sábado, 30 de junho de 2012

ORIGEM E FORMAÇÃO DAS ESTRELAS




Origem e formação das estrelas

O que são as estrelas e as nebulosas? Astrofísica e física da origem, nascimento e formação de novas estrelas no espaço para crianças. Características do universo nas nebulosas ou nébulas do espaço. Supernovas e origem das estrelas de nêutrons.  

BURACOS NEGROS E AS ESTRELAS

ASTROFÍSICA GLOBAL

Teoria da Equivalência Global Mª José T. Molina  
 
1.b) Origem e formação das estrelas no espaço
  • O que são as estrelas?
    Na página anterior sobre os buracos negros já disse que as estrelas são buracos negros que inverteram o seu processo de absorção de energia eletromagnética pelo de emissão da mesma, ao mudar a relação de forças com a zona do espaço exterior circundante.

    De repente, apareceu-nos um novo estado da matéria que se parece a um grande núcleo atômico, é o estado de plasma; chamam-se estrelas e emitem muita luz. Para o nascimento de uma estrela é necessária a prévia existência de um buraco negro ou a união gravitacional de grande quantidade pó cósmico e elementos ligeiros.

    As características do que são as estrelas neste novo conceito da Astrofísica Global para crianças explicaria a existência de tanto hidrogênio e que, ao mesmo tempo, a estrela não exploda ou reaja em pouco tempo. De uma forma muito simplificada pode dizer-se que o interior da estrela é formado por partículas subatômicas que, segundo se vão desfazendo as espirais, vão reagindo e criando ou liberando átomos de hidrogênio que, por sua vez, alimenta as reações de fusão nuclear.

    Da mesma forma, quando as espirais ou caracóis do interior das estrelas se desfazem, por vezes fazem-no de forma brusca e libertando muita energia pela descompressão da massa, permitindo que a globina recupere o seu volume, por outras palavras, justamente as características contrárias à criação das espirais. Estas características das estrelas seriam consistentes com os ciclos solares observados.

    Há que sublinhar que os dois fenômenos de expansão e contração do universo são coerentes com as observações da Astronomia disponíveis em Astrofísica.

  • Nébulas ou nebulosas.
    Existem grandes regiões no espaço chamadas nébulas, onde se concentra o nascimento e formação de numerosas estrelas, como a Nebulosa Tarântula da figura.
    A Wikipédia diz que as nébulas se encontram também em estado de plasma.
    Outro exemplo da existência de regiões com buracos negros ou processos de formação de massa e de nascimento e formação de estrelas seria o pó cósmico na Via Láctea NGC 281 Bok Globules citado na página sobre os buracos negros.

  • Origem, nascimento e formação de estrelas para crianças.
    Se numa nebulosa a tensão eletromagnética é muito elevada haverá uma tendência à criação de partículas elementares com massa, e se a tensão é suficiente o processo não parará e surgirão pequenos buracos negros.

    Agora, se essa região do espaço ou nébula com grande energia eletromagnética é, ao mesmo tempo, algo instável em relação a fortes variações da tensão eletromagnética, os buracos negros em formação poderão reverter o seu processo e converter-se em estrelas, o que por sua vez tornará mais variável a energia eletromagnética na referida nebulosa.

    Nebulosa Tarântula NGC 2074
    Tormenta de novas estrelas
    NASA and STScI-Hubble Team
    (Imagem de domínio público)

    Nebulosa Tarântula Tormenta de novas estrelas

    Em qualquer caso, que um buraco negro acabe em estrela é uma questão de tempo, e já se sabe que não é fácil parar o tempo.
    Convém recordar que nestas regiões do espaço ou nebulosas, como em qualquer outra região, existe uma tendência para o equilíbrio de forças elásticas. O particular das nebulosas será que a instabilidade provoca pontos de equilíbrio dinâmico de forma que invertem certos processos da globina ou estrutura reticular da gravidade.

