quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A ORIGEM do SISTEMA SOLAR



A Origem do Sistema Solar

No Universo conhecido há muitas nuvens de gases e poeiras – nebulosas – que podem dar origem a sistemas solares (Figura 1). Em princípio, nessas nuvens há duas forças opostas que se equilibram: a gravidade, que tende a contraí-las, e a pressão térmica, que tende a expandi-las. 
 
 
Figura 1 – A “maternidade de estrelas” na galáxia M16. Imagem HST.
 
Por vezes essas nebulosas são perturbadas por algum tipo de choque, como a onda provocada pela explosão de uma supernova ou simplesmente a aproximação de outra nuvem. 

Quando recebe o choque, a nebulosa começa a contrair-se. Para que essa contracção venha a dar origem a um sistema planetário, há algumas condições que têm que se cumprir: A nuvem tem que ter massa suficiente, ser densa, relativamente fria, e tem que estar animada de algum movimento inicial de modo a que a contracção gravitacional seja acelerada num movimento de rotação (da mesma forma que um patinador acelera a velocidade das piruetas aproximando os braços do corpo). 

A contracção é acompanhada por um aumento de temperatura mas, desde que a massa nebular seja suficiente (massa de Jeans) a força gravitacional é sempre maior que a tendência para expansão térmica. À medida que a nebulosa inicial roda e se contrai, fragmenta-se. Cada um dos fragmentos, desde que tenha massa e densidade suficientes, individualiza-se e, por sua vez, roda e contrai-se mais. 

Nunca se observaram fragmentos nesta fase, não só porque é rápida (alguns milhares de anos), como também porque estarão rodeados por gases e poeiras densos. Só quando a temperatura dos fragmentos atinge os 2000 a 3000 K se tornam visíveis, merecendo agora o nome de protoestrelas.
Uma destas protoestrelas, há cerca de 4650 milhões de anos, veio a dar origem ao nosso Sol. 

A contracção do proto-Sol deixou para trás um disco de material, a partir do qual se formou o sistema planetário. A composição deste material era a mesma do Sol actual e da nebulosa solar original. Esta era demasiado densa e opaca para deixar escapar energia por irradiação, por isso a contracção gravitacional foi sendo acompanhada por um aumento de temperatura. A uma distância de 300 a 500 milhões de km do proto-Sol, as temperaturas seriam ainda da ordem dos 2000 K pelo que quaisquer elementos estariam no estado gasoso. 

Mas, a um certo ponto, a condensação fez com que a nebulosa ficasse transparente, começando assim a arrefecer. Isto veio a permitir que se produzissem compostos, inicialmente sob a forma de grãos de poeira. Um dos primeiros a formar-se teria sido o corindo, o óxido de alumínio que compõe as safiras e os rubis, aos 1760 K, e os últimos os gelos de metano e de azoto, a 70 K, nos bordos mais frios da nebulosa solar. Isto explica a diferenciação composicional, que se verá nos próximos capítulos, entre os planetas interiores e exteriores. 

Mas havia ainda um longo caminho a percorrer entre esta nuvem de poeiras minerais e gelos e um Sistema Solar. À medida que se iam formando, as poeiras iam estabilizando em órbitas no plano médio da nebulosa, no que viria a ser a Eclíptica actual. Podem-se observar estes discos de poeiras em torno, por exemplo da estrela Beta Pictoris (Figura 2).

 
 Figura 2 – O disco de poeiras em torno da estrela Beta Pictoris. 
Imagem HST, no infravermelho. 

Os choques aleatórios entre partículas e a atracção gravitacional foram gerando agregados cada vez maiores, em tempos e com dimensões dependentes da distância ao centro gravitacional da nebulosa – o proto-Sol. 

Assim, estima-se em 2000 anos o tempo necessário para coagular grãos com 10 mm de diâmetro a 1 UA do Sol (na órbita actual da Terra), mas 50000 anos para produzir grãos com 0.3 mm na órbita actual de Neptuno.
A coagulação é um processo acelerado; por isso, ao fim de mais 10000 a 100000 anos já haveria corpos com menos de 10 km de diâmetro – planetesimais – em órbitas da ordem de 1 UA: os embriões dos planetas do Sistema Solar interior. Na figura 3 pode ver-se o disco protoplanetário da estrela AB Aurigae, já com granulações formadas.
 
 Figura 3 – Disco protoplanetário em torno da estrela AB Aurigae, já com granulações formadas. Imagem HST. As bandas negras destinam-se a ocultar o brilho das estrelas e os rosários em diagonal são fenómenos de difracção.
O proto-Sol estava então na fase de ser uma estrela de tipo T Tauri: juvenil, pequena (talvez o dobro da massa actual) e produzindo jactos fortíssimos de partículas, o vento T-Tauri (Figura 4). Esse vento lançou no espaço os restos da nebulosa solar, impedindo que Júpiter capturasse gases suficientes para se tornar, também ele, uma estrela. 
 
 
Figura 4 – HL Tau, uma estrela de tipo T-Tauri, 
e o vento estelar que projecta.

Imagem do telescópio França-Canadá-Hawaii.
Entretanto, já estavam definidos os materiais que originariam os planetas do Sistema Solar. A grande massa de Júpiter impediu que se formasse um planeta na zona da cintura de asteróides, fazendo com que as forças das colisões entre poeiras e planetesimais fossem demasiado energéticas para permitir aglomeração por gravidade.




A hipótese moderna para a origem do sistema solar é baseada na hipótese nebular, sugerida em 1755 pelo filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804), e desenvolvida em 1796 pelo matemático francês Pierre-Simon de Laplace (1749-1827), em seu livro Exposition du Systéme du Mondeee.




        Laplace, que desenvolveu a teoria das probabilidades, calculou que como todos os planetas estão no mesmo plano, giram em torno do Sol na mesma direção, e também giram em torno de si mesmo na mesma direção (com excessão de Vênus), só poderiam ter se formado de uma mesma grande nuvem de partículas em rotação. Essa hipótese sugeria que uma grande nuvem rotante de gás interestelar, a nebulosa solar, colapsou para dar origem ao Sol e aos planetas. Uma vez que a contração iniciou, a força gravitacional da nuvem atuando em si mesma acelerou o colapso. À medida que a nuvem colapsava, a rotação da nuvem aumentava por conservação do momentum angular e, com o passar do tempo, a massa de gás rotante assumiria uma forma_discoidal, com uma concentração central que deu origem ao Sol. Os planetas teriam se formado a partir do material no disco.

