quarta-feira, 20 de abril de 2011

ESTRELAS SOLTAM FOGOS DE ARTIFÍCIO CELESTE AO MORRER



Estrelas liberam fogos de artifícios celestes ao morrer

ESO - 14/04/2011
Estrelas liberam fogos de artifícios celestes ao morrer
Algumas das estrelas que se formam em regiões como a NGC 3582 são muito mais pesadas do que o Sol.[Imagem: ESO/Digitized Sky Survey 2/Joe DePasquale]
Morte estelar
Esta imagem da nebulosa NGC 3582 mostra arcos de gás gigantes muito parecidos a proeminências solares.

Acredita-se que estes arcos tenham sido ejetados por estrelas moribundas, formando-se nesta maternidade estelar ao mesmo tempo que estrelas jovens.
Algumas das estrelas que se formam em regiões como a NGC 3582 são muito mais pesadas do que o Sol. Estas estrelas enormes emitem energia a taxas prodigiosas e têm vidas muito curtas, terminando em explosões de supernovas.

O material ejetado durante estes eventos dramáticos cria bolhas no gás e poeira circundantes. Esta é a origem provável dos arcos observados nesta fotografia.
As estrelas jovens muito energéticas emitem radiação ultravioleta intensa, que faz brilhar o gás da nebulosa, produzindo o espetáculo flamejante observado na imagem.

Navio de Jasão
A NGC 3582 faz parte de uma enorme região de formação estelar da Via Láctea, chamada RCW 57. Situa-se próximo do plano central da Via Láctea na constelação austral de Carina (a quilha de Argo, o navio de Jasão).
John Herschel, que deu nome ao Telescópio Herschel, foi o primeiro a observar esta complexa região de gás brilhante e nuvens de poeira escura em 1834, durante a sua estadia na África do Sul.

Esta imagem foi obtida através de diversos filtros. Os dados obtidos pelo telescópio do ESO através de um filtro vermelho são mostrados em verde e vermelho, e os obtidos através de um filtro que isola o brilho vermelho característico do hidrogênio também se encontram a vermelho. Dados adicionais do Digitized Sky Survey estão em azul.

 Fonte:
INOVAÇÃO Tecnológica
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=estrelas-liberam-fogos-artificios-celestes-morrer&id=020175110414


ÁTOMO NO ESPELHO PERCORRE DOIS CAMINHOS



Átomo no espelho percorre dois caminhos simultaneamente

O átomo e sua imagem quântica no espelho
Experimento demonstra que o átomo na frente do espelho segue simultaneamente duas trajetórias no espaço - uma superposição de caminhos.[Imagem: Tuwien]
A imagem quântica no espelho
Ao se olhar em um espelho, você não terá dificuldade em distinguir entre o que é você mesmo e o que é sua imagem.
E a relação entre você e a imagem é unívoca: mexa-se e a imagem se mexerá; pare e a imagem parará. O inverso nunca acontecerá, ou seja, a imagem jamais afetará o seu próprio movimento.
Mas isto é no muitas vezes entediante mundo clássico - no mundo quântico, as coisas podem ser muito mais surpreendentes.

O simples fato de uma partícula "olhar no espelho" pode ser o suficiente para criar uma crise de identidade e tornar quase impossível a identificação positiva de quem é o sujeito e quem é o reflexo.

Em um feito impressionante, um grupo de físicos alemães e austríacos conseguiu realizar em laboratório o que até hoje era apenas um experimento mental, idealizado por Albert Einstein, e que mostra o quanto a imagem quântica no espelho pode afetar a partícula que se observa.

Seguindo por dois caminhos ao mesmo tempo
Quando um átomo emite luz (ou seja, um fóton) em uma direção particular, ele recua na direção oposta. Se o fóton for medido, fica-se conhecendo também o movimento do átomo.
Os cientistas então colocaram o átomo muito perto de um espelho. Neste caso, há dois caminhos possíveis para qualquer fóton que viaje rumo ao observador: ele pode ser emitido diretamente na direção do observador, ou ele pode viajar na direção oposta, refletir-se no espelho e então chegar ao olho do observador.

Se não houver nenhuma maneira de distinguir entre estes dois cenários - qual caminho o fóton realmente fez - não se consegue determinar o movimento do átomo, ou seja, qual é a rota do seu recuo realizado em razão da emissão do fóton.

