domingo, 12 de dezembro de 2010

OS MISTÉRIOS DE VÊNUS

 

Os mistérios de Vênus

Embarque nessa missão espacial e surpreenda-se com o planeta mais próximo da Terra
Por: Elisa Martins,

 
Vênus fotografado pela sonda Pioneer, da Nasa

Uma nave lança-se ao espaço sideral em busca de informações sobre o planeta Vênus. Será um filme de ficção científica? Pois saiba que essa missão espacial existe e já começou, caro leitor! Em novembro de 2002, a Venus Express , missão não tripulada da Agência Espacial Européia, deixou a Terra em direção ao segundo planeta mais próximo do Sol, onde deve chegar apenas em 2005. Essa viagem de inspeção promete revelar uma série de mistérios sobre Vênus. Se você ficou empolgado com essa aventura, não perca os próximos parágrafos!

Vênus é o planeta mais próximo da Terra: a distância entre ambos varia entre 39 e 260 milhões de quilômetros. Seu brilho é inconfundível: depois do Sol e da Lua, é o astro que mais se destaca no céu! Muitos astrônomos chamam-no de "gêmeo da Terra", já que os dois planetas apresentam massa e tamanho bastante similares -- a Terra possui 12.756 km de diâmetro enquanto Vênus possui 12.103 km.

Por outro lado, muitas diferenças entre eles ainda surpreendem os cientistas. Assim, um dos desafios da missão espacial européia é explicar como um planeta considerado gêmeo do nosso pode ter uma atmosfera tão diferente! Enquanto a atmosfera de nosso planeta é composta em grande parte de nitrogênio (78%) e oxigênio (21%), na de Vênus praticamente só existe gás carbônico (96%). A espessa camada de ar -- e nuvens -- que envolve o planeta retém o calor do Sol na atmosfera e faz a temperatura média de Vênus alcançar 474 graus centígrados! E você que vive reclamando do calor de 40 graus do verão brasileiro...

O fato de Vênus girar em torno de seu próprio eixo em direção oposta à da Terra e da maioria dos outros planetas do Sistema Solar também é um mistério que precisa ser explicado. Estudos recentes sugerem que o planeta girava em torno do seu eixo do mesmo modo realizado pela Terra até que algo o paralisou e o fez girar de forma invertida (ou retrógrada). Cientistas acreditam que a atmosfera espessa de Vênus tenha influência sobre o fenômeno, mas novos estudos ainda precisam ser feitos.

A rotação desse planeta ocorre de forma bastante lenta: ela leva cerca de 250 dias terrestres para se completar, ou seja, essa é a duração de um dia em Vênus! O mais engraçado é que, lá, o ano é mais curto que o dia! Isso mesmo: o astro leva 224 dias para completar uma volta em torno do Sol -- a translação.

Mas eis que o maior dos mistérios -- tchan, tchan, tchan, tchan! -- está na superfície de Vênus. Os pesquisadores não sabem se os vulcões que se estendiam por centenas de quilômetros ainda estão ativos. Além disso, os cientistas ainda não conseguem explicar como um planeta que possui praticamente as mesmas dimensões da Terra possa ter um relevo tão diferente! Enquanto a superfície da Terra é formada por seis principais placas de rocha que se movem -- as chamadas placas tectônicas --, a crosta de Vênus parece formada de uma única placa de grande espessura.


O mapa acima mostra como a superfície da Terra é dividida em grandes placas de rocha que se movem - as placas tectônicas.

Já deu para perceber como Vênus ainda reserva surpresas aos cientistas, não é mesmo? Agora resta torcer para que a missão espacial que chega ao planeta em 2005 traga informações que nos ajudem a entendê-lo cada vez mais!

Nascimento de Vênus

Da espuma do mar, fecundada pelo sangue de Urano (o Céu) nasceu uma jovem levada em primeiro lugar para a ilha de Cítera e em seguida a Chipre. Deusa encantadora, não tardou percorrer a costa, e as flores nasciam sob os seus pés delicados. Chama-se Afrodite (Vênus), ou Citeréia, do nome da ilha a que aportou, ou ainda Cipris, do nome da ilha em que é honrada. Pelo menos, é essa a tradição mais difundida, pois algumas lendas diferentes vieram confundir-se em Vênus que, às vezes, surge como filha de Júpiter e de Dionéia. É também a que devemos adotar, pois os artistas que representaram o nascimento de Vênus mostram sempre a deusa no momento em que sai das vagas.

Nas pinturas antigas, Vênus é freqüentemente representada deitada sobre uma simples concha; nas moedas, vemo-la num carro puxado pelos Tritões e pelas Tritônidas. Finalmente, numerosos baixos-relevos no-la apresentam seguida de hipocampos ou centauros marinhos. No século dezoito, os pintores franceses, e notadamente Boucher, viram no nascimento de Vênus um tema infinitamente gracioso e útil à decoração. Uma multidão de pequenos cupidos paira nos ares ou escolta a deusa. Aliás, os pintores franceses seguiram, nesse ponto, as tradições bebidas da Itália.

Conformando-se à narração dos poetas, Albane colocou a deusa num carro puxado por cavalos marinhos. Assim é que ela vai ter a Cítera, onde a aguarda Peitho (a Persuasão), que, na margem, estende os braços à jovem viajante. Cupido está sentado perto do mar; as Nereidas e os Amores montados em delfins formam o cortejo da deusa. Alegres Amores festejam a chegada de Vênus, e outros esvoaçam no ar semeando flores na passagem.

Num quadro dotado de grande frescor e brilho, que faz parte do museu de Viena, Rubens pintou a festa de Vênus em Cítera. Ninfas, sátiros e faunos dançam em torno da sua estátua, enquanto os Amores entrelaçam guirlandas de flores e enchem os ares de alegres cadências. Ao fundo, mostrou o pintor o templo da deusa.
O atavio de Vênus é um tema que a arte e a poesia fixaram bem. Enquanto as Horas estavam incumbidas da educação da deusa, as Graças presidiam aos cuidados do seu atavio. Uma multidão de quadros reproduziu tão encantadora cena, e os pintores não deixaram de acrescentar todos os pormenores que lhes sugeriu a imaginação. Quando Boucher faleceu, tinha sobre o cavalete um quadro representando o atavio de Vênus. Prudhon pintou Vênus estendida num leito antigo e servida pelos Amores que lhe perfumam os cabelos, lhe estendem um espelho, queimam perfumes em tôrno da deusa, trazem-lhe jóias e lhe entrelaçam guirlandas de flores. Rubens também faz intervir Cupido que segura um espelho no qual a mãe se fita; infelizmente, é uma velha que lhe arranja os cabelos. A velhice lenta e enrugada jamais deve aproximar-se de Vênus.

