quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A HARMONIA DOS MUNDOS - Carl Sagan






 A Harmonia Dos Mundos -
 - (Dublado em Português)- 58:35 - 2 anos atrás
 
Episódio 3: A Harmonia dos Mundos . Em todo o mundo, os nossos antepassados de todas as culturas tiveram conhecimentos próprios de astronomia. As suas vidas disso muito dependiam. Mas a caminhada humana desde os mais remotos astrônomos aos modernos exploradores do Cosmos derivou numa pseudociência chamada astrologia.  O último astrólogo científico foi também o primeiro astrônomo moderno: Johannes Kepler. Kepler lutou pela busca de uma harmonia nos céus e deu um passo fundamental para nos conduzir à era científica. O segredo que conduziu Kepler foi um respeito descomprometido pela observação dos céus, mesmo quando, agonizante, o confrontaram com as mais enraizadas crenças que acarinhava. Os profundos conhecimentos de Kepler ensinaram-nos como a Lua e os planetas se movem nas respectivas órbitas e, mais recentemente, como viajar para eles. 

Mais informações: http://www.carlsagan.com/ http://pt.wikipedia.org/wikiCosmos http://pt.wikipedia.org/wiki/Carl_Sagan http://www.documentários

AS ORIGENS DA VIDA - Carl Sagan

 
 
Cosmos - Uma Voz na Sinfonia Cósmica -
(Dublado em Portugues) Duração: 1:00:08
 
 
Episódio 2: Uma Voz na Sinfonia Cósmica. Como começou a vida na Terra? Há outros seres vivos em outros mundos? Carl Sagan explora a origem, evolução e diversidade da vida na terra. Com uma espantosa animação computadorizada, entramos no coração de uma célula viva para lhe examinarmos a molécula da vida: o DNA. Para compreender como a evolução ocorre, o Dr. Sagan acompanha a história do caranguejo japonês Heike, cuja forma tem gradualmente mudado conforme se foi selecionando quais os caranguejos que deveriam viver e quais os que deveriam morrer.  Vamos assistir a experiências laboratoriais que nos darão idéia dos primeiros passos que conduziram à origem da vida. Seqüências animadas espetaculares acompanham a evolução humana a partir de organismos unicelulares que existiam nos oceanos. E, finalmente, conheceremos as diferentes formas de vida que poderiam habitar uma atmosfera como a do planeta Júpiter, os "caçadores", "flutuadores" e "mergulhadores". Acompanhe o Dr. Carl Sagan nesta... 
 
 

OS LIMITES DO OCEANO CÓSMICO -

COSMOS- CARL SAGAN - Videos completos



Cosmos de Carl Sagan 
dublado em português-YouTube

Episódio 1 - Os Limites do Oceano Cósmico - 
O 1° capítulo da série Cosmos.
Partindo dos limites do grande oceano espacial, Carl Sagan embarca numa imensa viagem cósmica que começa a 8 bilhões de anos-luz da Terra. A bordo da nave espacial da sua imaginação, ele transporta-nos às maravilhas do Cosmos: quasares, galáxias em espiral, nebulosas,supernovas e pulsares.
Deslizamos então para lá de Plutão, dos anéis de Urano, do majestoso
sistema de saturno, e da luminosidade do lado noturno de Júpiter.Penetrando nas nuvens da Terra, encontramo-nos no Egito, onde Eratóstenes pela primeira vez mediu a Terra. O Dr. Sagan mostra-nos como isso foi feito.
A Biblioteca de Alexandria, berço da aprendizagem da Antiguidade,
ressuscita em toda a sua glória - para ilustrar a fragilidade do conhecimento. É então que, para nos fazer compreender a enormidade do tempo que passou desde o Big bang até hoje, Sagan nos apresenta o "Calendário Cósmico".
No YouTube ;
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5
Parte 6

No VideoGoogle completo ;
Em breve colocarei neste tópico os outro episodios da série.
AndréLuiz

Episódio 2: Uma Voz na Sinfonia Cósmica.
Como começou a vida na Terra? Há outros seres vivos em outros mundos?
Carl Sagan explora a origem, evolução e diversidade da vida na terra.
Com uma espantosa animação computadorizada, entramos no coração de uma
célula viva para lhe examinarmos a molécula da vida: o DNA.
Para compreender como a evolução ocorre, o Dr. Sagan acompanha a
história do caranguejo japonês Heike, cuja forma tem gradualmente mudado
conforme se foi selecionando quais os caranguejos que deveriam viver e
quais os que deveriam morrer. Vamos assistir a experiências
laboratoriais que nos darão idéia dos primeiros passos que conduziram à
origem da vida. Seqüências animadas espetaculares acompanham a evolução
humana a partir de organismos unicelulares que existiam nos oceanos.