Com isto, o átomo se move em uma superposição de dois caminhos - ele estaria seguindo, ao mesmo tempo, os dois caminhos, ou recuando nas duas direções simultaneamente.
"Se a distância entre o átomo e espelho é muito pequena, é fisicamente impossível fazer a distinção entre estes dois caminhos," explica Jiri Tomkovic, da Universidade de Heidelberg.

O átomo e sua imagem quântica no espelho
Observando a interferência gerada na rede óptica, pode-se demonstrar diretamente que o átomo de fato esteve viajando pelos dois caminhos ao mesmo tempo. [Imagem: Tomkovic et al./Nature]
Superposição quântica
A partícula e sua imagem no espelho não poderão mais ser claramente separadas: o átomo estará se movendo na direção do espelho e se afastando do espelho ao mesmo tempo.
Isto pode parecer paradoxal, e é certamente impossível na física clássica, que envolve objetos macroscópicos. Mas, na física quântica, tais superposições são um fenômeno bem conhecido, como no famoso experimento do gato de Schrodinger.
E os físicos conseguiram comprovar que o átomo estava mesmo seguindo os dois caminhos.
No experimento, os dois estados dinâmicos do átomo - um movimento em direção ao espelho e o outro afastando-se do espelho - foram combinados usando a difração de Bragg de uma rede óptica feita com luz laser.
Observando a interferência gerada na rede óptica, pode-se demonstrar diretamente que o átomo de fato esteve viajando pelos dois caminhos ao mesmo tempo.

Experimento da dupla fenda
Este é um reminiscente do famoso experimento da dupla fenda, no qual uma partícula colide com uma placa com duas fendas e passa pelas duas fendas ao mesmo tempo, devido às suas propriedades quânticas de ser simultaneamente uma partícula e uma onda.

Einstein já havia argumentado que isso só é possível se não houver como determinar qual caminho a partícula realmente escolheu, nem mesmo medições precisas de qualquer pequeno recuo da própria placa com a dupla fenda.
Se houver qualquer possibilidade teórica de se determinar a trajetória da partícula, a superposição quântica colapsa - ela não ocorre, e a partícula viajará sempre no mesmo caminho, como no mundo clássico.

"No nosso caso, os fótons têm um papel semelhante ao da dupla fenda," explica Markus Oberthaler, coautor do estudo. "Se a luz puder em princípio, nos falar qualquer coisa sobre o movimento do átomo, o movimento é inequivocamente determinado. Somente quando esse movimento é fundamentalmente indefinível, o átomo pode estar em um estado de superposição, combinando as duas possibilidades."
E essa indecisão fundamental foi garantida pelo espelho, que absorve momento do fóton.

"O mais fascinante sobre este experimento," escrevem os cientistas em seu artigo, "é a possibilidade de criar um estado de superposição quântica usando apenas um espelho, sem qualquer campo externo."
Fonte:
 INOVAÇÃO Tecnológica
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=atomo-imagem-quantica-espelho&id=010165110425


PARTÍCULA DE DEUS ou bóson de Higgs (Large Hadron Collider)


De: | Criado em: 12/04/2008
acesse: http://www.direcao.net

Uma pesquisa da Organização Européia de Pesquisa Nuclear Cern, na Suíça, pode ter identificado uma das partículas mais procuradas por físicos em todo o mundo, conhecida como "bóson de Higgs" ou "partícula de Deus", por ser supostamente a origem de toda a massa do universo.

Video com parte de um documentario da BBC falando sobre o assunto

Físico diz que "partícula de Deus"será encontrada em breve

Peter Higgs postulou, há mais de 40 anos, a existência da partícula de Deus
Peter Higgs postulou, há mais de 40 anos, a existência da "partícula de Deus"
10 de abril de 2008 - AP

O pai de uma partícula subatômica teórica apelidada de "partícula de Deus" diz estar quase certo de que ela será confirmada no ano que vem, em uma corrida entre poderosos equipamentos de pesquisa instalados nos Estados Unidos e na Europa.

» Físicos tentam decifrar a "partícula de Deus"
» Fórum: opine sobre a descoberta da partícula
O físico britânico Peter Higgs, que mais de 40 anos atrás postulou a existência dessa partícula como parte da composição do átomo, disse que sua visita a um novo acelerador de partículas em Genebra, no final de semana passada, o levou a acreditar que o bóson de Higgs deva em breve ser observado.

Ele não usa o termo "partícula de Deus" para designar o bóson que leva seu nome, por medo de ofender algumas pessoas.

