Lua distante ou estrela fraca? Exolua possivelmente encontrada
2014-04-10Investigadores detectaram o primeiro candidato a exolua, usando a técnica de microlente gravitacional. Pode tratar-se de uma lua e um planeta ou de um planeta e uma estrela. A imagem (concepção artística) retrata as duas possibilidades. Crédito: NASA/JPL-Caltech.
"Não vamos ter a oportunidade de observar o candidato a exolua novamente", disse David Bennett, da Universidade de Notre Dame, Indiana, principal autor de um artigo com os resultados que surge no Astrophysical Journal. "Mas podemos esperar mais descobertas surpreendentes como esta."
O estudo internacional é liderado pelos programas MOA (Microlensing Observations in Astrophysics), uma colaboração entre o Japão, a Nova Zelândia e os Estados Unidos, e PLANET (Probing Lensing Anomalies NETwork), usando telescópios na Nova Zelândia e Tasmânia. A técnica de microlente gravitacional
Se a estrela em primeiro plano - a que os astrónomos chamam lente - tiver em órbita
Em alguns casos, no entanto, o objecto em primeiro plano pode ser um planeta errante e não uma estrela. Então, os investigadores podem ser capazes de medir a massa do planeta em relação ao seu companheiro em órbita: a lua. Os astrónomos têm procurado activamente exoluas - por exemplo, usando dados de missão Kepler da NASA – mas, até agora, não encontraram nenhuma.
No novo estudo, a natureza do objecto em primeiro plano, a lente, não é clara. A relação entre o corpo de maiores dimensões e o seu companheiro mais pequeno é de 2000 para 1. Isto significa que o par tanto pode ser uma pequena estrela fraca com um planeta em órbita, com cerca de 18 vezes a massa da Terra, como um planeta com mais massa que Júpiter
Infelizmente, os astrónomos não têm maneira de dizer qual desses dois cenários é correcto.
"Uma possibilidade é o sistema de lente ser um planeta e a sua lua, o que, a ser verdade, seria uma descoberta espectacular de um tipo de sistema totalmente novo", disse Wes Traub, cientista-chefe do Programa de Exploração de Exoplanetas no Jet Propulsion Laboratory, Pasadena, Califórnia, que não esteve envolvido no estudo. "Os modelos dos investigadores apontam para a solução da lua, mas se olharmos simplesmente para o cenário mais provável na natureza, a solução da estrela ganha."
A resposta ao mistério está em saber a distância a que se encontra o par em órbita. Um par de massa mais baixa perto da Terra irá produzir o mesmo tipo de evento brilhante que um par com maior massa a uma distância maior. Mas uma vez terminado o evento, é muito difícil conseguir medidas adicionais para o sistema de lentes e determinar a sua distância. A verdadeira identidade do candidato a exolua e do seu companheiro, um sistema ao qual se deu o nome de MOA-2011-BLG-262, permanecerá desconhecida.
No futuro, porém, poderá ser possível obter essas medidas de distância, durante eventos de lentes. Os telescópios Spitzer e Kepler, por exemplo, que giram em torno do Sol
O princípio básico da paralaxe pode ser explicado levantando um dedo na vertical, fechando um olho após o outro e observando o salto do dedo para um lado e para outro. Uma estrela distante, quando observada a partir de dois telescópios muito afastados, também se parece mover. Quando combinado com um evento de lentes, o efeito de paralaxe altera a forma como um telescópio irá visualizar o aumento do brilho da luz das estrela. A técnica funciona melhor usando um telescópio na Terra e outro no espaço.
Entretanto, pesquisas como o MOA, o Optical Gravitational Experiment Lensing Experiment da Polónia, ou o OGLE descobriram já dezenas de exoplanetas
O novo candidato a exolua, se for verdadeiro, estará a orbitar um planeta errante. O planeta pode ter sido ejectado a partir dos confins cheios de poeira de um sistema planetário jovem, levando atrás de si a sua lua companheira.
Fonte da notícia: http://www.nasa.gov/jpl/news/exomoon20140410/
Lua distante ou estrela fraca? Exolua possivelmente encontrada
2014-04-10Investigadores detectaram o primeiro candidato a exolua, usando a técnica de microlente gravitacional. Pode tratar-se de uma lua e um planeta ou de um planeta e uma estrela. A imagem (concepção artística) retrata as duas possibilidades. Crédito: NASA/JPL-Caltech.
"Não vamos ter a oportunidade de observar o candidato a exolua novamente", disse David Bennett, da Universidade de Notre Dame, Indiana, principal autor de um artigo com os resultados que surge no Astrophysical Journal. "Mas podemos esperar mais descobertas surpreendentes como esta."
O estudo internacional é liderado pelos programas MOA (Microlensing Observations in Astrophysics), uma colaboração entre o Japão, a Nova Zelândia e os Estados Unidos, e PLANET (Probing Lensing Anomalies NETwork), usando telescópios na Nova Zelândia e Tasmânia. A técnica de microlente gravitacional
Se a estrela em primeiro plano - a que os astrónomos chamam lente - tiver em órbita
Em alguns casos, no entanto, o objecto em primeiro plano pode ser um planeta errante e não uma estrela. Então, os investigadores podem ser capazes de medir a massa do planeta em relação ao seu companheiro em órbita: a lua. Os astrónomos têm procurado activamente exoluas - por exemplo, usando dados de missão Kepler da NASA – mas, até agora, não encontraram nenhuma.
