sábado, 20 de novembro de 2010
Bach, Toccata and Fugue in D minor, organ
Amo, adoro esta apresentação de Smalin!
Sejam felizes todos os seres.
Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.
domingo, 14 de novembro de 2010
CONSTELAÇÃO da URSA MAIOR
URSA MAIOR
A constelação da Ursa Maior (UMa) é uma das mais facilmente identificáveis nos céus nocturnos do hemisfério nort. As suas estrelas principais conferem esta constelação uma imagem muito característica como se mostra figura 1.
Fig 1 - As sete estrelas principais da Ursa Maior |
Esta constelação situa-se muito próximo do polo norte celeste como se pode verificar pela figura 2. Note-se a proximidade da UMa relativamente à Estrela Polar (Polaris) localizada na constelação da Ursa Menor e que coincide quase com o Polo Norte Celeste.
Com o decorrer da noite assiste-se ao movimento das várias constelações em torno de um ponto que coincide aproximadamente com a Estrela Polar. Esse movimento relativo resulta apenas da rotação da Terra.
As estrelas estão de tal forma distantes que os respectivos movimentos próprios não são perceptíveis em escalas de tempo curtas. Assim ao longo da noite veremos a Ursa Maior em diferentes perspectivas. Sendo uma constelação que está muito próximo do pólo permanecerá visível, total ou parcialmente, durante toda a noite do hemisfério norte.
A região ocupada pelas sete estrelas representada na figura 1 é apenas uma pequena parte de toda a constelação. Como se pode constatar na figura 2 a Ursa Maior ocupa uma área muito mais vasta (é na realidade a terceira maior constelação) fazendo fronteira com outras oito constelações.
Fig 2 - A Ursa Maior as constelações vizinhas |
Na tabela seguinte estão representados alguns dados referentes às sete estrelas representadas na figura 1.
Nome | Designação | magnitude | Classe | Tipo Espectral | Distância (AL) |
Dubhe | alfa-UMa | 1.8 | III | K0 | 80 |
Merak | beta-UMa | 2.4 | V | A1 | 60 |
Phad | gama-UMa | 2.4 | V | A0 | 70 |
Megrez | delta-UMa | 3.3 | V | A3 | 60 |
Alioth | epsilon-UMa | 1.8 | IV | A0 | 80 |
Mizar | zeta-UMa | 2.1 | V | A2 | 78 |
Alkaid | eta-UMa | 1.9 | V | B3 | 120 |
Destas sete estrelas merece particular destaque Mizar (zeta-UMa). Esta é de facto a estrela mais famosa da Ursa Maior. Uma observação mais atenta, mesmo a olho nu, revela a presença de uma companheira de magnitude aparente 4.3. Trata-se de Alcor, uma estrela da sequência principal. Alcor e Mizar estão separadas por apenas 12 minutos de arco. Contudo este sistema binário é apenas aparente.
As duas estrelas estão apenas e tão somente alinhadas quase na mesma direcção com Alcor cerca 3 a 4 anos luz mais distante do que Mizar. Diz-se que este par forma um binário óptico.
Em pequenos telescópios é possível observar um terceira estrela, de magnitude aparente 4.0, a apenas cerca de 15 segundos de arco de Mizar. Trata-se de Mizar B, que conjuntamente com Mizar A (anteriormente designada apenas por Mizar) forma um verdadeiro sistema binário de estrelas. Tanto Alcor, como Mizar A e Mizar B constituem, por sua vez, sistemas binários espectróscópicos.
Lenda sobre a Constelação Ursa Maior
Localiza-se: No hemisfério Norte
Esta é uma das constelações mais antigas, sendo também a mais conhecida. Inumeráveis lendas de diversas culturas e países falam deste grupo de sete estrelas e aludem na maioria dos casos à sua representação de um carro, nome pelo qual também é conhecida.
A constelação da Ursa Maior é mais facilmente observável entre Janeiro e Outubro, quando não se encontra tão perto do horizonte. É também conhecida por Carro, Arado e ainda Frigideira ou Caçarola. A Ursa Maior é uma constelação facilmente reconhecida pelas suas sete estrelas brilhantes que desenham um quadrado e uma cauda. Esta figura é um asterismo, isto é, um agrupamento característico que não constitui uma constelação, já que essa é muito maior (estende-se por uma grande área do céu e inclui cerca de duzentas outras estrelas visíveis a olho nu). As estrelas desta constelação, estando perto do pólo, são sempre visíveis nas noites de quase todo o hemisfério norte - constelação circumpolar.
A constelação é tão conhecida que muitas das civilizações lhe deram um significado: para os chineses as sete estrelas representavam uma concha que oferecia comida nos tempos de fome - chamavam-lhe «Pei to», concha medidora do norte; para os hebreus também se assemelhava a uma gigantesca concha que media as quantidades de cereal; para os povos germânicos era uma carroça puxada por três cavalos, enquanto para os britânicos era a biga (carro de duas rodas, movido por dois cavalos) do Rei Artur; para os egípcios as sete estrelas representavam a imortalidade, porque são visíveis durante todo o ano; para os índios Cherokee as estrelas representavam um grupo de caçadores que perseguia um urso desde os princípios da Primavera, quando estas estrelas estão altas no céu, até ao Outono, quando aparecem junto ao horizonte.
Segundo a mitologia grega, Zeus apaixonou-se por Calisto, a bela ninfa dos bosques e companheira de Ártemis. Zeus ficou de tal modo fascinado pela sua beleza que, para se aproximar dela, tomou as feições de Ártemis.