E,finalmente, conheceremos as diferentes formas de vida que poderiam
habitar uma atmosfera como a do planeta Júpiter, os "caçadores",
"flutuadores" e "mergulhadores".
Acompanhe o Dr. Carl Sagan nesta incrível jornada rumo aos segredos do
universo desconhecido.
No YouTube;
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5
Parte 6
Parte 7

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Episódio 3: A Harmonia dos Mundos .
Em todo o mundo, os nossos antepassados de todas as culturas tiveram
conhecimentos próprios de astronomia. As suas vidas disso muito  dependiam. Mas a caminhada humana desde os mais remotos astrônomos aos
modernos exploradores do Cosmos derivou numa pseudociência chamada
astrologia.

O último astrólogo científico foi também o primeiro astrônomo moderno:
Johannes Kepler. Kepler lutou pela busca de uma harmonia nos céus e deu
um passo fundamental para nos conduzir à era científica. O segredo que
conduziu Kepler foi um respeito descomprometido pela observação dos
céus, mesmo quando, agonizante, o confrontaram com as mais enraizadas
crenças que acarinhava.
Os profundos conhecimentos de Kepler ensinaram-nos como a Lua e os
planetas se movem nas respectivas órbitas e, mais recentemente, como
viajar para eles.
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Parte 1
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Episódio 4: Céu e Inferno .
Em 1908, na Sibéria, uma explosão misteriosa abalou a paisagem,
projetando árvores a milhares de quilômetros de distância e produzindo
um som que se ouviu em todo o mundo. Teria uma nave espacial
extraterrestre sofrido um acidente nuclear? Carl Sagan examina os
testemunhos e conclui que a Terra foi atingida por um pequeno cometa. Um
modelo do sistema solar demonstra a possibilidade de outros planetas
terem sofrido impactos semelhantes. Tal como Immanuel Velikovsky
proclamava, teria o planeta Vênus sido já um cometa gigante? O Dr. Sagan
conclui que não, que as provas não confirmam a afirmação.
Embarcamos numa viagem descendente através da atmosfera infernal de
Vênus, para explorar a superfície de braseira, atingida esta pelo
chamado efeito de estufa. O destino de Vênus pode ser uma história de
alerta para o nosso mundo. O Dr. Sagan lança um aviso sensato para que
sejam tomadas medidas de proteção do frágil planeta azul, a Terra.
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Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5
Parte 6

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Episódio 5: O Blues do Planeta Vermelho .
O planeta Marte vem fascinando os humanos há séculos, tanto na ficção
científica quanto na ciência real. Carl Sagan nos conduz ao Observatório
Percival Lowell, construído no Arizona, para estudar os "canais" de
Marte, que Lowell acredita terem sido construídos por uma civilização
extinta. Há alguns anos, duas espaçonaves Vikings pousaram em Marte. O
Dr. Sagan nos mostra o pouso das naves e demonstra o maravilhoso
equipamento que enviou milhares de fotos e informações para a Terra.
Explorando a superfície do planeta vermelho, Viking não achou nenhuma
indicação, nenhum artefato, ou qualquer tipo de vida inteligente. Mas a
possibilidade de vida microscópica, passada ou presente, ainda permanece
em discussão. Segundo os estudos realizados, se já houve vida em Marte,
ela desapareceu... ou pode estar em qualquer outro lugar do universo ...
até mesmo na Terra!
No YouTube.
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5
Parte 6
Parte 7

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Episódio 6: A Saga dos Viajantes.
Há trezentos anos a Holanda começou a enviar seus navios mundo afora
recolhendo dados sobre nosso planeta; hoje espaçonaves já navegam para
todos os planetas conhecidos de nossos ancestrais. Carl Sagan leva-nos
ao Laboratório de Propulsão a Jato para compararmos a empolgante viagem
exploratória a bordo de um navio com a emocionante experiência dos
cientistas que presenciaram as primeiras imagens das luas de Júpiter,
tomadas pela espaçonave Voyager. Comandada pela Dr. Sagan, a espaçonave
da imaginação segue a trilha da Voyager levando-nos aos anéis de Saturno
e a seu satélite Titã, cuja atmosfera é rica em material orgânico. E
após explorar Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, a nave Voyager
continuará cruzando para sempre o grande oceano interestelar.
No YouTube.
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5
Parte 6

No Googlevideo esta inteiro .