  Sucedeu que, num ponto do Universo, perdido entre as miríades de mundos, a matéria_cósmica se condensou sob a forma de imensa nebulosa, animada esta das leis_universais que regem a matéria. Em virtude dessas leis, notadamente da força molecular de atração, tomou ela a forma de um esferóide, a única que pode assumir uma massa de matéria insulada no espaço.
        O movimento_circular produzido pela gravitação, rigorosamente igual, de todas as zonas moleculares em direção ao centro, logo modificou a esfera primitiva, a fim de a conduzir, de movimento em movimento, à forma lenticular. Falamos do conjunto da nebulosa.

[38 - capítulo VI  página 118 item 20 ] - Allan Kardec  - A Gênese - 1868
        Novas forças surgiram em conseqüência desse movimento de rotação: 
  • a força centrípeta (tendendo a reunir todas as partes no centro)
  • e a força centrífuga (tendendo a afastá-las dele).
        Ora, acelerando-se o movimento, à medida que a nebulosa se condensa, e aumentando o seu raio, à medida que ela se aproxima da forma lenticular, a força centrífuga, incessantemente desenvolvida por essas duas causas, predominou de pronto sobre a atração central.
        Assim como um movimento demasiado rápido da funda lhe quebra a corda, indo o projetil cair longe, também a predominância da força centrífuga destacou o circo equatorial da nebulosa e desse anel uma nova massa se formou, isolada da primeira, mas, todavia, submetida ao seu império. Aquela massa conservou o seu movimento equatorial que, modificado, se lhe tornou movimento de translação em torno do astro solar. Ao demais, o seu novo estado lhe dá um movimento de rotação em torno do próprio centro.

[38  - capítulo VI  página 118 item 21 ] - Allan Kardec  - A Gênese - 1868

A nebulosa_geratriz, que deu origem a esse novo mundo, condensou-se e retomou a forma esférica; mas, como o primitivo calor, desenvolvido por seus diversos movimentos, só com extrema lentidão se atenuasse, o fenômeno que acabamos de descrever se reproduzirá muitas vezes e durante longo período, enquanto a nebulosa não se haja tornado bastante densa, bastante sólida, para oferecer resistência eficaz às modificações de forma, que o seu movimento de rotação sucessivamente lhe imprime.
        Ela, pois, não terá dado nascimento a um só astro, mas a centenas de mundos destacados do foco central, saídos dela pelo modo de formação mencionado acima.  Ora, cada um de seus mundos, revestido, como o mundo primitivo, das forças naturais que presidem à criação dos universos gerará sucessivamente novos globos que desde então lhe gravitarão em torno, como ele, juntamente com seus irmãos, gravita em torno do foco que lhes deu existência e vida. Cada um desses mundos será um Sol, centro de um turbilhão de planetas sucessivamente destacados do seu equador. Esses planetas receberão uma vida especial, particular, embora dependente do astro que os gerou.
[38 - capítulo VI  página 119 item 22 ] - Allan Kardec  - A Gênese - 1868
Formação do Sistema Solar

Descoberto sistema planetário semelhante ao nosso Sistema Solar
        Ainda não encontramos um sistema exactamente análogo ao nosso, com um planeta com uma órbita circular e uma massa próxima da de Júpiter, mas esta descoberta mostra que estamos a chegar lá. Estamos a ponto de encontrar planetas que se encontrem a distâncias superiores a 4 u.a. das estrelas que orbitam", afirmou Butler. "Penso que encontraremos mais planetas deste tipo entre as 1200 estrelas que temos vindo a observar."
        A equipa partilhou os seus dados com o astrónomo Greg Laughlin da Universidade da Califórnia (E.U.A). Os seus cálculos dinâmicos mostraram que um planeta com uma dimensão semelhante há da Terra poderia existir numa órbita estável entre estes dois gigantes gasosos. Mas isto não passa, até ao momento, de pura especulação. No total, a equipa de investigadores, encontrou 13 planetas. Entre eles encontra-se o mais pequeno planeta descoberto até hoje. Ele orbita a estrela HD49674, da constelação Auriga_(O_Cocheiro), da qual se encontra separado por apenas 0,05 u.a. A sua massa é cerca de 15% da de Júpiter (40 vezes a massa da Terra). Este estudo vem assim elevar para 90 o número de planetas extra-solares até hoje descoberto.

Cientistas descobrem planeta maior que Plutão no Sistema Solar


órbita da 2003 UB313 em 29 de Julho de 2005 ( NASA)

fonte: http://neo.jpl.nasa.gov/orbits/2003ub313.html

http://commons.wikimedia.org/wiki/File:2003-UB313-orbits.png








As notícias de um novo planeta no Sitema Solar começaram a chegar no Verão passado. O astro rochoso, baptizado com o estranho nome de 2003 UB 313, aparecia como um forte candidato ao lugar de décimo planeta. Hoje, novas observações publicadas na Nature vêm reforçar esta hipótese e relançar a polémica sobre o que é um planeta afinal, o misterioso astro não é só maior do que Plutão, mas é também o maior objecto trans-neptuniano conhecido até hoje.

Recorde-se que, já no Verão passado, a equipa de cientistas norte- -americanos liderada por Mike Brown anunciara a detecção do 2003 UB 313. Na altura, no entanto, pensavam que o corpo celeste, composto de rocha e gelo, seria, no mínimo, do mesmo tamanho que Plutão.

"O que os astrónomos conseguiram agora foi medir definitivamente o tamanho do objecto e concluir de vez que é muito maior do que Plutão", explicou ao DN Nuno Peixinho, investigador do Grupo de Astrofísica da Universidade de Coimbra. Uma descoberta "fantástica", que volta a levantar a questão sobre o que deve ser ou não um planeta.