Calisto acolheu Zeus sem desconfiança, mas quando reconheceu o seu erro já era tarde demais, e concebeu dele um filho, que se chamou Arcas. Hera, esposa de Zeus, ficou furiosa e castigou Calisto, transformando-a numa ursa. Um dia, a irreconhecível Calisto e Arcas encontraram-se.
Calisto abriu os braços para acolher o filho mas este, julgando-se atacado pela gigantesca ursa, preparou-se para a matar. À última da hora, Zeus evitou a tragédia e transformou Arcas num pequeno urso, arrastando ambos para os céus. Hera, contudo, empurrou os dois para perto do pólo norte onde as estrelas são sempre visíveis ? mãe e filho nunca teriam descanso. Arcturo, a brilhante estrela do Boieiro ficou de guarda às ursas para que não se afastassem do gélido pólo.
O asterismo da Ursa Maior é muito útil para nos orientarmos à noite: prolongando cinco vezes as guardas da Ursa Maior encontra-se a estrela polar, a estrela da cauda da Ursa Menor, que nos indica o Norte.
Objectos do céu profundo
* Em boas condições de observação nota-se que a estrela do meio da cauda não é uma estrela mas sim duas: Mizar e Alcor. Estas duas estrelas não estão fisicamente associadas sendo a sua proximidade aparente para observadores na Terra - são as chamadas binárias visuais. Recorrendo ao uso de um telescópio é possível observar que a pópria Mizar é um sistema binário, composto por duas estrelas brancas gémeas.
* M81 - Trata-se de uma galáxia em espiral (Muito parecida com a Via Láctea) que pode ser observada com binóculos, mesmo numa cidade. Em condições óptimas torna-se espectacular, sendo o seu disco oval tanto mais evidente quanto maior for a ampliação das lentes utilizadas.
Galáxia irregular NGC 3034
M82* M82 - Esta é uma galáxia alargada e estreita. O tipo de galáxia não é fácil de distinguir, mesmo com bons aparelhos de observação.
M 51
M 101
* M101 - É uma galáxia em espiral, grande e extensa que se encontra a 16 milhões de anos-luz de distância.
* M97 (Nebulosa da Coruja) - Trata-se de uma nebulosa planetária oval, com a forma de uma coruja. É grande e difusa e para a encontrar é necessário possuir um bom telescópio (75 mm ou maior).
Modelo permite explicar a Nebulosa da Coruja
2003-07-23A nebulosa da Coruja. Crédito: Karen Kwitter (Williams College), Ron Downes (STScI), You-Hua Chu (Univ. of Illinois), NOAO, AURA, & NSF.
A nebulosa planetária NGC 3587, também conhecida por Nebulosa da Coruja devido ao seu aspecto tão semelhante à face daquela ave de rapina, possui uma estrutura complexa composta por três camadas concêntricas: um halo exterior de fraco brilho
O brilho de um astro refere-se à quantidade de luz que dele provém, ou seja, a quantidade de energia por ele emitida por unidade de área por unidade de tempo. Dado que o brilho observado, ou medido, depende da distância ao objecto, distingue-se o brilho aparente (quando medido a uma determinada distância), do brilho intrínseco (conceptualmente medido na supefície do próprio astro).
, uma camada intermédia circular, e uma camada interna de forma aproximadamente elíptica. A camada mais interna alberga uma cavidade bipolar que forma os olhos da coruja, e ainda duas áreas de maior brilho que podem ser vistas como sendo a testa e o bico da ave. Portal do Astrônomo
nebulosa planetári
Fonte: Observar o Céu - David Levy - editora atena
.1. Outros nomes
A Ursa Maior foi vista de formas diversas por diferentes povos.
Carl Sagan, em Cosmos, mostra em seis desenhos artísticos os nomes dados a este grupo de estrelas por diversas culturas.
Seu nome era Ursa Maior para os antigos gregos e os nativos da América do Norte. A mitologia grega explica a formação da Ursa Maior como um castigo de Zeus sobre Calisto.
Em França é conhecida como A Caçarola, e na Inglaterra como O Arado.
Na China foi vista como O Burocrata Celestial, e na Índia como Os Sete Sábios.
Na Europa medieval era chamada A Carruagem, ou A Carroça de Charles.
Na Mitologia nórdica é tida como O Carro ou Carruagem de Odin, que se disfarçava de viajante.
Os egípcios colocaram esta constelação dentro de um grupo maior de estrelas e a desenharam como uma procissão de um touro aparentemente puxando um homem na horizontal. Está situada proximo do polo norte celeste.
Galáxia M 81 (NGC 3031) vista pelo Spitzer2011-04-05Crédito: NASA/JPL-Caltech/S. Willner (Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics). Telescópio: Telescópio Espacial Spitzer. Localizada na direcção da constelação Ursa Maior, esta galáxia é facilmente visível com a ajuda de uns binóculos ou de um pequeno telescópio. Imagens de infravermelho como esta permitem uma estimativa da quantidade total de poeira existente na galáxia, bem como dos locais onde novas estrelas se estão a formar. M 81 situa-se a cerca de 12 milhões de anos-luz de distância. Possui um diâmetro óptico de cerca 100000 anos-luz e uma massa de 50000 milhões de massas solares. | |||||
M 81 e M822011-04-25Crédito: FIlipe Alves Nesta imagem do astrónomo amador Filipe Alves este par espectacular aparece numa visão de grande campo, semelhante à obtida por um pequeno telescópio amador. |
Galáxia M 109 (NGC 3992)
2010-11-14Crédito: NOAO/AURA/NSF.
