sábado, 29 de junho de 2013

JOHANNES KEPLER E PITÁGORAS




Pintura de Johannes Kepler
Johannes Kepler

Nascido em 27 de dezembro de 1571, na Alemanha, Johannes Kepler foi um dos maiores cientistas de sua época. Faleceu às vésperas de completar 59 anos, no dia 15 de novembro de 1630.

Matemático, físico e astrônomo, foi nessa última carreira que mais se destacou, procurando separar a astrologia da cosmologia, embora considerasse ambas importantes. Seu trabalho marca o início da Astronomia moderna. Em sua época eram conhecidos apenas seis planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter e Saturno.

Inicialmente, Kepler adotou a teoria heliocêntrica, aceitando a máxima de Aristóteles: os céus são divinamente perfeitos e os corpos celestes só podem se mover segundo a mais perfeita das formas: o círculo. Ele seguia a mesma linha de Ptolomeu e Copérnico.
Desenho dos sólido perfeitos
Os Sólidos Perfeitos

Kepler tentou associar as órbitas planetárias aos cinco sólidos perfeitos de Pitágoras e Platão, figuras tridimensionais cujas faces são polígonos regulares idênticos: cubo, tetraedro, dodecaedro, icosaedro e octaedro. Entretanto, por mais que se esforçasse, jamais conseguiu encaixar as órbitas dos planetas nos sólidos.

Seus trabalhos atravessaram fronteiras e Kepler foi convidado a trabalhar com um Matemático Imperial em Praga. O dinamarquês Tycho Brahe possuía as observações astronômicas mais precisas do mundo. Após a sua morte, Kepler teve acesso irrestrito a essas observações, onde se destacava um estudo minucioso sobre o movimento orbital de Marte.

A partir daí, Kepler quebrou o paradigma da perfeição do círculo, partindo do princípio que a regularidade e a perfeição de uma órbita circular eram tão raras no Universo quanto a perfeição da índole humana. As elipses se ajustaram perfeitamente às observações de Tycho.

Kepler descobriu então que os planetas descreviam órbitas elíticas, porém algumas com excentricidades tão baixas que pareciam círculos a um observador desatento. Surge então a Primeira Lei de Kepler, também conhecida como Primeira Lei do Movimento Planetário:
Os planetas se movem em torno do Sol em órbitas elíticas, com o Sol num dos focos da elipse.
Essa lei foi muito combatida por contrariar a beleza da simetria, pois no outro foco da elipse havia um vazio.

Kepler foi mais longe, percebendo que, numa órbita elítica, um planeta aumenta sua velocidade quando se aproxima do Sol, diminuindo-a quando dele se afasta. Se os planetas transitassem em uma trajetória circular e uniforme, um certo arco de seu círculo orbital seria percorrido sempre num mesmo intervalo de tempo, independente de sua posição na órbita.
Segunda Lei de Kepler
Segunda Lei de Kepler
Kepler observou que com as órbitas elíticas era diferente. Considerando um determinado intervalo de tempo, o planeta descreve um arco maior quando está mais perto do Sol, e quando está mais longe, o arco percorrido é menor. Mas Kepler descobriu uma particularidade no movimento orbital: para um mesmo intervalo de tempo, as áreas desses arcos são idênticas. Essa é a base da Segunda Lei de Kepler:
A linha que liga o planeta ao Sol varre áreas iguais em intervalos de tempos iguais.
Baseado em suas observações, Kepler inferiu que os planetas cujas órbitas são mais curtas, e que estão mais próximos ao Sol, se movem mais rapidamente do que aqueles cujas órbitas são maiores e mais afastadas, mas os períodos orbitais são maiores nesses últimos.
Em seguida, Kepler formulou sua Terceira Lei, que relaciona o movimento dos planetas uns aos outros. Essa é a lei que mais se aproxima de sua intenção original de compreender a harmonia dos mundos:
Os quadrados dos períodos de revolução dos planetas são proporcionais aos cubos dos eixos máximos de suas órbitas.
A explicação física do comportamento dos planetas veio somente quase um século depois, quando Isaac Newton foi capaz de deduzir as Leis de Kepler a partir das hoje conhecidas como Leis de Newton e de sua Lei da Gravitação Universal, usando sua invenção do Cálculo.