Albane, que está longe de ser artista de primeira ordem, é, no entanto, o que mais lembra, pela natureza de suas composições, as graciosas ficções da antigüidade sobre Vênus. O Atavio de Vênus, quadro que infelizmente escureceu, é talvez, a sua obra-prima como concepção mitológica. Num terraço, à beira-mar, Vênus contempla-se num espelho que o Cupido lhe apresenta, enquanto as Graças lhe perfumam a linda cabeleira, e lhe arranjam os atavios. Diante dela está uma fonte onde o Amor faz que matem a sede duas pombas. Um palácio aéreo, como convém a Vênus, aparece no fundo de um tanque, ao passo que, nas nuvens, Amores alados atrelam cisnes brancos ao carro de ouro que vai conduzir o passeio a deusa, e enchem os ares dos seus melodiosos concertos.

Tipo e Atributos de Vênus

"O culto sírio de Astarte, diz Ottfried Mueller, parece, encontrando na Grécia alguns inícios indígenas, ter dado nascimento ao culto célebre e difundido por toda parte de Vênus afrodite. A idéia fundamental da grande deusa Natureza, sobre a qual ela repousava, nunca se perdeu inteiramente; o elemento úmido que formava no Oriente o império reservado a essa divindade continuou a ser submetido ao poder de Vênus afrodite nas costas e nos portos em que era venerada; sobretudo o mar, o mar tranqüilo e calmo, refletindo o céu no espelho úmido das suas ondas, parecia, aos olhos dos gregos, uma expressão de sua divinal natureza.

Quando a arte, no ciclo de Afrodite, deixou para trás as pedras grosseiras e os ídolos informes do culto primitivo, a idéia de uma deusa cujo poder se estende por toda parte e à qual ninguém pode resistir, animou as suas criações; gostava-se de a representar sentada num trono, segurando nas mãos os sinais simbólicos de uma natureza repleta de mocidade e esplendor, de uma luxuriante abundância; a deusa estava inteiramente envolta nas dobras das suas vestes (a túnica mal lhe deixava à mostra uma parte do seio esquerdo) que se distinguiam pela elegância, pois precisamente nas imagens de Vênus, a graça rebuscada das vestes e dos movimentos parecia pertencer ao caráter da deusa.

Nas obras saídas da escola de Fídias, ou produzidas sob a influência dessa escola, a arte representa em Afrodite o princípio feminino e a união dos sexos em toda a sua santidade e grandeza. Vê-se ali, antes, uma união durável formada com o fito do bem geral, e não uma aproximação efêmera que deve terminar com os prazeres sensuais que ele proporciona. A nova arte ática foi a primeira que tratou do tema de Afrodite com um entusiasmo puramente sensual, e que divinizou, nas representações figuradas da deusa, já não mais apenas um poder ao qual o mundo inteiro obedecia, mas antes a individualidade da beleza feminina."

Vênus dá leis ao céu, à terra, às ondas e a todas as criaturas vivas. "Foi ela que deu o germe das plantas e das árvores, foi ela que reuniu nos laços da sociedade os primeiros homens, espíritos ferozes e bárbaros, foi ela que ensinou a cada ser a unir-se a uma companheira. Foi ela que nos proporcionou as inúmeras espécies de aves e a multiplicação dos rebanhos. O carneiro furioso luta, às chifradas, com o carneiro. Mas teme ferir a ovelha.

O touro cujos longos mugidos faziam ecoar os vales e os bosques abandona a ferocidade, quando vê a novilha. O mesmo poder sustenta tudo quanto vive sob os amplos mares e povoa as águas de peixes sem conta. Vênus foi a primeira em despojar os homens do aspecto feroz que lhes era peculiar. Dela foi que nos vieram o atavio e o cuidado do próprio corpo." (Ovídio).

Vênus Celeste e Vênus Vulgar

Pausânias, na sua descrição de Tebas, assinala várias estátuas de Vênus, da mais alta antigüidade, pois haviam sido feitas com o lenho dos navios de Cadmo e consagradas pela própria Harmonia. "A primeira, diz ele, é Vênus celeste, a segunda Vênus vulgar, e a terceira é chamada preservadora. Foi a própria Harmonia que lhes impôs tais nomes para distinguir essas três espécies de Amores: um celeste, ou seja, casto, outro vulgar, ou seja, preso ao corpo, o terceiro desordenado, que leva os homens às uniões incestuosas e detestáveis. Era à Vênus preservadora que se dirigiam as preces para a preservação dos desejos culposos." (Pausânias).

Temos interessante exemplo desse último aspecto de Vênus, numa decisão do senado romano, o qual, segundo os livros sibilinos consultados pelos decênviros, ordenara a dedicação de uma estátua de Vênus vesticordia (convertedora), como meio de reconduzir as moças devassas ao pudor do sexo. (Valério Máximo).

A tartaruga, emblema da castidade das mulheres, era consagrada a Vênus celeste, e o bode, símbolo contrário, consagrado à Vênus vulgar. As imagens da deusa, que se encontravam em todas as casas, eram, além de tudo, acompanhadas de inscrições que indicavam o seu caráter. Eis aqui uma que chegou até nós: "Esta Vênus não é a Vênus popular, é a Vênus urânia. A casta Crisógona colocou-a na casa de Amphicles, a quem deu vários filhos, comoventes penhores da sua ternura e fidelidade. Todos os anos, o primeiro cuidado desses felizes esposos é de vos invocar, poderosa deusa, e em prêmio da sua piedade, todos os anos lhes aumentais a ventura. Prosperam sempre os mortais que honram os deuses." (Teócrito).