Estima-se que tenha cerca de 250 mil milhões de massas solares e um diâmetro de 130 mil anos-luz.
Bolha de gás quente na galáxia NGC 3079
2011-08-06Crédito: NASA, Space Telescope Science Institute.
Telescópio: Hubble Space Telescope (HST).
Instrumento: Wide Field and Planetary Camera 2.
Estudos teóricos indicam que esta bolha se terá formado quando ventos emanados por estrelas muito quentes se terão misturado com regiões de gás quente geradas por explosões de supernovas.
Observações realizadas com rádio-telescópios indicam que estes processos ainda estão a ocorrer. Com o decorrer do tempo as estrelas quentes irão morrer e a fonte de energia da bolha irá extinguir-se.
Fonte:
NUCLIO Portal do Astrônomo - Portugal
http://www.portaldoastronomo.org/npod.php
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
ECLÍPSE LUNAR -2003 - Em Iinfravermelho
Imagem do Dia: Eclipse lunar em infravermelho
2003-11-12
Crédito: DCATT Team, MSX Project, BMDO.
Telescópio: SPIRIT III.
No passada noite de Sábado para Domingo, assistiu-se a mais um eclipse lunar total. Quem tivesse uma câmara de infravermelhos acoplada a um telescópio poderia ter observado algo parecido com esta imagem. Obtida durante o eclipse total ocorrido em Setembro de 1996 através de um telescópio em órbita terrestre, esta imagem mostra a Lua completamente imersa na sombra da Terra.
A radiação infravermelha tem comprimento de onda maior que a luz visível, pelo que o olho humano não é sensível a ela, embora possamos sentir o seu efeito sob a forma de calor. As zonas mais intensas na imagem correspondem às zonas mais quentes na superfície lunar, e as zonas escuras são as mais frias. A zona brilhante visível à esquerda e em baixo é a cratera de Tycho.
Fonte:
Portal do Astronomo - Portugal
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
PLASMA = ECTOPLASMA
O pl
Plasma
Ao estudar os mistérios do plasma, o quarto estado da matéria, os físicos podem passar horas apenas admirando os fenômenos de extraordinária beleza com que se deparam.
Quando o Telescópio Espacial Hubble capta aquelas imagens vívidas de nuvens interestelares de gás ionizado, o que estamos vendo nada mais é do que um plasma interestelar.
E os cientistas do Large Plasma Device, um enorme laboratório de estudos do plasma, localizado na Universidade da Califórnia, estão mostrando que não é preciso olhar tão longe para ver eventos tão belos.
Imagens do plasma em 3D
As novas imagens em 3D produzidas no experimento mostram as chamadas ondas de cisalhamento de Alfvén, assim batizadas em homenagem a Hannes Alfvén, ganhador do Prêmio Nobel de Física em 1970, que previu sua existência.
Os plasmas suportam uma grande variedade de ondas, algumas delas bem familiares, como ondas de luz e de som. Mas uma grande variedade de ondas encontradas no plasma não existem em nenhum outro lugar. A onda de Alfvén é uma delas.
Com as mais novas tecnologias 3D desenvolvidas para o cinema, os cientistas estão ficando agora ainda mais boquiabertos, ao poder visualizar as ondas em três dimensões.
Um verdadeiro show de imagens tridimensionais geradas nos estudo do plasma está marcado para acontecer em Abril de 2011, durante a reunião anual da Sociedade Americana de Física.
Ondas de Alfvén
Mas física não é só diversão: os cientistas estão demonstrando que as ondas de Alfvén são importantes em uma grande variedade de ambientes físicos.
As ondas de Alfvén são ondas magnetohidrodinâmicas de baixa frequência, que se propagam na direção do campo magnético através da oscilação de íons.
Elas desempenham um papel central na estabilidade dos dispositivos de confinamento magnético utilizados nas pesquisas sobre a fusão nuclear, dão origem à formação de auroras em planetas, e acredita-se que também contribuam para o aquecimento e a aceleração de íons na coroa solar.
As ondas de cisalhamento também podem causar aceleração de partículas ao longo de distâncias consideráveis no espaço interestelar.
asma também é chamado de "quarto estado da matéria", em extensão aos estados sólido, líquido e gasoso (esta descrição foi usada primeiramente por William_Crookes em 1879). A ilustração abaixo mostra como a matéria muda de um estado para outro à medida que se fornece energia térmica à mesma.
Energia
Quarto estado da matéria deixa físicos em êxtase
Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/12/2010
Além da beleza, as ondas de cisalhamento de Alfvén desempenham um papel importante nos dispositivos de fusão nuclear.[Imagem: Gekelman et al./BaPSF]
Ao estudar os mistérios do plasma, o quarto estado da matéria, os físicos podem passar horas apenas admirando os fenômenos de extraordinária beleza com que se deparam.
Quando o Telescópio Espacial Hubble capta aquelas imagens vívidas de nuvens interestelares de gás ionizado, o que estamos vendo nada mais é do que um plasma interestelar.
E os cientistas do Large Plasma Device, um enorme laboratório de estudos do plasma, localizado na Universidade da Califórnia, estão mostrando que não é preciso olhar tão longe para ver eventos tão belos.
Imagens do plasma em 3D
As novas imagens em 3D produzidas no experimento mostram as chamadas ondas de cisalhamento de Alfvén, assim batizadas em homenagem a Hannes Alfvén, ganhador do Prêmio Nobel de Física em 1970, que previu sua existência.