O Large Hadron Collider, um projeto de US$ 2 bilhões em construção desde 2003, deve começar suas operações em junho no Laboratório Europeu de Física de Partículas, conhecido como CERN.

É provável que sejam necessários alguns meses antes que centenas de cientistas de todo o mundo estejam prontos para começar a promover colisões entre prótons a fim de estudar sua composição.

Higgs disse na última segunda-feira que a partícula já pode ter sido criada no Laboratório Nacional Fermi dos Estados Unidos, perto de Chicago, que abriga o maior acelerador de partículas em operação no mundo, o Tevatron. "O Tevatron tem muita energia em fluxo", disse Higgs. "É só a dificuldade de análise dos dados que nos impede de saber rapidamente o que os dados estão ocultando".

Acelerador de partículas
O novo acelerador de partículas do CERN, uma imensa construção instalada em um túnel circular de 27 quilômetros de comprimento sob a fronteira entre a França e a Suíça, será ainda mais poderoso, e terá mais capacidade de demonstrar que partículas foram criadas nas colisões entre feixes de prótons viajando à velocidade da luz.

O novo acelerador de Genebra recriará as condições rapidamente mutáveis que existiam no universo uma fração de segundo depois do Big Bang. Será o mais perto que os cientistas terão chegado do evento que a teoria designa como o começo do universo. Eles esperam que o novo equipamento permita que estudem partículas e forças até agora não observadas.

Mas o Fermilab ainda tem tempo de vencer a corrida caso possa demonstrar que descobriu o bóson de Higgs, disse Higgs. Leon Lederman, físico que conquistou um Nobel em sua disciplina, definiu o bóson teórico como "partícula de Deus", porque sua descoberta poderia unificar a compreensão da física de partículas e ajudar os seres humanos a "conhecer a mente de Deus".
Higgs disse a jornalistas que ele tem a esperança de receber a confirmação de sua teoria antes de seu 80° aniversário em maio de 2009. Caso isso não aconteça, ele brincou "terei de pedir ao meu médico que me mantenha vivo por um pouquinho mais de tempo".

Ele previu a existência do bóson quando estava pesquisando na Universidade de Edimburgo com o objetivo de provar como os átomos ¿ e os objetos que eles compõem - têm peso. Sem a partícula, a teoria física básica ¿ o modelo padrão - carece de um elemento crucial, porque não explica como outras partículas subatômicas, a exemplo de quarks e elétrons, têm massa.

A teoria de Higgs é a de que os bósons criam um campo através do qual as demais partículas passam. As partículas que enfrentam dificuldade para atravessar o campo, como se estivessem presas em um pote de melaço, ganham mais inércia, e massa. As que passam com mais facilidade são mais leves. 

Higgs disse que ficaria "muito, muito intrigado", caso a existência da partícula jamais venha a ser provada, porque ele não consegue imaginar o que mais explicaria a maneira pela qual partículas adquirem massa.

O físico contou que a reação inicial às suas idéias, nos anos 60, foi bastante cética. 

"Meus colegas achavam que eu fosse meio idiota", ele disse, lembrando que seu primeiro estudo explicativo do funcionamento de sua teoria havia sido rejeitado por um editor do CERN. Ele conta que um colega passou alguns meses trabalhando no CERN pouco depois que Higgs desenvolveu sua teoria.

"Ele me procurou na volta e disse que no CERN as pessoas não pensavam que aquilo que eu estava fazendo tivesse muito a ver com a física de partículas", conta. "Eu acrescentei alguns parágrafos ao estudo, depois disso, e o enviei à Physical Review Letters, do outro lado do Atlântico, que o aceitou para publicação", conta Higgs. "A menção àquilo que viria a se tornar conhecido como bóson de Higgs estava em um desses parágrafos adicionais".
Tradução: Paulo Migliacci ME

Em busca da "Partícula de Deus"

Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/04/2007
Em busca da Partícula de Deus
O Atlas, assim como o segundo detector, o CMS ("Compact Muon Detector"), é um detector genérico, capaz de detectar qualquer tipo de partícula, inclusive partículas ainda desconhecidas ou não previstas pela teoria. [Imagem: Cern]

Acelerador e sensores
Atlas era um dos titãs da mitologia grega, condenado para sempre a sustentar os céus sobre os ombros. Aqui, Atlas é um dos quatro gigantescos detectores que farão parte do maior acelerador de partículas do mundo, o LHC, que está em fase adiantada de testes e deverá entrar em operação nos próximos meses.