Vênus celeste está caracterizada pela veste estrelada. Vemo-la figurada numa pintura de Pompéia onde está representada de pé com um diadema na cabeça e um cetro na mão. O famoso escultor Scopas fizera para a cidade de Élis uma Vênus vulgar que pusera sentada sobre um bode; figura análoga se encontra em outra pedra gravada antiga. No século XIX, o pintor Gleyre compôs um belíssimo quadro sobre o mesmo tema. Essa Vênus era sobretudo honrada em Corinto, cidade marítima que sempre se celebrizou pelas cortesãs. Ali é que vivia a famosa Laís, em torno da qual se lê o seguinte epigrama na Antologia: "Eu, altiva Laís, de quem a Grécia era joguete, eu que tinha à porta um enxame de jovens amantes, consagro a Vênus este espelho, pois não desejo ver-me tal qual sou, e já não posso ver-me tal qual era."

Encontra-se na mesma coletânea outro trecho ainda mais interessante: "Minarete, que há pouco estendia os fios da trama e sem cessar fazia ressoar a lançadeira de Minerva, acaba de consagrar a Vênus o seu cesto de trabalho, as suas lãs e os seus fusos, todos instrumentos seus de labor, queimando-os no altar: "Desaparecerei, exclamou, instrumentos que deixais morrer de fome as pobres mulheres e murchais a beleza das jovens!" Depois, pegou coroas, um alaúde e pôs-se a levar vida alegre nas festas e nos banquetes. "Ó Vênus, diz ela à deusa, hei de trazer-te o dízimo dos meus benefícios; proporciona-me trabalho no teu interesse e no meu." (Antologia).

Pigmaleão e a sua Estátua

A ilha de Chipre era particularmente renomada pelas cortesãs. O escultor Pigmaleão que ali vivia sentiu-se de tal modo impressionado com a desfaçatez das mulheres do país, que resolver viver no celibato. Mas como a sua imaginação sonhasse constantemente com uma formosura de caráter diferente, esculpiu uma estátua de marfim, representando uma mulher que à castidade de expressão unia a pureza das formas. A imagem lhe agradou tanto, que por ela se apaixonou; infelizmente faltava a vida àquela pudica beleza, e quando Pigmaleão contemplava as mulheres vivas via nelas a beleza mas nunca o pudor. Ao chegar o dia da festa de Vênus, dia que com tamanha magnificência se celebra na ilha de Chipre, Pigmaleão dirigiu-se ao templo da deusa, que encontrou perfumado com incenso, e rodeado de novilhas brancas, cujas pontas haviam sido douradas e que seriam imoladas. "Grande deusa, exclamou abraçando o altar, faze com que me torne marido de mulher perfeita como a estátua que esculpi!"

Parece que não estava em poder da deusa descobrir em Chipre mulher provida da casta beleza sonhada pelo artista, pois Vênus, para lhe ser agradável, preferiu recorrer ao milagre. Com efeito, quando o escultor voltou, foi abraçar a estátua, e viu-lhe as faces corar: o marfim amoleceu-se e a estátua animou-se. Pigmaleão, encantado, agradeceu à deusa, que desejou pessoalmente assistir ao himeneu.

A história de Pigmaleão constitui o tema do último quadro pintado por Girondet, e que figurou no salão de 1819. Não se imagina a quantidade de brochuras aparecidas desde então para louvar ou criticar o pintor. O mais interessante foi que os médicos houveram por bem mesclar-se à discussão, e examinar, com ridícula seriedade, a questão de saber se o artista tivera razão em animar, primeiramente, a cabeça da estátua, cujas pernas continuam ainda de marfim, e se teria sido mais conveniente fazer recomeçar a vida pelo peito, que encerra o coração e os pulmões.
A estátua animada por Pigmaleão deu-lhe um filho que foi fundador de Pafos, cidade de Chipre, célebre pelo culto ali prestado a Vênus.

Vênus de Cnido

Na origem, não se tinha o hábito de representar Vênus, no instante em que sai da espuma do mar, ou seja, inteiramente nua. Assim, foi a obra de Praxíteles considerada novidade, e a própria deusa testemunha, pela boca de um antigo autor, o espanto por se ver assim desprovida de vestes. "Mostrei-me a Páris, Anquises e Adônis é verdade; mas onde foi que Praxíteles me viu?" (Antologia).
Narra Plínio que Praxíteles, a quem os habitantes de Cos haviam encomendado uma Vênus, lhes deu a escolher entre duas estátuas, uma das quais estava vestida, ao passo que a outra estava nua. Preferiram eles a primeira, e Praxíteles vendeu a segunda aos habitantes de Cnido que se congratularam com a compra, pois ela granjeou reputação e fortuna ao país.

A Vênus de Cnido parece ter sido o tipo da maioria das estátuas da deusa, quando se representava no momento do nascimento. O Júpiter de Fídias e a Vênus de Cnido por Praxíteles eram considerados, nos diferentes gêneros, dois produtos dos mais perfeitos da escultura. Dizia Plínio: "De todas as partes da terra, navega-se em direção a Cnido, para contemplar a estátua de Vênus." O rei Nicomedes ofereceu aos cnidianos, em troca da estátua, a totalidade das dívidas deles, que eram importantes. Recusaram a oferta, e com razão, acrescenta Plínio, pois a obra-prima constitui o esplendor da cidade. Uma multidão de escritores da antigüidade nos legou sinais da admiração que lhes inspirava a obra-prima para a qual se fizera a seguinte inscrição: "Ao verem a Vênus de Cnido, Minerva e Juno disseram uma à outra: Não acusemos mais Páris."

Entre as numerosíssimas estátuas que podem prender-se à mesma série, a mais famosa é a Vênus de Médicis, situada na tribuna da Galeria de Florença. Eis a descrição que dela fazia o catálogo do Louvre, onde figurou durante quinze anos: "A deusa dos Amores acaba de sair da espuma do mar, onde nasceu; a beleza virginal aparece, na margem encantada de Cítera, sem outro véu que a atitude de pudor. Se a cabeleira lhe não flutua sobre os divinos ombros, é por que as Horas, com as suas mãos celestiais, acabam de lha arranjar (Hino homérico). Um delfim e uma concha estão aos seus pés: são os símbolos do mar, elemento natal de Vênus. Os dois Amores que o encimam não são os filhos da deusa. Um deles é o Amor primitivo (Eros) que desemaranhou o Caos; o outro é o Desejo (Himeros) que aparecera no mundo ao mesmo tempo que o primeiro ser sensível. Ambos a viram nascer e jamais se lhe afastaram dos passos (teogonia de Hesíodo).