De acordo com o trabalho publicado hoje na Nature, o 2003 UB 313 tem 3100 quilómetros de diâmetro - bem mais do que os 2300 quilómetros de Plutão. Para chegar a estas conclusões, a equipa liderada por Frank Bertoldi, da Universidade de Bonna, na Alemanha, recorreu a um radiotelescópio de 30 metros de diâmetro, na Sierra Nevada. O trabalho permitiu-lhes medir a razão entre a luz solar recebida pelo objecto e a luz reflectida pelo mesmo (albedo) e calcular o seu tamanho, com base na radiação térmica emitida.

Além de ser o maior objecto da cintura de Kuiper - ou seja, trans-neptuniano - conhecido até hoje, o 2003 UB 313 é também o mais distante detectado no Sistema Solar. Demora 560 anos terrestres a completar uma volta em torno do Sol - quase o dobro do que Plutão. O que levanta questões sobre o lugar deste último no Sistema. É que, se os quatro planetas mais próximos do Sol são corpos rochosos, de tamanho modesto, e os quatro seguintes são gigantes gasosos, Plutão - e 2003 UB 313 -são completamente diferentes com órbitas muito excêntricas e compostos sobretudo de gelo. Por isso, 2003 UB 313 é o décimo planeta ou Plutão deve perder o seu título?

Para Nuno Peixinho, embora seja "fantástico" descobrir um objecto desta dimensão na cintura de Kuiper - onde orbitam milhares de asteróides -, seria "preferível" que nenhum destes objectos trans-neptunianos fosse considerado um planeta - nem mesmo Plutão. Recorde-se que, desde o primeiro, descoberto em 1992, já se detectaram cerca de mil objectos trans-neptunianos.

Segundo o astrofísico, estima-se que haja "mais cinco a dez do tamanho de Plutão, ainda por descobrir". Ou seja, se a União Astronómica Internacional optar por considerar o 2003 UB 313 , é provável que a lista se avolume e a lengalenga - "Mercúrio, Vénus, Terra, Marte..." - que se aprende na escola se torne bem mais difícl de decorar... 






Fonte:
http://www1.ci.uc.pt/
Ver mais informações em: http://astro.if.ufrgs.br/planetas/planetas.htm# guc/atlas/01origem.htm
http://guia.heu.nom.br/sistema_solar.htm

A ORIGEM DO SOL



A nossa própria estrela: o Sol

Este livro de fácil leitura foi pensado para os mais pequenos, alunos da Pré e do 1º ciclo. Leia-lhes sobre fulgurações e manchas solares e a razão pela qual os cientistas estudam o Sol.

Versão original: NASA/Daniel Vong.
Esta versão foi traduzida para português por Luís Fé Santos.
Última Revisão Setembro/2005.




ENERGIA SOLAR

O Sol é a principal fonte energética para a Terra, não passa de uma estrela tamanho médio, que oferece duas calorias por centímetro quadrado por minuto em uma área sobre a atmosfera terrestre, perpendicular aos raios solares.
Há apenas três formas de energia disponível aqui na Terra e que não são de origem solar:
  • Energia das Marés;
  • Energia Nuclear ( fissão e fusão de átomos);
  • Energia Geotérmica ( núcleo da Terra).

A ORIGEM DO SOL
Tudo começou com o Big Bang, uma grande explosão que deu origem ao Universo, formando milhões de galáxias e bilhões de corpos celestes.
A nossa galáxia, cujo o diâmetro é de 100 mil anos-luz, pertence com milhares de outras, a uma gigantesca nuvem achatada de galáxias, de diâmetro igual a cerca de 50 milhões de anos-luz.

Uma galáxia típica contém bilhões de estrelas com as mais variadas idades, novas e velhas. O Sol é uma estrela razoavelmente velha, que ainda não atingiu o estágio final de evolução.
Num primeiro estágio ocorreu a construção gravitacional de uma tremenda nuvem constituída de partículas de hidrogênio, e em algum momento houve liberação suficiente de calor para iniciar a fusão de núcleos de hidrogênio e consequentemente liberação de energia.

Um núcleo de Trítio e um de Deutério se fundem formando um núcleo de hélio liberando um neutron e certa quantidade de energia. A massa do hélio formada fica menor do que a massa dos núcleos que lhe deram origem, convertendo massa em energia no processo de fusão. Essa diminuição de massa, contrabalança a contração  gravitacional.
 
A energia liberada pelo Sol  implica uma perda de massa diária de trilhões de toneladas. Parte dessa energia atinge a Terra sob forma de radiação eletromagnética, especialmente luz visível.
 
As características físicas do Sol:
  • A sua massa é de 2.1030 Kg (330 000 mt)
  • O raio é: 7.105Km            distância Terra-Sol 1,496.108
  • Hidrogênio transformado em Hélio 600.106 Ton/s
  • Transformação de massa em energia 3,8 1020 MW
  • Temperatura da superfície do Sol 5762K
Recebemos fora da atmosfera anualmente 1,5.1018 kwh na ordem de grandeza: 0.01% toda a energia consumida.
Só um bilionésimo( 10-12) da energia liberada pelo Sol é efetivamente absorvida pela Terra. Constando a seguinte distribuição :
  • 66,6% evaporam a água dos oceanos e rios;
  • 23,3% aquecem os solos;
  • 10% aquecem o ar; produzindo
  • ventos;
  • 0,1% é usado por plantas marinhas e terrestres na
  • fotossíntese;
  • Parte dessa energia é recuperada quando chove, transformando-se em energia elétrica nas usinas hidrelétrica;
  • Antigas plantas, hoje na forma de petróleo, gás e carvão , também constituem uma reserva de energia solar;
  • Alimentos para o homem e animais;
  • Também parte dessa energia pode ser utilizada na transformação de
  • energia luminosa em energia elétrica ou energia térmica em energia eólica e em seguida em energia elétrica.
O Sol, a grande fonte de energia da vida e de energia para a Terra
   
Energia, derivada de enérgeia, que em grego significa "em ação", é a propriedade de um sistema que lhe permite existir ou, como conceitua a Física, realizar trabalho.
Energia é movimento, sem a sua presença o mundo seria inerte. A utilização de diversas formas de energia permite ao homem se desenvolver dentro do processo industrial e economicamente.
 
Embora a quantidade de energia disponível em uma comunidade ou país esteja diretamente relacionada com o seu grau de civilização ou desenvolvimento, ela é apenas um parâmetro ou índice útil nessa avaliação. Mas não podemos afirmar que o desenvolvimento de um país é produto direto da exploração de seus recursos energéticos, porque ele não pode estar restrito à sua capacidade de produção de aço, concreto ou papel. 