LHC é uma sigla para "Large Hadron Collider", ou gigantesco colisor de prótons. Parece difícil exagerar as grandezas desse laboratório que está sendo construído a 100 metros de profundidade, na fronteira entre a França e a Suíça. A estrutura completa tem a forma de um anel, construída ao longo de um túnel com 27 quilômetros de circunferência.

As partículas são aceleradas por campos magnéticos ao longo dessa órbita de 27 Km, até atingir altíssimos níveis de energia. Mais especificamente, 7 trilhões de volts. Em quatro pontos do anel, sob temperaturas apenas levemente superiores ao zero absoluto, as partículas se chocam, produzindo uma chuva de outras partículas, recriando um ambiente muito parecido com as condições existentes instantes depois do Big Bang.

Nesses quatro pontos estão localizados quatro detectores. O Atlas, mostrado na foto nas suas etapas finais de montagem, é um deles. O Atlas, assim como o segundo detector, o CMS ("Compact Muon Detector"), é um detector genérico, capaz de detectar qualquer tipo de partícula, inclusive partículas ainda desconhecidas ou não previstas pela teoria. Já o LHCb e o ALICE são detectores "dedicados", construídos para o estudo de fenômenos físicos específicos.

Bóson de Higgs
Quando os prótons se chocam no centro dos detectores as partículas geradas espalham-se em todas as direções. Para capturá-las, o Atlas e o CMS possuem inúmeras camadas de sensores superpostas, que deverão verificar as propriedades dessas partículas, medir suas energias e descobrir a rota que elas seguem.

O maior interesse dos cientistas é descobrir o Bóson de Higgs, a única peça que falta para montar o quebra-cabeças que explicaria a "materialidade" do nosso universo. Por muito tempo se acreditou que os átomos fossem a unidade indivisível da matéria. Depois, os cientistas descobriram que o próprio átomo era resultado da interação de partículas ainda mais fundamentais. E eles foram descobrindo essas partículas uma a uma. Entre quarks e léptons, férmions e bósons, são 16 partículas fundamentais: 12 partículas de matéria e 4 partículas portadoras de força.

A Partícula de Deus
O problema é que, quando consideradas individualmente, nenhuma dessas partículas tem massa. Ou seja, depois de todos os avanços científicos, ainda não sabemos o que dá "materialidade" ao nosso mundo. O Modelo Padrão, a teoria básica da Física que explica a interação de todas as partículas subatômicas, coloca todas as fichas no Bóson de Higgs, a partícula fundamental que explicaria como a massa se expressa nesse mar de energias. É por isso que os cientistas a chamam de "Partícula de Deus".

O Modelo Padrão tem um enorme poder explicativo. Toda a nossa ciência e a nossa tecnologia foram criadas a partir dele. Mas os cientistas sabem de suas deficiências. Essa teoria cobre apenas o que chamamos de "matéria ordinária", essa matéria da qual somos feitos e que pode ser detectada por nossos sentidos.

Mas, se essa teoria não explica porque temos massa, fica claro que o Modelo Padrão consegue dar boas respostas sobre como "a coisa funciona", mas ainda se cala quando a pergunta é "o que é a coisa". O Modelo Padrão também não explica a gravidade. E não pretende dar conta dos restantes 95% do nosso universo, presumivelmente preenchidos por outras duas "coisas" que não sabemos o que são: a energia escura e a matéria escura.

É por isso que se coloca tanta fé na Partícula de Deus. Ela poderia explicar a massa de todas as demais partículas. O próprio Bóson de Higgs seria algo como um campo de energia uniforme. Ao contrário da gravidade, que é mais forte onde há mais massa, esse campo energético de Higgs seria constante. Desta forma, ele poderia ser a fonte não apenas da massa da matéria ordinária, mas a fonte da própria energia escura.

Em dois ou três anos saberemos se a teoria está correta ou não. Ou, talvez, nos depararemos com um mundo todo novo, que exigirá novas teorias, novos equipamentos e novas descobertas.