Kepler também percebeu a incompatibilidade entre um hipotético Universo infinito, repleto de estrelas brilhantes, com a escuridão do céu noturno. Um paradoxo que ficou famoso anos mais tarde com a descrição feita por Heinrich Olbers (1758-1840) em 1823.

Kepler observou ainda a extraordinária explosão de uma supernova, a última ocorrida em nossa galáxia, e ainda escreveu livros de ficção científica. Johannes Kepler acreditava que um dia naves celestiais navegariam adaptadas aos ventos dos céus e explorariam corajosamente a vastidão do Universo. Ele acreditava que

 em um sonho 
devemos ter a liberdade
 de imaginar pelo menos uma vez algo
 que nunca existiu no mundo da percepção sensitiva.


Sua família foi perseguida por bruxaria e Kepler faleceu durante a Guerra dos Trinta Anos. Sua vida e trabalho assinalam o nascimento da astronomia moderna.





Fontes:
http://www.amskepler.com/johannes-kepler/
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terça-feira, 25 de junho de 2013

GUSTAV HOLST - The Planets, Op. 32- 49:01





Gustav Holst - The Planets, Op. 32

"Os Planetas", op. 32 anos, é uma criança de sete movimento suíte orquestral pelo Inglês compositor Gustav Holst, escrito entre 1914 e 1916. Cada movimento da suíte tem o nome de um planeta do Sistema Solar e de seu caráter astrológico correspondente, conforme definido pela Holst. Com exceção da Terra, o que não é observado na prática astrológica, todos os planetas são representados.

A idéia do trabalho foi sugerido Holst por Clifford Bax, que o apresentou a astrologia, quando os dois faziam parte de um pequeno grupo de artistas ingleses em férias em Maiorca, na primavera de 1913, Holst tornou-se um grande devoto do assunto, e gostou para horóscopos de seus amigos para se divertir.

A suite tem sete movimentos,
 cada um o nome de um planeta e seu caráter astrológico correspondente:

1. Marte, o Bringer of War  (Guerra?)(00:00-07:21)

2. Vênus, o Portador da Paz (7:22-15:59);

3. Mercúrio, o mensageiro alado (16:00-19:51);

4. Júpiter, o Portador da Jollity (19:52 - 27:49);

5. Saturno, o Bringer of Old Age (27:50 - 36:31);

6. Urano, o Mago (36:32 - 42:14)

7. Netuno, o Mystic (42:15 - 49:01).

Título original de Holst (visto claramente no manuscrito full score) foi "Sete Peças para Orquestra Large". ele estréia orquestral dos planetas suite, realizado a pedido do Holst por Adrian Boult, foi realizada a curto prazo em 29 de setembro de 1918, durante as últimas semanas da Primeira Guerra Mundial, no Pavilhão da Rainha, com o apoio financeiro do amigo de Holst e companheiro compositor Henry Balfour Gardiner.

 Ele foi apressadamente ensaiado, os músicos da Rainha Municipal Orchestra vi pela primeira vez a música complicado apenas duas horas antes do espetáculo, eo coro de "Netuno" foi recrutado alunos da Escola das meninas de São Paulo (onde ensinou Holst). Era um assunto relativamente íntimo, com a presença de cerca de 250 convidados associados, mas Holst considerado como a estréia pública, inscrevendo cópia do Boult da nota:

 "Este exemplar é de propriedade de Adrian Boult 
quem primeiro fez com que os planetas de brilhar em público e, 
assim, ganhou a gratidão de Gustav Holst. "

