domingo, 8 de julho de 2012

BÓSON DE HIGGS- (PARTÍCULA DE DEUS) DÁ SENTIDO AO UNIVERSO




Porque o bóson de Higgs dá sentido ao universo [partícula de Deus]

Na última quarta-feira (4), em uma coletiva de imprensa realizada no laboratório CERN (Organização Europeia de Pesquisas Nucleares) em Genebra, na Suíça, cientistas anunciaram o que pode ser a descoberta de uma das partículas elementares para a formação de tudo o que existe: o bóson de Higgs.

Há anos, pesquisadores trabalhando no Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), o maior acelerador de partículas que existe, procuram o bóson, partícula que foi proposta pela primeira vez por Peter Higgs em 1964, 48 anos atrás.

Agora, duas equipes separadas do LHC – ATLAS e CMS – chegaram a resultados parecidos que estão em conformidade com as previsões teóricas sobre as partículas subatômicas do Modelo Padrão da Física, com a inclusão do bóson de Higgs. Isso indica que a partícula de fato existe.

O bóson teria massa de 125.3 GeV, e os resultados têm o nível de certeza de 4,9 sigma (o ideal é 5 sigma, nível necessário para reivindicar uma descoberta, pois significa que há menos de uma chance em um milhão dos dados serem um acaso estatístico).

“Foi anunciada a descoberta de um bóson que pode ser o bóson previsto por Higgs há quase 50 anos. A beleza da descoberta vem não apenas da notável previsão teórica, baseada em alguns conceitos bastante simples de simetria, mas do avanço tecnológico que foi preciso fazer para comprovar a sua existência”, comenta a Prof. Dr. Carola Dobrigkeit Chinellato, do Grupo de Física Teórica (GFT), da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Tal êxito só foi possível com um enorme esforço e trabalho conjunto de milhares de pesquisadores, físicos, engenheiros e técnicos. “Acho que é mesmo um momento histórico”, diz.

Apesar de muita gente achar que o bóson de Higgs é um caso certo, ainda é preciso ter cautela. Os cientistas estão tratando a descoberta como “muito provável”, e pediram tempo para analisar as informações.
“Esta cautela é inteiramente justificável. Embora seja relativamente robusto, níveis de certeza maiores do que 4,9 já vieram a ser modificados pelos próprios dados experimentais. É preciso cuidado”, explica o Prof. Dr. Marcelo M. Guzzo, do Instituto de Física Gleb Wataghin, também da UNICAMP.

A “descoberta” e o Modelo Padrão da Física

O bóson de Higgs é a partícula pela qual supostamente tudo no universo obtém sua massa, inclusive nós, seres humanos.
Sendo assim, a partícula era vista como crucial para que os físicos pudessem dar sentido ao universo. Só que ela nunca tinha sido observada por experimentos.

Por conta de sua importância nos blocos de construção básicos do universo, o bóson recebeu o apelido de “partícula de Deus”, apelido que Guzzo não simpatiza. “Não gosto do nome ‘Partícula de Deus’, apenas se for pensado como uma espécie de brincadeira. Supondo que tenhamos, de fato, descoberto o Higgs, temos em mãos um quebra-cabeça muito mais completo rumo a uma compreensão das partículas elementares e suas propriedades. Isto é muito bom. Mas outras peças que são igualmente importantes neste quebra-cabeça nunca foram chamadas de ‘Partículas de Deus’”, argumenta.

O quebra-cabeça maior seria, por assim dizer, o Modelo Padrão da Física, uma espécie de “livro de instruções” que descreve como as partículas e as forças interagem no universo. Sem a existência do bóson de Higgs, ou seja, de uma partícula que desse massa a todas as outras, todo esse modelo poderia ir por água abaixo.

Sendo assim, uma das grandes consequências da descoberta é o fortalecimento desta teoria em detrimento de teorias alternativas. “Podemos afirmar que nada muda no Modelo Padrão das Partículas Elementares. Pelo contrário. O bóson de Higgs fazia parte do Modelo Padrão que sai muito fortalecido por esta descoberta”, diz Guzzo.

Agora, qualquer outro modelo alternativo ao Modelo Padrão terá que incorporar o Higgs, que passa a ter status de “evidenciado experimentalmente”.

E o bóson de Higgs também ajuda a explicar outras teorias, como a simetria de gauge. “Agora entendemos como a simetria de gauge, um dos pilares da construção do Modelo Padrão e que gera previsões estranhas como, por exemplo, que os bósons intermediários responsáveis pela interação fraca não têm massa, pode incorporar as massas destas partículas que foram encontradas experimentalmente já no início da década de 1970. Isto se dá através do Mecanismo de Higgs”, explica o professor.