Episódio 7: A Espinha Dorsal da Noite.
O que são as estrelas? Tempos houve em que os humanos curiosos
imaginaram que as estrelas eram fogueiras no céu, mantidas acesas por
magia, ou pensaram que a Via Láctea era a "Coluna Vertebral da Noite".
Há 2300 anos, na ilha grega de Samos, um homem de nome Aristarcos
sugeriu que era o Sol e não a Terra que estava no centro do sistema
solar. Ele foi o culminar duma tradição com 200 anos, agora amplamente
esquecida, segundo a qual leis naturais e não deuses caprichosos regiam
o universo. Na caverna de Pitágoras, em Samos, Carl Sagan descobre
também um lado diverso do pensamento grego, o mundo místico guardado por
uma irmandade erudita que trabalhava para ocultar do povo o conhecimento
que possuía. O tema deste episódio é o nascimento do pensamento
científico na nossa civilização e em nós mesmos. O Dr. Sagan viaja de
volta ao bairro de Brooklyn onde ele próprio se começou a envolver no
estudo do universo.
No Youtube.
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5
Parte 6

No Googlevideo completo .

Episódio 8: Viagens no Espaço e no Tempo . Há mais estrelas no Cosmosque grãos de areia em todas as praias da Terra. Se conseguíssemosobservar os céus durante milhões de anos, as constelações mudariam deforma conforme as estrelas que as compõem se movem e evoluem. Com CarlSagan, circundamos a Ursa Maior para a vermos sob uma nova perspectiva.Numa máquina do tempo, exploramos o que sucederia se pudesse alterar o passado. Viajamos até aos planetas de outras estrelas. Refazemos o sonhode adolescente de Albert Einstein de viajar num feixe de luz; a suateoria da relatividade prevê que cerca da velocidade da luz produziria
estranhos efeitos, mas daria aos exploradores espaciais a possibilidade
de, numa só vida, irem até ao centro da galáxia. Voltariam, contudo, a
uma Terra muito mais velha do que aquela de onde haviam partido.
No Youtube em partes ;

Parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=ymCbpzpM9k4
Parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=MkcIej2kv6E
Parte 3
http://www.youtube.com/watch?v=H56eQ_pwYY0
Parte 4
http://www.youtube.com/watch?v=5M-DkpvKlgI
Parte 5
http://www.youtube.com/watch?v=-swlGKrWoCw
Parte 6
http://www.youtube.com/watch?v=jbl9MxGbUwY

No Videogoogle completo;
http://video.google.com/videoplay?docid=6816313831361139078

Episódio 9: As Vidas das Estrelas .
A maioria dos átomos dos nossos corpos foram feitos no interior das
estrelas. "Somos matéria estelar". Com animação computadorizada e
espantosa arte astronômica, nôs é mostrado como as estrelas nascem,
vivem e morrem. Carl Sagan persegue a origem e a natureza dos buracos
negros, objetos com uma gravidade de tal ordem que a luz não consegue
sair deles. O "último dia perfeito" da terra é representado daqui a 5
bilhões de anos, após o que o Sol, entrando na fase vermelha gigante,
reduzirá a Terra a cinzas carbonizadas. Testemunhamos a explosão de
estrelas distantes que produzem raios cósmicos que provocam mutações nos
seres da Terra. No sentido mais profundo, a origem, evolução e destino
da vida do nosso planeta estão relacionados com a evolução do Cosmos.

No YouTube.
Fonte:
Grupo "Genismo"
Jocax <jocax@usp.br> escreveu:
André Luiz disponibilizou os seguinte videos:

ASTROFÍSICA



Astrofísica é o ramo da Astronomia que lida com a Física do Universo, incluindo suas propriedades físicas (luminosidade, densidade, temperatura, composição química) de objetos astronômicos como estrelas, galáxias e meio interestelar, e também das suas interações. Na prática, todas as pesquisas astronômicas modernas envolvem uma quantia substancial da Física teórica e experimentos práticos.


A Astrofísica não deve ser confundida com a Cosmologia, esta se ocupa da estrutura geral do universo e das leis que o regem num sentido mais amplo, embora sob muitos aspectos ambas seguem um caminho paralelo, algumas vezes considerado redundante.

A natureza físico-química da matéria 

A Astrofísica além de determinar as constantes universais, é o ramo da física que demonstra a natureza dos corpos celestes através de instrumentação científica.

A razão da determinação de parâmetros tem fundamental importância sobre a busca do conhecimento a todos os eventos universais. Não se pode dissociar o espaço-tempo em tempo e espaço, da matéria e da energia, e estes sim são mensuráveis.

Perguntas da humanidade sobre a natureza do Cosmo
Qual é a idade do universo e das estrelas que o compõe? Sua composição? Como sabemos se as estrelas estão consumindo seu combustível e a que velocidade? O efeito da gravidade pode desviar a luz e distorcer o espaço?


