segunda-feira, 4 de maio de 2009

AGORA SOMOS AGORA


AGORA SOMOS AGORA


Somos do mesmo tempo,idênticos,
o nosso sangue destilado no sacro momento da mais insólita união,

Somos porque somos semente,flores e frutos,
a mais bela criação

Somos o que somos porque piamente fomos o realizar da beleza
a mais sublime vontade destilada em cristalina e redentora taça.

Somos fiéis fractais condensados na aurora de imorredouras façanhas
exemplares do humanismo longamente sonhado na original paternidade

Quem nos vê a verdade admira de nossa simplicidade.
Nem sonha que somos um com a pura divindade.

Somos o que somos,assim meio deus,meio gente,algo estranho,
diferente do que antes existia.

E somos assim diferentes,meio deuses,meio gente,para provar ao mundo,
que a criação não tem rédeas,nem se compraz em feitura de meras feras,criaturas.

E se somos o que somos não o somos por acaso.

Sim,fomos feitos de lama mas de uma lama estelar,
preparada e cozida no coração ardente do astro mais quente do grande Pai,o dono da sementeira, a mina de todas as pedras,invulgares,preciosas,destinadas à coroa,honra da majestade incrustada na testa.

Quem pode negar esta ata se de tão Vera idade ,bem antes da grande explosão turbilhonasse a paixão bem antes de haver os mundos, seres e leis para conter os astros,contendas,colisões,festejos nos saraus ,festas divinas,olímpicas jogatinas de fanfarras doidivanas entre os deuses meninos?

Só quem lá coabitou,dormiu em leitos de ouro,mamou no peito da luz,pode te uma lembrança do que é felicidade e gracioso lembrar do que é ser ,ser filho da verdade.

Lembrar orgulhoso de ser dileto, mil vezes desejado,pontilhado por lápis da luz faceira,no leito real docemente embalado,em pleno estado de graça.

Podem todos duvidar,nada muda a bela história escrita no coração,
feito desenho de arte,arte e manha do Grande Arquiteto.

Falas,palavras,lembranças,novelos de fios singelos
dão -se em verbos,versos,poemas eternos pingam da forja pia e fiel,ao ritmo gracioso de cantares eternizados na ância de novas miragens,perpétuos,edificantes.

Quem do sarau divino ouve uma só sentença e nela vem meditar cala o choro velho repetido na criançada sedenta de maravilhas.

Este canto glorioso que parte do coro celeste ,reverbera incontinente , colorindo espaços aonde gravitam berçários de estrelas num bailar deslumbrante ao ritmo da harmonia - cativante nave que tudo abarca e transporta,semeia liberdade afora.

O eterno recital de astronômica estrutura ,sob a regência suprema tem por finalidade abrir veredas,caminhos na solidão infinita,apropriada à romper do caos as sementes,dispô-las em simetria nas rotas cadenciadas,aonde timbres e modos distintos se acasalam diferenças ,para fartos folguedos, mirar a dinâmica do significante significado em cada e toda semente enraizada nos céus

E a beleza doadora plasmada por ser sentida na potência imorredoura - doura na alma a latência no simplesmente acordar.

Ah, quem poderá resistir
ao som nascido no gozo quântico da dinâmica maestria?

A festa de viver chama ardente, proclama,convida cada elemento ao banquete se incorporar ,
ser alimento,iguaria,sustento para ali na mesa redonda
todos sedentos se ofertam deliciosos ao grande banquete ,
uníssonos,vibráteis integrados ao coro reverberante
clamando sustento e vida servida na taça transbordante de alegria.

Vem,venham os famintos,
os que têm sede de auroras,
de novas cenas ditosas ,
de substâncias perenes,
de festa infinda na alma!

Vem,mas vem desarmado,
sem medo de novas façanhas ,
sem modos e meios vulgares.
Vem para ser sempre a si mesmo
- outro bem-aventurado.

AGORA SOMOS AGORA
ΙΩΝ ( 28/07/07 )

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