O badalado bóson de Higgs, então, foi encontrado (provavelmente). Mas o grande vencedor parece ser o Modelo Padrão da Física.

“O conjunto começa a ficar muito interessante. Bonito mesmo! A ponto que eu gostaria de ver o Modelo Padrão ensinado nas escolas, como um conhecimento popular. É a consagração do Modelo Atomista que há milênios ronda o conhecimento humano”, opina Guzzo.

“Já há muitos anos nós aprendemos sobre a previsão da existência do bóson de Higgs, e ensinamos sobre ele para os nossos alunos. O anúncio dos resultados dos experimentos ATLAS e CMS é motivo de alegria para os físicos, e ainda mais para os físicos que trabalham na área de partículas elementares. Sentimos uma satisfação parecida com a de alguém que está montando um quebra-cabeça enorme e consegue achar a pecinha que estava faltando para completar o quadro”, comemora a professora Carola.
Você também vai adorar:

Natasha Romanzoti tem 22 anos, 
é jornalista, apaixonada por futebol (e corinthiana!) 
e livros de suspense, viciada em séries e doces e escritora nas horas vagas.
Pablo Picasso

Li
 Fonte:
Hiperciencia.com
Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres. 
 Sejam abençoados todos os seres.
 
 

segunda-feira, 2 de julho de 2012

COMBUSTÃO DO LÍTIO




A combustão do lítio no NÚCLEO da estrela T.TAURI 
 
A combustão do lítio ocorre em anãs marrons, este elemento não costuma estar presente em estrelas de pouca massa. Estrelas que atingem uma temperatura elevada (2.5 × 106 K), o suficiente para realizar a fusão do hidrogênio, rapidamente esgotam seu lítio. Esse processo ocorre através da colisão do lítio-7 e um próton, produzindo dois núcleos de hélio-4. A temperatura necessária para desencadear esta reação é um pouco menor que aquela necessária para a fusão do hidrogênio. A convecção em estrelas de pouca massa assegura que o lítio se esgote integralmente no volume da estrela. Assim, a presença da linha do lítio no espectro de uma candidata a anã marrom constitui um forte indício de que esta se trata de um objeto subestelar.

Estrela T.Tauri
 Estrela T.Tauri

Através de um estudo da abundância do lítio em 53 estrelas T Tauri, descobriu-se que a exaustão do lítio varia fortemente de acordo com o tamanho da estrela, sugerindo que a cadeia P-P, durante os últimos estágios de instabilidade e alta convectividade da fase tardia da contração de Hayashi, na pré-sequência principal, pode ser uma das principais fontes de energia das estrelas T Tauri. Uma rotação rápida tende aumentar a mixagem e aumentar o transporte do lítio para a as camadas mais profundas, onde este é destruído. 

As estrelas T Tauri costumam aumentar suas rotações na medida em que envelhecem, através da contração e do aumento na intensidade dos giros, na medida em que conservam o momento angular. Esse processo acelera a taxa de destruição do lítio com o aumento da idade. A combustão do lítio também aumentará com as altas temperaturas e maiores massas, e durará por no máximo 100 milhões de anos.

Este processo não ocorrerá em estrelas com massa menor que sessenta veses aquela de Júpiter. Desse modo, a taxa de esgotamento do lítio pode ser usada para calcular a idade de uma estrela.

O uso do lítio para distinguir as candidatas a anãs marrons das estrelas de pouca massa costuma ser chamado de o teste do lítio, um método utilizado primeiramente por Rafael Rebolo e seus colegas. Estrelas mais pesadas como o Sol podem reter o lítio em suas atmosferas externas, as quais nunca se aquecem o bastante para eliminar o lítio, mas essas podem ser distinguidas das anãs marrons pelo tamanho. Uma anã marrom no limite de sua massa máxima pode ser quente o bastante para promover o esgotamento do lítio, quando são jovens. Anãs com massas superiores a 65 M_J podem exaurir seu lítio quando atingem meio bilhão de anos de idade [Kulkarni], o que demonstra que o teste do lítio não é perfeito.



Li 
_____
__  __
_____
Fonte:
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres.

Sejam abençoados todos os seres.

domingo, 1 de julho de 2012

MÚSICA PRA VER ESTRELAS - Tomaso Albinoni Il Concilio de Pianeti - 1:54:17


Sejam felizes todos os seres.Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.

sábado, 30 de junho de 2012

ORIGEM E FORMAÇÃO DAS ESTRELAS




Origem e formação das estrelas

O que são as estrelas e as nebulosas? Astrofísica e física da origem, nascimento e formação de novas estrelas no espaço para crianças. Características do universo nas nebulosas ou nébulas do espaço. Supernovas e origem das estrelas de nêutrons.  