A qualidade de vida é o objetivo final do desenvolvimento ou a civilização.
 
De toda energia irradiada pelo Sol em todas as direções do espaço, apenas uma pequeníssima parcela atinge a nossa Terra. Isso por causa da grande distância que nos separa os dois corpos celestes e da pequenez da superfície terrestre voltada na direção do astro. Essa pequena parcela, no entanto, representa 4 trilhões de megawatts-hora por dia, ou seja quase 30 mil vezes a quantidade total de energia produzida e consumida pelos engenhos domésticos, industriais ou agrícolas no mundo todo.

Quase 60% dessa energia são novamente desenvolvidos dos ventos, tufões e tempestades. Algo mais de 40% chegam à superfície do solo e dos oceanos. Essa parcela representa uma quantidade de energia equivalente a cerca de 5 ou 6 milhões de vezes a que é produzida pelas potentes usinas de Itaipu, no Rio Paraná, uma das maiores instalações hidrelétricas do mundo.
 
Fontes:
http://www.portaldoastronomo.org/aprender.php
USP
http://www.cepa.if.usp.br/energia/energia1999/Grupo6A/energiasolar.htm

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

ESPECTROSCOPIA ESTELAR



Espectroscopia Estelar
Uma das bases da Asronomia é a aplicação da Espectroscopia Estelar ao estudo das estrelas. O espectro, ou consequência de radiações emitidas pelos átomos de um elemento é característico deste elemento e serve para identificá-lo. 

Uma estrela típica é um espectro de linhas de absorção sobre um fundo luminoso contínuo, produzido quando a emissão contínua, proveniente da camada radiante, a fotosfera, atravessa os gases da atmosfera estelar, como estes só absorvem radiações que podem emitir, o estudo comparativo da posição de linhas de absorção do espectro e das de emissão dos espectros obtidos dos gases mais diversos, nas análises de laboratório, permite determinar a composição química da estrela analisada.

Eis as principais categorias espectrais:


Tipo O: Estrelas azuis, muito quentes, com temperatura superficial de cerca de 30.000ºC, e em cuja atmosfera são encontrados o hélio ionizado e metalóides fortemente ionizados.

Tipo B: Estrelas branco-azuladas, quentes, com temperatura superficial de 20.000ºC, em cuja atmosfera são encontrados hélio e hidrogênio neutros e metalídes medianamente ionizados.

Tipo A: Estrelas brancas com temperatura superficial de 10.000ºC, e em cuja atomosfera predomina o hidrogênio, havendo aí também o cálcio e metais.

Tipo F: Estrelas branco-amareladas, com temperatura superficial de aproximadamente 7.000ºC, com atmosfera de hidrogênio, presença acetuada de cálci e metais ionizads, principalmente ferro e titânio.

Tipo G: Estrelas amarels, também chamadas do tipo solar, com temperatura superficial de 5.500ºC, em cuja atmosfera sào encontrados hidrogênio, cálcio ionizado e associações moleculares tais como o CH e o carbono mlecular.

Tipo K: Estrelas alaranjadas com espectro semelhante ao das manchas solares, com temperatura superficial entre 4.000ºC e 5.000ºC, em cuja atmosfera além dos constituintes das estrelas do tipo G, é ainda encontrado o óxido de titânio e, mais que em todos os outros tipos metais neutros.

Tipo M: Estrelas vermelhas, frias, com temperatura superficial de aproximadamente 3.000ºC, em cuja atmosfera há grande quantidade de óxido de titânio.

Existem ainda outras categorias que vão além desses limites.

No extremo azul:

Tipo W: Ou estrelas de wolf-rayet, mais quentes que a do tipo O, em cujos espectros se apresentam raios de emissão. Têm atmosfera sem elhantes à das estrelas do tipo O, e são normalmente ricas em nitrogênio ou em carbono e oxigênio, o que permite em classificá-las nos tipos WN e WC.

No extremo vermelho:

Tipo S: Ou estrelas a óxido de zircônio, bastante frias, com temperatura superficial de cerca de 2.000ºC, e em cuja atmosfera é grande a quantidade deóxido de zircônio e, em alguns casos também de óxido de titânio.

Tipo C: Ou estrelas carbonadas, antigamente subdivididas em R e N são estrelasd frias, de cor e temperatura comparável às dos tipos K e M, em cuja atmosfera existem compostos carbonados como o CN e o carbono molecular.

Observação: Ainda todos estas categorias são subdivididas em mais 10 tipos por exemplo G3, K7, sendo que G9 é mais semelhante ao K0 que o G5.
Além da composição química, a análise espectral fornece outros dados importantes. Através da largura das linhas é possível calcular a velocidade de rotação da estrela.

O desdobramento das linhas em duas ou três componentes significa a existência de um campo magnético, cuja intensidade é possível determinar medindo-se a distância entre as componentes da linha, seguindo as descobertas de Zeeman.

Os espectros com códigos de barras dos elementos

A experiência de Newton da decomposição da luz fomentou um grande interesse pelo espectro colorido. O procedimento foi aperfeiçoado, em 1802, pelo físico William Wolloston (1766-1828) que utilizou uma fenda estreita, em vez da abertura circular, o que produziu uma banda de linhas visíveis espectrais com a forma da fenda, e um prisma de vidro mais apurado. Wolloston observou que este espectro contínuo e linear da luz do Sol era interrompido por um conjunto de linhas escuras, paralelas à banda, interpretando-as como divisões naturais entre zonas de cores. 

