terça-feira, 20 de setembro de 2011

ESTRELA VIRA PLANETA DE DIAMANTE



Estrela pode ter virado um planeta de diamante


Não se trata exatamente de um planeta, mas de uma estrela morta, cuja maior parte da massa já foi sugada pelo pulsar. [Imagem: SWIN]

Planeta de diamante

Um "planeta" com cerca de 60.000 quilômetros (km) de diâmetro - cerca de cinco vezes o diâmetro da Terra - formado por carbono e oxigênio.
E sua densidade é tão grande que esse material deve certamente ser cristalino, ou seja, uma grande parte desse corpo celeste pouco usual pode ser similar a um gigantesco diamante.
 
Esta foi a conclusão de um grupo de astrônomos australianos, que usou um radiotelescópio para observar um fenômeno igualmente pouco usual.
Siga os passos para verificar como eles chegaram a essa conclusão sobre o que seria esse planeta de diamante.

Descobrindo um pulsar

Tudo começou quando os astrônomos usavam um radiotelescópio e descobriram uma estrela bastante rara, do tipo pulsar.
Pulsares são estrelas giratórias muito pequenas, com cerca de 20 km de diâmetro, que emitem um feixe de ondas de rádio.
 
Como a estrela gira, esse "disparo" de ondas de rádio chega na Terra na forma de um padrão regular - pulsos de ondas de rádio, de onde vem o nome pulsar.
Mas esse novo pulsar, conhecido como PSR J1719-1438, apresentou uma característica diferenciada: seus pulsos parecem ser sistematicamente modulados, ou seja, sofrem uma influência regular.

Esse pulsar tem companhia

Os astrônomos concluíram que essa modulação deve estar sendo gerada por um pequeno planeta orbitando o pulsar, formando um sistema binário.
Estudando a modulação nas ondas de rádio do pulsar, os pesquisadores chegaram a duas conclusões sobre esse planeta companheiro.
 
Primeiro, que os dois estão separados por uma distância de cerca de 600.000 km e que o planeta orbita o pulsar em apenas duas horas e 10 minutos.
Segundo, que esse companheiro deve ser muito pequeno, com um diâmetro menor do que 60.000 km - o planeta está tão perto do pulsar que, se ele fosse maior, seria destruído pela gravidade do pulsar.

Estrela que virou planeta

Mas, para que esse sistema binário seja estável, o planeta deve ter mais massa do que Júpiter.
 
Para ser tão denso, não deve se tratar exatamente de um planeta, mas de uma estrela morta, cuja maior parte da massa já foi sugada pelo pulsar - ou seja, uma anã-branca.
 
"Esse remanescente provavelmente é formado principalmente de carbono e oxigênio, porque uma estrela feita de elementos mais leves, como hidrogênio e hélio, seria grande demais para se encaixar nos tempos de órbita observados," diz o Dr. Michael Keith, do instituto CSIRO.


O pulsar agora descoberto é conhecido como pulsar de milissegundo - ele gira cerca de 10.000 vezes por minutos. [Imagem: SWIN]

Nasce um planeta de diamante

Dada a densidade da "estrela que virou planeta" - uma massa maior do que a Júpiter em um diâmetro de 60.000 km - o material que a forma deve ser cristalino.
 
Como carbono se cristaliza na forma de diamante sob altas pressões, os astrônomos concluíram que sua ex-anã-branca pode ser agora um planeta com grande parte de sua composição consistindo em diamante.
 
Não há exatamente uma explicação de por que o pulsar teria sugado os outros elementos e deixado o carbono para trás, mas o estudo apresenta um retrato da situação medida, não tendo dados suficientes para estabelecer a dinâmica do nascimento do provável planeta de diamante.
 
A ideia de planetas de carbono
não é inédita,embora seja recente, 
tendo sido proposta em 2005 
pelo astrofísico Marc Kuchner.
 
Em 2010, um grupo de astrofísicos ligados à NASA identificou o primeiro planeta de carbono, e apontaram que ele teoricamente poderia ter montanhas de diamante.