BURACOS NEGROS E AS ESTRELAS

ASTROFÍSICA GLOBAL

Teoria da Equivalência Global Mª José T. Molina  
 
1.b) Origem e formação das estrelas no espaço
  • O que são as estrelas?
    Na página anterior sobre os buracos negros já disse que as estrelas são buracos negros que inverteram o seu processo de absorção de energia eletromagnética pelo de emissão da mesma, ao mudar a relação de forças com a zona do espaço exterior circundante.

    De repente, apareceu-nos um novo estado da matéria que se parece a um grande núcleo atômico, é o estado de plasma; chamam-se estrelas e emitem muita luz. Para o nascimento de uma estrela é necessária a prévia existência de um buraco negro ou a união gravitacional de grande quantidade pó cósmico e elementos ligeiros.

    As características do que são as estrelas neste novo conceito da Astrofísica Global para crianças explicaria a existência de tanto hidrogênio e que, ao mesmo tempo, a estrela não exploda ou reaja em pouco tempo. De uma forma muito simplificada pode dizer-se que o interior da estrela é formado por partículas subatômicas que, segundo se vão desfazendo as espirais, vão reagindo e criando ou liberando átomos de hidrogênio que, por sua vez, alimenta as reações de fusão nuclear.

    Da mesma forma, quando as espirais ou caracóis do interior das estrelas se desfazem, por vezes fazem-no de forma brusca e libertando muita energia pela descompressão da massa, permitindo que a globina recupere o seu volume, por outras palavras, justamente as características contrárias à criação das espirais. Estas características das estrelas seriam consistentes com os ciclos solares observados.

    Há que sublinhar que os dois fenômenos de expansão e contração do universo são coerentes com as observações da Astronomia disponíveis em Astrofísica.

  • Nébulas ou nebulosas.
    Existem grandes regiões no espaço chamadas nébulas, onde se concentra o nascimento e formação de numerosas estrelas, como a Nebulosa Tarântula da figura.
    A Wikipédia diz que as nébulas se encontram também em estado de plasma.
    Outro exemplo da existência de regiões com buracos negros ou processos de formação de massa e de nascimento e formação de estrelas seria o pó cósmico na Via Láctea NGC 281 Bok Globules citado na página sobre os buracos negros.

  • Origem, nascimento e formação de estrelas para crianças.
    Se numa nebulosa a tensão eletromagnética é muito elevada haverá uma tendência à criação de partículas elementares com massa, e se a tensão é suficiente o processo não parará e surgirão pequenos buracos negros.

    Agora, se essa região do espaço ou nébula com grande energia eletromagnética é, ao mesmo tempo, algo instável em relação a fortes variações da tensão eletromagnética, os buracos negros em formação poderão reverter o seu processo e converter-se em estrelas, o que por sua vez tornará mais variável a energia eletromagnética na referida nebulosa.

    Nebulosa Tarântula NGC 2074
    Tormenta de novas estrelas
    NASA and STScI-Hubble Team
    (Imagem de domínio público)

    Nebulosa Tarântula Tormenta de novas estrelas

    Em qualquer caso, que um buraco negro acabe em estrela é uma questão de tempo, e já se sabe que não é fácil parar o tempo.
    Convém recordar que nestas regiões do espaço ou nebulosas, como em qualquer outra região, existe uma tendência para o equilíbrio de forças elásticas. O particular das nebulosas será que a instabilidade provoca pontos de equilíbrio dinâmico de forma que invertem certos processos da globina ou estrutura reticular da gravidade.

    Como assinala a Wikipédia, os processos de formação de estrelas não estão totalmente explicados, mas neles influem numerosas variáveis, como a composição e concentração de pó cósmico, o campo magnético, a temperatura, a pressão, processos de fusão nuclear, proximidade a explosões anteriores de supernovas, etc.

    Numa análise superficial poderia pensar-se que a existência de pó cósmico em regiões tão grandes do universo ou nebulosas se poderá dever à explosão de um grande buraco negro com pó no seu interior. Contudo, a mim parece-me mais lógico pensar na existência de energia eletromagnética, talvez com dupla ou tripla torção.

    Essa energia converte-se primeiro em elementos ligeiros ou pó cósmico ao longo do espaço pelas irregularidades destes processos tão violentos. No caso destes processos com grande intensidade, primeiro o pó negro se juntaria pela força de gravitação o suficiente para ser a origem da formação de estrelas quando se inverte o processo. A ciência Astrofísica fala de tempestade de estrelas.