Espectrofotogrametria

Como a Astrofísica procura responder
Fazendo-se uma análise espectrográfica através do espectrofotômetro de absorção atômica temos como verificar se um astro está se movendo, em que direção e velocidade. Podemos saber se existe um desvio da luz causado pela gravidade de algum corpo próximo, a composição das estrelas e dos gases que estão dispersos, entre estas e o instrumento que faz a medição. Sempre quando verificamos o espectro de uma estrela, observamos que suas linhas espectrais desviam para o vermelho. Isto se dá, porque ela está se afastando, ao contrário, se estiver se aproximando, o desvio será para o azul. As falhas devido à absorção atômica indicam sua composição. A distância entre linhas espectrais indica vários parâmetros, inclusive a presença de gases e poeira entre a estrela e a Terra.

Outros exemplos de instrumentos usados em astrofísica são os aceleradores de partículas, entre outros equipamentos, estes podem determinar a composição inicial de nosso universo e o comportamento das partículas elementares ao nível de microcosmo.

O telescópio óptico, o radiotelescópio, entre outros, também são exemplos do uso de instrumentação física experimental para a análise e dedução de parâmetros de corpos estelares.

As técnicas de análise
quando um corpo se desloca em alta velocidade há um desvio para o vermelho

No início do século XX em torno de 1910-1912 começou o estudo espectral das galáxias. Em torno de 1917 o astrônomo holandês Willen de Sitter demonstrou teoricamente através da relatividade geral que o Universo se expandia, faltando apenas a comprovação "prática". Na mesma época foi constatado que em sua imensa maioria, as galáxias têm um desvio para o vermelho que aumenta progressivamente e proporcionalmente à distância.

Lei de Hubble-Homason
Edwin Powell Hubble e seu colega Milton L. Homason que deduziram uma relação entre a abertura angular “característica universal associada a perspectiva afastamentos de objetos distantes” e o exame espectroscópio com sua aceleração, encontrando a equação conhecida como Lei de Hubble-Homason onde: "Vm=16r", "Vm" é a velocidade de afastamento da galáxia, dada em quilômetros por segundo, e "r" expressa a distância entre a Terra e a galáxia em estudo, dada em unidades de milhões de anos luz, esta descoberta é considerada o início da moderna astrofísica.

 Os passos da astrofísica
A Astrofísica iniciou-se no momento em que os humanos olharam para o firmamento com curiosidade científica e tentaram comparar os fenômenos celestes aos fenômenos terrestres. Não se pode datar um início desta ciência, porém, pode-se ter uma idéia de seu desenvolvimento através dos tempos.

 Abóbada celeste
Acredita-se que os primeiros filósofos da Antigüidade clássica foram os precursores da astrofísica desenvolvendo novos conceitos e estabelecendo as primeiras regras para nortear a pesquisa racional do Universo.

Tales de Mileto foi fundador da escola de Mileto. Já naquela época imaginava que o céu era uma abóbada e esta estaria dividida em cinco círculos, o ártico, trópico de verão, o equador, o trópico de inverno e finalmente o antártico. Explicou o eclipse do Sol e que a Lua é por ele iluminada.

Anaximandro de Mileto, utilizou as proporções matemáticas e geométricas para tentar mapear a abóbada celeste, elaborou tratados sobre astronomia, cosmologia e geografia.

O conceito de abóbada celeste e o estabelecimento de um sistema de coordenadas de espaço foi uma descoberta importante que levou à astronomia esférica ou astronomia de posição, assim, as posições dos astros puderam ser determinadas e catalogadas racionalmente.

Este processo de catalogação é executado até a atualidade e continuará a ser usado, acredita-se por muito tempo.
Fonte: Wikpedia

ASTRONOMIA




Astronomia lunar: o lado oculto da Lua.. A grande bacia mostrada é a Cratera Daedalus. Ela cobre cerca de 93 quilômetros e foi fotografada pela tripulação da Apollo 11 enquanto circundavam a Lua em 1969.
 
Astronomia, que etimologicamente significa "lei das estrelas" com origem grego: (άστρο + νόμος)povos que acreditavam existir um ensinamento vindo das estrelas, é hoje uma ciência que se abre num leque de categorias complementares aos interesses da física, da matemática e da biologia. Envolve diversas observações procurando respostas aos fenômenos físicos que ocorrem dentro e fora da Terra bem como em sua atmosfera e estuda as origens, evolução e propriedades físicas e químicas de todos os objectos que podem ser observados no céu (e estão além da Terra), bem como todos os processos que os envolvem. Observações astronômicas não são relevantes apenas para a astronomia, mas também fornecem informações essenciais para a verificação de teorias fundamentais da física, tais como a teoria da relatividade geral.