Os plasmas suportam uma grande variedade de ondas, algumas delas bem familiares, como ondas de luz e de som. Mas uma grande variedade de ondas encontradas no plasma não existem em nenhum outro lugar. A onda de Alfvén é uma delas.
Com as mais novas tecnologias 3D desenvolvidas para o cinema, os cientistas estão ficando agora ainda mais boquiabertos, ao poder visualizar as ondas em três dimensões.
Um verdadeiro show de imagens tridimensionais geradas nos estudo do plasma está marcado para acontecer em Abril de 2011, durante a reunião anual da Sociedade Americana de Física.
Esta é a representação do campo magnético tridimensional de uma onda de Alfvén, conforme ela foi durante uma fração de milionésimo de segundo. [Imagem: Walter Gekelman, UCLA]
Mas física não é só diversão: os cientistas estão demonstrando que as ondas de Alfvén são importantes em uma grande variedade de ambientes físicos.
As ondas de Alfvén são ondas magnetohidrodinâmicas de baixa frequência, que se propagam na direção do campo magnético através da oscilação de íons.
Elas desempenham um papel central na estabilidade dos dispositivos de confinamento magnético utilizados nas pesquisas sobre a fusão nuclear, dão origem à formação de auroras em planetas, e acredita-se que também contribuam para o aquecimento e a aceleração de íons na coroa solar.
As ondas de cisalhamento também podem causar aceleração de partículas ao longo de distâncias consideráveis no espaço interestelar.
asma também é chamado de "quarto estado da matéria", em extensão aos estados sólido, líquido e gasoso (esta descrição foi usada primeiramente por William_Crookes em 1879). A ilustração abaixo mostra como a matéria muda de um estado para outro à medida que se fornece energia térmica à mesma.
ESTRUTURA SOLAR
Plasma
Plasma -Big-Bang
Jato de Plasma
Semente de plasma ?
Semente de plasma ?
O vôo da semente de plasma
em minha janela
Os plasma possuem todas as propriedades dinâmicas dos fluidos, como turbulência, por exemplo. Como são formados de partículas carregadas livres, plasmas conduzem eletricidade. Eles tanto geram como sofrem a ação de campos eletromagnéticos, levando ao que se chama de efeito coletivo. Isto significa que o movimento de cada uma das partículas carregadas é influenciado pelo movimento de todas as demais. O comportamento coletivo é um conceito fundamental para a definição de plasmas.
Quando a matéria está sob a forma de plasma, temos que a temperatura em que ela se encontra é tão elevada que a agitação térmica de seus átomos é enorme, de forma que chega a sobrepor a força que mantém unidos ao núcleo os prótons, nêutron e elétrons.
Apesar de dificilmente ser conseguido o estado de plasma na Terra, os cientistas estimam que cerca de 99% de toda a matéria existente no universo esteja sob a forma de plasma. Uma vez que o plasma possui elétrons capazes de mover-se livremente, ele possui propriedades fantásticas, como a de um ótimo condutor de eletricidade e calor. Ele possui também formas extremamente particulares de interação com campos magnéticos e com ele mesmo. Como seus elétrons se movem livremente em seu interior, existe uma corrente elétrica dentro do plasma que gera, pela Lei de Ampère, um campo magnético. Estes elétrons também se movem em círculos de acordo com um campo magnético próprio do plasma, e para o caso da temperatura do plasma ser muito elevada, este movimento circular dos elétrons pode causar a emissão de ondas eletromagnéticas. Os campos magnéticos associados ao plasma podem ser extremamente intensos, como se pode notar no caso do Sol, onde os campos magnéticos do plasma são responsáveis pelas colunas de convecção de calor, dando origem a manchas solares, ventos solares etc. [47]
mais informações em ENCICLOPÉDIA DIGITAL 2002 - www.enciclopedia.com.br
ACELERAÇÃO DE CAMPO MÓVEL
Uma luz de alta intensidade, atingindo um plasma, empurra os elétrons (bolas vermelhas) até velocidades muitos altas, deixando os íons positivos mais pesados (bolas verdes) para trás e produzindo um poderoso campo elétrico (setas vermelhas) entre essas cargas separadas. Essa separação de cargas e as linhas do campo elétrico podem acelerar outras partículas carregadas até energias muito altas
Abandonado a ele próprio, um plasma ocupa, tal como qualquer gás, todo o espaço geométrico disponível, devido às colisões entre partículas. O plasma pode ser confinado por campos magnéticos, visto que as trajetórias dos íons e dos elétrons que o constituem são hélices que se enrolam em torno das linhas de força do campo magnético.
Plasma gerado por fusão termonuclear
Existem no mundo poucas máquinas do tipo Tokamaks Esféricos, destes, um aqui no Brasil. O Tokamak ETE (Experimento Tokamak Esférico) que está em funcionamento desde novembro de 2000 no Laboratório de Plasma (LAP) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP), é uma destas máquinas.
Luis Filipe de Faria Wiltgen Barbosa
Plasma gerado pelo INPE irá contribuir com estudos sobre energia por fusão termonuclear.
A geração de energia por fusão termonuclear é vista hoje como uma das alternativas plausíveis na busca de soluções para a escassez de combustível fóssil em um futuro não muito distante. É também considerada uma das opções de energia limpa, não agressiva ao meio ambiente, cujo uso poderia minimizar problemas ao nosso planeta, como o efeito estufa.