  • Morte das estrelas e supernovas para crianças. Seguindo com a argumentação anterior sobre a liberação das espirais da matéria no interior das estrelas. Quando se aproxima a morte de uma estrela, por aproximar-se o final das espirais ou caracóis que a forma, dependendo da massa compacta que exista e das espirais restantes que se liberem de repente, pode produzir-se no espaço uma brusca explosão da estrela ou supernova.

    • Experiência física para crianças. Pense-se no que acontece quando se vão desfazendo caracóis de elásticos, uma característica típica dos mesmos é que o fenômeno da morte ou final do caracol não é contínuo, mas sim por puxões; visto que por vezes um caracol faz de chave dos seguintes. O último puxão tem tendência a ser o maior de todos. Pelo menos isto pressupõe uma razão para a existência do fenômeno conhecido em Astrofísica como supernovas.
       
      Convém assinalar que a ciência da Astronomia observou a expansão do universo no espaço, primordialmente no caso de supernovas ou morte de estrelas com uma grande explosão.
      No próximo apartado explicaremos o conceito de energia escura, a sua origem e a sua relação com a expansão do universo.

  • Variações de atividade na vida das estrelas. As variações de atividade na vida das estrelas seriam provocadas por um dos puxões intermédios ou finais ao desfazerem-se os caracóis que conformam as partículas com massa das estrelas, mas que não chegam a provocar uma supernova. Um caso típico seriam as épocas com fortes chamas solares ou ciclos solares.
     
  • Origem e formação das estrelas de nêutrons para crianças. Existem diversos tipos de estrelas com características especiais em função do seu tamanho, da sua massa, etc.
    Uma classificação das estrelas é a que permite conhecer se no final se produzirá uma explosão ou supernova que dê lugar a uma estrela de nêutrons.

    Depois da explosão das supernovas tipo II formam-se estrelas de nêutrons, devem ter uma massa superior a 9 ou 10 vezes a do Sol e menor que outro limite. A origem e processo de formação das estrelas de nêutrons parecem mais ou menos conhecidos tendo em conta o que se explica na Wikipédia; mas as razões pelas que acontecem as coisas continuam a estar um pouco ausentes e poderiam denominar-se razão escura.

    Como descrevi anteriormente, as estrelas emitem luz e no seu interior vão-se libertando espirais tridimensionais devido à diferença de potencial eletromagnético entre a estrela e a estrutura reticular que a rodeia nas três dimensões espaciais, o que vai desfazendo literalmente a massa da estrela ao mesmo tempo que se criam elementos mais pesados, como na reação de fusão do hidrogênio.

    Depois da explosão da supernova no espaço haverá uma diferença de potencial muito maior que antes devido à rápida e enorme libertação de energia eletromagnética, que acabará com todas as partículas com carga. Ou seja, os prótons desfazem-se como se desfez a estrela ou então se convertem em nêutrons. Em síntese, o processo acaba numa estrela de nêutrons, como assinala a Wikipédia nas suas páginas sobre a ciência de Astronomia.
     
    Outra possibilidade é que se a estrela de nêutrons fosse muito grande começaria a atrair massa e a converter-se num buraco negro, mas eu diria que de uma configuração espacial diferente, dada a inicial diferença de potencial eletromagnético existente nessa zona.

    Ou seja, se a estrela é dextrogira, o novo buraco negro será levogiro e vice-versa, visto que se começaram a criar espirais e caracóis, mas em sentido contrário, ou se se prefere, no sentido da torção que desfez a estrela morta ou convertida em estrela de nêutrons.

    Digamos que são sistemas de equilíbrio dinâmico, mas a uma escala muito grande. Não esqueçamos que dentro dos portões e nêutrons existem três quarks, dos quais um tem carga contrária aos outros dois, como assinala a Cromodinâmica Quântica e explica-se também no livro da Mecânica Global.
Estrela Capella- Alfa de Aurigae
Li 
_____
__  __
_____
Fonte:
http://www.molwick.com/pt/astrofisica/520-estrelas.html


Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres.

Sejam abençoados todos os seres.

A NATUREZA O NASCIMENTO DAS ESTRELAS



Como molda a natureza o nascimento das estrelas

2012-05-16


Imagem do enxame globular de estrelas de grande massa R136, na Grande Nuvem de Magalhães, obtida pelo telescópio espacial Hubble. R136 é potencialmente (embora sem confirmação) um local de nascimento de estrelas com massa muito maior que a observada, hoje em dia, nas regiões ditas \"normais\" de formação de estrelas. Crédito: NASA, J. Trauger (JPL), J. Westphal (Caltech). 
 