A origem da astronomia se baseia na antiga (hoje considerada pseudociência) astrologia, praticada desde tempos remotos. Todos os povos desenvolveram, ao observar o céu, um ou outro tipo de calendário, para medir as variações do clima no decorrer do ano. A função primordial destes calendários era prever eventos cíclicos dos quais dependia a sobrevivência humana, como a chegada das chuvas ou do frio. Esse conhecimento empírico foi a base de classificações variadas dos corpos celestes. As primeiras ideias de constelação surgiram dessa necessidade de acompanhar o movimento dos planetas contra um quadro de referência fixo.

A Astronomia é uma das poucas ciências onde observadores independentes possuem um papel ativo, especialmente na descoberta e monitoração de fenômenos temporários. Muito embora seja a sua origem, a astronomia não deve ser confundida com Astrologia, o segmento de um estudo teórico que associava os fenômenos celestes com as coisas na terra (marés) , mas que se apresenta-se falho ao generalizar o comportamento e o destino da humanidade com as estrelas e planetas. Embora os dois casos compartilhem uma origem comum, seus segmentos hoje são bastante diferentes; a astronomia incorpora o método científico e associa observações científicas extraterrestres para confirmar algumas teorias terrenas (o hélio foi descoberto assim), enquanto a única base científica da astrologia foi correlacionar a posição dos principais astros da abóboda celeste (como o Sol e a Lua) com alguns fenômenos terrestres, como o movimento das marés, o clima ou a alternância de estações.

 História
Na parte inicial da sua história, a astronomia envolveu somente a observação e a previsão dos movimentos dos objetos no céu que podiam ser vistos a olho nu. O Rigveda refere-se aos 27 asterismos ou nakshatras associados aos movimentos do Sol e também às 12 divisões zodiacais do céu. Os antigos gregos fizeram importantes contribuições para a astronomia, entre elas a definição de magnitude aparente. A Bíblia contém um número de afirmações sobre a posição da Terra no universo e sobre a natureza das estrelas e dos planetas, a maioria das quais são poéticas e não devem ser interpretadas literalmente; ver Cosmologia Bíblica. Nos anos 500, Aryabhata apresentou um sistema matemático que considerava que a Terra rodava em torno do seu eixo e que os planetas se deslocavam em relação ao Sol.

Astronomia estelar, evolução estelar: A nebulosa planetária de Formiga. A ejecção de gás  da estrela moribunda no centro tem padrões simétricos intrigantes diferentes dos padrões caóticos esperados de uma explosão ordinária. Cientistas usando o Hubble tentam entender como uma estrela esférica pode produzir tais simetrias proeminentes no gás que ejecta.

O estudo da astronomia quase parou durante a Idade Média, à exceção do trabalho dos astrónomos árabes. No final do século IX, o astrónomo árabe al-Farghani (Abu'l-Abbas Ahmad ibn Muhammad ibn Kathir al-Farghani) escreveu extensivamente sobre o movimento dos corpos celestes. No século XII, os seus trabalhos foram traduzidos para o latim, e diz-se que Dante aprendeu astronomia pelos livros de al-Farghani.

No final do Século X, um observatório enorme foi construído perto de Teerã, Irã, pelo astrônomo al-Khujandi, que observou uma série de trânsitos meridianos do Sol, que permitiu-lhe calcular a obliquidade da eclíptica, também conhecida como a inclinação do eixo da Terra relativamente ao Sol. Como sabe-se hoje, a inclinação da Terra é de aproximadamente 23°34', e al-Khujandi mediu-a como sendo 23°32'19".

Usando esta informação, compilou também uma lista das latitudes e das longitudes de cidades principais.

Omar Khayyam
(Ghiyath al-Din Abu'l-Fath Umar ibn Ibrahim al-Nisaburi al-Khayyami) foi um grande cientista, filósofo e poeta persa que viveu de 1048 a 1131. Compilou muitas tabelas astronômicas e executou uma reforma do calendário que era mais exato do que o Calendário Juliano e se aproximava do Calendário Gregoriano. Um feito surpreendente era seu cálculo do ano como tendo 365,24219858156 dias, valor esse considerando a exatidão até a sexta casa decimal se comparado com os números de hoje, indica que nesses 1000 anos pode ter havido algumas alterações na órbita terrestre.

Durante o Renascimento, Copérnico propôs um modelo heliocêntrico do Sistema Solar. No século XIII, o imperador Hulagu, neto de Gengis Khan e um protetor das ciências, havia concedido ao conselheiro Nasir El Din Tusi autorização para edificar um observatório considerado sem equivalentes na época. Entre os trabalhos desenvolvidos no observatório de Maragheg e a obra "De Revolutionibus Orbium Caelestium" de Copérnico, há algumas semelhanças que levam os historiadores a admitir que este teria tomado conhecimento dos estudos de Tusi, através de cópias de trabalhos deste existentes no Vaticano.

