sábado, 10 de julho de 2010

ECLIPSE DAS ESFERAS - "From Mozart with Love: A Reunion Concert" Part 1






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EM TEMPO REAL 
  O grau simbólico desta eclipsante onda melódica  indica a felicidade como uma pista para a integração social. O elevado impacto da energia do eclipse 11-06-2010 pode ser sentido por todo mundo até três meses antes e tem reverberações sutis que se estendem por até 3 anos adiante. . O entendimento completo do impacto deste período só começará a ser descortinado no final de 2011. Mas ele será grandioso e potente! USE ESSE DIA PARA MEDITAR E MANIFESTAR… 
O grau simbólico deste eclipse em particular indica a felicidade como uma pista para a integração social. O elevado impacto da energia do eclipse pode ser sentido por todo mundo até três meses antes e tem reverberações sutis que se estendem por até 3 anos adiante. Embora as energias sejam mais proeminentes durante a semana que antecede e a que se segue ao eclipse (muitos vivenciam uma maior sensação de ansiedade durante esse período), sua influência nos acontecimentos continua. Os períodos de eclipse são extremamente ativos, muitas vezes associados a eventos significativos e revelações públicas. O impacto do Eclipse de 11 de julho se estenderá por três anos. Espere para ver alguns temas atuais começarem a se desenvolver ambiciosamente por si mesmos no final de abril de 2011. O entendimento completo do impacto deste período só começará a ser descortinado no final de 2011. Mas ele será grandioso e potente! USE ESSE DIA PARA MEDITAR E MANIFESTAR… OU NÃO!

O ECLIPSE TOTAL DO SOL - 11 de julho de 2010
Texto publicado em 6 de julho de 2010, no informativo do
O Eclipse Total do Sol do dia 11 de julho vai intensificar a energia da Grande Cruz mais ainda do que o Eclipse Lunar [do dia 26 de junho]. Para aqueles que forem capazes de manter a serenidade nesta energia poderosamente pulsante, é muito possível que haja oportunidade de grande visão e manifestação. Mestres, usem este momento para visualizar os desejos positivos do seu coração, no micro e no macro. Mas, na base destes potenciais de grande transformação, está a necessidade de se manter a estabilidade emocional assim como a estabilidade da aura, enquanto estas energias poderosas banham a Terra. A energia é extremamente intensa.” Arcanjo Metatron

 
Domingo – 11 de Julho de 2010 – O ECLIPSE TOTAL DO SOL

 
A ASTRONOMIA

Quando há um Eclipse Total do Sol numa Lua NOVA, ocorre uma energia muito especial de transformação. Isto acontecerá no dia 11 de julho. Você está pronto? Dedique um tempo para esse dia, e utilize seus potenciais extraordinários para objetivos positivos. Mantenha sua energia intacta e não permita que as emoções se exaltem, pois realmente a tentação de ficar ansioso ou de reagir exacerbadamente estará presente!

Um Eclipse Total do Sol numa Lua Nova é raro, ocorrendo, obviamente, quando a Lua está diretamente entre o Sol e a Terra… isto é, quando eles estão alinhados perto da eclíptica (o planto da órbita da Terra ao redor do Sol e o caminho anual aparente do Sol)

A órbita da Lua está inclinada 5 graus em relação à eclíptica; e os dois pontos onde elas se interceptam são chamados Nodos Lunares, identificados como Nodo Ascendente (Norte) e Nodo Descendente (Sul). Os eclipses ocorrem durante dois períodos de cada ano, quando o movimento aparente do Sol encontra com esses nodos. Quanto mais perto a Lua estiver da linha entre o Sol e a Terra, mais total será o eclipse.

Durante um eclipse total do Sol, a Lua obscurece o Sol numa faixa relativamente estreita da superfície da Terra, e sua sombra geralmente se desloca em direção ao leste.

Eclipses não-totais incluem o anular, quando a Lua está mais longe da Terra, parecendo menor e, portanto, não bloqueando completamente o Sol, mas deixando um anel ao redor da borda; e a parcial, quando a Lua está ligeiramente fora do centro, bloqueando apenas uma parte do Sol.

O quarto tipo de eclipse solar é o híbrido, também conhecido por anular/total. Apenas 5% dos eclipses solares entram nesta categoria, fazendo com que o eclipse híbrido seja uma raridade.

O Eclipse Solar do dia 11 de julho será um eclipse total, que cruzará o sul do Oceano Pacífico, onde não passará por nenhuma área de terra, com exceção de Mangaia (Ilhas Cook), Ilha de Páscoa e vários atóis isolados. O caminho da totalidade terminará logo após atingir o sul do Chile e Argentina. A sombra da penumbra da Lua produzirá um eclipse parcial visível de uma região maior, cobrindo o sul do Pacífico e o sul da América do Sul.


A ASTROLOGIA

O Eclipse Total do Sol do dia 11 de julho é uma Lua Nova com um impacto tremendo. O Sol, que nos dá vida e ilumina nosso caminho, une-se brevemente com as qualidades sombrias e misteriosas da Lua. A Lua bloqueia a luz do Sol. Neste instante de aparente escuridão, a espiritualidade e a psique se combinam novamente, começando um outro ciclo na espiral do nosso desenvolvimento pessoal. Depende de VOCÊ. Este Eclipse é extremamente significativo. Não o ignore!