Usando a última palavra em simulações de computador, uma equipa de astrónomos da Universidade de Bona, Alemanha, encontrou a primeira evidência de que o modo como as estrelas
se formam depende do seu ambiente de nascimento. A equipa publicou os seus resultados no Monthly Notices da Royal Astronomical Society.

Pensa-se que as estrelas se formam no espaço interstelar a partir de nuvens escuras de gás e poeira. Julga-se que as condições existentes no poeirento ambiente de nascimento determinam as suas propriedades, da mesma forma que a temperatura e a constituição de nuvens na atmosfera da Terra
determinam se iremos ter chuviscos, aguaceiros ou granizo. Em contraste, até agora, as estrelas têm inesperadamente parecido formar-se da mesma maneira em todos os lugares. "Os locais de formação de estrelas são as regiões de mau tempo de uma galáxia
e as estrelas em formação são, numa analogia muito grosseira, como gotas de chuva condensando-se a partir do material aí existente", comenta o Prof. Dr. Pavel Kroupa, membro da equipa.

O grupo de cientistas tem agora provas de que a distribuição da massa
das estrelas depende, de facto, do ambiente em que se formam. "Surpreendentemente, esta evidência não nos chega de regiões jovens com formação de estrelas em curso, mas de uma classe muito antiga de objectos, chamados enxames globulares de estrelas", diz o Dr. Michael Marks, principal autor do novo artigo. "O número de estrelas com menos massa que o nosso Sol
observadas em enxames globulares está em desacordo com a sua estrutura."

Os enxames globulares são enormes aglomerados com milhares estrelas em redor da nossa galáxia, a Via Láctea
. A formação de estrelas nesses enxames terminou há milhares de milhões de anos. "No entanto, usando as nossas simulações, descobrimos que a ligação entre a formação de estrelas e o seu ambiente do nascimento pode ser compreendida quando se invoca um processo que ocorre muito cedo na vida de qualquer enxame, chamado expulsão de gás residual", prossegue Marks.

Assim que uma estrela completa a sua formação, começa a brilhar, e, eventualmente, a radiação
proveniente do enxame de estrelas recém-nascidas expulsa rapidamente o gás a partir do qual as estrelas se formaram. A região de nascimento de estrelas é então destruída, deixando para trás estrelas de diferentes massas. "Este processo leva à expansão de todo o agregado estelar com a simultânea remoção de algumas das estrelas do enxame pela atracção gravitacional da jovem Via Láctea. Quanto mais depressa o gás é expelido, mais forte é a expansão e mais estrelas são removidas ", explica Kroupa. E acrescenta: "As marcas deste processo ainda são visíveis na actual distribuição de massa". Isto significa que o conteúdo estrelar inicial dos enxames globulares pode ser reconstruído através de observações atentas das suas actuais populações.

Os astrónomos depreendem que os enxames globulares se devem ter formado com muito mais estrelas de grande massa do que as que hoje são enumeradas em regiões individuais de formação de estrelas. "Caso contrário, a região de nascimento de estrelas a partir da qual se forma um enxame globular não era destruída de forma suficientemente rápida e a consequente expansão era demasiado fraca para remover estrelas suficientes do enxame", diz Marks. "Se isso tivesse acontecido a distribuição de massa das estrelas que vemos hoje seria bem diferente". As diferenças deduzidas no número de estrelas de grande massa formadas em enxames globulares, dependendo das condições da nuvem de gás e poeira, estão realmente de acordo com o esperado na teoria.

Segundo os resultados, só surgem diferenças no conteúdo inicial de estrelas quando as condições nas regiões de nascimento estelar são extremas em comparação com aquelas que vemos hoje. "Não observamos estes ambientes extremos nos dias de hoje, mas eles podem muito bem ter sido frequentes quando os enxames globulares nasceram, há cerca de 12 mil milhões de anos", afirma Marks. O trabalho prevê que, na Via Láctea de hoje, as estrelas se formem, em locais diferentes, da mesma maneira, com a mesma escala de massas.

Kroupa resume os resultados: "Com este trabalho, podemos ter descoberto as, há muito esperadas, diferenças sistemáticas no processo de formação de estrelas". Os astrónomos de Bona planeiam agora usar outras simulações para estudarem o efeito destas diferenças na evolução a longo prazo dos enxames globulares.

Li 
_____
__  __
_____
Fonte:
 http://www.portaldoastronomo.org/noticia.php?id=805


Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres.

Sejam abençoados todos os seres.