    Como assinala a Wikipédia, os processos de formação de estrelas não estão totalmente explicados, mas neles influem numerosas variáveis, como a composição e concentração de pó cósmico, o campo magnético, a temperatura, a pressão, processos de fusão nuclear, proximidade a explosões anteriores de supernovas, etc.

    Numa análise superficial poderia pensar-se que a existência de pó cósmico em regiões tão grandes do universo ou nebulosas se poderá dever à explosão de um grande buraco negro com pó no seu interior. Contudo, a mim parece-me mais lógico pensar na existência de energia eletromagnética, talvez com dupla ou tripla torção.

    Essa energia converte-se primeiro em elementos ligeiros ou pó cósmico ao longo do espaço pelas irregularidades destes processos tão violentos. No caso destes processos com grande intensidade, primeiro o pó negro se juntaria pela força de gravitação o suficiente para ser a origem da formação de estrelas quando se inverte o processo. A ciência Astrofísica fala de tempestade de estrelas.

  • Morte das estrelas e supernovas para crianças. Seguindo com a argumentação anterior sobre a liberação das espirais da matéria no interior das estrelas. Quando se aproxima a morte de uma estrela, por aproximar-se o final das espirais ou caracóis que a forma, dependendo da massa compacta que exista e das espirais restantes que se liberem de repente, pode produzir-se no espaço uma brusca explosão da estrela ou supernova.

    • Experiência física para crianças. Pense-se no que acontece quando se vão desfazendo caracóis de elásticos, uma característica típica dos mesmos é que o fenômeno da morte ou final do caracol não é contínuo, mas sim por puxões; visto que por vezes um caracol faz de chave dos seguintes. O último puxão tem tendência a ser o maior de todos. Pelo menos isto pressupõe uma razão para a existência do fenômeno conhecido em Astrofísica como supernovas.
       
      Convém assinalar que a ciência da Astronomia observou a expansão do universo no espaço, primordialmente no caso de supernovas ou morte de estrelas com uma grande explosão.
      No próximo apartado explicaremos o conceito de energia escura, a sua origem e a sua relação com a expansão do universo.

  • Variações de atividade na vida das estrelas. As variações de atividade na vida das estrelas seriam provocadas por um dos puxões intermédios ou finais ao desfazerem-se os caracóis que conformam as partículas com massa das estrelas, mas que não chegam a provocar uma supernova. Um caso típico seriam as épocas com fortes chamas solares ou ciclos solares.
     
  • Origem e formação das estrelas de nêutrons para crianças. Existem diversos tipos de estrelas com características especiais em função do seu tamanho, da sua massa, etc.
    Uma classificação das estrelas é a que permite conhecer se no final se produzirá uma explosão ou supernova que dê lugar a uma estrela de nêutrons.

    Depois da explosão das supernovas tipo II formam-se estrelas de nêutrons, devem ter uma massa superior a 9 ou 10 vezes a do Sol e menor que outro limite. A origem e processo de formação das estrelas de nêutrons parecem mais ou menos conhecidos tendo em conta o que se explica na Wikipédia; mas as razões pelas que acontecem as coisas continuam a estar um pouco ausentes e poderiam denominar-se razão escura.

    Como descrevi anteriormente, as estrelas emitem luz e no seu interior vão-se libertando espirais tridimensionais devido à diferença de potencial eletromagnético entre a estrela e a estrutura reticular que a rodeia nas três dimensões espaciais, o que vai desfazendo literalmente a massa da estrela ao mesmo tempo que se criam elementos mais pesados, como na reação de fusão do hidrogênio.

    Depois da explosão da supernova no espaço haverá uma diferença de potencial muito maior que antes devido à rápida e enorme libertação de energia eletromagnética, que acabará com todas as partículas com carga. Ou seja, os prótons desfazem-se como se desfez a estrela ou então se convertem em nêutrons. Em síntese, o processo acaba numa estrela de nêutrons, como assinala a Wikipédia nas suas páginas sobre a ciência de Astronomia.
     
    Outra possibilidade é que se a estrela de nêutrons fosse muito grande começaria a atrair massa e a converter-se num buraco negro, mas eu diria que de uma configuração espacial diferente, dada a inicial diferença de potencial eletromagnético existente nessa zona.