Condutor: André Previn e Royal Philharmonic Orchestra
~~~~~~~~~~~~~~

"The Planets", Op. 32, is a seven-movement orchestral suite by the English composer Gustav Holst, written between 1914 and 1916. Each movement of the suite is named after a planet of the Solar System and its corresponding astrological character as defined by Holst. With the exception of Earth, which is not observed in astrological practice, all the planets are represented.
The idea of the work was suggested to Holst by Clifford Bax, who introduced him to astrology when the two were part of a small group of English artists holidaying in Majorca in the spring of 1913; Holst became quite a devotee of the subject, and liked to cast his friends' horoscopes for fun.
The suite has seven movements, each named after a planet and its corresponding astrological character:
1. Mars, the Bringer of War (00:00 - 07:21)
2. Venus, the Bringer of Peace (07:22 - 15:59);
3. Mercury, the Winged Messenger (16:00 - 19:51);
4. Jupiter, the Bringer of Jollity (19:52 - 27:49);
5. Saturn, the Bringer of Old Age (27:50 - 36:31);
6. Uranus, the Magician (36:32 - 42:14)
7. Neptune, the Mystic (42:15 - 49:01).
Holst's original title (clearly seen on the handwritten full score) was "Seven Pieces for Large Orchestra". he orchestral premiere of The Planets suite, conducted at Holst's request by Adrian Boult, was held at short notice on 29 September 1918, during the last weeks of World War I, in the Queen's Hall with the financial support of Holst's friend and fellow composer Henry Balfour Gardiner. It was hastily rehearsed; the musicians of the Queen's Hall Orchestra first saw the complicated music only two hours before the performance, and the choir for "Neptune" was recruited from pupils from St Paul's Girls' School (where Holst taught). It was a comparatively intimate affair, attended by around 250 invited associates, but Holst regarded it as the public premiere, inscribing Boult's copy of the score, "This copy is the property of Adrian Boult who first caused the Planets to shine in public and thereby earned the gratitude of Gustav Holst."

Conductor: Andrè Previn & Royal Philharmonic Orchestra


 LI-SOL-30
 Fontes:
IlaryRhineKlange  
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Sejam felizes todos os seres.Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.

terça-feira, 11 de junho de 2013

A TERRA - HOME (PT) - 1:53:32




HOME (PT)

Início Português 
 - Estamos vivendo em tempos excepcionais. Os cientistas nos dizem que temos 10 anos para mudar a maneira como vivemos, evitar o esgotamento dos recursos naturais e a evolução catastrófica do clima da Terra.

As apostas são altas para nós e nossos filhos. Todos devem participar no esforço, e em casa foi concebida para levar uma mensagem de mobilização para cada ser humano.

Para este efeito, casa precisa ser livre. Um patrono, o Grupo PPR, tornou isso possível. EuropaCorp, o distribuidor, também se comprometeu a não fazer qualquer lucro, pois Home é um filme sem fins lucrativos.

Casa foi feito para você: compartilhá-lo! E agir para o planeta

Home (FR) (ES) (EN) (PT) FR ES EN PT russo versão árabe


Home Portugues - We are living in exceptional times. Scientists tell us that we have 10 years to change the way we live, avert the depletion of natural resources and the catastrophic evolution of the Earth's climate.

The stakes are high for us and our children. Everyone should take part in the effort, and HOME has been conceived to take a message of mobilization out to every human being.

For this purpose, HOME needs to be free. A patron, the PPR Group, made this possible. EuropaCorp, the distributor, also pledged not to make any profit because Home is a non-profit film.

HOME has been made for you : share it! And act for the planet
Home (FR) (ES) (EN) (PT) FR ES EN PT Russian Arabic version


 Fonte:

Lauren Martins
 Publicado em 19/11/2011-Licença padrão do YouTube

sábado, 8 de junho de 2013

ASTRONOMIA NA MESOPOTÂMIA


Ptolomeu 25m
 Civilização Suméria - 7m