 Fontes:
Redação do Site Inovação Tecnológica 
 NOTÍCIAS-Terra
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010805070402
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI2736958-EI8147,00.html 
VídeoCriado em: 12/04/2008 acesse:

terça-feira, 19 de abril de 2011

CONSTELAÇÃO DE PEIXES



Pisces, os Peixes, é uma constelação do zodíaco. O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Piscium. A estrela α Psc é conhecida como Alrisha, significando "o nó"; este seria o nó da corda usada para atar os peixes em que a deusa Afrodite e seu filho Eros se transformaram para escapar de titã Tífon.
As constelações vizinhas, de acordo com as fronteiras modernas, são Triangulum, Andromeda, Pegasus, Aquarius, Cetus e Aries.


A mitologia sobre a constelação de Peixes

A deusa Afrodite e seu filho Cupido estavam passeando lindo e felizes nas margens de um rio quando deram de cara com um monstro chamado Tífon. Para que pudessem escapar, os dois mergulharam no rio e se transformaram em peixes. Há uma versão que diz que eles foram ajudados por dois peixes e que, para marcar o feito, a deusa Atena os transformou em uma constelação no céu.



 
Se não é perfeito, esse espiral é, pelo menos, muito fotogênico. Essa galáxia tem 100 bilhões de estrelas e fica a 32 milhões de anos-luz, na direção da constelação de Peixes.

A M74 possui vários aglomerados de estrelas, que você vê em azul, e corredores mais escuros de poeira cósmica.

A imagem que você vê foi obtida com 19 horas de exposição no telescópio Calar Alto que fica na Sierra de Los Filabres, na Espanha. Tem uma largura de 30 mil anos-luz. 
Fonte:
http://hypescience.com/foto-espacial-o-espiral-perfeito-da-galaxia-m74/


PLANETA X - 2012

2012: Não haverá Planeta X


Não haverá Planeta X!
Não haverá Planeta X!
Tendo em vista os diversos alertas e notícias falsas sobre tragédias a ocorrer no ano de 2012  alegando o  suposto ‘fim do calendário Maia‘, estamos postando uma série de artigos para desmistificar esses cenários apocalípticos impossíveis. Esse é o terceiro artigo que fala sobre o suposto Planeta X que supostamente se aproximará perigosamente da Terra em 2012 e provocará o ‘fim do mundo.
2012: No Planet X (2012: Não haverá Planeta X)
Tradução do artigo escrito por Ian O’Neill na Universe Today em 25 de maio de 2008

Aparentemente, o Planeta X (também conhecido como Nibiru) foi observado pelos astrônomos no princípio dos anos 80, nos confins mais remotos do Sistema Solar. O tal planeta tem sido seguido por observatórios infravermelhos, foi visto rondando pelo Cinturão de Kuiper e agora acelerando justamente em nossa direção e entrará no Sistema Solar interior em 2012. Então, o que isso quer dizer para nós? Bem, os efeitos de aproximação do Planeta X sobre nosso planeta serão bíblicos e mais ainda, esses efeitos estão sendo sentidos desde agora. 

Milhões, ou até mesmo bilhões de pessoas morrerão, o aquecimento global vai aumentar, terremotos, saques, fome, guerras, colapso social, incluindo explosões solares assassinas, todas essas desgraças serão causadas por Nibiru quando ele passar através do núcleo do Sistema Solar. Tudo isto irá ocorrer em 2012, e devemos começar a nos preparar para nossa extinção desde já…

Como já se investigou em artigo anterior, “2012: Não Haverá o ‘fim do mundo’“, tem-se dado grande importância para o suposto evento chamado “o final do calendário Maia de Contagem Longa“. De acordo com este calendário e mitos Maias, algo ocorrerá em 21 de dezembro de 2012. Agora, os apocalípticos que apóiam o Planeta X parecem ter calculado que seu hipotético e letal planeta viajará em uma excêntrica órbita para causar um caos gravitacional na Terra, causando danos ambientais, econômicos, geológicos e sociais e matando a uma grande parte da vida terrestre… e tudo isso tem data marcada: 2012.

Sinto muito, mas os “fatos” que estão por trás do mito do Planeta X/Nibiru simplesmente não têm o menor sentido. Então não se preocupe, o Planeta X não baterá em nossa porta em 2012.
Explicarei a seguir as razões…

Netuno

Nibiru e o Planeta X

Em 1843, John Couch Adams (um matemático e astrônomo britânico) estudou as perturbações orbitais de Urano e deduziu através das interações gravitacionais que deveria existir um oitavo planeta após Urano, perturbando sua órbita. Isto levou a descoberta de Netuno, orbitando a uma distância de 30 UA do Sol. Tem havido diversas ocasiões nas quais este método tem sido usado para deduzir a existência de outros corpos no Sistema Solar antes que fossem vistos de forma direta através de telescópios.