A última vez que houve um eclipse solar neste mesmo grau de Câncer foi em 1991; o próximo será em 2029. Procure se lembrar quais eram suas questões pessoais durante o inverno de 1991 e faça uma retrospectiva do progresso do seu crescimento pessoal nos últimos 19 anos. O ano de 1991 foi um período de transição muito significativo na Terra.

Todos os eclipses indicam mudanças; os eclipses solares significam começos e geralmente manifestam-se como eventos no mundo exterior. Nos eclipses solares nós começamos algo completamente novo, fazemos promessas para nós mesmos, nos comprometemos, anunciamos alguma coisa, nos apresentamos, nos destacamos, fazemos planos, selecionamos eventos, tomamos decisões, enfrentamos desafios, fazemos um esforço, mudamos, amadurecemos, assumimos desafios maiores, aumentamos nosso ritmo, nos inquietamos, nos sentimos pressionados por prazos e pelo acúmulo de emoções, vivenciamos uma crise e nos sentimos empolgados.

Existem dois tipos de eclipses solares. Os eclipses do Nodo Norte têm uma orientação pessoal e simbolizam a identidade pessoal, o ego e o corpo físico. Os eclipses do Nodo Sul são orientados para os outros e simbolizam um cônjuge ou uma outra pessoa importante para nós, os relacionamentos e novas perspectivas baseadas na interação com os outros.

Este é um Eclipse do Nodo Sul, sugerindo que estamos sendo chamados a usar as habilidades e talentos adquiridos anteriormente de uma nova maneira, e que as oportunidades para fazer isso virão através dos nossos relacionamentos.

Este eclipse ocorrerá com o Sol e a Lua em Câncer. A carta do Tarô associada ao siTarot Key 7 - The Chariot - Cancergno de Câncer é o Arcano 7 – A Carruagem.

A Carruagem nos ensina a qualidade determinante do Eu através da linguagem falada; como a conversa conosco mesmos, a intenção interior e a expressão exterior devem se alinhar para criar a nossa realidade. As forças universais oferecem a proteção, enquanto a tenacidade assegura a vitória e o triunfo. Governada pela Lua, ela representa o aspecto cíclico da mudança e está associada à receptividade psíquica. Conecte-se com o Espírito, o seu Eu Divino e Guias durante o Eclipse Solar de 11 de julho, e você terá a oportunidade de amplas mudanças em direção ao positivo, se agir de acordo com a energia do seu coração interior. Ignorar esta data é um triste passo para trás.


Este é o mapa astrológico do Eclipse Solar de 11 de julho de 2010:


O Sol e a Lua estão em sêxtil com Marte, sugerindo que existe uma oportunidade de iniciar ação positiva em apoio aos princípios incorporados pelo simbolismo da Lua Nova. Mercúrio em semiquadratura com Marte indica que devem ocorrer alguns aspectos de pensamento ou comunicação; e Júpiter em quadratura com Plutão anuncia desafios envolvidos na transformação de filosofias.

Símbolo Sabiano para 20º de Câncer: “Gondoleiros Venezianos Fazendo uma Serenata”

O grau simbólico deste eclipse em particular indica a felicidade como uma pista para a integração social.

O elevado impacto da energia do eclipse pode ser sentido por todo mundo até três meses antes e tem reverberações sutis que se estendem por até 3 anos adiante. Embora as energias sejam mais proeminentes durante a semana que antecede e a que se segue ao eclipse (muitos vivenciam uma maior sensação de ansiedade durante esse período), sua influência nos acontecimentos continua. Os períodos de eclipse são extremamente ativos, muitas vezes associados a eventos significativos e revelações públicas.

O impacto do Eclipse de 11 de julho se estenderá por três anos. Espere para ver alguns temas atuais começarem a se desenvolver ambiciosamente por si mesmos no final de abril de 2011. O entendimento completo do impacto deste período só começará a ser descortinado no final de 2011. Mas ele será grandioso e potente!

USE ESSE DIA PARA MEDITAR E MANIFESTAR…

Gentileza: Doriana Tamburini
fraternidadedos 12raios@gmail.com

Tradução de Vera Corrêa
Font
 

sexta-feira, 9 de julho de 2010

DEUS ÚNICO - ASTRÔNOMO RONALDO MOURÃO

: ENTREVISTAS » “Deus é único, permanente e cósmico”
    


Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, astrônomo e físico
“Deus é único, permanente e cósmico”
Ana Elizabeth Diniz -
Ronaldo Mourão: "Futuroé a visão de todos os problemas que envolvem a vida do homen no universo"

OLHOS:

“A quantidade de CO2 lançada pelos vulcões é muito superior à liberada pela atividade humana”

“Não se faz ecologia com um pensamento imediatista, procurando solucionar os problemas de degradação do meio ambiente no tempo presente. A ecologia volta-se, antes de tudo, para o futuro”

“A aplicação dos conceitos de evolução de Charles Darwin ao Cosmo dá uma nova dimensão à questão ambiental no espaço”

“A Terra funciona como um grande organismo autorregulador global e, talvez, único no Sistema Solar”

“Todas as religiões convergem para uma finalidade única que é a tentativa do bem comum. Mas, às vezes, nessa luta do bem comum se comete muita injustiça”
        