O modelo heliocêntrico do Sistema Solar foi defendido, desenvolvido e corrigido por Galileu Galilei e Johannes Kepler. Kepler foi o primeiro a desenvolver um sistema que descrevesse corretamente os detalhes do movimento dos planetas com o Sol no centro. No entanto, Kepler não compreendeu os princípios por detrás das leis que descobriu. Estes princípios foram descobertos mais tarde por Isaac Newton, que mostrou que o movimento dos planetas se podia explicar pela Lei da gravitação universal e pelas leis da dinâmica.

Constatou-se que as estrelas são objetos muito distantes. Com o advento da Espectroscopia provou-se que são similares ao nosso próprio Sol, mas com uma grande variedade de temperaturas, massas e tamanhos. A existência de nossa galáxia, a Via Láctea, como um grupo separado das estrelas foi provada somente no século XX, bem como a existência de galáxias "externas", e logo depois, a expansão do universo dada a recessão da maioria das galáxias de nós. A Cosmologia fez avanços enormes durante o século XX, com o modelo do Big Bang fortemente apoiado pelas evidências fornecidas pela Astronomia e pela Física, tais como a radiação cósmica de micro-ondas de fundo, a Lei de Hubble e a abundância cosmológica dos elementos.

Campos
Por ter um objeto de estudo tão vasto, a astronomia é dividida em muitas áreas. Uma distinção principal é entre a astronomia teórica e a observacional. Observadores usam vários meios para obter dados sobre diversos fenômenos, que são usados pelos teóricos para criar e testar teorias e modelos, para explicar observações e para prever novos resultados. O observador e o teórico não são necessariamente pessoas diferentes e, em vez de dois campos perfeitamente delimitados, há um contínuo de cientistas que põem maior ou menor ênfase na observação ou na teoria.

Os campos de estudo podem também ser categorizados quanto:

    * ao assunto: em geral de acordo com a região do espaço (ex. Astronomia galáctica) ou aos problemas por resolver (tais como formação das estrelas ou cosmologia).
    * à forma como se obtém a informação (essencialmente, que faixa do espectro eletromagnético é usada).

Enquanto a primeira divisão se aplica tanto a observadores como também a teóricos, a segunda se aplica a observadores, pois os teóricos tentam usar toda informação disponível, em todos os comprimentos de onda, e observadores frequentemente observam em mais de uma faixa do espectro.
Astronomia observacional
Astronomia extragaláctica: lente gravitacional. Esta imagem captada pelo Telescópio Hubble mostra vários objectos azuis em forma de espiral que na verdade são imagens múltiplas da mesma galáxia. A imagem original da galáxia foi duplicada pelo efeito de lente gravitacional causado pelos clusters de galáxias elípticas e em espiral de cor amarela que aparecem no centro da fotografia. A lente gravitacional deve-se ao poderoso campo gravítico que o cluster cria e que curva, distorce e amplifica a luz de objectos mais distantes.

Na astronomia, a principal forma de obter informação é através da detecção e análise da luz visível ou outras regiões da radiação eletromagnética. Mas a informação é adquirida também por raios cósmicos, neutrinos, e, no futuro próximo, ondas gravitacionais (veja LIGO e LISA).

Uma divisão tradicional da astronomia é dada pela faixa do espectro eletromagnético observado. Algumas partes do espectro podem ser observadas da superfície da Terra, enquanto outras partes só são observáveis de grandes altitudes ou no espaço.

Radioastronomia
A radioastronomia estuda a radiação com comprimento de onda maior que aproximadamente 1 milímetro.
A radioastronomia é diferente da maioria das outras formas de astronomia observacional pelo fato de as ondas de rádio observáveis poderem ser tratadas como ondas ao invés de fótons discretos. Com isso, é relativamente mais fácil de medir a amplitude e a fase das ondas de rádio.
Apesar de algumas ondas de rádio serem produzidas por objetos astronômicos na forma de radiação térmica, a maior parte das emissões de rádio que são observadas da Terra são vistas na forma de radiação síncrotron, que é produzida quando elétrons ou outras partículas eletricamente carregadas descrevem uma trajetória curva em um campo magnético. Adicionalmente, diversas linhas espectrais produzidas por gás interestelar, notadamente a linha espectral do hidrogênio de 21 cm, são observáveis no comprimento de onda de rádio.