 Mitos Simérios -Ishtar e Tamuz - 66m
Suméria - Zecharia Sitchin -1 de 2 - 15m

 
Civilizações Secretas - Maias-Astecas e Incas- 50m

A ciência astronômica feita pelas civilizações da Mesopotâmia

O que era a Mesopotâmia
A mesopotâmia não foi um império ou um pais. Ao invés disso, a mesopotâmia é uma área geográfica na qual pessoas, com as mais variadas origens, se instalaram e, eventualmente, organizaram estados-cidades, que mais tarde se transformaram em poderosos impérios.

Vários destes estados-cidades primordiais mesopotâmeos foram fundados muito antes que as mais antigas comunidades políticas egípcias. A palavra Mesopotâmia significa "a terra entre os rios", e este foi nome dado por Polibio e Estrabão às terras muito planas que estavam situadas entre os dois rios que fluem através dela, os rios Tigre e Eufrates. Este rios correm de Anatólia e Síria até o golfo Pérsico.

A região da Mesopotâmia era limitada ao norte pelas montanhas do Curdistão. O limite oeste eram as estepes e os desertos da Siria e da Arábia e a leste estava a cadeia de montanhas Zagro, no atual Irã. A fronteira ao sul eram os pantanos do delta do rio. Ao longo dos rios Tigre e Eufrates muitas grandes cidades comerciais se formaram, entre elas Ur e Babilônia às margens do rio Eufrates. A região que era chamada de Mesopotâmia está situada, aproximadamente, na mesma região geográfica ocupada hoje pelo Iraque.

Os impérios formados pelos sumérios, babilônios, caldeus e assírios se estenderam sobre a região da mesopotâmia.



A astronomia na Mesopotâmia


Após o segundo milênio antes de Cristo a astronomia egípcia fez muito pouco avanço. No entanto, as civilizações que se desenvolveram na Mesopotâmia continuaram a fazer grandes contribuições para o conhecimento astronômico. Pode-se dar a elas o crédito de terem fundado a astronomia como ciência.

Pela sua própria disposição política em estados-cidades falar da ciência desenvolvida na Mesopotâmia é falar dos vários povos que habitaram aquela região.

 
Os sumérios
Quem eram os Sumérios
Inicialmente, a maioria das pessoas que habitaram os vários estados-cidades estabelecidos na Mesopotâmia eram Sumérios.

Os sumérios vieram de muitos lugares. Alguns deles vieram das terra de Akbad, o que faz com que suas origem estejam ligadas a tribos semíticas que viveram no quarto milênio a.C. Outras tribos se fixaram em Eridu, próximo ao rio Eufrates no sul da Mesopotâmia, povos estes com uma origem ainda mais antiga.

Os sumérios também se fixaram em Ur, uma região que prosperou até quase o tempo de Homero, e também em Lagash, uma cidade que escavações arqueológicas revelaram ser um dos mais criativos meios ambiente daqueles tempos antigos, e que prosperou até aproximadamente a mesma época da queda do Velho Reinado egípcio, por volta de 2500 a.C.

Claro que estas cidades não existem mais e só são lembradas pelos que estudam a Bíblia ou pelos professores e estudantes de história.

A astronomia dos Sumérios


Os Sumérios tinham uma grande fascinação pela astronomia e astrologia. O fato importante é que, ao contrário dos egípcios que se preocupavam com a astronomia somente por causa de seus usos práticos, os sumérios estudavam o céu não só pela questão prática mas também com o objetivo primário de adquirir conhecimentos sobre os astros.

Uma das grandes contribuições dos sumérios para a astronomia foi a invenção do seu calendário. Embora ele fosse muito semelhante ao que já havia sido inventado pelos egípcios, baseado em um ano de 360 dias, o calendário sumério possuia uma importantíssima diferença.

O calendário sumério tinha sido equipado com ajustes periódicos para compensar o fato de que o ano tinha, na verdade, 365 1/4 dias ao invés de 365 dias e o mês lunar era, na verdade, formado por 29 1/2 dias em vez de 30 dias. Isto significa que o calendário anual proposto pelos sumérios tinha um erro de 11 dias a cada ano. Assim, após a passagem de alguns anos, dependendo do ajuste necessário, os sumérios teriam que acrescentar um mês adicional ao seu calendário.

Os babilônios