    Ou seja, se a estrela é dextrogira, o novo buraco negro será levogiro e vice-versa, visto que se começaram a criar espirais e caracóis, mas em sentido contrário, ou se se prefere, no sentido da torção que desfez a estrela morta ou convertida em estrela de nêutrons.

    Digamos que são sistemas de equilíbrio dinâmico, mas a uma escala muito grande. Não esqueçamos que dentro dos portões e nêutrons existem três quarks, dos quais um tem carga contrária aos outros dois, como assinala a Cromodinâmica Quântica e explica-se também no livro da Mecânica Global.
Estrela Capella- Alfa de Aurigae
Li 
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Fonte:
http://www.molwick.com/pt/astrofisica/520-estrelas.html


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A NATUREZA O NASCIMENTO DAS ESTRELAS



Como molda a natureza o nascimento das estrelas

2012-05-16


Imagem do enxame globular de estrelas de grande massa R136, na Grande Nuvem de Magalhães, obtida pelo telescópio espacial Hubble. R136 é potencialmente (embora sem confirmação) um local de nascimento de estrelas com massa muito maior que a observada, hoje em dia, nas regiões ditas \"normais\" de formação de estrelas. Crédito: NASA, J. Trauger (JPL), J. Westphal (Caltech). 
 
Usando a última palavra em simulações de computador, uma equipa de astrónomos da Universidade de Bona, Alemanha, encontrou a primeira evidência de que o modo como as estrelas
se formam depende do seu ambiente de nascimento. A equipa publicou os seus resultados no Monthly Notices da Royal Astronomical Society.

Pensa-se que as estrelas se formam no espaço interstelar a partir de nuvens escuras de gás e poeira. Julga-se que as condições existentes no poeirento ambiente de nascimento determinam as suas propriedades, da mesma forma que a temperatura e a constituição de nuvens na atmosfera da Terra
determinam se iremos ter chuviscos, aguaceiros ou granizo. Em contraste, até agora, as estrelas têm inesperadamente parecido formar-se da mesma maneira em todos os lugares. "Os locais de formação de estrelas são as regiões de mau tempo de uma galáxia
e as estrelas em formação são, numa analogia muito grosseira, como gotas de chuva condensando-se a partir do material aí existente", comenta o Prof. Dr. Pavel Kroupa, membro da equipa.

O grupo de cientistas tem agora provas de que a distribuição da massa
das estrelas depende, de facto, do ambiente em que se formam. "Surpreendentemente, esta evidência não nos chega de regiões jovens com formação de estrelas em curso, mas de uma classe muito antiga de objectos, chamados enxames globulares de estrelas", diz o Dr. Michael Marks, principal autor do novo artigo. "O número de estrelas com menos massa que o nosso Sol
observadas em enxames globulares está em desacordo com a sua estrutura."

Os enxames globulares são enormes aglomerados com milhares estrelas em redor da nossa galáxia, a Via Láctea
. A formação de estrelas nesses enxames terminou há milhares de milhões de anos. "No entanto, usando as nossas simulações, descobrimos que a ligação entre a formação de estrelas e o seu ambiente do nascimento pode ser compreendida quando se invoca um processo que ocorre muito cedo na vida de qualquer enxame, chamado expulsão de gás residual", prossegue Marks.

Assim que uma estrela completa a sua formação, começa a brilhar, e, eventualmente, a radiação
proveniente do enxame de estrelas recém-nascidas expulsa rapidamente o gás a partir do qual as estrelas se formaram. A região de nascimento de estrelas é então destruída, deixando para trás estrelas de diferentes massas. "Este processo leva à expansão de todo o agregado estelar com a simultânea remoção de algumas das estrelas do enxame pela atracção gravitacional da jovem Via Láctea. Quanto mais depressa o gás é expelido, mais forte é a expansão e mais estrelas são removidas ", explica Kroupa. E acrescenta: "As marcas deste processo ainda são visíveis na actual distribuição de massa". Isto significa que o conteúdo estrelar inicial dos enxames globulares pode ser reconstruído através de observações atentas das suas actuais populações.