Uma grande variedade de objetos são observáveis no comprimento de onda de rádio, incluindo supernovas, gás interestelar, pulsares e núcleos de galáxias ativas.

Astronomia infravermelha
A astronomia infravermelha liga com a detecção e análise da radiação infravermelha (comprimentos de onda maiores que a luz vermelha). Exceto por comprimentos de onda mais próximas à luz visível, a radiação infravermelha é na maior parte absorvida pela atmosfera, e a atmosfera produz emissão infravermelha numa quantidade significante. Consequentemente, observatórios de infravermelho precisam estar localizados em lugares altos e secos, ou no espaço.

O espectro infravermelho é útil para estudar objetos que são muito frios para emitir luz visível, como os planetas e discos circunstrelares. Comprimentos de onda infravermelha maior podem também penetrar nuvens de poeira que bloqueiam a luz visível, permitindo a observação de estrelas jovens em nuvens moleculares e o centro de galáxias.[3] Algumas moléculas radiam fortemente no infravermelho, e isso pode ser usado para estudar a química no espaço, assim como detectar água em cometas.

Astronomia óptica
Historicamente, a astronomia óptica (também chamada de astronomia da luz visível) é a forma mais antiga da astronomia.[5] Imagens ópticas eram originalmente desenhadas à mão. No final do século XIX e na maior parte do século XX as imagens eram criadas usando equipamentos fotográficos. Imagens modernas são criadas usando detectores digitais, principalmente detectores usando dispositivos de cargas acoplados (CCDs). Apesar da luz visível estender de aproximadamente 4000 Å até 7000 Å (400 nm até 700 nm),[5] o mesmo equipamento usado nesse comprimento de onda é também usado para observar radição de luz visível próxima a ultravioleta e infravermelho.

Astronomia ultravioleta
A astronomia ultravioleta é normalmente usada para se referir a observações no comprimento de onda ultravioleta, aproximadamente entre 100 e 3200 Å (10 e 320 nm).[1] A luz nesse comprimento de onda é absorvida pela atmosfera da Terra, então as observações devem ser feitas na atmosfera superior ou no espaço.

A astronomia ultravioleta é mais utilizada para o estudo da radiação térmica e linhas de emissão espectral de estrelas azul quente (Estrela OB) que são muito brilhantes nessa banda de onda. Isso inclui estrelas azuis em outras galáxias, que têm sido alvos de várias pesquisas nesta área. Outros objetos normalmente observados incluem a nebulosa planetária, remanescente de supernova, e núcleos de galáxias ativas.[1] Entretanto, a luz ultravioleta é facilmente absorvida pela poeira interestelar, e as medições da luz ultravioleta desses objetos precisam ser corrigidas.[1]

Astronomia de raios-X

A astronomia de raio-X é o estudo de objetos astronômicos no comprimento de onda de raio-X. Normalmente os objetos emitem radiação de raio-X como radiação de síncrotron (produzida pela oscilação de elétrons em volta de campos magnéticos), emissão termal de gases finos (chamada de radiação Bremsstrahlung) maiores que 107 kelvin, e emissão termal de gases grossos (chamada radiação de corpo negro) maiores que 107 kelvin.[1] Como os raio-X são absorvidos pela atmosfera terrestre todas as observações devem ser feitas de balões de grande altitude, foguetes, ou naves espaciais.

Fontes de raio-X notáveis incluem binário de raio X, pulsares, remanescentes de supernovas, galáxias elípticas, aglomerados de galáxias e núcleos galáticos ativos.[1]

Astronomia de raios gama
A astronomia de raios gama é o estudo de objetos astronômicos que usam os menores comprimentos de onda do espectro eletromagnético. Os raios gama podem ser observados diretamente por satélites como o observatório de raios Gama Compton ou por telescópios especializados chamados Cherenkov.[1] Os telescópios Cherenkov não detectam os raios gama diretamente mas detectam flasses de luz visível produzidos quando os raios gama são absorvidos pela atmosfera da Terra.[6]

A maioria das fontes emissoras de raio gama são na verdade Erupções de raios gama, objetos que produzem radiação gama apenas por poucos milisegundos a até milhares de segundos antes de desaparecerem. Apenas 10% das fontes de raio gama são fontes não-transendentes, incluindo pulsares, estrelas de nêutrons, e candidatos a buracos negros como núcleos galácticos ativos.[1]
Campos não baseados no espectro eletromagnético

Além da radiação eletromagnética outras coisas podem ser observadas da Terra que se originam de grandes distâncias.