Ao contrário dos atuais reatores de usinas nucleares que geram resíduos radioativos ao produzirem energia por fissão - separação de átomos pesados -, o processo por fusão - como o próprio nome diz, processo no qual átomos leves se fundem - não é poluente. A energia por fusão já é obtida em experimentos realizados em máquinas chamadas Tokamak. Atualmente diversas versões estão em operação em países industrializados, como Inglaterra, Estados Unidos, Rússia e Japão. No entanto, nenhum experimento até hoje gerou mais energia do que a consumida pela máquina, apesar da enorme evolução científica e tecnológica nas últimas décadas.
A máquina do tipo Tokamak foi idealizada com o objetivo de aprisionar plasma para então gerar energia por fusão termonuclear. O plasma é um "gás" de íons e elétrons livres, o quarto estado da matéria, encontrado em condições naturais somente fora da atmosfera terrestre e em quase todo o Universo. É formado a temperaturas acima de 10 mil graus celsius, mas para gerar energia por fusão, o plasma deve estar aquecido a temperaturas acima de 15 milhões de graus celsius, tal como ocorre nas estrelas e no Sol. Em plasma de laboratório, no entanto, são necessárias temperaturas da ordem de 100 milhões de graus celsius para ocorrer fusão.
BIOLOGIA:
Substância fundamental das células. O mesmo que protoplasma.
O plasma é o líquido amarelado no qual se encontram suspensas as células do sangue.
Fundamentalmente, é uma solução de proteínas, cada uma com sua função. A principal proteína plasmática é a albumina, que ajuda, por suas propriedades químicas, a manter o plasma no interior dos vasos, impedindo seu extravasamento excessivo para os tecidos. A deficiência de albumina, comum em casos de desnutrição muito graves, ou de algumas doenças do rim (ex: síndrome nefrótica) e do fígado (ex: cirrose), leva à formação de edema, ou seja, a infiltração dos tecidos por líquido proveniente do interior dos vasos sangüíneos. Além disso, o plasma também contém proteínas denominadas fatores da coagulação, que atuam no processo de formação dos coágulos.
A deficiência de fatores da coagulação ocorre em algumas condições hereditárias, como a hemofilia A (deficiência do fator VIII), e causa hemorragias freqüentes e de difícil controle. É também no plasma que são transportadas as imunoglobulinas (anticorpos), que são proteínas produzidas pelo sistema imunológico em resposta a processos infecciosos. A deficiência de imunoglobulinas predispõe o indivíduo a infecções.
ECTOPLASMA
- 1. s. m. Biologia: Película externa do citoplasma na célula.
-
O professor Tinôco informa na página 62 de seu livro:"... Há outro fenômeno paranormal conhecido pôr Materialização. Neste caso, os chamados médiuns_de_efeitos_físicos liberam uma substância chamada pôr Charles_Richet de ectoplasma. Em meio a essa substância, que é uma massa de cor clara retirada do corpo do médium,... - surgem partes de corpos humanos como, pôr exemplo:
- mãos,
- rostos,
- cabelos
- e até mesmo corpos humanos parcialmente completos.
Essas formas têm vida autônoma, funções vitais próprias e independência em relação ao médium e aos circunstantes. Algumas vezes, essas formas humanas, surgidas em meio à massa de ectoplasma liberado pelo médium, conversam, dizendo-se espíritos de pessoas mortas, transmitem informações, sentem emoções, etc. É o que se deduz das experiências de:
- William Crookes,
- Albert Von Scherenk Notzing
- e muitos outros pesquisadores.
Nestes fenômenos não ocorre propriamente uma materialização na acepção pura do termo. O que ocorre, de fato, é uma moldagem do ectoplasma. E tanto é assim que o peso da forma ectoplasmada, somado ao peso do médium doador do ectoplasma, é aproximadamente igual ao peso do médium fora do transe. Portanto, achamos conveniente o uso de ectoplasmia, em substituição ao termo materialização."
Quanto menos densos os elos de ligação entre os implementos físicos e espirituais, nos órgãos da visão, ...
- mais amplas as possibilidades na clarividência,
- prevalecendo as mesmas normas para a clariaudiência
- e para modalidades outras, no intercâmbio_entre_as_duas_esferas, inclusive as peculiaridades da materialização, pelas quais os recursos periféricos do citoplasma, a se condensarem no ectoplasma da definição científica vulgar, se exteriorizam do corpo_carnal do médium, na conjugação com as forças circulantes do ambiente, para a efêmera constituição de formas diversas. - Uberaba-MG - 26/3/1958
Substância, caracterizada por um cheiro especialíssimo, que não conseguimos descrever, escorrendo em movimentos reptilianos, acumulando-se na parte inferior do organismo medianímico, apresentando o aspecto de grande massa protoplásmica, viva e tremulante.
O ectoplasma está em si tão associado ao pensamento do médium, quanto as forças do filho em formação se encontram ligadas à mente maternal. Em razão disso, toda a cautela é indispensável na assistência ao medianeiro.
Essa força materializante é como as outras manipuladas nas tarefas de intercâmbio dos espíritos. Independe do caráter e das qualidades morais daqueles que a possuem, constituindo emanações do mundo psicofísico, das quais o citoplasma é uma das fontes de origem.
À simples aproximação dos pensamentos inadequados que lhe senhoreavam as vibrações, toda a matéria ectoplásmica se ressentia, obscurecendo-se ao bombardeio das formações_mentais nascidas da assistência.