A Vênus de Médicis tem as orelhas furadas, como já se observou em outras estátuas da mesma deusa; sem dúvida pendiam delas esplêndidos brincos. O braço esquerdo conserva no alto o sinal evidente do bracelete chamado spinther, representado em escultura em várias das suas imagens. Uma inscrição colocada sobre o plinto nos diz que o autor da Vênus de Médicis é Cleômenes, ateniense, filho de Apolodoro."

Vênus nem sempre está de pé quando sai das águas, e uma numerosa série de estátuas, ordinariamente designadas com o nome de Vênus agachadas, apresenta-nos a deusa apoiando um dos joelhos ao chão para tornar a erguer-se. O nome da Vênus no banho também lhe é atribuído. Quando a deusa aperta a cabeleira úmida, chamam-lhe de Vênus anadiomene. Apeles fizera uma Vênus anadiomene da qual os antigos elogiavam bastante a beleza. Os habitantes de Cos exigiram outra Vênus semelhante, do mesmo artista, mas ele morreu deixando a obra incompleta.

A Vênus de Apeles foi celebrada várias vezes na Antologia: "Esta Vênus, que sai do seio materno das águas, é obra do pincel de Apeles. Vê como, pegando com a mão a cabeleira molhada, espreme a água! Agora as próprias Juno e Minerva dirão: "Não queremos mais disputar-lhe o prêmio da beleza." (Antologia).

Vênus Genitrix

Considerada como geradora do gênero humano, Vênus está sempre vestida. Nas estátuas, as dobras da sua veste indicam freqüentemente que está molhada, e às vezes traz um dos seios descobertos, por ser a nutriz universal. As medalhas a mostram vestida e com os dois seios cobertos, mas ela está freqüentemente acompanhada de um menino: a deusa, nesse caso, recebe o nome de Vênus genitrix. Temos no Louvre uma bela estátua de Vênus genitrix com um seio descoberto; de resto, o mesmo tipo se encontra quase idêntico em vários museus.

Vênus Vitoriosa

Dá-se este nome a Vênus quando ela usa as armas de Marte. Com efeito, vemos, em várias pedras gravadas, uma figura de Vênus segurando na mão um capacete. Às vezes está ainda acompanhada de um escudo ou de troféus de armas. Outras, segura numa das mãos o capacete, e na outra uma palma. Essas figuras nos mostram sempre Vênus triunfante contra Marte, como conseqüência da mesma idéia que deu nascimento à lenda de Hércules fiando aos pés de Onfales. É sempre a beleza a dominar a força.

A associação de Marte e Vênus está igualmente fixada em duas pinturas de Herculanum, onde se nos deparam Amores preparando o trono das duas divindades. Um capacete está representado no trono de Marte e uma pomba no de Vênus. A pomba é, com efeito, o atributo especial de Vênus, como o capacete é o atributo de Marte.

Colocam-se, outrossim, entre as Vênus vitoriosas uma série de estátuas que só têm vestes para cobrir os membros inferiores, e que têm por caráter determinante a colocação de um dos pés sobre uma pequena elevação. Tal postura implica a idéia da dominação sobre Marte, quando é um capacete que suporta o pé, e sobre o mundo, quando ele se apoia simplesmente num rochedo. Neste caráter, não tem a deusa a graça que se lhe dá como Vênus nascente; pelo contrário, assume as atitudes de heroína.

As formas do corpo estão repletas de vigor e força, e as feições possuem uma expressão de brutalidade desdenhosa muito distante do sorriso. A Vênus de Milo é considerada o tipo mais completo dessa classe de estátuas. A beleza grave e sem afetação de tal figura nada tem do agradável coquetismo que a maioria dos artistas dos últimos séculos considera apanágio essencial da mulher. Foi no mês de fevereiro de 1820 que um pobre camponês grego a descobriu, remexendo as terras do seu jardim. A estátua, feita de mármore de Paros, está constituída por dois blocos cuja união se oculta mediante as dobras da túnica.

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Vista Hemisférica de Vénus
A vista hemisférica de Vénus, revelada por mais de uma década de investigações radar que culminaram com a missão Magalhães em 1990-1994, está centrada a 0 graus Este de longitude. A resolução real desta imagem é de 3 quilómetros. Foi processada para melhorar o contraste e dar ênfase a pequenas formações, e codificada por cor para representar as elevações. (Cortesia NASA/USGS)
Vistas Hemisféricas Adicionais de Vénus
Hemispheric View of Venus Centered at the South Pole


Mapa Venusiano
Esta imagem é uma projecção Mercator da topografia Venusiana. Foram atribuídos nomes a muitas das diferentes regiões. O mapa estende-se de -66,5 a 66,5 graus em latitude e começa a 240 graus longitude. (Copyright Calvin J. Hamilton)

Mapa Topográfico Venusiano
Este é outra projecção de Mercator da topografia Venusiana. O mapa estende-se de -66,5 a 66,5 graus em latitude e começa a 240 graus longitude. A versão a Preto & Branco desta imagem também está disponível. (Cortesia A.Tayfun Oner)

Topografia Venusiana
Esta imagem é uma projecção de Mercator da topografia Venusiana das regiões montanhosas, tais como Ishtar Terra, Aphrodite Terra, Alpha Region e Beta Regio, mostradas em amarelo e laranja. As regiões baixas estão representadas em azul. (Courtesy NASA/JPL)

Mapa Cilíndrico de Vénus
Vénus é mostrado neste simples mapa cilíndrico da superfície. Os limites esquerdo e direito da imagem estão a 240 graus Este longitude. O topo e fundo da imagem estão a 90 graus Norte latitude e 90 graus Sul latitude, respectivamente. A região brilhante no topo esquerdo ao centro é Maxwell Montes, a mais alta cadeia montanhosa de Vénus. Aphrodite Terra, grande região de terras altas, estende-se do equador ao centro direita. Os sinais escuros espalhados na imagem são halos que rodeiam crateras mais recentes. A globalidade destes dados revelam um número de crateras consistente com a idade média da superfície de Vénus de 300 milhões a 500 milhões de anos. (Cortesia NASA/JPL)

