Desde a Antiguidade, a Lua
é um objeto de grande curiosidade e misticismo, fascinando a humanidade
através das eras. Foi objeto de culto quando o homem glorificava os
astros por temer o desconhecido. Objeto de amor quando encarnou a deusa
da fertilidade, pela aproximada equivalência entre o período orbital
responsável pelas fases lunares
e o ciclo menstrual.
E objeto de inspiração para os jovens astrônomos e
cientistas, representando o primeiro passo na grande jornada da
humanidade rumo ao espaço sideral.
A Lua é o único astro que gira ao redor da Terra e também o mais
próximo, com uma distância média de cerca de 385 mil quilômetros. Foi o
primeiro e único astro, até o momento, a ser visitado pelo homem. O
primeiro a pisar em solo lunar foiNeil Armstrong, tripulante da nave Apolo 11,
em 1969. Seu diâmetro é aproximadamente 1/3 da Terra. Vale ressaltar
que os períodos de rotação em torno de seu eixo e em torno da Terra são
iguais, fazendo com que a mesma face da Lua esteja sempre visível para
nós.
Mesmo nos dias de hoje, ainda não temos certeza absoluta de como foi a formação da Lua. Pela teoria mais aceita, conhecida como Big Splash,
em algum momento do período Hadeano (4,57 a 3,85 bilhões de anos atrás)
um objeto do tamanho de Marte se chocou com a Terra. Esse modelo
consegue explicar o momento angular orbital do sistema Terra-Lua e também a semelhança entre os dois corpos em termos de composição química.
O gigante impacto entre esse corpo (Theia
é o nome que foi dado à esse planeta) e a Terra ocasionou a vaporização
total do primeiro, bem como a superfície do segundo, lançando toda água
e rocha fundida na atmosfera, formando um anel similar ao de Saturno. Esse anel então se condensou e formou a Lua, que ficou presa no campo gravitacional terrestre.
A
captura da Lua tranformou de maneira significativa a Terra primitiva.
O
periodo rotacional da Terra vem decaindo desde este evento, devido
principalmente às forças de maré. Durante o período Devoniano (415 a 360 milhões de anos atrás) a duração de um dia era de 21,6 horas.
A perda de energia rotacional pela Terra foi ganha pela Lua,
fazendo com que a distância média entre Lua e Terra tenha aumentado,
desde a sua formação. Isso significa que ela foi formada a uma distância
muito menor do que a que observamos hoje. E uma Lua mais próxima
significa efeitos de maré muito mais elevados, o que ajudaria muito na
formação da famosa “sopa primordial”: mares
primitivos com alta concentração de materiais orgânicos e que poderiam
ter facultado a formação da vida. A Lua, portanto, pode ter exercido um
papel fundamental na origem da vida na Terra. E entender sua origem implica, em última análise, em tentarmos entender a nossa própria existência.
Referências:
[1] Anderson, D. Theory of the Earth. Blackwell Scientific Publications, 1989.
[2] De Campos, J. A. S. Fundamentos de Astronomia. Departamento de Astronomia, Observatório do Valongo, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2005.
[3] Shaw, A. Astrochemistry: From Astronomy to Astrobiology. John Wiley and Sons, England, 2006.
PROGRAMA VIDA INTELIGENTE - A LUA E SEUS MISTÉRIOS
Nosso satélite sempre exerceu fascínio.
Vamos saber um pouco mais sobre a Lua
e seus mistérios tais como:
O que a Nasa esconde sobre a Lua?
Apolo 11 e outras missões.
Brilhos tênues, luzes intermitentes,
trechos de névoa e vulcões ativos.
A luz brilhante na cratera Aristarco
e na base oriental dos Alpes lunares.
Programa exibido em 25 de Janeiro de 2006.
Segredos da Nasa - 43min.
A Rainha da Noite - Mozart
Não se sabe ao certo como a lua se originou, mas existem inúmeras
teorias que relatam seu aparecimento em órbita.
A teoria mais aceita
hoje diz
que a lua se formou através de uma colisão
entre o planeta
Terra e um corpo do tamanho de Marte,
há aproximadamente 4,6 bilhões de
anos.
Acredita-se que o choque entre os dois corpos aconteceu na última fase
do processo de formação da Terra, quando parte do seu núcleo se perdeu.
Uma nuvem de poeira se formou sobre a Terra em razão da colisão.