No novo estudo, a natureza do objecto em primeiro plano, a lente, não é clara. A relação entre o corpo de maiores dimensões e o seu companheiro mais pequeno é de 2000 para 1. Isto significa que o par tanto pode ser uma pequena estrela fraca com um planeta em órbita, com cerca de 18 vezes a massa da Terra, como um planeta com mais massa que Júpiter
Infelizmente, os astrónomos não têm maneira de dizer qual desses dois cenários é correcto.
"Uma possibilidade é o sistema de lente ser um planeta e a sua lua, o que, a ser verdade, seria uma descoberta espectacular de um tipo de sistema totalmente novo", disse Wes Traub, cientista-chefe do Programa de Exploração de Exoplanetas no Jet Propulsion Laboratory, Pasadena, Califórnia, que não esteve envolvido no estudo. "Os modelos dos investigadores apontam para a solução da lua, mas se olharmos simplesmente para o cenário mais provável na natureza, a solução da estrela ganha."
A resposta ao mistério está em saber a distância a que se encontra o par em órbita. Um par de massa mais baixa perto da Terra irá produzir o mesmo tipo de evento brilhante que um par com maior massa a uma distância maior. Mas uma vez terminado o evento, é muito difícil conseguir medidas adicionais para o sistema de lentes e determinar a sua distância. A verdadeira identidade do candidato a exolua e do seu companheiro, um sistema ao qual se deu o nome de MOA-2011-BLG-262, permanecerá desconhecida.
No futuro, porém, poderá ser possível obter essas medidas de distância, durante eventos de lentes. Os telescópios Spitzer e Kepler, por exemplo, que giram em torno do Sol
O princípio básico da paralaxe pode ser explicado levantando um dedo na vertical, fechando um olho após o outro e observando o salto do dedo para um lado e para outro. Uma estrela distante, quando observada a partir de dois telescópios muito afastados, também se parece mover. Quando combinado com um evento de lentes, o efeito de paralaxe altera a forma como um telescópio irá visualizar o aumento do brilho da luz das estrela. A técnica funciona melhor usando um telescópio na Terra e outro no espaço.
Entretanto, pesquisas como o MOA, o Optical Gravitational Experiment Lensing Experiment da Polónia, ou o OGLE descobriram já dezenas de exoplanetas
O novo candidato a exolua, se for verdadeiro, estará a orbitar um planeta errante. O planeta pode ter sido ejectado a partir dos confins cheios de poeira de um sistema planetário jovem, levando atrás de si a sua lua companheira.
Fonte da notícia: http://www.nasa.gov/jpl/news/exomoon20140410/
Surpresa na Lua: crateras são maiores no lado mais próximo
O lado mais próximo da Lua abriga bacias de impacto maiores do que o lado mais distante do satélite, e a explicação está nas diferenças fundamentais entre os dois hemisférios, sugere um novo estudo.
Os cientistas há muito tempo sabem que
as crateras se formam no mesmo ritmo nos dois lados da Lua, mas novos
novos estudos reportam que antigos impactos de asteróides no lado mais
próximo produziram bacias maiores do que no “lado escuro da lua”.
A surpreendente diferença depende
especialmente da composição da crosta, que é diferente em cada lado. O
lado mais próximo, que está sempre voltado para a Terra, era quente
durante o início da formação da lua e sujeito à intensa atividade
vulcânica. Isso pode ter criado um ambiente ideal para grandes crateras
se formarem, segundo os cientistas.
“Quando olhamos para os mapas de ambos
os hemisférios, percebemos que há mais grandes bacias do lado próximo do
que no outro lado”, disse Katarina Miljkovic, principal autora do novo
estudo publicado hoje (08 de novembro) na revista Science.
“Há oito
delas no lado próximo que são maiores do que 300 km… e
apenas uma do
outro lado.”
Usando dados coletados pela sonda GRAIL,
da NASA, Miljkovic e seus colegas fizeram simulações computadorizadas
para modelar os efeitos de impactos antigos sobre a crosta da Lua. Eles
descobriram que um impacto há bilhões de anos sobre o lado mais próximo
formaria uma cratera cerca de duas vezes maior do que um eventual
impacto causado por um asteróide do mesmo tamanho no lado distante da
Lua.
A superfície maleável do lado mais
próximo e quente era capaz de expandir-se, criando maiores bacias e
deslocando mais a crosta, mesmo se a rocha espacial não era tão grande.
O novo trabalho pode ter implicações para a compreensão dos primórdios do sistema solar, disseram os pesquisadores.
Os cientistas pensam que um grande
número de cometas e asteróides impactaram na Terra, na Lua e em outros
corpos do sistema solar interno entre cerca de 3,8 e 4,1 bilhões de anos
atrás. À luz deste novo trabalho, no entanto, as ideias sobre esse
período, conhecido como “intenso bombardeio tardio”, talvez precisam ser
alteradas.
A massa de rochas espaciais que se
colidiram em direção à Terra e a Lua durante o período de intenso
bombardeio tardio podem ter sido superestimadas, Miljkovic disse. Grande parte das informações recolhidas
sobre esse período vem de crateras lunares. Portanto, se as grandes
bacias se formaram de maneira diferente do que se pensava inicialmente,
talvez isso exija uma mudança na forma como os pesquisadores entendem a
história do sistema solar. [Space]
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