Gula Mons e Cratera Cunitz
Uma parte de Eistla Regio Ocidental é mostrada nesta imagem tridimensional, em perspectiva, da superfície de Vénus. O ponto de vista está situado a 1.310 quilómetros a sudoeste de Gula Mons numa elevação de 0,78 quilómetros. O ponto de vista aponta para Noroeste, com Gula Mons aparecendo no horizonte. Gula Mons, um vulcão com 3 quilómetros de altura, está localizado aproximadamente a 22 graus Norte de latitude, 359 graus Este de longitude. A cratera de impacto Cunitz, nome da astrónoma e matemática Maria Cunitz, é visível no centro da imagem. A cratera tem 48,5 quilómetros de diâmetro e está a 215 quilómetros do ponto de vista do observador. (Cortesia NASA/JPL)

Eistla Regio - Vale em Fenda
Uma parte de Eistla Regio Ocidental é mostrada nesta imagem tridimensional, em prespectiva, da superfície de Vénus. O ponto de vista está localizado a 725 quilómetros a Sudeste de Gula Mons. Um Vale em Fenda, em primeiro plano, estende-se até à base de Gula Mons, um vulcão com 3 quilómetros de altura. Esta vista está de frente para Noroeste, com Gula Mons aparecendo à direita no horizonte. Sif Mons, um vulcão com 300 quilómetros de diâmetro, e com 2 quilómetros de altura, aparece à esquerda de Gula Mons, ao fundo. (Cortesia NASA/JPL)

Eistla Regio
Uma parte de Eistla Regio é mostrada nesta imagem tridimencional, em prespectiva, da superfície de Vénus. O ponto de vista está localizado a 1.100 quilómetros a Noroeste de Gula Mons, numa elevação de 7,5 quilómetros. Correntes de lava estendem-se por centenas de quilómetros pelas planícies fracturadas, em primeiro plano, até à base de Gula Mons. Esta imagem mostra o Sudoeste com Gula Mons aparecendo à esquerda, logo abaixo da linha de horizonte. Sif Mons aparece à direita de Gula Mons. A distância entre Sif Mons e Gula Mons é de, aproximadamente, 730 quilómetros. (Cortesia NASA/JPL)

Planalto Lakshmi
As escarpas sul e enseadas Ocidentais de Ishtar Terra são mostradas nesta imagem tridimensional, em prespectiva. Ishtar Terra Ocidental é, aproximadamente, do tamanho da Austrália, e é um dos maiores focos de investigações da Magalhães. A região montanhosa está situada entre 2,5 e 4 quilómetros de altitude, no centro de um planalto chamado Planalto Lakshmi que pode ser visto à distância, à direita. Aqui, a superfície do planalto cai precipitadamente para as planícies limítrofes, com declives cuja inclinação excede os 5% em 50 quilómetros. (Cortesia NASA/JPL)

Imagem Tridimensional, em Prespectiva, de Alpha Regio
Uma parte de Alpha Regio é mostrada nesta imagem tridimensional, em prespectiva, da superfície de Vénus. Alpha Regio, elevação topográfica com aproximadamente 1.300 quilómetros de extensão, está centrada a 25 graus de latitude Sul, 4 graus de longitude Este. Em 1963, Alpha Regio foi a primeira região a ser identificada por radar da Terra. As zonas brilhantes da imagem de Alpha Regio são caracterizadas por múltiplos conjuntos de intersecções compostas de sulcos, gargantas, que originam formas poligonais. Mesmo a Sul deste complexo terreno está uma grande formação ovoide chamada Eve. O ponto brilhante da imagem de radar, centralizada em Eve, marca a localização do primeiro meridiano de Vénus. (Cortesia NASA/JPL)

Arachnoids
Arachnoids são uma das mais espantosas formações encontradas em Vénus. Elas são vistas, no radar, como planos escuros na imagem da Magalhães, num mosaico da região de Fortuna. Tal como o nome sugere, Arachnoids são formações ovais, com anéis concentricos e uma complexa rede de fracturas estendendo-se para fora. Os Arachnoids variam em tamanho de, aproximadamente, 50 a 230 quilómetros de diâmetro. Arachnoids são similares em forma, mas geralmente menores, que as Coronae (estruturas vulcânicas circulares cercadas por cordilheiras e sulcos, bem como linhas radiais). 
 
Uma teoria, no que diz respeito à sua origem, diz que elas são precursoras da formação Coronae. As linhas brilhantes, que o radar mostra, estendendo-se por muitos quilómetros, podem ter resultado da magma elevado do interior do planeta, e que empurrou a superfície para cima formando "fendas". Correntes de lava brilhantes, no radar, estão presentes na 1. e 3. imagens, e também indicam actividade vulcânica nesta área. Algumas das fracturas atravessam estas correntes, indicando que as correntes ocorreram antes das fracturas surgirem. Tal relação entre diferentes estruturas fornecem boas evidências para uma relativa datação dos eventos. (Cortesia NASA/JPL)

Linhas Paralelas
São visíveis dois grupos de formações paralelas que se intersectam quase em ângulos rectos. A regularidade deste terreno fez com que os cientistas o alcunhassem de terreno papel gráfico. Os fracos delineados são espaçados em intervalos de 1 quilómetro e estendem-se além dos limites da imagem. Os mais brilhantes e mais dominantes delineados, são menos regulares e frequentemente parecem iniciar e terminar onde interceptam os delineados mais fracos. Ainda não é claro onde os dois conjuntos de delineados representam falhas ou fracturas porém, em áreas fora da imagem, os delineados brilhantes estão associados com crateras e outras formações vulcânicas. (Cortesia Calvin J. Hamilton)

Fotografias da Superfície pelas Venera 9 e 10
As sondas Soviéticas Venera 9 e 10 foram lançadas a 8 e 14 de Junho de 1975, respectivamente, para fazer algo sem precedentes: pousar na superfície de Vénus e obter fotografias. A Venera 9 tocou a superfície de Vénus a 22 de Outubro de 1975 às 17.13 horas, a cerca de 32 graus Sul, 291 graus Este, com o Sol perto do zénite. Funcionou durante 53 minutos, permitindo a obtenção de uma única fotografia. A Venera 9 pousou num declive com uma inclinação de cerca de 30 graus em relação ao horizonte. A parte branca na base da imagem é parte da sonda. A distorção é provocada pelo sistema de imagem da Venera. Pedras angulares, de tamanhos com 30 a 40 centímetros, dominam a paisagem, muitas semi-enterradas no solo. O horizonte é visível nos cantos superiores, tanto à esquerda como à direita. 
 