Na Astronomia de neutrinos, astrônomos usam laboratórios especiais subterrâneos como o SAGE, GALLEX e Kamioka II/III para detectar neutrinos. Esses neutrinos se originam principalmente do Sol, mas também de supernovas.[1]

Raios cósmicos consistindo de partículas de energia muito elevada podem ser observadas chocando-se com a atmosfera da terra.[carece de fontes?] Além disso, no futuro detectores de neutrino poderão ser sensíveis aos neutrinos produzidos quando raios cósmicos atingem a atmosfera da Terra.[1]

Foram construídos alguns observatórios de ondas gravitacionais como o Laser Interferometer Gravitational Observatory (LIGO) mas as ondas gravitacionais são extremamente difíceis de detectar.[7]

A astronomia planetária tem se beneficiado da observação direta pelos foguetes espaciais e amostras no retorno das missões. Essas missões incluem fly-by missions com sensores remotos; veículos de aterrissagem que podem realizar experimentos no material da superfície; missões que permitem ver remotamente material enterrado; e missões de amostra que permitem um exame laboratorial direto.

Astrometria e mecânica celestial 

Um dos campos mais antigos da astronomia e de todas as ciências, é a medição da posição dos objetos celestiais. Historicamente, o conhecimento preciso da posição do Sol, Lua, planetas e estrelas era essencial para a navegação celestial.

A cuidadosa medição da posição dos planetas levou a um sólido entendimento das perturbações gravitacionais, e a capacidade de determinar as posições passadas e futuras dos planetas com uma grande precisão, um campo conhecido como mecânica celestial. Mais recentemente, o monitoramento de Objectos Próximos da Terra vai permitir a predição de encontros próximos, e possivelmente colisões, com a Terra.[8]

A medição do paralaxe estelar de estrelas próximas provêm uma linha de base fundamental para a medição de distâncias na astronomia que é usada para medir a escala do universo. Medições paralaxe de estrelas próximas provêm uma linha de base absoluta para as propriedades de estrelas mais distantes, porque suas propriedades podem ser comparadas. A medição da velocidade radia e o movimento próprio mostra a cinemática desses sistemas através da Via Láctea. Resultados astronômicos também são usados para medir a distribuição de matéria escura na galáxia.[9]

Durante a década de 1990, as técnicas de astrometria para medir as stellar wobble foram usados para detectar planetas extrasolares orbitando a estrelas próximas.

Subcampos específicos

Astronomia planetária ou ciências planetárias: um "dust devil" (literalmente, demônio da poeira) marciano. A fotografia foi captada pela NASA Global Surveyor em órbita à volta de Marte. A faixa escura e longa é formada pelos movimentos em espiral da atmosfera marciana (um fenómeno semelhante ao tornado). O "dust devil" (o ponto preto) está a subir a encosta da cratera. Os "dust devils" formam-se quando a atmosfera  é aquecida por uma superfície quente e começa a rodar ao mesmo tempo que sobe. As linhas no lado direito da figura são dunas de areia no leito da cratera.

Astronomia solar
A uma distância de oito minutos-luz, a estrela mais frequentemente estudada é o Sol, uma típica estrela anã da sequência principal da classe estrelar G2 V, com idade de aproximadamente 4,6 Gyr. O Sol não é considerado uma estrela variável, mas passa por mudanças periódicas em atividades conhecidas como ciclo solar. Isso é uma flutuação de 11 anos nos números de mancha solares. Manchas solares são regiões de temperatura abaixo da média que estão associadas a uma intensa atividade magnética.

O Sol tem aumentado constantemente de luminosidade no seu curso de vida, aumentando em 40% desde que se tornou uma estrela da sequência principal. O Sol também passa por mudanças periódicas de luminosidade que podem ter um impacto significativo na Terra.[12] Por exemplo, se acredita que o mínimo de Maunder tenha causado a Pequena Idade do Gelo.[13]

A superfície externa visível do Sol é chamada fotosfera. Acima dessa camada há uma fina região conhecida como cromosfera. Essa é envolvida por uma região de transição de temperaturas cada vez mais elevadas, e então pela super-quente corona.

No centro do Sol está a região do núcleo, um volume com temperatura e pressão suficientes para uma fusão nuclear ocorrer. Acima do núcleo está a zona de radiação, onde o plasma se converte o fluxo de energia através da radiação. As camadas externas formam uma zona de convecção onde o gáa material transporta a energia através do deslocamento físico do gás. Se acredita que essa zona de convecção cria a atividade magnética que gera as manchas solares.

Um vento solar de partículas de plasma corre constantemente para fora do Sol até que atinge a heliosfera. Esse vento solar interage com a magnetosfera da Terra para criar os cinturões de Van Allen, assim como a aurora onde as linhas dos campos magnéticos da Terra descendem até a atmosfera da Terra.
 Fonte: 
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.