Os astrónomos depreendem que os enxames globulares se devem ter formado com muito mais estrelas de grande massa do que as que hoje são enumeradas em regiões individuais de formação de estrelas. "Caso contrário, a região de nascimento de estrelas a partir da qual se forma um enxame globular não era destruída de forma suficientemente rápida e a consequente expansão era demasiado fraca para remover estrelas suficientes do enxame", diz Marks. "Se isso tivesse acontecido a distribuição de massa das estrelas que vemos hoje seria bem diferente". As diferenças deduzidas no número de estrelas de grande massa formadas em enxames globulares, dependendo das condições da nuvem de gás e poeira, estão realmente de acordo com o esperado na teoria.

Segundo os resultados, só surgem diferenças no conteúdo inicial de estrelas quando as condições nas regiões de nascimento estelar são extremas em comparação com aquelas que vemos hoje. "Não observamos estes ambientes extremos nos dias de hoje, mas eles podem muito bem ter sido frequentes quando os enxames globulares nasceram, há cerca de 12 mil milhões de anos", afirma Marks. O trabalho prevê que, na Via Láctea de hoje, as estrelas se formem, em locais diferentes, da mesma maneira, com a mesma escala de massas.

Kroupa resume os resultados: "Com este trabalho, podemos ter descoberto as, há muito esperadas, diferenças sistemáticas no processo de formação de estrelas". Os astrónomos de Bona planeiam agora usar outras simulações para estudarem o efeito destas diferenças na evolução a longo prazo dos enxames globulares.

Li 
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Fonte:
 http://www.portaldoastronomo.org/noticia.php?id=805


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quinta-feira, 28 de junho de 2012

COMO NASCE UMA ESTRELA




    Nasce uma estrela

    Ao contrário do que você pode estar pensando, não se trata de uma atriz ficando famosa, mas de uma estrela mesmo! Aqueles pontinhos luminosos que vemos no céu à noite, que parecem tão eternos e imutáveis, também têm um ciclo de vida: nascem crescem e morrem. Vamos dar uma olhadinha no ciclo desses astros.

    As estrelas nascem nas nebulosas, que são imensas nuvens de gás compostas basicamente de Hidrogênio e o Hélio (os elementos mais comuns no Universo). Pode haver regiões da nebulosa com maior concentração de gases. Nessas regiões a força gravitacional é maior, o que faz com que ela começe a se contrair. Quando um gás se contrai, ele esquenta (note por exemplo que, ao encher um pneu de bicicleta, a bomba fica quente porque o ar foi comprimido). Por isso a temperatura desses gases vai aumentando. A temperatura final vai depender do tamanho dessa região mais densa. Se houver muito gás a temperatura aumentará o suficiente para "acender" o combustível nuclear e iniciar a queima do Hidrogênio (fusão nuclear), isso libera muita energia: nasce uma estrela! Caso contrário, se não há massa suficiente, após a contração o objeto começa a se esfriar, é o que chamamos de Anãs Marrons. Esse tipo de astro produz muito pouca energia, são mais parecidos com planetas como Júpiter do que com as estrelas. A massa mínima para acender as reações nucleares e formar uma estrela é de 50 vezes a massa de Júpiter.

    No início as estrelas produzem o Hélio a partir do Hidrogênio (H), depois o Hélio (He) é queimado produzindo Lítio, e assim por diante. Dessa forma elas vão criando elementos novos. Essas reações ocorrem na região mais central, denominada núcleo. O que mantém as estrelas estáveis é um equilíbrio entre a força gravitacional (que tende a puxar todo o seu conteúdo para o centro) e a pressão (que faz com que os gases se expandam). Quanto maior a temperatura, maior a pressão.

    Os tamanhos das estrelas podem ser bem diferentes. O seu diâmetro pode variar de um centésimo do diâmetro do Sol, até mil vezes esse tamanho. Para se ter uma idéia, o diâmetro do Sol é de 1 milhão e 400 mil quilômetros, aproximadamente cem vezes maior que o da Terra.