A Venera 10 (em baixo) tocou a superfície de Vénus a 25 de Outubro de 1975 às 17.17 horas, a cerca de 16 graus Norte, 291 graus Este. A sonda ficou com uma inclinação de 8 graus. Devolveu à Terra esta imagem durante os 65 minutos que operou na superfície. O Sol estava perto do zénite durante esse tempo, e a luz era semelhante a um dia de Verão na Terra. Os objectos na parte inferior da imagem são peças da sonda. A imagem mostra lajes de rocha, parcialmente cobertas por uma fina camada de material, não muito diferente a uma área vulcânica na Terra. A grande laje em fundo estende-se por mais de 2 metros.

Fotografias Coloridas da Superfície pela Venera 13
A 1 de Março de 1982 a Venera 13 tocou na superfície de Vénus a 7,5 graus Sul, 303 graus Este, a Este de Phoebe Regio. Foi a primeira missão Venera a incluir uma câmara de televisão a cores. A Venera 13 resistiu na superfície por 2 horas e 7 minutos, tempo suficiente para obter 14 imagens. Esta imagem foi conseguida usando filtros de cor azul, verde e vermelho, com uma resolução de 4 a 5 minutos. Parte da sonda é visível na base da imagem. Estão visíveis lajes e solo. A verdadeira cor é difícil de avaliar, dado que a atmosfera de Vénus filtra a luz azul. A composição da superfície é semelhante ao basalto da Terra. No terreno ao fundo está a tampa da lente. Esta imagem é a metade esquerda da fotografia da Venera 13.
 Fonte:
Elisa Martins,
Instituto Ciência Hoje/RJ.
http://chc.cienciahoje.uol.com.br/noticias/astronomia-e-exploracao-espacial/os-misterios-de-venus/
 Elaborado e Idealizado por Rosana Madjarof 
— Mantido por Carlos Duarte
http://www.mundodosfilosofos.com.br/venus.htm
1997 - 2009

.ESPIONAGEM ASTRONÔMICA -MIRA X37B-NAVE MILITAR USA

.ESPIONAGEM ASTRONÔMICA
ASTRÔNOMO AMADOR OBSERVA  X37B,NAVE MILITAR USA
         Viva  Julian Assange,da Wikileaks!
  1. E Viva Kevin Fetter - astrônomo amador!


    A notícia é velha, junho-2010, mas veja que legal!
    No entusiasmo, meu comentário de quebra.

    Astrônomo amador observa nave militar americana 01/06/2010
    Posted by fellipy in astronáutica, Astronomia, Astronomia Amadora, órbita da Terra, NASA.


    Nave espacial X-37B momentos antes do lançamento
    .

    Parece fera faminta
    devassando territórios
    - X37B - malígno espião

    Na calada da noite
    espionagem descoberta
    - Viva Kevin Fetter !


    No dia 22 de abril, as Forças Armadas dos Estados Unidos, em conjunto com a Nasa, o Pentágono e a Boeing, lançou o Veículo de Teste Orbital X-37B (fotos).

    Com um comprimento de 9 metros e pesando cerca de 5 toneladas, sua função ainda não foi anunciada, mas especula-se que tenha como objetivo ser uma nave militar espiã.

    O que eles não esperavam é que um astrônomo amador conseguisse detectar sua posição no céu e, além disso, conseguir determinar sua órbita.

    E foi isto que aconteceu! Kevin Fetter, um astrônomo amador americano, detectava no céu satélites espaciais fora de operação, quando de forma acidental detectou por alguns segundos o veículo espacial X-37B cruzando o céu. “Eu o vi por pura sorte, porque estava apontando para área certa do céu”, disse o astrônomo ao jornal canadense The Globe and Mail.


    Kevin Fetter (foto ) é membro do site Heavens-Above.com, que identifica e mapeia satélites ativos ou desativados no céu. Com as coordenadas que ele captou em seu telescópio, ele, com o auxílio de outros astrônomos do site, determinaram a órbita desta nave. Desta forma, eles descobriram que o X-37B está a 410 km de distância da Terra, completando uma volta a cada 90 minutos e que sua rota passava por países como Afeganistão, Paquistão, Coréia do Norte e Iraque, países que estão sob a alerta da segurança nacional americana.

    Além disso, Ted Molczan, um astrônomo americano que também monitora satélites, disse que o tipo de órbita que realiza esta nave é tipica de satélites militares espiões, o que indica uma possivel utilização do X-37B.

    Se você também quiser observar este satélite no céu, uma forma de ter acesso às suas posições é visitar o Site Heavens-above.com. Nós aqui do site, pra facilitar sua busca, selecionamos os melhores dias para que você possa observar esta nave militar. As coordenadas das cartas abaixo estão de acordo com as coordenadas da cidade de São Carlos/SP.

    Fonte das informações: Jornal The Globe and Mail e Heavens-Above

    Fonte das informações: Jornal The Globe and Mail e Heavens-Above
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    Comentários»
    1. Radeir – 12/12/2010
    Nossa, que beleza essa noticia!
    Parece que chegou mesmo a hora da verdade. Não adianta prender,querer sufocar ” Wikileaks, nem Julian Assange,pois basta um astrônomo amador atento para seguir e detectar manobras de espionagem ,confirmar sua posição no céu e, além disso, conseguir determinar sua órbita.

    É, gente, todo mundo de olho no céu torna-se descobridor dos
    “secretos espiões,fazedores de guerras” .
    Adorei essa!

    nov 27
    A Força Aérea norte americana (USAF) divulgou novas imagens da nova aeronave espacial experimental X-37B que deverá ser lançada pela primeira vez numa missão em abril de 2010.