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Ele já publicou mais de 85 livros, entre eles, o “Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica”, com cerca de 20 mil verbetes, único do gênero no mundo. Agora, acaba de lançar “Astronomia e Budismo”, em coautoria com o humanista Daisaku Ikeda. Seu nome está gravado no Sistema Solar, mais exatamente, no asteroide 2590. O carioca Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, de 74 anos, tem colocado sua genialidade a favor da pesquisa astronômica e seu trabalho tem projeção mundial. Sua trajetória começou em 1952, quando seus primeiros artigos de divulgação científica foram publicados na revista “Ciência Popular”. Em 1956, ainda estudante, foi nomeado auxiliar de astrônomo do Observatório Nacional. Suas principais contribuições astronômicas foram efetuadas no campo das estrelas duplas, asteroides, cometas e estudos das técnicas de astrometria fotográfica. Idealizou e fundou, em março de 1984, o Museu de Astronomia e Ciências Afins, do qual foi o primeiro diretor até abril de l989. Nessa entrevista exclusiva à Revista ECOLÓGICO, o astrônomo vai tecendo a rede que permeia a dinâmica interestelar, passa pelo aquecimento global e pelo conceito de que diversidade cósmica é uma prova que permite compreender a existência de uma evolução que rege o Universo, orquestrado por um Deus cósmico, que originou esta vida.


REVISTA ECOLÓGICO: Qual é a sua visão sobre a questão ambiental planetária?
RONALDO MOURÃO: A aplicação dos conceitos de evolução de Charles Darwin ao Cosmo dá uma nova dimensão à questão ambiental no espaço. Para que se tenha uma rápida ideia da diversidade cósmica em uma escala mais próxima, o próprio Sistema Solar apresenta planetas, cometas, asteroides, meteoros, satélites naturais e pequenos corpos celestes de grandes proporções e diversidade. Numa faixa de proximidade do Sol, os planetas são sólidos, como é o caso de Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. Depois do conhecido cinturão de asteroides, região onde provavelmente há milhões de anos um planeta explodiu ou deixou de se constituir (deixando ali centenas de milhares de fragmentos), encontram-se os chamados planetas gasosos, mundos em formação, como os gigantescos Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, todos apresentando anéis ao seu redor. Nas fronteiras do Sistema Solar surgem outros corpos celestes superiores em dimensões a Plutão, que passou a ser o principal planeta anão de um novo cinturão – o de Kuiper – de objetos transnetunianos, chamados plutoides. Essa astrodiversidade cósmica, contudo, atinge um grau de complexidade inimaginável, além do nosso sistema planetário e também nas outras galáxias.

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Qual a dinâmica do espaço interestelar?

A presença de poeira cósmica, a chamada matéria escura (predominante no Universo), estrelas supergigantes, estrelas-anãs, estrelas de nêutrons, buracos negros, pulsares, quasares, nebulosas e galáxias oferecem uma complexidade cósmica que, apesar dos esforços dos cientistas, ainda abrigam mistérios que estão muito distantes de serem revelados. O alcance dos telescópios espaciais, em particular o Hubble, colocado em órbita pela Nasa (EUA) e pela European Space Agency (ESA), tem proporcionado descobertas até então inimagináveis. Parece que, quanto mais descobertas são feitas, mais enigmas surgem, como incógnitas em busca de uma explicação científica. Tão rica quanto a flora e a fauna terrestre que Darwin explicou, a diversidade cósmica é uma prova que permite compreender a existência de uma evolução que rege o Universo. Além das questões relativas à diversidade das espécies, aos ciclos de sua existência, à estabilidade de seus números, presentes no ecossistema, a ecologia ocupa-se desde o estudo do indivíduo no meio (autoecologia) até a biosfera (biogeoquímica). Foi essa globalidade de visão que me conduziu à ideia da ecologia cósmica, estimulado, sem dúvida, pelo processo de luta dos ecologistas de combate permanente com hipóteses às vezes contrárias ao dogmatismo científico.


Houve avanços nesse caminhar da luta ambiental?

A ecologia passou de uma etapa mais genérica, durante o século XIX, para outra de diversificação, no começo do século XX, para, finalmente, depois dos anos 50, atingir uma concepção sistemática e unitária. Seu objeto de estudo passou do ecossistema para a biosfera, que sofre influência do meio interplanetário vizinho e até do meio intergaláctico. Isso para não dizer intercósmico, quando nos ocupamos das modificações da atmosfera por efeitos de origem externa à biosfera, como a atividade solar e, muito além, da própria poluição das nuvens cósmicas que poderão nos atingir, produzindo um longo e intenso inverno na biosfera terrestre.


Há saída para o aquecimento global? Ainda há tempo?

Sim. O mais importante é que a humanidade está tomando consciência do problema. Há pelo menos oito mil anos, depois da descoberta da agricultura, o homem vem intervindo na biosfera. Todavia, nos últimos decênios a situação se tornou preocupante. Em 1957, no Observatório de Mauna Loa, no Havaí, sob a direção de Charles David Keeling, uma série de medidas, muito precisas, mostrou que a concentração de gás carbônico na atmosfera era de 318 partes por milhão (318 ppm) de volume. Hoje, segundo os resultados de diversas estações distribuídas pelo globo, essa contração ultrapassa 350 ppm. É indiscutível que, nos últimos 30 anos, vem ocorrendo um aumento significativo e bastante regular da proporção de CO2 na atmosfera. Para compreendermos a situação atual, convém compará-la à do início do século, quando a concentração de CO2 era de 290 ppm. Algumas estimativas sugerem que o máximo na última glaciação teria sido de 200ppm.


E o efeito estufa?