Duas riscas marcariam as fronteiras do vermelho, outra separaria o azul do violeta, mas as restantes não se situavam, claramente, entre zonas de cores diferentes.
Uma década mais tarde, o oculista alemão Joseph Fraunhofer (1787-1826), colocando uma lente convexa entre a fenda e o prisma, obteve uma imagem da série espectral mais definida e estudou estas linhas escuras em mais pormenor. Para obter medidas mais precisas, Fraunhofer aplicou um telescópio para visualizar o espectro. Estava construído o primeiro espectroscópio com capacidade de analisar fontes de luz menos intensas e mais difusas. As linhas escuras solares mais proeminentes foram identificadas por letras maiúsculas de A a H e, além destas, muitas outras linhas foram identificadas, tendo Fraunhofer contado algumas centenas. Examinou também a luz proveniente de outras estrelas brilhantes, verificando que os padrões de riscas negras eram diferentes das do espectro solar.
Um problema relacionava-se com a dificuldade de obter a posição relativa e a estrutura interna destas linhas devido a um defeito inerente no espectro prismático. Dado o aumento de refrangibilidade, as radiações na zona do violeta, mais desviadas pelo prisma, apresentavam uma separação maior que as situadas na zona do vermelho, cujo percurso prismático era menor. Esta “diluição” gradual do espectro produzido por um prisma impedia a determinação do comprimento de onda associado a cada radiação. Em 1823, Joseph Fraunhofer demonstrou, matematicamente, que a utilização de uma rede de linhas (rede de difracção de Rittenhouse) originava um espectro em virtude das interferências entre os raios luminosos desviados pela rede, por difracção dos mesmos. 

A banda colorida obtida com este método posicionava as radiações de forma proporcional ao respectivo comprimento de onda, mas o fabrico destas redes de difracção (prendendo arames finos igualmente distanciados ou rasurando linhas paralelas com um diamante numa película de ouro sobre uma placa de vidro) era muito primitivo, de modo que os espectros obtidos eram pouco precisos, não sendo exequível a sua utilização em espectroscopia estelar, ou espectros menos intensos. No entanto, possibilitou a determinação dos comprimentos de onda das linhas solares mais fortes, futuramente designadas por linhas de Fraunhofer. A utilização de redes de difracção generalizar-se-ia com avanços técnicos no seu fabrico já no século XX. 

A catalogação das linhas escuras do espectro solar prosseguiu, impulsionando o aperfeiçoamento das técnicas espectroscópicas, tendo o seu número atingido 3000 em 1862. Demoraria algum tempo até surgir uma explicação satisfatória destas linhas.

Com a maior popularidade da espectroscopia, a atenção de muitos cientistas transferiu-se para fontes de luz terrestres. Utilizando o espectroscópio de Fraunhofer, o astrónomo britânico John Herschel (1792-1871), filho de William Herschel, reparou, em 1822, que as chamas coloridas, obtidas na combustão de determinadas substâncias, emitem padrões bem definidos de linhas espectrais. Inferiu também a possibilidade de identificar as substâncias, mesmo em quantidades diminutas, pela observação do espectro produzido pela sua chama. 

Quando se assiste a um espectáculo pirotécnico, as chamas coloridas observadas resultam da combustão de determinados elementos. 

Apesar de estarem criadas as bases da análise espectral, esta só viria a estabelecer-se pela frutuosa colaboração entre o químico Robert Bunsen (1811--1899) e o físico Gustav Kirchhoff (1824-1887). Em meados do século XIX, Bunsen inventou um queimador de gás que produzia uma chama incolor que assegurava temperaturas superiores a 1800 ºC. Esta elevada temperatura do bico de Bunsen permitia a combustão de muitas substâncias e a chama incolor do bico não afectava o espectro, de uma certa substância analisada, originado pela chama. Estes dois professores de Heidelberg desenvolveram um espectroscópio com um dispositivo adicional que projectava, por reflexão, no prisma, uma escala que se sobrepunha ao espectro observado. A escala funcionava como referência para o espectro, permitindo obter a posição das linhas observadas. Apesar da arbitrariedade da escala, ela permitia a comparação de espectros diferentes.

Os dados recolhidos com a utilização do seu espectroscópio permitiram a Kirchhoff teorizar que uma qualquer substância capaz de emitir num comprimento de onda particular também absorveria a luz desse comprimento de onda. Concluiu, então, que as linhas escuras do espectro solar resultavam da absorção por parte de gases existentes no Sol. Quando excitados, deveriam emitir nestes comprimentos de onda; no entanto, devido ao seu arrefecimento nas camadas mais exteriores da estrela, verificava-se a absorção destas radiações e a sua ‘exclusão’ do espectro solar.

Considerando que cada átomo e cada molécula produzia um único e característico espectro de riscas ou bandas, por comparação do espectro solar, nomeadamente as suas linhas escuras, com os espectros obtidos na Terra, provenientes das chamas de variadíssimos elementos, foi possível identificar os elementos existentes no Sol e, inclusivamente, deduzir as respectivas quantidades.

O potencial da análise espectroscópica não se esgotava no Sol, porquanto a análise de qualquer espectro estelar ou de qualquer outro corpo celeste que emita luz permite aplicar os mesmos pressupostos e identificar os elementos presentes nesse astro.


No que diz respeito à espectroscopia estelar é de salientar o trabalho de William Huggins (1824-1910), que iniciou a pesquisa espectroscópica em astronomia, recolhendo e analisando os espectros obtidos de várias estrelas e nebulosas. Comparando estes espectros deduziu que a constituição física de algumas estrelas era semelhante à do Sol.

Também a descoberta de novos elementos foi impulsionada. Kirchhoff e Bunsen identificaram novos metais alcalinos, o césio e o rubídio, visualizando novas linhas coloridas em bandas espectrais. Os seus nomes resultaram das cores observadas no espectro (do latim cesium - azul esverdeado e rubidus – vermelho). Anos mais tarde, o astrónomo francês Jules Janssen (1824-1907), em visita à Índia, observou um eclipse total do Sol. Munido de um espectroscópio, observou uma nova linha na zona amarela no espectro solar. 
 O astrónomo inglês Norman Lockyer (1836-1920) atribuiu esta linha a um novo elemento, ainda não observado na Terra, que ficou conhecido por hélio (do latim helios, que significa Sol). Lockyer prosseguiu os seus estudos do espectro solar que lhe revelaram ser o Sol uma mistura de elementos químicos, o que lhe causou alguma admiração pois não conseguia explicar a respectiva proveniência. Em 1887 desenvolveu uma teoria segundo a qual a matéria estelar, nas estrelas mais quentes (azuis ou brancas), seria decomposta nas partículas constituintes dos átomos. Posteriormente, à medida que as estrelas arrefeciam, as partículas remanescentes recombinavam-se para formar os novos elementos.