    À medida que as estrelas vão queimando o seu combustível nuclear a temperatura (no seu centro) vai aumentando, isso faz com que elas se expandam virando o que chamamos de Gigantes Vermelhas. Quando o Sol atingir essa fase engolirá Mercúrio, Vênus e a Terra, chegando próximo à órbita de Marte. Não se desespere, ainda faltam uns 4 bilhões de anos para isso acontecer! O Sol é uma estrela de meia idade, existindo a 4,5 bilhões de anos.

    A morte de uma estrela vai depender de sua massa. Se ela tiver menos que oito vezes a massa do Sol, ela se esfriará lentamente virando uma Anã Branca. A estrela libera alguns gases, que ficam entorno dela formando uma Nebulosa Planetária. As Anãs Brancas podem ter tamanhos comparáveis aos da Terra, porém com massas próximas às do Sol. Dessa forma uma colher de chá desse tipo de estrelas pesaria uma dezena toneladas! Se a estrela tiver uma massa maior que oito vezes a do Sol, ela terá uma morte catastrófica. 

Como dissemos antes, as estrelas vão produzindo elementos novos, o que libera energia. Isso ocorre para todos os elementos mais leves que o ferro. Já para produzir este último consome-se energia. Assim na produção do ferro grande parte da energia da estrela é sugada, e ela acaba resfriando-se repentinamente. O núcleo é totalmente transformado em ferro em poucas horas! Dessa forma a pressão cai bruscamente e as camadas externas começam a despencar em direção ao centro da estrela, ali encontram-se com o núcleo sólido de ferro e quicam, sendo ejetadas para o espaço sideral a altas velocidades: É o que chamamos de Supernova. Com a energia dessa explosão são produzidos todos os elementos mais pesados que o ferro. Os gases liberados no espaço dão origem a uma nova nebulosa (na qual poderão surgir novas estrelas).

    O destino do que sobrou no núcleo é novamente ditado pela massa. Se esta for menor que 2 ou 3 vezes a massa do Sol ele virará uma estrela de nêutrons. Se for maior, dará origem a um buraco negro.

    O Universo era composto inicialmente só de H e He, portanto toda a matéria que nós conhecemos foi produzida nas estrelas! Tem mais: como aqui na Terra nós encontramos todos os elementos mais pesados que o ferro, isto significa que a nebulosa que deu origem ao Sol (e à Terra) é proveniente da explosão de uma supernova. Nós somos então poeira de estrelas!


Não confunda
As estrelas produzem a sua energia por um mecanismo chamado fusão nuclear. Nesse processo dois elementos simples se fundem para produzir um elemento mais pesado, liberando muita energia.
Não confunda com a fissão nuclear, processo utilizado nas usinas nucleares. Neste caso ocorre exatamente o contrário da fusão: Átomos muito pesados (como o Urânio) são quebrados, liberando energia. Infelizmente o resíduo desse processo é radioativo. 
   
Fotos de nebulosas planetárias com anãs brancas em seu centro.
 
 Estrelas de nêutrons
Essas estrelas são o resíduo da explosão de uma supernova. O diâmetro de uma estrela de nêutrons é de uns 10 Km. Como elas tem massas um pouco maiores que a do Sol, são objetos inimaginavelmente densos: uma colher de chá de uma estrela de nêutrons pode pesar um milhão de toneladas!
Algumas giram muito rápido, dando uma volta a cada milésimo de segundo!
As estrelas de nêutrons podem tem um campo magnético muito forte, o que faz que as ondas de rádio sejam emitidas num feixe estreito. Ao girar o pulso pode passar pela Terra, isso faz com que essas estrelas pareçam faróis cósmicos: daí vem o nome de Pulsar.
 