Netuno, por sua vez, também experimentava perturbações orbitais, mas com a descoberta de Plutão em 1930, pensou-se que o bem denominado “Planeta X” havia sido finalmente descoberto. Desgraçadamente, a massa de Plutão era diminuta e quando se analisou a órbita de Caronte (lua de Plutão), verificou-se que a massa do sistema Plutão-Caronte era demasiada pequena para afetar consistentemente a órbita de Netuno. A busca do Planeta X prosseguiu…

Depois de anos de especulação e pesquisa histórica, acreditava-se que um grande objeto alvo da busca contínua dos astrônomos era um grande planeta ou uma pequena estrela, possivelmente uma estrela companheira do nosso Sol (tornando assim o Sistema Solar um sistema binário). O nome “Nibiru” foi desenterrado pelo autor Zecharia Sitchin, na suposição da possível intervenção de extraterrestres nos inícios da história da humanidade. Nibiru é um hipotético planeta procedente da cultura suméria (os sumérios existiram ao redor de 6.000 a.C até 3.000 a.C, antecessores dos babilônios, que viveram onde atualmente se situa o Iraque). 

Há pobres evidências arqueológicas a sugerir que este mítico planeta tem algo que ver com o Planeta X. Mas dada esta duvidosa conexão, agora os profetas do apocalipse pensam que o Planeta X e Nibiru são a mesma coisa, um antigo corpo astronômico que agora vai retornar depois de uma longa órbita nos confins de nosso Sistema Solar.

OK, se então a conexão Nibiru/Planeta X pode ser questionável, existe por outro lado alguma evidência sólida sobre a presença de algum possível candidato a Planeta X moderno?

Planeta X Nancy20

Observações infravermelhas = Planeta X ?

Há muita ênfase na “alegada descoberta” em 1983 que destaca um misterioso corpo celeste detectado pelo “Infrared Astronomical Satellite” da NASA (IRAS) nos confins do Sistema Solar, a aproximadamente 540 UA de distância do Sol. Naturalmente, na ocasião, as mídias de comunicação de todo o mundo ficaram entusiasmadas por tal descoberta e começaram a gerar rumores, espalhando que talvez esse objeto seja o procurado Planeta X (o artigo mais popular que defendeu essa tese foi o do Washington Post, publicado em 31 de dezembro de 1983 e intitulado “Descoberto um misterioso corpo celeste” – “Mystery Heavenly Body Discovered“). 

Na realidade, os astrônomos não estavam confiantes de que era realmente o misterioso corpo infravermelho (a pista está na palavra “misterioso”). Os informes originais das mídias postulavam que poderia ser um cometa de longo período, ou um planeta, ou uma galáxia jovem, ou uma proto-estrela (ou uma anã marrom). Tão logo que se mencionou a última possibilidade, tal rumor se converteu na “descoberta” de que o Planeta X era na realidade uma anã marrom que orbitava nos confins mais distantes do Sistema Solar.

“Tão misterioso é o objeto que os astrônomos não sabem se é um planeta, um cometa gigante, uma “proto-estrela” próxima que nunca teve calor suficiente para converter-se em estrela, uma galáxia distante tão jovem que ainda está em processo de formar suas primeiras estrelas ou uma galáxia envolta em pó que bloqueia a luz gerada por suas estrelas”. – Thomas O’Toole, Escritor associado ao Washington Post, 30 de dezembro de 1983 (conforme texto do site Planet X and Pole Shift).

Então, de onde obteve essa história o Washington Post? A história foi publicada em resposta ao artigo de pesquisa titulado Unidentified point sources in the IRAS minisurvey (“Fontes pontuais não-identificadas na pesquisa do IRAS” por Houck et al publicado em Astrophysical Journal Letters, 278:L63, 1984). O Dr. Gerry Neugebauer, co-investigador do projeto IRAS, foi entrevistado e afirmou categoricamente que o que IRAS viu não sugeria que houvesse um objeto aproximando-se da Terra.