Na materialização mediúnica, sob condições excepcionais e com o auxílio de Inteligências desencarnadas, o organismo do médium deixa escapar o ectoplasma ou o plasma exteriorizado, no qual as células, em tonalidade vibratória diferente, elastecem-se e se renovam, de conformidade com os moldes_mentais que lhes são apresentados, produzindo os mais significativos fenômenos em obediência ao comando da Inteligência, por intermédio dos quais a Esfera Espiritual sugere ao Plano Físico a imortalidade da alma, a caminho da Vida Superior.
André Luiz (Uberaba, 29 de Janeiro de 1958)
André Luiz (Uberaba, 29 de Janeiro de 1958)
(Ver em: Células e Perispírito )
Encarnados, de almas regularmente evoluídas, em apreciáveis condições_vibratórias pela sincera devoção ao bem, com esquecimento dos seus próprios desejos. Podem projetar raios_mentais, em vias de sublimação, assimilando correntes superiores e enriquecendo os raios vitais de que são dínamos comuns.
Chamemos-lhes raios ectoplásmicos, unindo apontamentos à nomenclatura dos espiritistas modernos. Esses raios são peculiares a todos os seres vivos. É com eles que a lagarta realiza suas complicadas demonstrações de metamorfose e é ainda na base deles que se efetuam todos os processos de materialização mediúnica, porquanto os sensitivos encarnados que os favorecem libertam essas energias com mais facilidade. Todas as criaturas, porém, guardam-nas consigo, emitindo-as em freqüência que varia em cada uma, de conformidade com as tarefas que o Plano da Vida lhes assinala.
O estudo da mediunidade repousa nos alicerces da mente com o seu prodigioso campo de radiações. A ciência dos raios imprimirá, em breve, grande renovação aos setores culturais do mundo. Aguardemos o porvir. - André Luiz - 1954
(Ver em: Psicoscopia )
O ectoplasma, ou força nervosa, que será abundantemente extraído do médium, não pode sofrer, sem prejuízos fatais, a intromissão de certos elementos microbianos. - André Luiz - 1943
O ectoplasma - esta força nervosa - não é apenas propriedade de alguns privilegiados na Terra.
Todos os homens a possuem com maior ou menor intensidade; entretanto, é preciso compreender que não nos encontramos, ainda, no tempo de generalizar as realizações. Este domínio exige santificação. (Ver: Psicoscopia
homem não abusará no setor do progresso espiritual, como vem fazendo nas linhas de evolução material, onde se transformam prodigiosas dádivas divinas em forças de destruição e miséria.
Neste campo de realizações sublimes, a que nos sentimos ligados, a ignorância, a vaidade e a má-fé permanecem incapacitadas por si próprias, traçando fronteiras de limitação para si mesmas. - André Luiz - 1943
Neste campo de realizações sublimes, a que nos sentimos ligados, a ignorância, a vaidade e a má-fé permanecem incapacitadas por si próprias, traçando fronteiras de limitação para si mesmas. - André Luiz - 1943
Esse material, representa vigorosos recursos plásticos para que os benfeitores de nossa esfera se façam visíveis aos irmãos perturbados e aflitos ou para que materializem provisoriamente certas imagens ou quadros, indispensáveis ao reavivamento da emotividade e da confiança nas almas infelizes. Com os raios e energias, de variada expressão, emitidos pelo homem encarnado, podemos formar certos serviços de importância para todos aqueles que se encontrem presos ao padrão vibratório do homem comum, não obstante permanecerem distantes do corpo físico.
O condensador ectoplásmico, utilizado pelas entidades espirituais, tem a propriedade de concentrar em si os raios de força projetados pelos componentes da reunião, reproduzindo as imagens que fluem do pensamento da entidade comunicante (espírito), não só para a observação das entidades do plano espiritual, mas também para a análise do doutrinador encarnado, que as recebe em seu campo intuitivo, auxiliado pelas energias magnéticas do plano espiritual.
O fluido_vital, indispensável à produção de todos os fenômenos mediúnicos, é apanágio exclusivo do encarnado e que, por conseguinte, o Espírito operador fica obrigado a se impregnar dele. Só então pode, mediante certas propriedades, que desconheceis, do vosso meio ambiente, isolar, tornar invisíveis e fazer que se movam alguns objetos materiais e mesmo os encarnados.
"Não me é permitido, por enquanto, desvendar-vos as leis particulares que governam os gases e os fluidos que vos cercam; mas, antes que alguns anos tenham decorrido, antes que uma existência de homem se tenha esgotado, a explicação destas leis e destes fenômenos vos será revelada e vereis surgir e produzir-se uma variedade_nova_de_médiuns, que agirão num estado cataléptico especial, desde que sejam mediunizados."
ERASTO
- A nós, os Espíritos desencarnados, interessa, no plano_extrafísico, mais ampla sublimação, para que façamos ajustamento de determinados princípios mentais, com respeito à execução de tarefas específicas.
- E aos encarnados interessa a existência em plano moral mais alto para que definam, com exatidão e propriedade, a substância ectoplasmática, analisando-lhe os componentes e protegendo-lhe as manifestações, de modo a oferecerem às Inteligências Superiores mais seguros cabedais de trabalho, equacionando-se, com os homens e para os homens, a prova inconteste da imortalidade. André Luiz - 1959
“Fluido ódico” de Reichembach, fluido vitalizador do sistema nervoso e a que a vidente de Prevorst chamava, com efeito, “espírito dos nervos”.-Ernesto Bozzani.