O primeiro grande sucesso comercial de pequenos espectroscópios de bolso, produzidos por Janssen, surgiu durante a década de 1880. Notou-se que o espectro solar apresentava variações, consoante as condições climatéricas, especificamente, junto à linha D (do sódio) surgia uma banda devida à dispersão da luz pelas gotículas de água em suspensão. Esta banda foi então designada por “banda de chuva” uma vez que ela era observada pouco antes da ocorrência de aguaceiros, especulando-se então que os espectroscópios poderiam prever a precipitação atmosférica. A popularidade dos espectroscópios para prever o tempo estimulou o seu comércio. Todavia, a simplicidade destes espectroscópios baratos, aliada à inexperiência dos utilizadores, tornaram muito difícil a observação da banda de chuva e a interpretação do seu aspecto.

A aplicação meteorológica da espectroscopia foi fugaz, desaparecendo praticamente estes aparelhos do mercado antes de 1890.

A utilização do bico de Bunsen para examinar o espectro de emissão visível dos elementos apresentava ainda limitações, uma vez que a chama não conseguia vaporizar determinados elementos. A invenção da lâmpada de arco eléctrico, com temperaturas superiores a 5000 ºC, expandiu o número de espectros elementares que poderiam ser observados.
As experiências espectroscópicas demonstraram que os átomos de um dado elemento apenas emitiam ou absorviam em comprimentos de onda característicos, que se traduziam nas riscas coloridas observadas nos espectros. Uma preocupação generalizada prendia-se com a busca de uma relação entre estas riscas, ou seja, entre os comprimentos de onda emitidos (ou absorvidos). Os espectros elementares estariam relacionados com a estrutura interna dos átomos.
O espectro visível do hidrogénio quando foi publicado em 1884, suscitou o interesse de um matemático suíço, Johann Balmer (1825-1898). Este professor liceal, habituado a ensinar as leis da perspectiva, analisou os valores dos comprimentos de onda da série visível do espectro do hidrogénio, estabelecendo uma relação matemática entre eles. Verificou, então, que estes comprimentos de onda poderiam ser obtidos com base numa expressão quando duas incógnitas eram substituídas por números inteiros. Em 1889, uma expressão parecida foi deduzida pelo físico sueco Johannes Rydberg (1854-1919). Esta descoberta revelar-se-ia imprescindível ao surgimento dos modelos atómicos.

Uma outra descoberta teria grande impacto na organização dos elementos. A busca de padrões nas séries espectrais revelou semelhanças entre espectros de elementos diferentes. Lecoq de Boisbaudran (1838-1912), um espectroscopista francês, debruçou-se sobre este assunto, reconhecendo similaridades nos espectros de metais alcalinos e de metais alcalino-terrosos. Descreveu estes elementos como “homólogos” definindo-os como “possuindo uma afinidade dependente da sua estrutura ou constituição”, dando fundamento à “lei da homologia” dos elementos de uma mesma família.

Tipos espectrais


Classificação espectral de Morgan-Keenan

Classe O

Estrelas de classe O são muito quentes e muito luminosas, sendo azuladas em cor; de facto, a maioria do seu output situa-se na região do ultravioleta. Estas são as mais raras estrelas da sequência principal. Cerca de 1 em 3.000.000 das estrelas da sequência principal na vizinhança do Sol são estrelas de classe O.[3][4]
Estrelas O brilham com um poder superior a um milhão de vezes o output do Sol. Estas estrelas têm linhas de absorção dominantes e por vezes emissão para linhas de He II, (Si IV proeminente ionizado, O III, N III e C III) e linhas de hélio neutras, fortalecendo de 05 para 09, e linhas de Balmer de hidrogénio proeminentes, apesar de não tão fortes como os últimos tipos. Devido a serem tão massivas, as estrelas de classe O têm núcleos muito quentes, queimando assim o seu combustível de hidrogénio muito rapidamente, e como tal são as primeira a saírem da sequência principal. Observações recentes pelo Telescópio espacial Spitzer indicam que a formação planetária não ocorre à volta de outras estrelas na vizinhança de uma estrela de classe O devido ao efeito de fotoevaporação.[5]
Exemplos: Zeta Orionis, Zeta Puppis, Lambda Orionis, Delta Orionis

Espectro de uma estrela do tipo O5v

Classe B

Estrelas da classe B são também muito luminosas, Rigel (em Orion) é uma supergigante azul proeminente da classe B. Seu espectro possui linhas de Hélio neutro e linhas moderadas de Hidrogênio. Com estrelas O e B possuem emissão extremamente poderosas, elas duram relativamente pouco tempo. Elas não se deslocam muito da área de onde se formaram uma vez que não possuem muito tempo de vida. Elas portando são vistas aglomeradas no que se chamada associações OB1, que estão associadas com as nuvens moleculares gigantes. A associação OB1 de Orion é um braço espiral inteiro da nossa galáxia (estrelas mais brilhantes fazem o braço mais visível, mas não existem mais estrelas lá do que em outra parte da galáxia) e contém toda a constelação de Orion.


Espectro de uma estrela do tipo B2ii

Classe A

Estrelas da classe A estão entre as estrelas mais comuns vistas a olho nu. Deneb em Cisne é outra estrela de potência formidável, enquanto Sírius na constelação do Cão Maior é também uma estrela classe A, mas não tão potente. Como com todas as estrelas da classe A, elas são brancas. Muitas anãs brancas são também de classe A. Elas possuem linhas intensas de Hidrogênio e também linhas de metais ionizados.

Classe F

Estrelas da classe F são ainda bastante potentes, mas elas tendem a ser estrelas da Sequência principal, como Fomalhaut em Piscis Austrinus. Seus espectros são caracterizados por linhas fracas de Hidrogênio e metais ionizados, sua cor é branca com uma pequena quantidade de amarelo.

Espectro de uma estrela do tipo F2iii

Classe G

Estrelas da classe G são provavelmente as estrelas mais bem conhecidas, já que o nosso Sol é uma estrela desta classe. Elas possuem linhas de Hidrogênio mais fracas que estrelas da classe F mas além das linhas de metais ionizados, elas possuem linhas de metais neutros. Durante a sua evolução as estrelas supergigantes frequentemente caminham das classes O e B (azul) para as classes K or M (vermelho). Enquanto fazem isto elas passam pela classe G mas não permanecem por muito tempo.