A parte perdida do núcleo sofreu um processo de condensação e se
aproximou do plano da eclíptica, que fez com que este núcleo condensado
entrasse em órbita. Sua temperatura após a condensação explica a
ausência de compostos voláteis nas rochas lunares.
Nascimento da Lua a partir da Terra ganha nova teoria
Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/10/2012
Os cientistas concordam que a Lua é filha da Terra, mas o processo de retirada da "costela da Terra" ainda é uma incógnita.[Imagem: George Martell]
Parece estar na ordem do dia oferecer novas teorias para a formação da Lua. Não poderia ser diferente.
Conforme aumenta nosso conhecimento
sobre os astros mais distantes do Universo, é um incômodo que não
tenhamos boas ideias para o surgimento do corpo celeste que nos
acompanha mais de perto.
Parece haver um consenso de que aLua é filha da Terra, porque a composição isotópica lá e cá são praticamente as mesmas.
Outro detalhe no qual os cientistas parecem concordar é que um corpo
celeste chocou-se com a Terra para arrancar o material que formaria a
Lua mais tarde. Há anos vigora a ideia de que o impacto teria sido com um hipotético planeta Teia (ou Theia).
Há pouco mais de dois meses, um grupo de cientistas suíços fez
simulações que mostram que o impacto com a Terra pode ter sido muito
mais radical do que a hipótese original de Theia considerava.
Terra girando rápido Agora, outro grupo está tentando salvar a hipótese de Theia. Para isso, Matija Cuk (Instituto SETI) e Sarah Stewart (Universidade
de Harvard) apoiam a ideia de que, antes da formação da Lua, a Terra
girava muito mais rápido do que atualmente.
Esta proposta é controversa, e já foi criticada por outros
cientistas, uma vez que isso exige explicar por que a Terra girava mais
rápido.
De qualquer forma, o grupo propõe que, como a Terra girava mais rápido, o choque com Theia pode ter lançado
para o espaço mais material da própria Terra, o que explicaria porque a
Lua tem a mesma composição química da Terra, sem traços do hipotético
planeta desgovernado.
Diminuição da velocidade da Terra O choque também teria afetado a velocidade de rotação da Terra. Para que o modelo funcione, um dia da Terra antes do impacto não poderia durar mais do que duas ou três horas.
Depois do impacto, a rotação da Terra teria sido diminuída pela
interação gravitacional entre o Sol com a recém-nascida Lua - fruto de
uma ressonância entre as órbitas da Terra e da Lua que transfere momento
angular para o Sol. Os cientistas citam como reforço de sua teoria o fato de que, ainda
hoje, as marés continuam a brecar lentamente a Terra, o que resulta em
um afastamento contínuo da Lua, embora o momento angular do sistema não
esteja sendo alterado.
Parece que a temporada de ideias, hipóteses e simulações sobre a origem da Lua vai continuar aberta.
Bibliografia:
Making the Moon from a Fast-Spinning Earth: A Giant Impact Followed by Resonant Despinning Matija Cuk, Sarah T. Stewart Science-Vol.: Published Online-DOI: 10.1126/science.1225542
A Lua é filha da Terra?
Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/03/2012
As descobertas podem lançar pelo espaço a teoria mais aceita atualmente
sobre a formação da Lua. [Imagem: Cosmic Collisions Space Show/Rose
Center for Earth and Space/AMNH]
Formação da Lua Uma nova análise química de rochas lunares mostrou que nosso satélite é muito mais parecido com a Terra do que os cientistas acreditavam. A teoria mais aceita atualmente afirma que a Lua teria sido gerada
quando um planeta hipotético do tamanho de Marte - conhecido como Théia,
ou Téia - teria saído de sua órbita e entrado em rota de colisão com a
Terra.
O impacto arrancou as camadas externas de Téia e da Terra, deixando
enormes quantidades de detritos em órbita da nova Terra-híbrida. Esse
material eventualmente coalesceu sob sua própria gravidade e formou a
Lua.
Composição da Lua Para que esse modelo seja consistente, cerca de 40% da composição da Lua deveria ter vindo de Téia.
Contudo, ao comparar a abundância relativa dos isótopos titânio-47 e
titânio-50 em rochas lunares, Junjun Zhang e seus colegas da
Universidade de Chicago descobriram que a proporção dos dois isótopos é
exatamente a mesma da Terra - cerca de 4 partes por milhão.