Pulsar de milissegundo

O pulsar agora descoberto é conhecido como pulsar de milissegundo - ele gira cerca de 10.000 vezes por minutos.
Ele tem uma massa de 1,4 vezes a massa do Sol, espremida em uma esfera com 20 km de diâmetro.
 
Cerca de 70% dos pulsares de milissegundo têm estrelas-companheiras, formando sistemas binários.
 
Os astrônomos acreditam que foi a estrela-parceira que transformou o pulsar em um pulsar de milissegundo, transferindo massa e fazendo-o girar cada vez mais rápido. O resultado é um pulsar de milissegundo com o que sobrou de uma estrela que perdeu a maior parte de sua massa - o "planeta de diamante"

Bibliografia:
Transformation of a Star into a Planet in a Millisecond Pulsar Binary
M. Bailes, S. D. Bates, V. Bhalerao, N. D. R. Bhat, M. Burgay, S. Burke-Spolaor, N. D’Amico, S. Johnston, M. J. Keith, M. Kramer, S. R. Kulkarni, L. Levin, A. G. Lyne, S. Milia, A. Possenti, L. Spitler, B. Stappers, W. van Straten- Science
August 25 2011- Vol.: Published Online
DOI: 10.1126/science.1208890- 
Li

Fonte:
ON-Observatório Nacional -

Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/08/2011
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PRIMEIROS PASSOS DA VIDA DE UMA ESTRELA



Primeiros passos na vida de uma estrela
- Série de vídeos extraordinários
que mostram o movimento complexo de jatos 
de matéria expelidos por estrelas-bebês


Por Caleb A. Scharf

Acompanhadas por mais de 10 anos pelo Telescópio Espacial Hubble, essas jovens estrelas estão a 1300 anos-luz de nós. Levam apenas alguns milhões de anos para tornarem-se adultas, rodeados por densos discos de gás e poeira que giram rapidamente no centro das jovens estrelas (ainda não comprimidas o suficiente para iniciar a fusão do hidrogênio em seus núcleos) esguichando jatos de matéria que se movem a centenas de milhares de quilômetros por horas. Provavelmente, são campos magnéticos mais canalizados e acelerados gerados pelos discos internos e das estrelas.

Conforme os jatos são lançados para o espaço interestelar, as partículas quentes despejam sua energia cinética em forma de fótons. Colidindo e destruindo. Essa matéria quente também empurra a nebulosa em torno das estrelas formadas. É uma fase incrível no ciclo de vida das estrelas, e coincide com os primeiros passos para a coagulação de corpos planetários nos ricos discos de matéria em torno deles.

Nasa

Na imagem, podemos observar três exemplos de estruturas produzidas como material de alta velocidade em protoestelares. Esse material, colide com os jatos em torno da matéria interestelar, produzindo "arcochoques", conforme os jatos supersônicos sofrem colisões em seu entorno.

Li

Fonte:
Observatório Nacional


Scientific American Brasil -Posted 19-09-2011
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VIA LÁCTEA - MILHARES DE "BOMBAS-RELÓGIO"



Via Láctea pode ter milhares de "bombas-relógio"


Pode haver milhares dessas bombas relógio cósmicas pela Via Láctea, que explodirão quando diminuírem de velocidade.[Imagem: David A. Aguilar (CfA)]

Bombas-relógio cósmicas

Astrônomos suspeitam que algumas estrelas muito velhas são mantidas coesas pela sua altíssima velocidade.
Tão logo elas diminuam de velocidade, essas "bombas-relógio" cósmicas explodirão como supernovas.
 
Essas estrelas, cujo tique-taque não pára, são as anãs-brancas, estrelas muito velhas que consumiram todo o seu combustível, não sustentando mais a fusão nuclear.
Quando elas se tornam maciças demais,
explodem, criando as chamadas 
supernovas tipo Ia.
 
Há duas possibilidades para que isso aconteça: uma anã-branca rouba matéria de outra estrela vizinha ou duas anãs-brancas colidem.
Enquanto a primeira possibilidade parece estatisticamente muito mais provável, se ela fosse verdadeira deveríamos encontrar um monte de hidrogênio e gás nas proximidades das supernovas, vindo do que sobrou da outra estrela - mas até hoje os astrônomos não encontraram nada.
 