    Numa resposta, um porta-voz da Força Aérea disse que uma nave espacial não tripulada X-37B está programada para ser lançada no dia 19 de abril, com um foguete Atlas 5, no Cabo Canaveral, Flórida.

    he X-37B, or OTV, spacecraft is pictured in launch configuration at a Boeing Co. factory in August 2009. Credit: U.S. Air Force
    O X-37B, ou OTV, fotografado na configuração de lançamento, na fábrica da Boeing, em agosto de 2009. (Foto: U.S. Air Force)

    A nave X-37B, também conhecida como Orbital Test Vehicle (OTV), é gerenciada pelo Air Force Rapid Capabilities Office sobre direta supervisão do secretário geral da Força Aérea e do subsecretário de defesa para aquisições, tecnologia e logística.

    As fotos foram publicadas na revista Air & Space e fornecidas através da Spaceflight Now via Força Aérea.

    Na nova aeronave espacial tem as medidas de 10 metros de comprimento e cerca de 3,5 metros de altura. A envergadura é de cerca de 5 metros, e deverá pesar cerca de 5 toneladas no lançamento, de acordo com as informações técnicas divulgadas pela Força Aérea.

    O OTV ficaria encoberto dentro de um compartimento de cinco metros de diâmetro durante o lançamento. Por enquanto ele permanece esperando o lançamento na fábrica da Boeing Phantom Works, na California. O veículo estará integrado e pronto para o embarque para o Cabo Canaveral dois meses antes do lançamento, de acordo com Andrew Bourland, um porta-voz da Força Aérea.

    The X-37B Orbital Test Vehicle on the runway at Vandenberg Air Force Base for range and taxi tests in October 2007. A series of captive and released taxi tests were performed to gather data and refine models used by the X-37B during autonomous landing. Credit: U.S. Air Force
    O X-37B Veículo de Teste Orbital (OTV)na pista da Base da Força Aérea de Vandenberg para testes de taxi e deslocamento, em outubro de 2007. Vários testes foram feitos para refinar o conceito da aeronave durante o pouso autônomo do X-37B. (Foto: U.S. Air Force)

    A Força Aérea não soube informar a duração da missão do OTV no espaço. A nave deverá re-entrar na atmosfera e na sequência planar na fase final do voo antes de pousar, provavelmente numa pista que será modificada para o pouso de nave, na Base da Força Aérea de Vandenberg, na Califórnia.

    A nave completou uma série de testes, sendo transportada e em voo livre, em 2006, juntamente com a aeronave privada White Knight da Scaled Composites. Os testes de taxiamento foram conduzidos e finalizados em 2007, emVandenberg.
    Fonte: Spaceflight Now

Céu da Semana - 07 a 13 de Dezembro 2010


Vênus posta à janela
dizendo fazer-se fractal
- na mente da gente.
*
No brilho intenso
Vênus ronda envolvente
- embeleza o domingo.
*

sábado, 11 de dezembro de 2010

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

OLHO DE GATO - NEBULOSA-FLOR PLANETÁRIA

Nebulosas precoces
Estrelas no centro de nebulosas planetárias podem ser mais
jovens do que se imaginava, indica estudo realizado por cientistas 
do Instituto de Astronomia, 
Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Especiais

Nebulosas precoces


Por Fábio de Castro

Agência FAPESP – Determinar a idade das estrelas que se encontram no centro das nebulosas planetárias é um problema complexo para os astrônomos. Até agora não existe um método que possa ser aplicado de forma generalizada para fazer esses cálculos.

Depois de desenvolver e aplicar três diferentes métodos para calcular a idade dessas estrelas, um grupo de cientistas da Universidade de São Paulo (USP) descobriu que elas podem ser mais jovens do que se imaginava. Acreditava-se que a média de idade seria de 5 bilhões de anos, mas, na amostra estudada, a maioria das estrelas é mais nova.


Os primeiros resultados do estudo foram publicados no início de 2010 na revista Astronomy and Astrophysics e um novo artigo será lançado no início de 2011. A pesquisa é um dos resultados do Projeto Temático “Nebulosas fotoionizadas, estrelas e evolução química de galáxias”, coordenado por Walter Maciel, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, e financiado pela FAPESP.

De acordo com Maciel, é importante compreender a dinâmica das nebulosas planetárias, já que elas desempenham um papel crucial na evolução das galáxias.
“Determinar a idade dessas estrelas é fundamental para entender a dinâmica. Nesse estudo, focamos especificamente em estrelas parecidas com o Sol, que deverá ter o mesmo destino delas dentro de alguns bilhões de anos”, disse à Agência FAPESP.


Quando uma estrela semelhante ao Sol consome todo o seu combustível, depois de funcionar por bilhões de anos como um imenso reator nuclear, seu interior entra em colapso. Sua parte externa, então, começa a ser ejetada, formando a chamada nebulosa planetária.

“Essa nebulosa vai se afastando da estrela, até se dispersar completamente no meio interestelar. Depois disso, a estrela se transforma em anã branca – uma estrela quente mas pouco brilhante por não fazer reações nucleares. O Sol também passará por esse processo dentro de 4 ou 5 bilhões de anos”, disse.


A nebulosa planetária dura pouco, em comparação aos bilhões de anos de vida da estrela: cerca de 20 mil anos. Mas, por liberar metais pesados e muitos outros elementos químicos no espaço interestelar, elas são consideradas objetos importantes para a evolução química das galáxias, segundo o professor.

“Essas estrelas variam muito de tamanho: de alguns décimos da massa do Sol – algo um pouco maior que Júpiter – até oito vezes a massa solar. Em nosso estudo, tratamos apenas de estrelas a partir de 80% da massa do Sol, pois fora dessa faixa a evolução estelar é muito diferente. Quanto maior a massa, menor o tempo de vida da estrela”, disse.


Maciel explicou que, ao observar a nebulosa, não se pode detectar a idade da estrela em seu interior. Não há um método aplicável a todos os casos e a maioria dos métodos disponíveis é eficiente apenas para estrelas muito jovens. No caso de estrelas mais velhas, com idades próximas à do Sol – ou seja, de 4 a 5 bilhões de anos –, os resultados são muito incertos.

“Desenvolvemos três métodos para avaliar a idade dessas estrelas. Do conjunto de cerca de 2 mil nebulosas planetárias existentes na galáxia, selecionamos uma amostra de 300 sobre as quais temos mais dados. Começamos então a aplicar a elas os três métodos, calculamos as idades e comparamos os resultados”, contou.