A quantidade de CO2 lançada pelos vulcões é muito superior à liberada pela atividade humana. Assim, na época terciária, deve ter havido 40 mil vezes mais dióxido de carbono que atualmente. Toda essa massa de gás carbônico se encontra, hoje, sob a forma de carbonato de cálcio ou magnésio nas rochas ou ainda sob a forma de calcário no fundo dos oceanos, bem como nos vegetais da época. Apesar de saber que o grande absorvente de dióxido de carbono são os oceanos, os cientistas não têm certeza sobre até que ponto o gás carbônico produzido pelo homem poderá ser absorvido pelos oceanos. Realmente, só as camadas superficiais, até dez metros de profundidade aproximadamente, efetuam essa absorção. Logo que elas ficam saturadas, as águas profundas agem mais lentamente, quando então a transferência torna-se extremamente difícil, pois essas camadas não se misturam facilmente. Como tal troca é da ordem de 5% ao ano, uma renovação total da camada superficial deve levar milhares de anos. Atualmente, o homem tem certeza de que o planeta está se aquecendo em consequência do efeito estufa – produzido pela queima de combustíveis fósseis e carvão. Já em 1963, o meteorologista norte-americano Moeller havia avaliado o impacto sobre o clima da elevação da taxa de gás carbônico na atmosfera. Partindo da temperatura média atual do planeta (15 graus Celsius), de uma umidade relativa de 75% e uma nebulosidade global de 50% avaliadas, segundo fotografias obtidas com satélites meteorológicos, Moeller encontrou uma elevação mínima de 1,5 grau para uma duplicação da taxa de CO2, o que é previsto para os próximos 50 anos.


Considerando que a Terra é um organismo vivo, contemplar o céu nos dá alguma pista sobre o futuro do planeta?

Toda vida no nosso planeta depende das alterações que ocorram no espaço exterior, como, por exemplo, as variações cíclicas da atividade solar, as ameaças de colisão com um grande meteorito (como ocorreu no fim do Mesozoico, e provocou o desaparecimento dos dinossauros) e até mesmo das emissões de uma estrela supernova que venha a explodir, na Via Láctea, relativamente próxima ao nosso sistema planetário. Estamos habituados a discutir as mudanças que ocorrem nos sistemas naturais diariamente, ao acompanharmos as variações climáticas que se seguem às estações do ano, nos esquecendo das que ocorrem gradualmente em períodos mais longos, como as eras glaciais, as alterações que surgiram em consequência da lenta variação do movimento do eixo de rotação da Terra (em cerca de 26.000 anos) e da excentricidade da órbita da Terra, felizmente muito pequena, que ocorre a cada 40 mil anos.

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Há indícios de evolução dessa realidade?

Na Terra, a atmosfera e os oceanos têm propriedades extremamente preciosas e sui generis, que parecem não ter evoluído a partir de processos meramente aleatórios. Sua temperatura, alcalinidade e composição química mantêm-se quase constantes. Ao contrário do que ocorrem nas outras atmosferas planetárias, a terrestre contém uma elevada concentração de oxigênio, que se mantém constante, apesar da presença de nitrogênio, metano e hidrogênio e outros reagentes potenciais da atmosfera. Tal anomalia, em escala planetária, como muito bem sugeriu Lovelock, só pode ser atribuída à presença da vida na superfície de nosso planeta. A vida cria para si mesma uma biosfera para nela se manter viva. Na verdade, a Terra funciona como um grande organismo autorregulador global e, talvez, único no Sistema Solar.

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O que significa essa atividade ecológica?

É uma ação conjunta de diversos setores da ciência, desde a biologia até a astronomia, passando pela geofísica e a meteorologia. Não se faz ecologia com um pensamento imediatista, procurando solucionar os problemas de degradação do meio ambiente no tempo presente. A ecologia volta-se, antes de tudo, para o futuro. E o futuro significa uma visão ampla de todos os problemas que envolvem a vida do homem no Universo, onde seguramente não somos os únicos. Na verdade, a ecologia é uma atividade pluridisciplinar de amplitude universal; daí o conceito de ecologia cósmica que procuramos apresentar ao discutir diversos problemas que ameaçam o meio ambiente numa escala espacial. A longevidade das civilizações inteligentes vai depender não só de sua capacidade de controlar seu ascendente poder de autodestruição, respeitando e conservando o equilíbrio ecológico, mas, sobretudo, de sua capacidade de desenvolver métodos de previsão, assim como tecnologias capazes de defendê-las de situações catastróficas que podem surgir a qualquer momento na história do cosmo.


Qual o seu conceito de Deus?

Quando se diz – Deus presente, onipotente, onipresente, estamos falando indiretamente para aqueles que creem em Deus. Devemos lembrar que há várias formas de Deus. Particularmente, acredito em um Deus cósmico e que originou esta vida. Um Deus que está permanente, que é único. Cada um de nós cria em sua religião pessoal uma forma de Deus. Cada um de nós quer ter a sua individualidade de criar um Deus para si e tem esse direito. Isso é fundamental, mas no fundo esse Deus é único, mas não conseguimos visualizar essa unidade. Todas as religiões convergem para uma finalidade única que é a tentativa do bem comum. Mas, às vezes, nessa luta do bem comum se comete muita injustiça.

Publicado na Revista Ecológico em 5 de abril de 2010.

Postada por:
Editoria:ENTREVISTAS
Fonte:Interna

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ARTHUR CLARKE - RONALDO MOURÃO



 "Nossa civilização não é mais do que a soma de todos os sonhos das idades anteriores. E tem que ser assim, pois se os homens deixarem de sonhar, se voltarem as costas às maravilhas do universo, acabará a história da nossa raça".

