamente, os cientistas esperam demonstrar uma mudança na magnetização quando o campo elétrico é invertido. Isto seria um indício da existência do elusivo momento do dipolo elétrico.
Cientistas iniciam busca pela quarta propriedade dos elétrons
Se o campo elétrico for invertido, os momentos de dipolo dos elétrons serão revertidos, levando, consequentemente, a uma mudança simultânea mensurável na magnetização. [Imagem: Rushchanskii et al./Nature Materials]
Em um elétron, um dipolo elétrico só pode ser orientado paralelamente ou antiparalelamente ao spin do elétron. Em um campo elétrico, a maioria dos elétrons são orientados de tal forma que seu momento dipolo é paralelo ao campo. Poucos são orientados na outra direção.

Isso deve levar a uma magnetização mensurável. Se o campo elétrico for invertido, os momentos de dipolo dos elétrons serão revertidos, levando, consequentemente, a uma mudança simultânea mensurável na magnetização.
Se não existir um momento de dipolo elétrico, a magnetização deverá permanecer inalterada.

Efeitos indesejados
Uma equipe da Universidade de Praga, na República Tcheca, já sintetizou e caracterizou o material em laboratório, confirmando as propriedades calculadas pelos colegas norte-americanos.
Mas o cobiçado momento de medir o dipolo do elétron ainda não chegou. "Efeitos indesejados ainda estão inibindo as medições," conta Lezaic, sem esconder a decepção. "Mas estamos trabalhando intensamente na melhoria do material."

 Fonte: INOVAÇÃO Tecnológica
Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/08/2010
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/