As experiências parecem indicar que as propriedades dessa “substância” são as seguintes:- 1º é tênue e invisível;
- 2º tem particular relação com o médium, visto que outras pessoas que não se acham em contacto com ele não podem provocar a queda da mesa;
- 3º essa substância penetra no médium mais facilmente através sua mão nua;
- 4º existem corpos que a conduzem mais lentamente que outros e até mesmo que não a conduzem de todo;
- 5º o ar não é bom condutor;
- 6º das pessoas que fizeram a experiência, parece que somente eu a conduzi, assim mesmo muito lentamente;
- 7º ela é essencial aos fenômenos de levitação.
As seguintes observações são unicamente indicativas e podem ser úteis a outros pesquisadores.
Essa coisa misteriosa que parece estar sobre ou dentro da mesa, certamente não é eletricidade. Em primeiro lugar porque sua velocidade de descarga é muito pequena, e depois porque nunca se produziu coisa alguma durante as sessões que lembrasse os efeitos da eletricidade. Deve ser uma forma de energia ligada a pequenas partículas de matéria. Provavelmente, essas partículas acham-se acumuladas no interior e na superfície da mesa e sua energia é utilizada pelos operadores. Devem ter também alguma relação com o sistema nervoso do médium.
As estruturas psíquicas em geral parecem sair da parte inferior das pernas do médium e as partículas de energia voltam a ele por suas próprias mãos. Talvez exista urna espécie de pressão psíquica positiva em suas pernas e pés e uma espécie de pressão psíquica negativa em seus braços e mãos, de maneira que as partículas tendam a voltar para o seu corpo. Para me servir de uma analogia com a eletricidade, o potencial psíquico é mais elevado nas proximidades de seus tornozelos que de suas mãos.
Todos os povos primitivos de grande espiritualidade e superstição possuíam a noção de uma força fluída invisível que preenche a natureza e anima os seres vivos, estando ligada diretamente à qualidade da saúde e entrando no corpo pela respiração. Em resumo, atribuíam ao ar a fonte da vida e da saúde. Cada cultura deu-lhe um nome:- Qi na China,
- Ki no Japão,
- Prana/ Shakti/ Kundalini na Índia,
- Ti no Havaí,
- Mana na Oceania,
- Aither (éter) e Pneuma na Grécia, Aether (éter),
- Aura e Spiritus (espírito) em Roma.
Com o passar do tempo foram criados mais nomes:
- Quintessência,
- Vril,
- Força Ódica,
- Orgone,
- Bioplasma,
- Telesma,
- Baraka,
- Força Vital,
- Fogo Cósmico,
- Fogo da Serpente,
- o Dragão da Terra,
- a Força.
Praticamente todas as doutrinas de artes marciais, de esoterismo e de filosofia e metafísica baseadas no Taoismo apresentam esse conceito de energia espiritual, ou Ki.
- Importante!(Ver: Futuro dos fenômenos físicos)
Em pesquisas da constituição do ectoplasma, por meio de análises químicas e histológicas, foi detectado: cloreto de sódio, fosfato de cálcio, células epiteliais e leucócitos, além de matéria gordurosa.
(do gr. ektós, fora, exterior, + Plasma ), termo divulgado por Charles Richet (1850-1935). - Substância de natureza filamentosa ou fibrosa, que, quando visível, pode aparecer esbranquiçada (a mais freqüente), preta ou cinzenta, por vezes, aparecem as três cores simultaneamente, emana através de todos os poros do médium, especialmente da boca, das narinas, dos ouvidos, do tórax, e das extremidades (alto da cabeça, seios, pontas dos dedos), sendo reabsorvido ou dispersado ao final do processo.
- Substância viva manipulada pelos espíritos.
- Geralmente é inodora, embora, às vezes, possa desprender um odor particular difícil de ser descrito.
- Por vezes, é frio e úmido; em outros, viscoso e semilíquido, mas raramente seco e duro (quando forma cordas é duro, fibroso, nodoso).
- Dilata-se ou expande-se fácil e suavemente.
- Ao tato pode-se senti-lo como uma teia de aranha.
- Pode aparecer ou desaparecer rapidamente.
- Uma corrente de ar pode agita-lo ou remove-lo.
- Obediente à ação mental.
- Por ser extremamente fotossensível, imprescinde da obscuridade.
- A luz exerce grande poder de desagregação (efeito fotoelétrico).
- Quando se toca o ectoplasma de uma pessoa, a uma distância do corpo ela sente o toque, com sensações diversas. Este toque pode causar ânsia de vômito, tosse e até sensações mais desagradáveis.
- Penetra ou atravessa qualquer tipo de matéria.
- Interage física ou quimicamente (nível atômico) com a matéria. Daí o seu emprego na produção de efeitos_físicos ou a sua aplicação em trabalhos de cura. E essa ação pode ocorrer a distância.
A substância foi chamada, também, ideoplasma,
porque instantâneamente toma a forma que lhe dá o Espírito.
Bioenergias, ectoplasma e fenômenos parapsíquicos (parte II)
Energia. A energia da consciência, quando condensada, manifesta-se na condição de ectoplasma, parecendo agregar componentes orgânicos do corpo_biológico do sensitivo ectoplasta. O ectoplasma citado aqui é diferente do ectoplasma estudado na biologia convencional (parte periférica do citoplasma - conteúdo da célula, excluído o núcleo).
Composição. Apesar disso, o ectoplasma parece ser composto:
- tanto pela bioenergia, própria do corpo energético do sensitivo,
- como por algumas características de componentes que são encontrados nas células humanas,
- além de incluir até a presença de tecido das roupas do sensitivo ou médium.