Lendo esta interessante pesquisa, fiquei especialmente atraído pela conclusão do artigo científico:
“Um número de identificações candidatas tem sido consideradas, incluindo objetos extragalácticos e galácticos próximos ao Sistema Solar. Posteriores observações em infravermelho e outras faixas de freqüência de onda podem proporcionar informação adicional para apoiar alguma de estas conjeturas, ou talvez, estes objetos irão necessitar de interpretações completamente distintas”. – Houck et al, Astrophysical Journal Letters, 278:L63, 1984

Embora estas observações publicadas do IRAS terem mencionado vagamente objetos misteriosos, nessa ocasião não havia nenhuma indicação de que existisse um objeto (muito menos uma anã marrom) aproximando-se de nós. Mas os rumores já haviam começado a fluir. Quando se publicaram posteriores artigos em 1985 (“Unidentified IRAS sources – Ultrahigh-luminosity galaxies“, Houck et al., 1985) e 1987 (The IRAS View of the Extragalactic Sky, Soifer et o., 1987), já haviam bem poucos interessados em seus argumentos esclarecedores. De acordo com estas novas publicações, a maioria das observações do IRAS no artigo de 1984 eram na realidade jovens galáxias ultra-luminosas e uma delas era uma estrutura filamentosa conhecida como “cirrus infravermelho” flutuando no espaço intergaláctico. O IRAS, de fato, nunca observou nenhum corpo astronômico nos confins do Sistema Solar.

Perturbações orbitais = Planeta X?

Além da “descoberta de 1983″ da “anã marromPlaneta X, a afirmação de 1992 sobre o Planet X era algo assim: “Desvios inexplicáveis nas órbitas de Urano e Netuno apontam para um grande corpo fora do solar sistema solar com 4 e 8 vezes a massa da Terra, em uma órbita muito inclinada, há 11 bilhões de quilômetros do Sol”, – texto de uma fonte da NASA não citada no vídeo “Planet X Forecast and 2012 Survival Guide” (“Previsão e Guia de Sobrevivência para a vinda do Planeta X”).
O cinturão de Kuiper - Crédito©: Don Dixon (www.cosmographica.com)

O cinturão de Kuiper - Crédito©: Don Dixon (www.cosmographica.com)
Apoiando-se na descoberta de planetas usando as medidas de perturbação orbital, os defensores do Planeta X apontam para esse tal alegado anúncio da NASA em 1992. Nesse cenário foram apuradas medidas indiretas de um planeta a aproximadamente 11 bilhões de quilômetros da Terra. Desgraçadamente, não se encontrou a fonte original desta afirmação para se fazer a confrontação. A

única grande descoberta que a NASA anunciou sobre este tema em 1992 foi o descoberta do primeiro grande objeto trans-netuniano (TNO) denominado 1992 QB1 (os detalhes da descoberta deste objeto da classe cubewano estão detalhados aqui na transcrição original do anúncio). 1992 QB1 possui um diâmetro de 200 km e está confinado no Cinturão de Kuiper, uma zona de planetas anões (onde reside Plutão) e asteróides entre 30 UA e 55 UA, além da órbita de Netuno. Alguns destes corpos (exemplo: Plutão) cruzam eventualmente o caminho da órbita de Netuno e são por isso designados como TNO. Estes TNOs não proporcionam nenhuma ameaça contra a Terra (muito menos eles abandonarão o Cinturão de Kuiper para fazer-nos uma visita em 2012).
Desde então, qualquer perturbação orbital de Netuno tem sido associada a erros observacionais e não se têm observado quaisquer problemas com as apurações da órbita desse planeta desde então… pelo que parece não há nenhum objeto óbvio maior que qualquer dos que existem no Cinturão de Kuiper ali fora. Ainda assim, para manter uma mente aberta, vamos supor que poderiam até haver corpos por descobrir (isso poderia explicar por que há uma queda na concentração tão marcante dos objetos do Cinturão de Kuiper na “Falésia de Kuiper”), mas não há provas de que um corpo massivo está se aproximando desde a vizinhança do Cinturão de Kuiper.

Além disso a estranha anomalia da Pioneer a qual as sondas Pioneer e Voyager estão experimentando também não se pode atribuir ao Planeta X. Esta anomalia parece ser uma aceleração até o Sol, se houvesse um planeta massivo ali fora, este provocaria algum efeito gravitacional contrário…

Anã Marrom

4 a 8 massas terrestres = uma anã marrom!?!?

Tem que ser o Planeta X!