Um quarto método está sendo desenvolvido, com base nos dados cinemáticos das estrelas de nebulosas planetárias – isto é, nas informações que relacionam idade e movimento estelar. “Faremos a aplicação desse método em uma amostra maior, de 700 estrelas”, disse.


O ideal, segundo Maciel, seria calcular a idade exata de cada estrela individualmente, mas as divergências entre os métodos dificultam a tarefa. “Estamos partindo primeiro de uma perspectiva menos ambiciosa, que consiste em estudar a distribuição dessas idades – ou seja, avaliar qual a porcentagem de estrelas com 1 bilhão de anos, com até 5 bilhões de anos, acima dos 5 bilhões e assim por diante”, explicou.

As estrelas estudadas se encontram no disco galáctico, a região da galáxia na qual se encontra o Sistema Solar. “Algumas das estrelas, embora já estejam em nebulosas, são até mais jovens que o Sol, mas evoluíram mais rapidamente, na maior parte dos casos por terem massas maiores. O estudo indica que a maior parte das estrelas da nossa amostra é mais jovem que o Sol, isto é, tem idades abaixo de 5 bilhões de anos”, disse.

Outras linhas de pesquisa
Além da vertente voltada para o cálculo de idades de estrelas de nebulosas planetárias, o Projeto Temático tem vários outros eixos de pesquisa e todos geraram diversas publicações. Uma das vertentes, por exemplo, avalia as diferenças entre as nebulosas planetárias em relação à sua posição na galáxia.

“A nossa galáxia é composta por um bojo, em seu centro, pelo disco em volta dele e por um halo, mais disperso, em volta do disco. Mas não é fácil saber quais nebulosas estão situadas no próprio bojo, ou no disco mas na direção do bojo. E elas têm propriedades diferentes dependendo da localização. Procuramos entender essas diferenças a partir da análise de abundância de elementos químicos”, disse.

Outro estudo relacionado ao Temático trata das propriedades dos ventos das estrelas de nebulosas planetárias, a partir da utilização de modelos sofisticados.

“O vento do Sol é bastante diluído e sua emissão representa a perda de uma quantidade muito pequena de massa. Mas outras estrelas perdem, com os ventos, uma massa 10 bilhões de vezes maior. Estudar isso é algo complexo, porque se trata de um gás em situação muito instável. Para fazê-lo, utilizamos um código bastante complexo”, disse.

Há projetos também relacionados, por exemplo, aos aglomerados de estrelas. “Procuramos compreender como esses aglomerados se formam e se dissipam. Nesses estudos, aplicamos ferramentas que permitem definir quando se trata de fato de um aglomerado, ou dos restos de um aglomerado, ou apenas de um grupo de estrelas”, disse Maciel.
 Fonte
Agência FAPESP
http://www.agencia.fapesp.br/materia/13166/nebulosas-precoces.htm
10/12/2010 -
O artigo Age distribution of the central stars of galactic disk planetary nebulae (doi: 10.1051/0004-6361/200912499), de Walter Maciel e outros, 
pode ser lido por assinantes da Astronomy and Astrophysics em  

A ESPIRAL DE ARQUIMEDES


A Espiral de Arquimedes (também espiral aritmética), obteve seu nome do matemático grego Arquimedes, que viveu no século III antes de Cristo. Se define como o lugar geométrico de um ponto movendo-se a velocidade constante sobre uma reta que gira sobre um ponto de origem fixo a velocidade angular constante.


Mecanismo de um compressor espiral (scroll).
A espiral de Arquimedes tem uma miríade de aplicações no mundo real. Compressores de espiral, feitos de duas espirais de Arquimedes do mesmo tamanho intercaladas, são usados para comprimir líquidos e gases.
Os sulcos das primeiras gravações para gramófones (Disco de vinil) formam uma espiral de Arquimedes, fazendo os sulcos igualmente espaçados e maximizando o tempo de gravação que poderia acomodar-se na área do disco (ainda que isto fosse mudado posteriormente para incrementar a qualidade das gravações).
Pedir-se a um paciente que desenhe uma espiral de Arquimedes é uma maneira de quantificar o tremor humano, esta informação ajuda no diagnóstico de enfermidades neurológicas. Estas espirais são também usadas em sistemas DLP de projeção para minimizar o efeito "Arco-íris", que faz com que pareça que se projetam várias cores ao mesmo tempo, quando na realidade se projetam ciclos de vermelho, verde e azul rapidamente.

Um método para a quadratura do círculo, relaxando as limitações estritas no uso de uma régua e um compasso nas demonstrações geométricas da Grécia antiga, faz uso da Espiral de Arquimedes. Também existe um método para trisectar ângulos baseados no uso desta espiral.
Espirais de Arquimedes também são usadas em microbiologia de alimentos para determinar a concentração bacteriana através de uma placa espiral.


Processamento Digital de luz (Digital Light Processing (DLP) em inglês) é uma tecnologia usada em projetores e vídeo projetores. Foi originalmente desenvolvida pela Texas Instruments, em 1987 pelo Dr. Larry Hornbeck. Em projetores DLP, a imagem é criada por espelhos microscópicos organizados em uma matriz sobre um chip semicondutor, conhecido como Dispositivo Microespelhado Digital ou Digital Micromirror Device (DMD). Cada espelho representa um pixel na imagem projetada. O número de espelhos corresponde à resolução da imagem projetada. As matrizes 800x600, 1024x768, 1280x720, e 1920x1080 (HDTV) são os tamanhos DMD mais comuns. Estes espelhos podem ser reposicionados rapidamente para refletir a luz através de lentes ou sobre um dissipador (chamado de descarga de luz ou light dump, de acordo com a terminologia Barco). O rápido reposicionamento dos espelhos (essencialmente é o chaveamento entre os estados ligado (on) e desligado (off)) permite ao DMD variar a intensidade da luz refletida através das lentes, criando contrastes de cinza ao branco (espelho na posição 'on') e ao preto (espelho na posição 'off')

 DLP e LCoS

O sistema concorrente mais similar ao DLP é conhecido como LCos (Liquid Crystal on Silicon),ou Display de cristal líquido sobre silício, que cria imagens utilizando um espelho fixo montado sobre a superfície de um chip, e usa uma matriz de cristal líquido para controlar a quantidade de luz que será refletida.
 Fonte:
Wikipédia