Quem eram os Babilônios

Como vemos no mapa ao lado, a Babilônia estava situada na região conhecida como Mesopotâmia, palavra grega que significa "entre os rios". A história dos babilônios é tão misturada com a dos sumérios e caldeus que fica difícil separa o passado de cada um destes povos.

Os historiadores têm dúvidas quanto à extensão da história dos babilônios. Alguns consideram que ela se estende até o quarto milênio a.C. enquanto que outros a traçam somente até o século 18 a.C. quando Hamurabi estabeleceu a primeira dinastia babilônia.

A escrita dos Babilônios


Muito do sistema educacional dos babilônios têm fortes ligações com a cultura suméria. Sua escrita e sua ciência, em particular a astronomia e a astrologia, teve suas origens na ciência desenvolvida pelos sumérios. Os estudiosos babilônicos eram sacerdotes e profetas. Deste modo, apenas uns poucos tinham acesso à educação.

A astronomia babilônia não foi exceção. Ela foi deixada nas mãos de uns poucos educados que serviam como escribas e eram capazes de usar e compreender o sistema de escrita que havia sido transmitido aos babilônios pelos sumérios. Este sistema de escrita, que usava símbolos em forma de cunha ao invés de caracteres alfanuméricos, é chamado de cuneiforme e é o mais antigo sistema de escrita conhecido.

Com o passar dos séculos ao longo da época antiga os símbolos cuneiformes sofreram uma evolução gráfica muito grande até chegarem à sua forma definitiva adquirindo não somente novos significados mas também tendo o seu desenho drasticamente alterado. Nas suas formas mais antigas, os símbolos cuneiformes identificavam principalmente objetos físicos mas mais tarde os babilônios adicionaram novos símbolos que representavam ideias abstratas.

A matemática dos Babilônios

A matemática dos Babilônios não seria estranha para aqueles que estão acostumados com sistemas binários (sistemas de base 2) e hexadecimais (sistemas de base 16) exigidos pela computação moderna. Ela não estava baseada no sistema decimal que usamos comumente, segundo o qual contamos todas as coisas usando potências de 10 ou seja, usando 10 dígitos de zero a nove para representar as unidades, e as notações posicionais de dezenas, centenas, milhares para representar as potências de 10.

Os babilônios usavam um sistema de contagem de base 60. Isto os levou a dividir o círculo em 360 graus. Eles também dividiram a hora em intervalos usando sua medida sexagesimal. Esta é a razão pela qual existem 60 segundos em um minuto e 60 minutos em uma hora.

Os babilônios mostraram ser muito hábeis nas artes dos cálculos e distinguiram-se na manipulação aritmética e na representação simbólica. Foram eles que inventaram as tabelas de multiplicação e estabeleceram as regras da aritmética.

O calendário inventado pelos Babilônios

Os babilônios usaram um calendário baseado em ano de 360 dias. Seu sistema era similar ao dos sumérios e eles provavelmente copiaram o calendário dos sumérios. Embora o seu sistema de contagem fosse feito com a base 60, quando os babilônios decidiram dividir o calendário em segmentos menores - ou seja em semanas - eles não tentaram encontrar alguma fração de 360 para representar o número de dias. Eles criaram a semana com sete dias.

A astronomia dos Babilônios

Os babilônios compilaram catálogos estelares e registraram o movimento dos planetas. A partir dos seus estudos das variações cíclicas dos céus eles foram capazes de prever eclipses e preparar calendários que prediziam as estações e as épocas de Lua cheia e Lua nova.

Os babilônios também registraram os movimentos das estrelas em seus documentos astronômicos. Foram eles que, há 4000 anos, agruparam as estrelas do céu em constelações que, embora fossem diferentes das conhecidas hoje, formaram as bases para o Zodíaco atual.

O texto cuneiforme ao lado, que está no Museu Estadual de Berlim, contém o mais antigo uso dos doze signos zodiacais. Na linha 5 lê-se "Júpiter e Vênus no começo de Gemini, Marte em Leão, Saturno em Peixes. Vigésimo nono dia: ocaso a tarde de Mercúrio em Touro". Estas posições correspondem ao mes de abril do calendário atual, no ano 419 a.C.






 