Velocidade máxima
A nova teoria é que é a velocidade 
que determina quando uma anã-branca explode.
 
Conforme a anã-branca ganha massa, ela também ganha momento angular, o que aumenta sua velocidade. Se ela girar rápido o suficiente, seu giro pode ajudar a sustentá-la até que ela atinja a chamada massa de Chandrasekhar (1,4 vez a massa do Sol), que se acredita ser a massa necessária para que a anã-branca colapse sob seu próprio peso e exploda.
 
Quando ela suga toda a matéria ao seu redor, sugerem os astrônomos, a anã-branca vai começar a diminuir de velocidade. Eventualmente, o giro não será mais suficiente para contrabalançar sua gravidade. Nesse momento, o contador da "bomba-relógio" cósmica zera e ela explode, criando uma supernova Ia.
 
Os astrônomos calculam que haja três supernovas Ia na Via Láctea a cada 1.000 anos. Se uma super anã-branca leva milhões de anos para diminuir de velocidade e explodir, então os cálculos sugerem que pode haver dúzias dessas bombas-relógio em um raio de alguns milhares de anos-luz em torno da Terra, e muitas mais pela galáxia toda.
 
"Nós não encontramos ainda uma dessas 'bombas-relógio' aqui na Via Láctea, mas esta pesquisa mostra que estamos observando os sinais errados. Nosso trabalho mostra uma nova forma de procurar por precursores de supernovas," disse Rosanne Di Stefano, do Centro Harvard-Smithsoniano para Astrofísica, nos Estados Unidos.

Bibliografia:
Spin-up/Spin-down Models for Type Ia Supernovae
R. Di Stefano, R. Voss, J. S. W. Claeys
The Astrophysical Journal
Vol.: 738 (1): L1
DOI: 10.1088/2041-8205/738/1/L1
Li

Fonte:
Observatório Nacional

-08:27
Redação do Site Inovação Tecnológica - 07/09/2011
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sábado, 10 de setembro de 2011

A TERRA AMADA











Li

Fonte:



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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

CAÇADA PELO BÓSON DE HIGGS PRÓXIMA DO FIM


Por  



Uma das missões mais “obcecadas” do famoso LHC (Large Hadron Collider, o colisor subterrâneo de partículas que foi criado para redefinir vários conceitos da física), desde o início, é encontrar o Bóson de Higgs.

A partícula que explicaria, a grosso modo, porque todas as partículas subatômicas têm massa, ainda é apenas uma hipótese não comprovada. Mas os cientistas afirmam que a descoberta definitiva é apenas questão de (pouco) tempo.

Aparentemente, o LHC teve um salto de qualidade. O porta voz do projeto, Guido Tonelli, conta que a expectativa para a descoberta do Bóson era no final de 2012, mas o ótimo funcionamento da máquina antecipou a previsão para o final de dezembro desse ano. Tudo porque os procedimentos estão mais rápidos do que se imaginava.

Os cientistas devem alcançar o objetivo através de colisão de partículas, que cedo ou tarde, conforme eles esperam, isolarão o Bóson de Higgs e o tornarão detectável pelos sensores.

O mapeamento do túnel do LHC é feito por femtobarns inversos, uma unidade de medida especial para colisões de partículas. Ao todo, há 5 femtobarns onde o Bóson de Higgs pode ser localizado. Até o momento, 2.5 femtobarns já foram rastreados (o que equivale a 175 bilhões de colisões), e isso levou poucos meses para acontecer. O prazo esperado era de dois anos.