Arthur Clarke, um visionário da ficção científica

2008-04-18 Arthur Charles Clarke, mais conhecido como Arthur C. Clarke nasceu em Minehead, Somerset, em 16 de dezembro de 1917 e faleceu no Sri Lanka em 18 de março de 2008.

Desde jovem mostrou uma fascinação pela astronomia, a ponto de utilizar um telescópio caseiro, para desenhar um mapa da Lua. Durante a Segunda Guerra Mundial, serviu na Royal Air Force como especialista em radares, envolvendo-se no desenvolvimento de um sistema de defesa por radar, sendo uma peça importante do êxito na batalha da Inglaterra. Depois, estudou Física e Matemática no King's College de Londres. Foi um dos fundadores da British Interplanetary Society que presidiu durante dois períodos. Nessa época escreveu Interplanetary Flight (1950) e The Exploration of Space (1951), obras fundamentais de divulgação dos vôos espaciais.

Desde 1956, fixou residência em Colombo, no Sri Lanka (Ceilão), em virtude do seu interesse pela fotografia e exploração submarina, onde permaneceu até à sua morte em 2008.

Ficou famoso não só pelos seus romances de ficção científica, mas principalmente por dois deles levados ao cinema, 2001: Uma Odisséia no Espaço (originalmente roteiro para o filme, baseado no conto “A Sentinela”) dirigido por Stanley Kubrick (1968) e 2010: O ano em que faremos contato dirigido por Peter Hyams (1984), sendo o primeiro considerado um ícone tão importante da ficção científica mundial que especialistas lhe atribuem forte influência sobre a maioria dos filmes do gênero que lhe sucederam.

Com Carl Sagan, Paul Newman e Isaac Asimov, Clarke participou da criação da Planetary Society – entidade direcionada para a exploração do espaço, com associados em todo o mundo – que, além de editar uma revista bimestral - Planetary Report -, estimula doações aos programas espaciais que, com esse objetivo, vêm realizando pesquisas na procura de sinais de vida extraterrestre.

Satélites de telecomunicações

Sem dúvida, a sua contribuição de maior importância foi a concepção do satélite de telecomunicação. Em outubro de 1945, Clarke publicou na revista inglesa Wireless World, o artigo cientifico intitulado "Extra-terrestrial relays — can rocket stations give world-wide radio coverage?" no qual estabelecia que os satélites artificiais poderiam se usados como relays – estações de repetição – para comunicação entre diversos pontos na superfície terrestre. Até então nenhum satélite artificial tinha sido lançado, o que iria ocorrer somente em 1957. Em seu ensaio, Clarke previu que um dia a comunicação ao redor do mundo seria factível por intermédio de uma rede de três satélites geoestacionários que, além de estarem situados a uma altura de cerca de 36 000 km e espaçados entre si por intervalos iguais, circulariam no plano do equador terrestre. Aproximadamente duas décadas mais tarde, 1964, Syncom 3 tornou-se o primeiro satélite geoestacionário a satisfazer a previsão de Clarke. Nesse mesmo ano, o Syncom 3 foi usado para cobrir os jogos Olímpicos de Tóquio, quando foi possível acompanhar todos os jogos em tempo real nos Estados Unidos – esta foi a primeira transmissão de televisão a atravessar o Oceano Pacífico. Agora, existem centenas de satélites em órbita permitindo a comunicação de milhões de indivíduos ao redor do globo terrestre. Em 1954, Clarke propôs que os satélites fossem utilizados na meteorologia. Hoje não podemos imaginar a previsão meteorológica sem os satélites meteorológicos. Olhando para trás em relação a estes desenvolvimentos em How the World Was One - Beyond the Global Village (1992), Clarke escreveu:

“Às vezes, receio que o povo na Terra deixe de considerar verdadeira importância das estações espaciais, esquecendo a competência, a ciência e a coragem daqueles que as tornaram realidade. Com que freqüência você faz uma pausa para pensar que todas as nossas chamadas telefônicas a longa distância e a maioria dos nossos programas de televisão são transmitidos através de um ou outro satélite? E com que freqüência você dá todo crédito aos meteorologistas pelo fato de que as previsões do tempo não são mais uma piada como foram para os nossos avós, mas com acerto por vezes de noventa e nove por cento?”

As três leis de Clarke

Arthur C. Clarke formulou três leis que se ocupam dos limites tecnológicos do possivel:
  • Quando um cientista de renome mas de idade avançada ou idoso [ou seja, mais experiente] estima que algo é possível, ele esta quase certamente com razão. Quando ele diz que algo é impossível, ele está muito provavelmente enganado.
  • A única maneira de descobrir os limites do possível, é aventurar-se um pouco além dele, através do impossível.
  • Toda tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da mágica.


No início, havia uma única lei, conhecida como a Lei de Clarke, enunciada no ensaio Hazards of prophecy: the failure of imagination (Os perigos da profecia: a falha da imaginação), publicado no livro Profiles of the future: an inquiry into the limits of the possible (1962, Perfis do futuro: um inquérito dentro dos limites do possível). A primeira lei vinha acompanhada de um conceito sobre o que seria a idade avançada: "Em física, matemática e astronáutica, significa acima dos trinta anos. Em outras disciplinas, a decadência senil é por vezes adiada até os quarenta anos. Claro que existem gloriosas exceções; mas, como qualquer pesquisador recém saído da faculdade sabe, cientistas acima dos cinqüenta só servem para reuniões de diretoria e devem ser mantidos fora do laboratório a qualquer custo."