     
    Foto da nebulosa de caranguejo. Ela é o resíduo da explosão de uma supernova. Em seu centro foi detectado um pulsar (estrela de nêutrons).
Como esses estros podem ser tão densos? De onde vem o nome Estrela de Nêutrons?
Para responder a essas perguntas é preciso entender um pouquinho como é a estrutura da matéria. A matéria que compõe todos os objetos que encontramos na Terra está sob a forma de átomos. Os átomos tem um núcleo minúsculo formado essencialmente de nêutrons e prótons, e uma nuvem de elétrons (quase pontuais) circundando-o. Para se ter uma idéia do tamanho do núcleo, pense num átomo como sendo o Marcanã (a nuvem de elétrons se estende até a arquibancada), o núcleo seria do tamanho de uma bola de futebol colocada no meio do campo! A matéria ordinária é então cheia de vazios! 

Já numa estrela de nêutrons não há mais átomos, todos os prótons se juntaram ao elétrons formando nêutrons. No mesmo espaço que ocupava um átomo, há agora uma massa um trilhão de vezes maior. É como ter o Maracanã repleto de bolas
até o teto.

Buracos negros
Esses objetos misteriosos e tão falados são o resultado de explosão de uma estrela com muita massa. A força gravitacional é tanta, que nada pode impedir que a sua matéria caia indefinidamente até o centro. Em princípio esses objetos seriam pontuais, mas possuem massas bem maiores que a do Sol! Próximo ao buraco negro o campo gravitacional é muito intenso. Existe uma certa distância do buraco negro, chamada de horizonte dos eventos a partir da qual nada pode sair, nem a luz! Mas ao contrário do que muita gente pensa, a atração gravitacional fora do horizonte é a mesma que seria produzida por qualquer outro corpo de mesma massa. No entanto esta pode aumentar sem limites à medida que o buraco vai sugando material próximo, e por isso um único buraco negro poderia vir a ter a massa de milhões de estrelas. Para compreender esses objetos é preciso entender um pouco da teoria da relatividade geral de Einstein. Mesmo assim ainda há muitas dúvidas acerca desses astros, despertando o interesse de muitos cientistas. 

Como podemos ver esses objetos, já que eles não emitem luz? 
Um buraco negro não pode ser visto diretamente. No entanto, a matéria que é sugada por ele começa a girar muito rápido entorno do buraco negro, formando um disco que emite muita luz.
 
 
O disco que vemos nessa imagem possivelmente seja o traço da presença
 de um buraco negro. Foto do telescópio espacial Hubble. (NGC4261)

NASCIMENTO DE ESTRELAS

Prof. Renato Las Casas e Divina Mourão (30/11/98)


HUBBLE FOTOGRAFA O NASCIMENTO DE ESTRELAS EM TODO O UNIVERSO


O telescópio espacial Hubble, há oito anos no espaço, tem revolucionado a Astronomia, respondendo a antigas questões formuladas pela humanidade e trazendo à frente de nossos olhos um universo muitas vezes até então impensado. Como nascem as estrelas? Como são formados os mundos? No final do século XX, cientistas consideram que as discussões sobre os processos fundamentais referentes a algumas dessas questões milenares estão praticamente encerradas devido ao êxito das pesquisas do Hubble.
 

Nebulosa de Orion
A nebulosa de Orion, nesta época, pode ser observada durante toda a noite.

Nas galáxias, existem muita poeira e gás. Aproximadamente ¾ da massa de uma galáxia está entre as estrelas na forma de poeira e gás.
 
Uma nebulosa é basicamente uma imensa nuvem de gás e poeira entre as estrelas. Excitadas pela radiação das estrelas vizinhas, as moléculas desses gases, quando voltam ao seu estado fundamental, emitem a luminosidade que faz com que possamos ver a nebulosa.
 
Uma nebulosa especialmente bela, próxima ao Sol (1.500 anos-luz) e muito observada por astrônomos profissionais e amadores, é a Nebulosa de Orion, assim chamada por se encontrar na constelação de Orion - a referência a essa constelação são as três estrelas conhecidas por Três Marias. 
 
discos protoplanetários
 




Somente em uma pequena região dessa nebulosa (2,5 anos-luz de extensão), o telescópio Hubble, em novembro de 95, fotografou mais de 150 estrelas em formação. O mais importante dessas imagens, contudo, é a constatação da existência de discos de poeira e gás em torno dessas estrelas jovens (aproximadamente um milhão de anos).