Provavelmente a inconsistência mais evidente na hipótese do Planeta X é a afirmação dos defensores do Planeta X de que o objeto de 1984 de IRAS e o corpo de 1992 são o mesmo. Como anunciado em diversas páginas da web e vídeos on-line sobre o Planeta X, a observação de 1984 de IRAS viu o Planeta X a 80 bilhões de quilômetros da Terra. O “alegado anúncio” da NASA de 1992 colocou o Planeta X a uns 11 bilhões de quilômetros da Terra. Portanto, seguindo a lógica, o Planeta X havia viajado 69 bilhões de quilômetros ao longo de apenas oito anos (de 1984 a 1992). 

Baseado então em alguns duvidosos cálculos matemáticos, o Planeta X é então esperado que alcance o centro do Sistema Solar em 2012 (embora muitos acreditassem que deveria haver chegado em 2003… obviamente estavam equivocados em sua previsão).

Bom, penso assim que nós estamos mordendo nossa língua agora. Para começar, para que o objeto de 1984 fosse exatamente o mesmo que o objeto de 1992, certamente estes corpos deveriam ter a mesma massa. Se o Planeta X era de fato uma anã marrom (como as observações do IRAS nos levou a supor), como é possível tal objeto pesar tão somente de 4 a 8 massas terrestres oito anos depois? As anãs marrons têm uma massa na faixa de 15-80 vezes a massa de Júpiter.

Dado que Júpiter tem aproximadamente 318 massas terrestres, o objeto que se dirige até nós deveria ter uma massa de entre 4.770 e 25.440 massas terrestres, não é? Dessa forma, vou ser taxativo aqui e concluir que os objetos de 1984 e de 1992 (se é que existiram alguma vez tais objetos) nunca poderiam ser os mesmos. A diferença de massas entre esses alegados objetos é abismal…

Se não há provas que apóiem o Planeta X, deve(?) então haver uma conspiração dos governos

Parece agora que é bem fácil alegar dúvidas sobre a pretensa teoria “científica” básica que está por trás do suposto Planeta X. Tampouco vejo razões para estender o assunto aqui para discutir as razões históricas (extinções massivas, atividade vulcânica, terremotos etc.) sobre as quais os profetas do apocalipse acreditam que justificam o tal Planeta X. Se não há nenhum planeta ofensor lá fora com uma massa significativa, como poderia ser Nibiru uma ameaça para nós em 2012?

Os profetas do apocalipse tentarão nos convencer que há uma conspiração global dos governos internacionais para ocultar os fatos. A NASA estaria implicada neste acobertamento, dada a falta de evidências sobre o Planeta X. Em minha opinião, simplesmente a falta de provas não indica uma conspiração para ocultar a verdade do público. Por que acreditar que os governos ocultariam uma “descoberta” tão histórica e formidável como um planeta apocalíptico aproximando-se o Sistema Solar interior? Ah! É para evitar o pânico nas massas e seguir com suas próprias agendas secretas (obviamente).

Como resultado, este é o único ponto de apoio atrás do mito do Planeta X. Quando os confrontamos com os fatos científicos, os defensores do Planeta X respondem “… os governos nos enviam desinformação para encobrir a verdade sobre as observações de Nibiru“. Embora eu até aprecie eventualmente uma bem construída tese de teoria da conspiração, não apoiarei nada em nome do Planeta X. Se a ciência básica que nos tem levado a concluir que a tese da existência do Planeta X está errada, parece então um argumento pobre dizer “mas foi o governo que fez isso”.

Assim, a história que o Planeta X chegará em 2012 é, em minha opinião, uma total estupidez (mas ela ajuda a vender livros e DVDs, criados pelos profetas do apocalipse, a gente aterrorizada). Desta forma, Nibiru seguirá tão somente nos domínios dos mitos sumérios.

É importante frizar que a busca pelo Planeta X é um tema que não se esgota por aqui. Há 3 artigos interessantes que trazem novidades sobre o avanço desta procura astronômica, se você quer saber mais, clique nos links abaixo:
  1. A procura pelo planeta X vai ganhar um reforço extra do observatório Pan-STARRS
  2. A procura do Planeta X: poderá um mundo do tamanho da Terra estar orbitando no Sistema Solar Exterior?
  3. Conjecturas sobre o Sistema Solar: Onde está o verdadeiro Planeta X? Onde está Nêmesis?

Fontes e refeências

AstroPT: 2012 – Fim do Mundo
Eternos Aprendizes:
Fonte:

O Universo – Eternos Aprendizes

http://eternosaprendizes.com/2009/01/22/2012-nao-havera-planeta-x/