Além dessa observação, existia uma menor, que na nova edição de Profiles of the future (1973, Perfis do futuro) foi reconhecida como uma segunda lei. A sugestão de transformá-la numa nova lei, agradou de tal maneira Clarke, que ele aceitou e acrescentou mais uma terceira – talvez a mais famosa – afirmando ironicamente que se os dois Isaacs consideraram suficiente três leis, ele não precisaria estabelecer mais nenhuma. Os Isaacs eram Isaac Newton e Isaac Asimov; o primeiro, o cientista inglês enunciador das Leis de Newton, e o segundo, o escritor de ficção cientifica norte-americano de origem russa que elaborou as Três Leis da Robótica.

As leis de Clarke deram origem a diversas versões, paródias e corolários. O próprio Asimov criou um corolário para a primeira lei de Clarke: "Se o público leigo apóia com fervor uma idéia considerada impossível pelo cientista de rennome e de idade avançada, este último está provavelmente certo." (Asimov's Corollary, The Magazine of Fantasy and Science Fiction, February, 1977)

No entanto, apesar de ter decidido modestamente em consideração aos Isaacs não propôr novas leis, Clarke continuou propondo algumas leis mais informais, assim como a lei : “Ler manuais de computador sem o hardware é tão frustrante quando ler manuais sobre sexo sem o software”, enunciada no apêndice 2 do livro The Odissey File (1984).

Mais tarde, o físico e escritor de ficção científica Gregory Benford (1941- ) elaborou uma versão alternativa da terceira lei: "Toda tecnologia distinguível da magia é insuficientemente avançada." (Foundation's Fear, 1997). Ironicamente, esta lei foi atribuída ao Imperador Cleon I, personagem criado por Asimov.

A terceira lei de Clarke codifica sem dúvida a mais significativa das raras contribuições à ficção especulativa. Um modelo para os outros escritores hard science-fiction, Clarke postulava por tecnologias avançadas sem se servir de conceitos equivocados da engenharia, sem explicações baseadas em ciência incorreta – característica típica da má ficção científica – e nem se aproveitava das tendências da pesquisa e da engenharia.

Elevador espacial

O conceito de elevador espacial – também batizada de torre orbital – foi apresentado ao grande publico pela primeira vez por Arthur C. Clarke no seu romance de ficção científica The Fountains of Paradise (1979). Clarke descreveu a construção a partir de uma estação espacial, de uma gigante torre destinada a constituir uma ligação fixa entre a superfície terrestre e um contra-peso em órbita geoestacionária. O equilíbrio do conjunto é assegurado pela permanência pela construção de um outro elemento da torre na direção oposta. Na realidade, o elevador espacial constitui uma sorte de funda de 36 mil quilômetros de comprimento…

Como fazia frequentemente, Clarke inspirou-se em trabalhos científicos reais, em particular no do cientista soviético Yuri N. Artsutanov. Em seu livro Dreams of Earth and Sky (1957), Artsutanov sugeriu usar um satélite geoestacionário como a base a partir da qual seria possível para construir a torre. Na realidade, a idéia é muito mais antiga, pois as primeiras reflexões sobre o assunto são de Constantin Tsiolkowski em 1885, mas este último pensou em elevar a sua torre a partir da superfície da terrestre como uma enorme torre Eiffel.

Em 1975, um outro norte-americano Jerome Pearson, propôs o emprego de uma estrutura em forma de uma longa fita, cuja extremidade teria o mesmo papel de um contra-peso. Durante um grande período, a idéia pareceu utópica, pois não existia um material bastante resistente. No entanto, com o aparecimento de um material bem resistente de grande estabilidade mecânica – os nanotubos de carbono –, a idéia do seu uso tornou mais factível a sua realização e deu mais credibilidade ao projeto. Em conseqüência, a Agência Espacial Européia (ESA) e a NASA passaram a se interessar mais seriamente no projeto. O elevador espacial poderá tomar a forma de um longo cabo dentro do qual circulariam os ônibus espaciais.

O norte-americano Brad Edwards, da fundação Californiana Eureka Scientific, descreveu em detalhe o método possível da construção do tal elevador. Primeiro, deveria se lançar um veículo espacial em órbita geoestacionária. Em seguida, a partir desse veículo, seria enviada para a Terra uma fina faixa (de um mícron de espessura), que apresentasse as características mecânicas especiais de resistência e leveza. À medida que esse cabo descesse, o veículo se afastaria da Terra para manter o equilíbrio, atingindo assim a uma distância de 91 mil quilômetros. Uma vez o primeiro cabo fixado a superfície terrestre, seria usado para colocar outros e, ao todo constituiriam o cabo definitivo.

O interesse potencial deste sistema consiste no seu baixo custo e funcionamento. A energia de freagem da cabine descendente pode até mesmo ser recuperada para deslocar a cabine ascendente. Seu inconveniente principal é a sua vulnerabilidade aos meteoritos, ao lixo espacial, aos engenhos aéreos e até mesmo as catástrofes naturais.

Se compararmos esse conceito a um outro, o do trilho metálico, que parecia impossível há dois séculos, teremos a estrada de ferro, que não era considerada factível.

Autobiografias

Independentemente da ficção, Clarke escreveu duas autobiografias: Ascent to Orbit (1984) foi o título que ele deu a sua autobiografia científica e Astounding Days, a sua autobiografia de ficção científica. Toda a sua vida – plena de atraentes idéias inteiramente voltadas para o futuro da humanidade num contexto cósmico – fazem destes dois livros motivos de uma apaixonante leitura. A maior parte dos seus ensaios escritos entre 1934 e 1998 está reunida em Greetings, Carbon-Based Bipeds! (2000), bem como a maior parte dos seus romances, em The Collected Stories of Arthur C. Clarke (2001). Estas coletâneas constituem uma excelente seleção das obras de ficção de Clarke, muito interessante mesmo para aqueles que conhecem quase toda sua obra.