Já se sabia que a composição isotópica do oxigênio na Lua também é
similar à da Terra, mas o oxigênio se vaporiza muito facilmente durante
uma colisão, e essa semelhança pode ser resultado de uma troca
posterior. Ocorre que o titânio não vaporiza tão facilmente. Segundo Zhang,
seria virtualmente impossível que a Lua e a Terra tivessem atingido a
mesma composição.
Análises de meteoritos, por outro lado, vistos como restos de
eventuais corpos planetários errantes pelo Sistema Solar, confirmam que a
composição de Téia seria muito diferente da composição da Terra.
Novas teorias para a formação da Lua Mas os cientistas
afirmam que ainda não é hora de descartar a hipótese do choque
Téia-Terra para explicar a origem da Lua, porque o choque pode ter
desencadeado processos sobre os quais ainda não se tem conhecimento. A principal razão, contudo, é que a única teoria alternativa
para a formação da Lua propõe uma Terra girando extremamente rápido, a
ponto de atirar material de sua própria crosta para o espaço - mas
ninguém tem uma ideia sobre o que teria diminuído posteriormente a velocidade do nosso planeta.
Outra novidade recente, que pode ajudar neste estudo, é a descoberta de dois planetas na mesma órbita, o que poderia sugerir uma composição mais similar entre Téia e Terra se ambos fossem gêmeos orbitais.
Bibliografia: The proto-Earth as a significant source of lunar material Junjun Zhang, Nicolas Dauphas, Andrew M. Davis, Ingo Leya, Alexei Fedkin Nature Geoscience -Vol.: Published online- DOI: 10.1038/ngeo1429
Nova teoria tenta explicar formação daLua
Com informações da BBC - 14/08/2012
Simulações computadorizadas e análises de isótopos de diferentes
elementos deram origem a uma nova teoria sobre a formação da
Lua.[Imagem: Reufer et al.]
Impacto planetário
Cientistas propuseram uma ideia nova no longo debate sobre como a Lua foi formada.
Há um certo consenso de que algum tipo de impacto de outro corpo
celeste teria liberado material da jovem Terra, e os detritos
resultantes coalesceram naquilo que hoje é a Lua.
Mas os detalhes exatos do tamanho desse projétil cósmico e sua velocidade continuam sendo objeto de discussões.
Agora, pesquisadores estão sugerindo que o evento teria envolvido um
corpo muito maior e mais rápido do que se calculava anteriormente para o
hipotético planeta Téia (ou Theia).
Teoria da formação da Lua Essas teorias precisam estar de acordo com o que já sabemos sobre a
Lua, sobre os processos violentos que provocam a criação de luas em
geral, e com o que as simulações de computador mostram sobre o
ajustamento gravitacional que ocorre em seguida a um choque.
Nos últimos anos, as melhores estimativas sobre como a Lua se formou davam conta de que um planeta do tamanho de Marte, chamado Theia, movendo-se com uma velocidade relativamente baixa, teria se chocado contra a jovem Terra.
Isso teria aquecido os dois e lançado uma vasta nuvem de material
fundido, material que teria resfriado e aglutinado, fazendo surgir a
Lua.
Essa teoria sugere que a Lua seria feita de material tanto vindo da
Terra quanto de Theia, materiais que deveriam ser ligeiramente
diferentes um do outro.
Fatia da Terra O que complica essa história é uma série de observações de
"composições isotópicas" - os índices de ocorrência de variantes
naturais de alguns átomos - colhidas da Terra e de amostras lunares.
Embora a Lua tenha um núcleo de ferro como a Terra, ela não tem a
mesma proporção de ferro - e modelos de computador que dão suporte à
ideia do impacto de Theia mostram exatamente a mesma coisa. No entanto, a relação entre os isótopos de oxigênio aqui e lá é quase
idêntica, e nem todos os cientistas concordam em como isso pode ter
acontecido.
Para confundir ainda mais as coisas, cientistas relataram recentemente na revista Nature Geoscience
que uma nova análise das amostras lunares trazidas pelas missões Apollo
mostrou que a Lua e a Terra compartilham relações entre os isótopos do
metal titânio estranhamente similares.
Isso, segundo eles, deu peso à ideia de que a Lua foi de alguma forma "fatiada" da própria Terra.
A colisão teria resultado em um disco de destroços muito mais quente do que o calculado até agora. [Imagem: Reufer et al.]
Raspão radical Agora, Andreas Reufer e seus colegas da Universidade de Berna, na
Suíça, fizeram simulações que sugerem uma outra possibilidade: a de que
um corpo muito maior e mais rápido teria dado um golpe ainda mais
radical na jovem Terra.