Os cientistas explicam, no entanto, que nada é garantido. A começar, não há 100% de certeza que o Bóson de Higgs realmente será detectado para comprovar a teoria que vem sendo construída. Além disso, os pesquisadores apontam para a possibilidade, ainda que pequena, de os 5 femtobarns não serem o suficiente para se mapear com precisão o Bóson de Higgs, o que iria requerer mais tempo e trabalho dos pesquisadores. As expectativas, contudo, são otimistas.
Bóson de Higgs 
Por Ana Lucia santana

 
No dia 10 de setembro de 2008 entrou em ação, na fronteira entre a França e a Suíça, o Grande Colisor de Hádrons (LHC), o maior acelerador de partículas até então construído pelo Homem, e o mais energeticamente potente. Sua meta é recriar o Big Bang, de forma a compreender seu mecanismo. Assim, ele tem como objetivo simular o choque de várias partículas subatômicas positivamente carregadas, os prótons.
 
Simulação de uma colisão no LHC

Assim que elas colidem no âmago dos detectores de partículas, o Atlas e o CMS, os corpúsculos que nascem desta explosão disseminam-se por todas as partes e são então apanhados por estes aparelhos, os quais são compostos por diversos estratos de sensores sobrepostos, encarregados de mensurar a carga energética gerada e de investigar sua trajetória.

O Bóson de Higgs, partícula essencial, até hoje fruto de suposição científica, é o elemento de que os cientistas carecem para justificar a composição material do Universo; é esta chave que os pesquisadores anseiam por encontrar nesta experiência que pode subverter os rumos da Ciência. A existência do Bóson foi anunciada antecipadamente com o fim de legitimar o Modelo Padrão, mas ainda não foi possível comprovar empiricamente sua realidade.

O Modelo Padrão é a explicação teórica elementar colocada em cena pela Física; de acordo com este conjunto de conhecimentos, que estuda a relação entre os corpúsculos subatômicos, o Bóson de Higgs seria o elemento crucial que permitiria ao Homem compreender como se corporifica a massa em meio a toda energia que configura o Cosmos. Daí ele ser denominado pelos estudiosos a “Partícula de Deus”.

Esta teoria propiciou um certo avanço à Ciência, pois antes era crença geral ver os átomos como diminutos corpos essenciais da matéria, impossíveis de fracionar, mas logo os pesquisadores perceberam que, na verdade, eles eram fruto da ação recíproca entre corpúsculos ainda menores, como quarks, léptons, férmions e bósons. São ao todo 16 as partículas básicas – 12 compostas de matéria e 4 condutoras de energia.

Apesar, no entanto, destas descobertas, este Modelo é limitado, pois nenhum destes pequenos corpos apresenta massa quando são considerados em si mesmos, portanto não há como explicar, ainda, de onde procede a qualidade material do Universo. Assim, esta teoria só dá conta da matéria comum, que pode ser percebida sensorialmente pelo ser humano.

Daí a importância de se comprovar a existência do Bóson de Higgs, que, por apresentar massa e diferencial energético decisivos, se descoberto provocará resultados substanciais no mundo a nossa volta. Além do mais, ele permitirá aos cientistas entender, finalmente, o princípio da materialidade dos outros corpúsculos essenciais.

O Bóson de Higgs foi anunciado pela primeira vez em 1964, pelo físico inglês Peter Higgs, a partir das ideias de outro pesquisador, Philip Anderson. Embora nunca se tenha observado experimentalmente esta partícula, sua realidade já foi indiretamente verificada em diversos estudos. A Ciência aguarda, atualmente, os resultados do choque de partículas no Grande Colisor de Hádrons, para que se possa, enfim, provar sua existência.

No dia 30 de março de 2010 os cientistas conseguiram, pela primeira vez, levar este Colisor à tão almejada atividade, simulando assim o contexto cósmico logo após o Big Bang, os primeiros momentos de vida do Universo. Ainda não foi possível, porém, alcançar o estágio de exame definitivo do Bóson de Higgs.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bóson_de_Higgs
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010805070402
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/acelerador+do+cern+recria+situacao+posbig+bang/n1237588391038.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Colisor_de_Hádrons
Li
Fonte:
InfoEscola



 http://www.infoescola.com/fisica/boson-de-higgs/
 Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bóson_de_Higgs
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010805070402
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/acelerador
http://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Colisor_de_Hádrons
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