Em reconhecimento, o asteróide 4923 foi batizado com o nome de Clarke, assim como uma espécie de dinossauro Ceratopsiano, o Serendipaceratops arthurclarkei, descoberto em Inverloch, Austrália.

Arthur Clarke – o mago da ficção científica e homem da ciência – traduziu a grandiosidade das descobertas espaciais na frase dirigida aos membros da Bristish Interplanetary Society, Londres, 1946, e que mais tarde reproduziu no The Challenge of the Spaceships, New York, Harper and Row, 1955:

"Nossa civilização não é mais do que a soma de todos os sonhos das idades anteriores. E tem que ser assim, pois se os homens deixarem de sonhar, se voltarem as costas às maravilhas do universo, acabará a história da nossa raça".


Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, astrônomo, criador e fundador do Museu de Astronomia e Ciências Afins, autor de mais de 85 livros, dentre eles: Nas Fronteiras da Intolerância. Consulte a homepage.

Fonte:
Portal do Astrônomo - Portugal


REGIÃO DE ÓRION - TODO O CÉU



Região de Orionte


Crédito: Robert Gendler (http://www.robgendlerastropics.com/ ) - copyright.

Magnífica imagem de campo largo obtida por Robert Gendler da região de Orionte, sendo visíveis, em todo o seu esplendor, a nebulosa Cabeça de Cavalo (à esquerda) e a nebulosa de Orionte, M 42 (à direita na imagem). À esquerda da nebulosa Cabeça de Cavalo vê-se ainda a nebulosa da Chama. Esta região é uma região activa de formação de estrelas, constituída por várias nuvens de gás e poeira, estrelas jovens e nebulosas de emissão e reflexão. Esta imagem foi obtida através da combinação de várias imagens resultantes de mais de 20 horas de observação.





The four super-massive stars in the Orion Nebula form a rough trapezoid called the Trapezium. The curved bright lines in the image are bow shocks. Note how all the bow shocks face inwards toward the brightest star, which produces a stellar wind that is millions of times more dense and energetic than the solar wind. Credit: C. Robert O’Dell/Vanderbilt University







This new Hubble image of the Orion Nebula shows dense pillars of gas and dust that may be the homes of fledgling stars, and hot, young, massive stars that have emerged from their cocoons and are shaping the nebula with powerful ultraviolet light. Credit: NASA, ESA, M. Robberto (Space Telescope Science Institute/ESA) and the Hubble Space Telescope Orion Treasury Project Team







This young star in the Orion Nebula is ejecting material in narrow jets from both poles. The presence of a strong cross-flow is shown by the bright bow-shock on the stars left. As a result of this cross-current, both jets bend to the right. Credit: C. Robert O’Dell/Vanderbilt University
New Image Penetrates Heart of Orion Nebula
By SPACE.com Staff
posted: 10 February 2010
07:25 am ET
New images and observations of the spectacular Orion Nebula have revealed normally hidden dusty regions and the odd behavior of very young active stars buried within them.
This penetrating view of the Orion Nebula — a vast stellar nursery about 1,350 light-years from Earth — comes from the Visible and Infrared Survey Telescope for Astronomy (VISTA), the newest addition to the European Observatory's Paranal Observatory in Chile.
Although the nebula is spectacular when seen through an ordinary telescope, what can be seen using visible light is only a small part of a cloud of gas in which stars are forming. Most of the action is deeply embedded in dust clouds and to see what is really happening astronomers need to use telescopes with detectors sensitive to the longer, infrared wavelength radiation that can penetrate the dust.

Formação de estrelas em L1641N/NGC 1999

2010-09-10

Crédito: T.A.Rector, B.Wolpa, G.Jacoby (NOAO/AURA/NSF) & Hubble Heritage Team (STScI/AURA/NASA).
Telescópio: 0.9m KPNO.

Situada na constelação de Orionte, esta região de formação de estrelas está a apenas dois graus Sul da conhecida e famosa nebulosa M 42. Nesta imagem podem-se ver vários jactos de gás a serem expelidos por estrelas jovens em formação, escavando buracos nas nuvens de gás e poeira onde as estrelas se estão a formar. O objecto brilhante visível na parte de baixo da imagem, à esquerda, é a nebulosa de reflexão NGC 1999 que contém a estrela variável V380 Orionis. Na parte de cima da imagem vê-se o enxame de estrelas jovens L1641N. Este enxame está a iluminar uma outra nebulosa de reflexão. Observações no infravermelho revelaram que nesta região existem mais de 50 estrelas em formação.

Imagem do Dia: Todo o Céu

2010-06-30

Crédito: Filipe Alves

Fotografar o céu é comum, muitos astrónomos amadores fazem-no com as suas câmaras e os seus telescópios, mas fotografar todo o céu, já é menos comum. Ainda mais quando se utiliza uma câmara digital e um enfeite de Natal para o conseguir. Foi isso que o astrónomo amador Filipe Alves fez para obter uma imagem de todo o céu, que posteriormente foi corrigida com software específico para obter uma imagem de todo o céu que cobria a Serra da Estrela na noite de 6 de Maio de 2005. Nesta imagem podemos ver a Via Láctea de uma ponta a outra do céu, bem como reconhecer várias constelações, como por exemplo Lira no Zénite, junto ao Cisne, ligeiramente mais acima. A Ursa Maior aparece do lado esquerdo por baixo.