Eles afirmam que esse corpo teria perdido apenas uma pequena
quantidade de material, e a maior parte dele teria seguido seu caminho
depois do raspão com a Terra. Isso teria resultado em um disco de destroços da colisão muito mais
quente, mas combina com o que seria necessário para gerar um corpo do
porte da Lua.
Os autores sugerem que, uma vez que a maior parte do que viria se
tornar a Lua teria sido liberado da própria Terra, as semelhanças entre
as proporções de isótopos devem ser mais acentuadas.
Mas uma coisa é certa: análises de diferentes elementos presentes nas
amostras lunares - e maiores simulações de computador que resultem em
uma lua como a nossa - serão necessários para decidir o debate.
Bibliografia: A hit-and-run Giant Impact scenario Andreas Reufer, Matthias M. M. Meier, Willy Benz, Rainer Wieler arXiv--Vol.: 5, 251-255- DOI: 10.1038/ngeo1429- http://arxiv.org/abs/1207.5224
The proto-Earth as a significant source of lunar material Junjun Zhang, Nicolas Dauphas, Andrew M. Davis, Ingo Leya, Alexei Fedkin Nature Geoscience
Duas sondas gêmeas, um planeta desaparecido e a origem da Lua
Um planeta desaparecido, chamado Theia, foi arrancado de sua órbita e
chocou-se com a Terra. Os estilhaços do impacto formaram a Lua.
Duas sondas gêmeas estão prestes a confirmar essa teoria. As duas sondas gêmeas fazem parte da missão STEREO (Solar Terrestrial Relations Observatory), da NASA.
Elas foram lançadas
em Outubro de 2006 para fazer medições do clima espacial,
principalmente das partículas ejetadas pelo Sol e que atingem a Terra,
algumas vezes com grandes possibilidades de impacto sobre as
telecomunicações e os sistemas de energia.
Mas elas estão prestes a testar uma teoria que mais parece saída do roteiro
de um filme de Hollywood: a teoria que afirma que a Lua pode ter se
originado do choque da Terra com um planeta do Sistema Solar já extinto,
chamado Theia.
Pontos de Lagrange As duas sondas estão prestes a entrar em uma região muito especial do espaço entre o Sol e a Terra, conhecida como ponto de Lagrange.
Nos pontos de Lagrange a gravidade de dois corpos celestes - neste
caso a gravidade do Sol e da Terra - se combinam para formar "poços
gravitacionais". O nome é uma homenagem ao matemático Joseph-Louis
Lagrange, que previu sua existência ainda no século 18.
Os cientistas acreditam que, nesses pontos, onde a gravidade de
nenhum dos dois corpos celestes é suficiente para atrair para si o
material que aí se encontra, os asteróides e a poeira estelar tendem a
se aglutinar, vindo a formar novos corpos celestes. Aí pode estar a
chave da origem da Lua.
Em busca de asteróides As sondas Stereo vão passar por dois desses pontos, chamados L4 e L5. Embora os pontos L4 e L5 sejam apenas pontos matemáticos, sua região
de influência é gigantesca - cerca de 80 milhões de quilômetros ao longo
da direção da órbita da Terra, e 16 milhões de quilômetros na direção
do Sol.
Levará vários meses para que as sondas gêmeas Stereo passem através
deles, com a Stereo A passando no ponto mais próximo do L4 em Setembro, e
a Stereo B atingindo o ponto mais próximo do L5 em Outubro.
Durante sua passagem
por esses poços gravitacionais, as sondas utilizarão um telescópio de
grande campo de visão para procurar por asteróides orbitando a região.
"Estes pontos podem conter pequenos asteróides, que podem ser os
remanescentes de um planeta do tamanho de Marte que se formou bilhões de
anos atrás," afirma Michael Kaiser, cientista do projeto Stereo.
Théia, o planeta desaparecido "De acordo com Edward Belbruno e Richard Gott, da Universidade de
Princeton, cerca de 4,5 bilhões de anos atrás, quando os planetas [do
Sistema Solar] ainda estavam crescendo, um mundo hipotético chamado
Theia pode ter sido arrancado do L4 ou do L5 pela crescente gravidade de
outros planetas em crescimento, como Vênus, arremessando-o em um curso
de colisão com a Terra," explica Kaiser.
"O impacto resultante arrancou as camadas externas de Théia e da
Terra, colocando-as em órbita. Esse material eventualmente coalesceu sob
sua própria gravidade e formou a Lua."