Espectro de uma estrela do tipo G5iii

Classe K

Estrelas da classe K são alaranjadas e um pouco mais frias que o nosso Sol. Algumas estrelas da classe K são gigantes e Supergigantes, como Arcturus enquanto outras como Alpha Centauri B na constelação do Centauro são da sequência principal. Elas possuem linhas espectrais de Hidrogênio estremamente fracas, isto quando estão presentes, e principalmente linhas de metais neutros.

Espectro de uma estrela do tipo K4iii

 Classe M

Estrelas da classe M são com certeza a classe mais comum de estrelas se contarmos pelo número. Todas as anãs vermelhas são desta classe e elas existem em abundância. Mais de 80% das estrelas da seqüência principal são anãs vermelhas, como Proxima Centauri. A classe M é o local da maioria das gigantes e super gigantes como Antares e Betelgeuse, assim como Mira (veja estrela variável). O espectro das estrelas de classe M mostra linhas pertencentes a moléculas e metais neutros mas hidrogênio normalmente esta ausente no espectro. dióxido de titânio pode ser forte em estrelas de classe M.

Espectro de uma estrela do tipo M0iii

Espectro de uma estrela do tipo M6v

 Fontes:
Starmedia - Wikipédia -e...
http://orbita.starmedia.com/
Sejam felizes todos os seres.

LUZ SOLAR - NEUTRINO


Luz solar


Geometria de um eclipse solar total.


A luz solar é a principal fonte de energia da Terra

 A constante solar é a quantidade de potência que o Sol deposita por unidade de área diretamente exposta para luz solar.A constante solar é igual a aproximadamente 1 368 W/m² a 1 UA do Sol, ou seja, na ou próxima à órbita da Terra, sendo que o planeta recebe por segundo 50 000 000 GW.[nota 4] Porém, a luz solar na superfície da [[Terra] é atenuada pela atmosfera terrestre, diminuindo a potência por unidade de área recebida na superfície para aproximadamente 1 000 W/m² no zênite, em um céu claro.

A energia solar pode ser coletada através de uma variedade de processos sintéticos e naturais.

A luz solar é indispensável para a manutenção de vida na Terra, sendo responsável pela manutenção de água no estado líquido, condição indispensável para permitir vida como se conhece, e, através de fotossíntese em certos organismos (utilizando água e dióxido de carbono), produz o oxigênio (O2) necessário para a manutenção da vida nos organismos dependentes deste elemento e compostos orgânicos mais complexos (como glucose) que são utilizados por tais organismos, bem como outros que alimentam-se dos primeiros.

A energia solar também pode ser capturada através de células solares, para a produção de eletricidade ou efetuar outras tarefas úteis (como aquecimento). Mesmo combustíveis fósseis tais como petróleo foram produzidos via luz solar — a energia existente nestes combustíveis foi originalmente convertida de energia solar via fotossíntese, em um passado distante.

Movimento e localização dentro da Via Láctea


Localização do Sol na Via Láctea.
O Sol localiza-se próximo ao limite anterior do Braço de Órion na Nuvem Interestelar Local ou Cinturão de Gould, a uma distância hipotetizada de 7,5 a 8,5 kpc (25 a 28 mil anos-luz) do centro da Via Láctea,[dentro da Bolha Local, um espaço de gás quente rarefeito, possivelmente produzido por remanescentes da supernova Geminga. A distância entre o braço local e o próximo braço, o Braço de Perseus, é de cerca de 6,5 mil anos-luz. O Sol, e portanto, o Sistema Solar, encontra-se na zona habitável da galáxia.

O ápice solar é a direção do Sol em sua órbita na Via Láctea. A direção geral da moção solar aponta para a estrela Vega, próxima à constelação Hércules, a um ângulo de cerca de 60 graus para a direção do centro galáctico. Para um observador em Alpha Centauri, o sistema estelar mais próximo do Sistema Solar, o Sol apareceria na constelação Cassiopéia.[123]

Acredita-se que a órbita do Sol em torno do centro da Via Láctea seja elíptica, com a adição de perturbações devido aos braços espirais galácticos e de distribuição não uniforme de massa na galáxia. Além disso, o Sol oscila para cima e para baixo, relativo ao plano galáctico, cerca de 2,7 vezes por órbita. Isto é similar ao funcionamento de um oscilador harmônico simples sem força de arrasto.

Cientistas afirmaram que os eventos de passagem do Sistema Solar nos braços espirais de maior densidade muitas vezes coincide com eventos de extinção em massa na Terra, possivelmente devido a um aumento de eventos de impacto causado por distúrbios gravitacionais de estrelas próximas.

O Sistema Solar completa uma órbita em torno do centro da Via Láctea (um ano galáctico) a cada 225-250 milhões de anos. com o Sol tendo completado entre 20 e 25 órbitas desde sua formação. A velocidade orbital do Sistema Solar em torno do centro da galáxia é de cerca de 251 km/s. Nesta velocidade, o Sol toma cerca de 1,4 mil anos-luz para percorrer um ano-luz, ou oito dias para percorrer 8 UA.

A moção do Sol relativo ao baricentro do Sistema Solar é complicado por perturbações dos planetas. A cada século, esta moção alterna entre retrógrado e prógrado.

Problemas teóricos

Problema do neutrino solar


Número de neutrinos predito em teoria (em amarelo) e observados (em azul), em 2000.
Por muitos anos o número de neutrinos elétron solares detectado na Terra era um terço a metade do número predito no modelo solar padrão. Esta anomalia foi chamada de problema dos neutrinos solares. Teorias que foram propostas para resolver o problema tentaram ou reduzir a temperatura do interior solar para explicar os números menores, ou argumentaram que neutrinos elétron podem oscilar — mudar de sabor — durante a jornada do núcleo solar para a Terra, para os neutrinos tau e múon, ambos indectetáveis com a tecnologia da época.

Vários observatórios de neutrinos foram construídos na década de 1980 para medir o fluxo de neutrinos solares o mais precisamente possível, tais como o Observatório de Neutrinos de Sudbury e Kamiokande. Data destes observatórios eventualmente levou à descoberta que neutrinos possuem uma pequena massa, e que oscilam, mudando de sabor.