Nesses discos, 99% são gases e 1% poeira; mesmo assim são opacos à luz emitida pelos gases da nebulosa que se encontram ao fundo, permitindo assim a sua observação. O diâmetro desses discos protoplanetários observados em Orion são da mesma ordem de grandeza do sistema solar.
Essas imagens por si só são extremamente fortes em favor da teoria de que as estrelas se formam pela contração de imensas nuvens de gás e poeira interestelar e que nesse processo, concomitantemente à formação da estrela central, forma-se em torno todo sistema planetário.

NOS QUATRO CANTOS DO COSMO

Nebulosa da Águia
 







Também em novembro de 1995, o Hubble surpreendeu os astrônomos de todo o mundo com imagens de uma estrutura nebular na Nebulosa da Águia (Ml6), até então impensada (ela se encontra a 7.000 anos-luz da Terra, na Constelação da Serpente). Nestas fotos é possível ver estrelas se formando sem uma espessa nuvem de poeira em volta.
 
As colunas que aparecem nestas fotos são como que paredes de vastas nuvens de poeira e hidrogênio molecular, dentro das quais existem as condições necessárias para o processo de contração que resultará na formação de estrelas. A forte radiação de estrelas recém formadas dentro dessas nuvens empurra os gases menos densos para longe, deixando à mostra as regiões centrais de formação de novas estrelas nas regiões próximas às bordas das nuvens.
 
NGC 604 é uma imensa nebulosa (1.500 anos-luz de extensão) que se encontra próxima à borda de M33 (2.700.000 anos-luz da Terra), uma galáxia espiral como a nossa. Detalhes da estrutura dessa nebulosa, obtidos pelo Hubble em agosto de 96, têm clareado muitos pontos referentes à formação das estrelas e à evolução do meio interestelar.
 


A galáxia M33 e, dentro dela, no quadrado
assinalado, a Nebulosa NGC 604, detalhada pelo Hubble.



COLISÕES AUMENTAM NASCIMENTOS

 
Nebulosa da Águia
 
Colisão entre galáxias é um fenômeno relativamente comum no universo. Em outubro de 94, o Hubble fotografou a Roda de Carruagem (500 milhões de anos-luz da Terra). Ela nada mais é que uma galáxia deformada por uma colisão que acabou de acontecer. Uma das duas galáxias menores, vistas à direita na foto, atravessou a galáxia maior, vista à esquerda. Como uma pedra atirada em um lago que cria uma onda em sua superfície, essa colisão provocou uma onda na galáxia maior que segue empurrando gases e poeira a uma velocidade superior a 600 mil quilômetros por hora.

Na frente dessa onda, em uma região de largura suficiente para conter toda a nossa galáxia, enquanto milhões de estrelas morrem em explosões que emitem grande luminosidade por curtos intervalos de tempo, outras estrelas vão nascendo e emitindo a luz azulada característica de suas altas temperaturas iniciais. 

É essa a origem da forte radiação emitida pelo "anel" da Roda de Carruagem. Essa galáxia, possivelmente, era uma gigantesca galáxia espiral antes da colisão. Os detalhes da imagem têm ajudado muito no entendimento da formação de estrelas de grandes massas, em grandes nuvens fragmentadas. 

Em outubro de 97, o Hubble fotografou a Galáxia da Antena (63 milhões de anos-luz de nós). São duas galáxias em pleno processo de colisão - a duração de uma colisão de galáxias é de alguns milhões de anos; intervalo de tempo curto se trata da vida de uma galáxia.
 
Na região central (foto do Hubble), próximo ao núcleo das galáxias, são vistos detalhes de até 15 anos-luz de extensão. Os pontos mais brilhantes são aglomerados de estrelas recém-nascidas, emitindo radiação azulada.
      O Hubble descobriu mais de mil desses aglomerados originados pela colisão entre essas duas galáxias, vários deles contendo mais de um milhão de estrelas cada.
 