Ou seja, segundo essa teoria, a Terra atual seria um planeta híbrido,
formado pela junção da Terra original com o planeta Théia, menos as
porções que entraram em órbita da nova Terra, por ocasião do choque dos
dois planetas, que se transformaram na Lua.
A origem da Lua Esse conceito do extinto planeta Théia (ou Téia) é uma modificação da
teoria do "impacto gigante" para a origem da Lua. A teoria explica
propriedades enigmáticas da Lua, como o seu relativamente pequeno núcleo
de ferro.
Na época do impacto, Théia e Terra seriam suficientemente grandes
para se fundirem, permitindo que elementos mais pesados, como ferro,
descessem para o centro para formar seus núcleos. Um impacto teria
arrancado fora as camadas externas dos dois mundos, contendo
principalmente elementos mais leves como silício. A Lua foi
eventualmente formada a partir desse material.
A teoria do extinto planeta Théia e seu choque com a Terra poderá ser
reforçada se a missão Stereo encontrar asteróides e descobrir que eles
tenham composições semelhantes às da Terra e da Lua.
Cientistas desenvolvem novo modelo para a origem da Lua
Pesquisadoras
demonstram modelo aprimorado
no
qual a Lua teria se formado a partir de uma colisão
As pesquisadoras Matija Cuk, do Instituto SETI, e Sarah Stewart, da Universidade de Harvard,
propuseram um novo modelo para a formação da Lua. A teoria procura
explicar as semelhanças nos elementos químicos que compõem o planeta
Terra e o seu satélite natural, visto que a composição isotópica de
ambos tem muita similaridade.
O estudo afirma que um impacto gigante na Terra, que rodava a uma
velocidade muito maior do que nos dias atuais, dispersou material na
órbita, o que veio a formar a Lua. Além disso, após o impacto, o nosso
planeta entrou em um ritmo de rotação mais lento, devido às interações
gravitacionais — que são chamadas de ressonância orbital — entre o Sol e
o satélite natural.
Composição isotópica e o universo
O que leva a teoria do impacto ser bem aceita é o fato de a Terra e a
Lua serem “gêmeas isotópicas”, algo raríssimo no universo. Os isótopos
de oxigênio e titânio variam muito no Sistema Solar, tanto que são
inclusive utilizados como uma espécie de impressão digital para
reconhecer planetas e grupos de meteoritos de origens diferentes.
Ainda assim, o modelo tem um problema: ele indica que a maior parte
da Lua foi formada pelo corpo que entrou em colisão com a Terra. Assim, a
hipótese é capaz de explicar a massa da Lua e a sua taxa de rotação,
assim como a taxa de rotação da Terra, mas não os elementos químicos do
satélite natural (que são tão semelhantes aos do nosso planeta).
Seguindo a teoria, antes do impacto a Terra teria um dia composto por
apenas cinco horas. Se isso fosse real, considerando o tamanho do
impacto e um período de rotação pós-impacto de aproximadamente cinco
horas, não teria sobrado material o suficiente na órbita para fazer com
que a Lua tivesse os mesmos componentes químicos da Terra.
Explicando a composição química
As pesquisadoras afirmam que, se o momento angular (grandeza física
associada à rotação e à translação de um corpo) da Terra fosse maior, o
material desprendido do planeta seria suficiente para gerar um satélite
com a mesma impressão isotópica. Segundo as cientistas, um dia com
apenas duas horas (devido ao momento angular proposto) estaria de acordo
com o ponto de rotação limite mais fácil para soltar detritos da Terra
em órbita durante um impacto.
Adicionalmente, Matija Cuk e Sarah Stewart descobriram que a “jovem”
Terra talvez tivesse um tempo de giro ainda menor logo após o impacto.
Então, posteriormente, o planeta alcançou gradualmente a taxa atual,
transferindo o momento angular para o Sol, devido à interação entre as
órbitas desta estrela e da Lua em volta da Terra.
Inclusive, as cientistas também ressaltam que até hoje as marés
possuem influência sobre a rotação da Terra e o afastamento contínuo da
Lua. Assim, o grande impacto seguido de uma “ressonância” entre a Lua e o
Sol poderia explicar a composição química da Lua e as taxas de rotação
da Terra e do seu satélite.Fonte: Instituto SETI, Página da pesquisadora Sarah Stewart
Li-Sol-30
Fonte:PROGRAMA VIDA INTELIGENTE com Eustáquio Patounas
Quintas-Feiras, 8 às 9 da noite, AO VIVO
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