Além disso, em 2001, o Observatório de Neutrinos de Sudbury conseguiu detectar diretamente todos os três tipos de neutrino, e descobriu que a emissão solar de neutrinos é aproximadamente a mesma predita no Modelo Solar Padrão, embora dependendo da energia dos neutrinos, neutrinos elétron podem chegar a compor apenas um terço do número total.[129][131] Esta proporção é similar ao predito pelo efeito Mikheyev-Smirnov-Wolfenstein, que descreve a oscilação de neutrinos em matéria. Como consequência, o problema do neutrino solar é considerado resolvido.

Neutrino


Observação de um neutrino batendo em um próton em uma câmara de bolhas. A colisão ocorreu no ponto onde emanam três faixas da direita da fotografia.
Neutrino é uma partícula sub-atómica dificilmente detectada porque sua interação com a matéria é muito fraca, sua carga é neutra e sua massa extremamente pequena.

A sua formação se dá em diversos processos de desintegração em que sofre transição para um estado de energia mais baixa, como quando o hidrogênio é convertido em hélio no interior do Sol. Neste momento são gerados todos os comprimentos de ondas.
A maioria dos neutrinos que atravessam a Terra são provenientes do Sol, e mais de 50 trilhões deles passam através do seu corpo a cada segundo

 História

Wolfgang Pauli em torno da década de trinta, observou que em vez de ter uma energia de 0,8 MeV, o elétron quando acelerado (emitido), possui uma energia variável entre 0 e 0,8 MeV.

Considerada uma anomalia, o cientista procurou uma forma de adequar matematicamente a prática e a teoria, pois ambas não eram concordantes.

Em torno de 1931, Pauli encontrou vestígios do que poderia vir a ser outra partícula muito pequena que acompanhava o elétron em sua aceleração. Esta foi denominada de “neutrino”.
Somente em 1956, é que se comprovou a existência real do neutrino, pois sua interação era tão pequena que quase não foi possível sua detecção. Fisicamente, o primeiro detector de neutrinos consistia de uma cubo com 400.000 litros de tetracloroetileno.

No início da década de sessenta, foi descoberto em laboratório que os prótons e nêutrons compunham-se de partículas que foram chamadas de quarks.
Em meados da década de oitenta, os quarks, juntamente com outra classe de partículas subatômicas conhecidas como léptons, constituíam os blocos construtores fundamentais de toda matéria.

O neutrino

O neutrino é uma das partículas elementares da matéria/energia (neste caso há que se ter cuidado em dissociar a matéria da energia). Tem o mesmo momento angular intrínseco, spin ou giro da mesma forma que os prótons, elétrons e nêutrons, e diferente dos fótons que têm o dobro do giro ou spin.
Pertence à família dos léptons, sua massa é muito pequena (antigamente se pensava que podia ser nula). O spin do neutrino é 1/2, sua carga elétrica pode ser considerada nula. Esta partícula é formada em diversos processos de desintegração beta, e na desintegração dos mésons K. Pode-se dizer (por enquanto) que existem três tipos de neutrino.

Estão intimamente associados ao elétron, ao tau e ao múon.

Tipos de neutrinos

  • Neutrino do elétron = Neutrino eletrônico é associado ao elétron, de número eletrônico +1; neutrino do elétron, seu símbolo é: νe
  • Neutrino do múon = Neutrino muônico associado ao múon-menos, e de número muônico +1, seu símbolo é νμ
  • Neutrino do tau = Neutrino tauônico, associado ao tau, e de número tauônico +1, seu símbolo é ντ.

Antineutrino

Além dos neutrinos existem os antineutrinos, estes são antipartículas de neutrino. Há três tipos de antineutrinos, um associado ao elétron, um ao múon e um ao tau.

Interações

Os neutrinos sofrem, apenas, interações fracas e gravíticas. Experiências executadas em laboratórios de partículas indicam que se transformam de um tipo em outro durante seu deslocamento. A isto se chama oscilações de neutrinos. Pontecorvo e outros especularam que os neutrinos poderiam ter tais oscilações, pois a quantidade de neutrinos medida que chegavam à terra vindos do Sol eram menores que o predito pela teoria,[2] mas estas oscilações não eram preditas no Modelo Padrão que descreve as interações das partículas elementares. Este foi a primeira evidência de um fenômeno não descrito pela teoria, e por isto Koshiba e Davis ganharam um Prêmio Nobel em 2002.

A primeira observação direta deste fenómeno foi feita pelo experimento "Opera" (Oscillation Project with Emulsion-tRacking Apparatus) usando os dados do CERN através de feixes de neutrinos do tipo múon enviados do CERN ao Laboratori Nazionali del Gran Sasso nos quais foram encontrados neutrinos tau (antes disso, apenas o desaparecimento dos neutrinos múon foi observado em laboratório). [2]

Matéria transparente

Para a passagem dos neutrinos, a matéria é transparente, isto quer dizer que atravessam a Terra (e presume-se o Sol) praticamente sem perder energia. Além disto, presume-se também que apenas uma pequena fração das partículas é detida pela matéria ordinária.

Para se ter uma idéia da transparência da matéria, suponha-se que houvesse um detector de neutrinos e fótons cuja passagem fosse medida quando provindos do Sol e o aparelho hipotético os deixasse passar, ou seja, apenas contasse a quantidade de ambos. Os fótons após contados seriam detidos pela Terra, os neutrinos não. Quer dizer, ao virar o instrumento para a o chão durante a noite, e posicionando-o enxergando o Sol através da Terra, seriam contados quase em sua totalidade os neutrinos solares, muito poucos seriam detidos, o planeta é transparente.

Astrofísica e Astronomia

Em astrofísica, sabe-se que a detecção de neutrinos é importante para se levantar os meios de observação direta das reações termonucleares no interior do Sol. Estes corpúsculos são testemunhas diretas da evolução de nossa estrela. A densidade de energia em forma de neutrinos na radiação cósmica poderá fornecer muitas respostas acerca de nosso universo. A principal é sobre a idade do universo e a quantidade de matéria/energia negra presente no espaço, com estes dados, pode-se determinar futuramente se o modelo universal é aberto, fechado ou plano. A forma como ocorreu o Big-Bang, a forma do tecido universal e suas distorções, entre outras descobertas que ainda virão.
 trama similar?

 Fonte:
Wikipédia