FORMAÇÃO DO SISTEMA SOLAR
A formação do sistema solar e a formação do universo são eventos separados no tempo e no espaço. O universo se formou a 16 bilhões de anos, a nossa galáxia a 13 bilhões e o sistema solar a apenas 4,5 bilhões. 

A quase totalidade da massa do sistema solar (mais de 99%) está no Sol. Só na nossa galáxia existem centenas de milhões de outras estrelas como o sol. 

Uma unidade de distância muito usada na astronomia é o ano-luz, que equivale à distância que a luz percorre em um ano, correspondente a 9,5 trilhões de quilômetros. A distância entre a Terra e o Sol é de 150 milhões de Km, ou aproximadamente vinte milésimos de milésimos de ano-luz. A distância de Plutão (o planeta mais distante) ao Sol é de aproximadamente 60 centésimos de milésimo de ano-luz. As distâncias entre as estrelas são muito maiores. Próxima Centauro, a mais próxima do Sol, está a 4,2 anos-luz. O diâmetro de nossa galáxia é de 100.000 anos-luz e o diâmetro do universo conhecido, aproximadamente 30 bilhões de anos-luz.





 
Comparação entre os tamanhos do Sol e de seus planetas

CONTRAÇÃO NEBULAR
As estrelas nascem, vivem e morrem. Elas se formam devido à contração de imensas nuvens de gás e poeira que existem nas galáxias. Atualmente, há fortes evidências a favor da teoria de que nesse processo, concomitantemente à formação da estrela, forma-se todo um sistema planetário em torno. Teria sido assim com o sistema solar, a 4,5 bilhões de anos.
 
CONTRAÇÃO E ROTAÇÃO
Alguns fatores já são conhecidos como os responsáveis pelo início do processo de contração das nuvens interestelares; entre eles, uma onda de pressão provocada pela morte de uma estrela vizinha em uma grande explosão. À medida que uma nuvem interestelar se contrai, ela se põe a girar, de maneira semelhante à água de uma pia quando escorre pelo ralo.
 
ROTAÇÃO E ACHATAMENTO
Quanto mais uma nuvem interestelar se contrai, mais rápido se põe a girar. À medida que gira, vai se "achatando" em um plano. Esse fenômeno é análogo ao que acontece quando giramos uma massa pastosa em torno de um eixo. É assim que muitos pizzaiolos abrem as massas de suas pizzas. Passamos a ter, então, depois de um período de milhões de anos, uma estrela com a massa de quase toda a nuvem primordial se formando no centro de um disco (protoplanetário) de gás e poeira. Mais de 150 estrelas nesse estágio de formação foram fotografadas pelo telescópio espacial Hubble na Nebulosa de Orion.
 
COLISÃO E AGLUTINAÇÃO
Em mais alguns milhões de anos se formarão os planetas, cometas e asteróides a partir do material do disco protoplanetário. O processo fundamental nessa etapa é o de aglutinação das partículas que colidem umas com as outras, de certa forma semelhante ao processo de crescimento de uma bola de neve.
 
FOI ASSIM CONOSCO?
Em Física, uma teoria é tão mais aceita quanto maior for o número de situações que puder prever e explicar. A teoria de contração nebular explica quase todas as características mais importantes do sistema solar observadas, como por exemplo, o fato das órbitas de todos os planetas estarem aproximadamente em um mesmo plano e terem o mesmo sentido de giro. Estudos atuais têm procurado explicar a baixa velocidade de rotação do Sol em torno de seu eixo. Cálculos preliminares, com base na teoria apresentada, indicam uma velocidade de rotação para o Sol muito maior que a observada.

Leia mais sobre:
Estrelas                              Evolução do Universo






Pablo Picasso

Li
 Fonte:
 http://www.cbpf.br/~martin/CAMS/Estrelas/vidaestrelas.html
 http://www.observatorio.ufmg.br/pas06.htm
Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres. 
 Sejam abençoados todos os seres.