Formação de estrelas em L1641N/NGC 1999

2010-09-10

Crédito: T.A.Rector, B.Wolpa, G.Jacoby (NOAO/AURA/NSF) & Hubble Heritage Team (STScI/AURA/NASA).
Telescópio: 0.9m KPNO.

Situada na constelação de Orionte, esta região de formação de estrelas está a apenas dois graus Sul da conhecida e famosa nebulosa M 42. Nesta imagem podem-se ver vários jactos de gás a serem expelidos por estrelas jovens em formação, escavando buracos nas nuvens de gás e poeira onde as estrelas se estão a formar. O objecto brilhante visível na parte de baixo da imagem, à esquerda, é a nebulosa de reflexão NGC 1999 que contém a estrela variável V380 Orionis. Na parte de cima da imagem vê-se o enxame de estrelas jovens L1641N. Este enxame está a iluminar uma outra nebulosa de reflexão. Observações no infravermelho revelaram que nesta região existem mais de 50 estrelas em formação. 
Fonte:
Portal do Astronomo - Portugal
http://www.portaldoastronomo.org/npod.php?id=2837

ESTRELA MORIBUNDA



Imagem do Dia: Núcleos "cometários" em torno de estrela moribunda

2010-07-09

Crédito: NASA, Robert O´Dell, Kerry P. Handron, Rice University.
Telescópio: Hubble Space Telescope (NASA/ESA).
Instrumento: Wide Field Planetary Camera 2 (WFPC2).
 
Estes objectos em forma de cometa formaram-se, muito provavelmente, nos estágios finais de vida de uma estrela. Através de imagens como esta obtidas com o Telescópio Espacial Hubble, os cientistas descobriram milhares destes objectos na nebulosa da Helix, a nebulosa planetária mais próxima de nós situada a 450 anos-luz de distância. Embora estes núcleos gasosos pareçam pequenos, eles são, de facto, gigantescos. Cada "cabeça" gasosa é, pelo menos, duas vezes maior que o nosso Sistema Solar, sendo as "caudas" cerca de 1000 vezes mais compridas que a distância da Terra ao Sol. Pensa-se que a estrela moribunda esteja a expelir gás quente pouco denso a partir da sua superfície, fazendo com que este colida com gás mais frio e denso já emitido há alguns milhares de anos atrás. O choque faz com se formem estas estruturas "cometárias".
                                Fonte:
Portal do Astrônomo - Portugal
http://www.portaldoastronomo.org/npod.php

terça-feira, 6 de julho de 2010

LUZ MAIS ANTIGA DO UNIVERSO



Telescópio espacial mostra luz mais antiga do universo




Telescópio espacial mostra luz mais antiga do universo
A parte central da foto é dominada por grandes porções da nossa galáxia, a Via Láctea. Mas é possível ver também a radiação cósmica de fundo, gerada logo após o Big Bang, em magenta e amarelo.[Imagem: ESA/HFI/LFI]


Imagem de céu inteiro
A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou nesta segunda-feira a primeira imagem do cosmos feita pelo telescópio espacial Planck, na qual é possível ver a "luz mais antiga" do universo.
Esta é uma imagem de "céu inteiro" - imagine-se sendo envolto pela imagem, que forma uma esfera ao seu redor.
A parte central da foto é dominada por grandes porções da nossa galáxia, a Via Láctea. A linha horizontal brilhante atravessando a imagem é o eixo principal da galáxia.
É nessa região que se formam hoje a maioria das estrelas da Via Láctea, mas como a foto registra apenas luz com comprimentos de onda longos (invisíveis ao olho humano), o que vemos na realidade não são estrelas, e sim o material do qual elas são feitas, poeira e gás.

Radiação cósmica de fundo
Mas a foto também mostra, em magenta e amarelo, a radiação cósmica de fundo.
A chamada radiação de micro-ondas cósmica de fundo é associada ao Big Bang, a grande explosão na qual os cientistas acreditam que o universo foi criado, há cerca de 14 bilhões de anos.
Formada 380 mil anos após o Big Bang, essa radiação de calor só pôde circular pelo espaço quando um resfriamento no Universo pós-Big Bang permitiu a formação de átomos de hidrogênio.
Os cientistas dizem que, antes desse estágio, o cosmos era tão quente que matéria e radiação estavam "fundidas". O Universo, seria, então, opaco.

Variações de temperatura
Os instrumentos do Planck podem detectar variações de temperatura nessa radiação antiga que auxiliam a compreensão da estrutura do Universo no momento de sua formação e que são uma espécie de rascunho de tudo o que se sucedeu depois.
Foram necessários mais de seis meses para que o telescópio espacial conseguisse montar o mapa.
O Planck, lançado ao espaço em maio do ano passado, já está montando uma segunda versão do mapa. A ideia é que ele faça pelo menos quatro versões.

Aparência do Universo

Os cientistas vão precisar de tempo para analisar todas as informações e avaliar suas implicações. A divulgação formal de imagens completas da radiação cósmica de fundo e de análises científicas sobre elas não deve acontecer antes do fim de 2012.
Segundo os pesquisadores, as informações coletadas constituem um banco de dados extraordinário, que os ajudará a compreender melhor como o Universo adquiriu a aparência que tem hoje.

Fontes:
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
BBC - 06-07-2010