As constelações dos Babilônios
nome    significado    nome latino
kushú, nangar, allul    [?]    Cancer
a, ura    leão    Leo
absin    sulco, rego, ranhura    Virgo
rín, zibanitu    balança    Libra
gír, gír-tab    escorpião    Scorpio
pa, pabilsag    [nome de um deus]    Sagittarius
másh, sahurmásh    peixe-cabra    Capricornus
gu, gula    [?]    Aquarius
zib, zib-me    caudas    Pisces
hun, luhunga, lu         Aries
múl    estrela    Taurus
mash, mash-mash, mashtabba    gêmeos    Gemini



Este marco de fronteira mesopotâmio, datada de cerca de 1100 a.C. e pertencente ao Museu Britânico, mostra um escorpião e um leão. No topo aparece Vênus, a Lua e o Sol.

A imagem acima mostra um outro marco de fronteira babilônio, da época de Nabucodonosor I, século 12 a.C., e proveniente de Kudurru. Na sua parte superior vemos o mesmo desenho do marco anterior: a estrela de oito pontas de Vênus-Ishtar, o crescente do deus Lua Sin e o deus Sol Shamash. Este marco pertence à coleção do Museu Britânico.



 


A imagem mostra a impressão do selo cilindrico babilônio, chamado "selo de Adda", que data de cerca de 2200 a.C. Nele vemos o deus Sol Shamash se elevando entre as montanhas na parte central em baixo. A deusa da fertilidade e da guerra Vênus, conhecida pelos babilônios como Ishtar, está à esquerda de deus sol. O deus da água, Ea, está à direita do deus sol. Este selo pertence ao Museu Britânico.

Embora as primeiras medições astronômicas feitas pelos babilônios fossem imperfeitas, por volta de 750 a.C. suas observações eram bastante sofisticadas para detectar o movimento retrógrado de alguns planetas ou seja, o deslocamento para trás em sua órbita que, aparentemente, alguns planetas fazem no céu. A animação abaixo mostra, de um modo bastante exagerado, como é observado este movimento retrógrado.

No entanto, embora os babilônios fossem capazes de prever quando este movimento retrógrado ocorreria, eles não procuraram qualquer explicação pra o fenômeno, ficando satisfeitos em acreditar que isto ocorria graças ao trabalho dos deuses.

Eles não desenvolveram uma ciência investigativa e as suas explicações, quando apresentadas, eram puramente mitológicas. Esta visão pré-científica caracterizou, certamente, toda a sua atividade astronômica.
Todo o seu trabalho astronômico de registro de posições de estrelas e planetas, previsão de eclipses, etc era feito com o objetivo de predição e adivinhação religiosa.

Assim, embora os babilônios tivessem extensos registros de fenômenos astronômicos e, além disso, tivessem procurado ciclos, seqüências e repetições de acontecimentos celestes, eles não produziram modelos geométricos dos céus para explicar o que estavam observando. Podemos dizer que os adivinhos babilônios mapearam os céus mas não teorizaram sobre a natureza da regularidade celestial. Seus principais interesses estavam colocados em planejar os fundamentos para um calendário (muito semelhante àquele que usamos hoje) e para horóscopos.

 Era assim que os babilônios imaginavam o Universo. A Terra repousava sobre uma câmara de água. Em volta da Terra havia uma parede que sustentava uma cúpula onde todos os corpos celestes estavam localizados.

 Os caldeus

Várias das ideias dos babilônios em astronomia bem como em astrologia foram influenciadas pelos Caldeus.

Quem eram os Caldeus
Os Caldeus vinham da parte situada mais ao sul dos vales dos rios Tigre e Eufrates. Inicialmente eles formavam apenas um pequeno reinado dentro do império babilônico. Mais tarde, durante o século 11, eles invadiram toda a região e os seus limites políticos se estendram bastante a ponto de incluir toda a Babilônia.

Apesar de serem os dominadores, os Caldeus não se comportaram de modo destrutivo e eles tem o crédito de ter restaurado a grandiosidade do que tinha se tornado um império babilônico decadente. Os Caldeus eram um povo instruido. Eles conheciam a Terra, as estrelas, a história da Mesopotâmia e os povos vizinhos.

Naquela época, ainda antes de dominarem a Babilônia, os caldeus eram reconhecidos pelos povos da região como ardentes adoradores do céu e também como mágicos altamente habilidosos. O nome deles se tornou sinônimo de mágico e astrólogo.

No entanto, é preciso ter cuidado com certas definições quando falamos de culturas muito antigas. Na época dos caldeus, a palavra "mágico" ou "mago" tinha um significado bastante diferente do atual. Ser um "mágico" na época dos Caldeus, dos Babilônios e dos Magi significava que esta pessoa sabia bastante sobre o mundo natural para curar os doentes, compreender e usar as forças naturais, explicar os movimentos dos astros no céu e explicar e usar a ciência das estações do ano.

Os "mágicos" naquela época eram profetas, adivinhos, psicólogos e colecionadores de conhecimento, não tenod absolutamente nenhuma relação com os mágicos de hoje, profissionais capazes de nos enganar e entreter com vários tipos de ilusões. Os caldeus são lembrados na história da astronomia mais como astró logos do que como astrônomos.

As tabelas dos Caldeus
As tabelas astronômicas dos Caldeus eram muito engenhosas. Por exemplo, eles registraram muitas observações, e os cálculos resultantes, que os levaram a estabelecer o chamado "ciclo de saros" (que é o intervalo de tempo no qual os eclipses do Sol e da Lua se repetem aproximadamente na mesma seqüência, embora a sua visibilidade seja deslocada cerca de 120o para oeste na superfície da Terra).

Na época em que eles foram conquistados pelos assírios, os Caldeus já tinham estabelecido o intervalo deste ciclo como sendo de 6585,32 dias, ou seja, 18 anos, 11 dias e oito horas, o que equivalente a 223 lunações (período sinódico). É por esta razão que o ciclo de saros também é conhecido como "ciclo Caldeu".

 Os assírios
Quem eram os assírios

O império assírio teve o seu começo em alguma época por volta de 3000 a.C. Eles eram semitas e nos primeiros 1800 anos foram dominados pelos Hititas e/ou pelos habitantes da Babilônia. No século 12 a.C., entretanto, o aumento de sua população, poder militar e ambições políticas fizeram com que eles se arriscassem em uma série de campanhas militares com a intenção de colocar toda a Babilônia sob o seu domínio.

Não foi fácil realizar este sonho pois 300 anos ainda passariam antes que os assírios começassem a dominar a Babilônia. Durante o reinado de Assurbanipal (668-626), as armas de ferro muito superiores usadas pelos assírios levaram-nos a derrotar os Palestinos, Fenícios, Armênios e Medes. Os assírios tinham como característica a preservação das culturas dos povos conquistados. Deste modo o império assírio tornou-se um lugar de assimilação cultural, mesclando a arte, ciência e cultura dos outros povos da região. Dos babilônios eles copiaram e estudaram a literatura e a ciência. Dos caldeus, os assírios absorveram a astrologia, tornando-se fascinados por ela e dos medes eles absorveram fortemente as ideias religiosas e políticas.

Graças a esta tendência de preservação dos assírios as tabelas astronômicas construídas pelos caldeus foram conservadas e permaneceram disponíveis como uma fonte precisa de referência para pesquisadores futuros, tais como Hiparcos e Ptolomeu.

A astronomia dos Assírios

Após conhecerem a astrologia dos caldeus, os assírios ficaram tão fascinados que não conseguiram mais abandoná-la. Mais do que sua ciência, a vida dos assírios ficou completamente envolvida pelo misticismo. Quando os astrônomos assírios olhavam para os céus, eles quase não estavam preocupados em obter novas evidências observacionais de fenômenos celestes, ou conhecer as equações que guiavam os corpos celestes, ou fazer modelos geométricos que descrevessem os seus movimentos. Sua única preocupação era com a natureza profética, mística e religiosa do céu.

Os assírios eram altamente supersticiosos. Eles acreditavam, ainda mais do que os caldeus, de que o futuro estava escrito nas estrelas.

       



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