Características. O ectoplasma apresenta formas instáveis, ora como tênues vapores, bastões, espirais, fios, cordas, teias, raios rígidos ou semi-rígidos, movendo-se sinuosamente como répteis, ora como se fosse um ser vivo, inteligente, vibrando, espichando ou encolhendo. Demonstra ainda tendência a ser absorvido abruptamente pelo corpo do médium.
Daniel Muniz
O ectoplasma é a mais protéica das substâncias e pode manifestar-se de muitas maneiras e com propriedades variadas. Isso foi demonstrado pelo Doutor W. J. Crawford, Professor de Engenharia Mecânica na Queen’s University, de Belfast. Dirigiu uma importante série de experiências de 1914 a 1920, com a médium Kathleen Goligher. Fêz o seu relato em três livros, que são:
- “lhe Reality of Psychic Phenomena” (1917),
- “Experiments in Psychical Science”, em 1910
- e “lhe Psychic Structures at Lhe Goligher Circle” em 1921. (15)
Do livro "HISTóRIA DO ESPIRITISMO" de ARTHUR CONAN DOYLE - Capítulo 18
BIOLOGIA
- Ectoplasma: é a porção mais externa do hialoplasma apresenta-se mais consistente. Também conhecido como Plasmagel. A sustentação do citoplasma deve-se ao funcionamento do ectoplasma como verdadeiro suporte celular, mantendo mais ou menos constante a sua forma.
- Endoplasma: é a porção mais fluida e mais interna do hialoplasma. Também conhecido como Plasmassol.
O ectoplasma está situado entre a matéria_densa e a matéria_perispirítica, assim como um produto de emanações da alma pelo filtro do corpo, e é recurso peculiar não somente ao homem, mas a todas as formas da Natureza. Em certas organizações fisiológicas especiais da raça humana, comparece em maiores proporções e em relativa madureza para a manifestação necessária aos efeitos_físicos que analisamos.
Durante todas as experiências, a médium esteve plenamente consciente.
O Dr. Crawford encarou os problemas de levitação de mesa, etc., como_simples_problemas_de_mecânica, e valendo-se de dispositivos registradores de energia, tanto mecânicos como elétricos, conseguiu descobrir, por dedução de suas observações, o modus operandi das "estruturas psíquicas" empregadas. Numa etapa bem posterior, ele pôde comprovar suas deduções por visão direta e fotografias, como se exporá a seu devido tempo.
A maior parte do ectoplasma se obtém comumente da médium, embora seja suplementado por uma pequena porção extraída de todos ou da maioria dos presentes à sessão.
Conquanto completamente invisível à vista comum, o ectoplasma pode, às vezes, ser perceptível ao tato. É descrito como viscoso, reptílico, frio, quase oleoso, como se a atmosfera estivesse impregnada de partículas de matéria morta e desagradável.
O diâmetro das extremidades das hastes psíquicas projetadas da médium pode variar entre 12 milímetros e 22 centímetros. A sua extremidade livre parece capaz de assumir várias formas e graus de rijeza: planas ou convexas, circulares ou convexas; e macias como carne tenra ou rijas como ferro. O tronco da haste é tangível à beira de algumas polegadas da extremidade livre, mas daí para a outra extremidade se torna intangível, embora resista, puxe, empurre, tosquie e vergue.
No entanto, na parte intangível se sente um fluxo de partículas frias, semelhantes a esporões, emanadas da médium. Parece haver razão para crer que, em alguns casos, embora não em levitações, há uma completa circulação de matéria etérica saindo da médium e retornando a ela por outra parte do seu corpo. A pedido, pode-se variar a condição da extremidade da haste quanto ao seu tamanho e rijeza. As hastes compridas são geralmente macias na extremidade, e as curtas, mais densas e duras.
Crawford acha provável que as hastes consistam de feixes de fios delicados, intimamente unidos e aderidos entre si. A energia psíquica segue os fios e dá ao conjunto a rigidez de uma viga, que pode então ser deslocada à vontade pelas energias postas em ação no corpo da médium.
Certas experiências fazem pensar que a extremidade de uma haste consiste numa película espessa, ou mais ou menos elástica, esticada sobre uma armação delgada, um pouco denteada e elástica. A elasticidade desta película é limitada; submetida a um esforço excessivo, ela pode romper-se; a moldura denteada fica então exposta.
O fato de um electroscópio poder ser descarregado se for tocado por uma haste, prova que esta desempenha o papel de condutor de corrente elétrica de alta tensão, que se descarrega no solo pelo corpo do médium ao qual se encontre ligada.
Por outro lado, uma haste colocada através das terminais de um circuito de campainhas, não as faz soar, mostrando assim que ela opõe grande resistência a uma corrente de baixa tensão.
A luz branca destrói comumente as formações de hastes: mesmo os raios luminosos refletidos de uma superfície onde se aplique força_psíquica, interferem nos fenômenos. A luz vermelha, no entanto, se não for demasiado forte, parece não prejudicar a estrutura psíquica; nem tampouco a danifica a luz emanada de pintura luminosa que se haja exposto ao sol durante algumas horas.
As estruturas são, em geral, inteiramente invisíveis, embora às vezes seja possível entrevê-las. Já se tem conseguido fotografá-las à luz de magnésio, mas é preciso tomar precauções com a médium, a fim de poupá-la. A luz de magnésio, ao atingir o ectoplasma, provoca na médium um choque muito mais violento quando a estrutura está em ação, do que no caso oposto.
Se, por outro lado, as hastes são aderidas ao solo, o peso da mesa levantada se transmite diretamente ao solo, e o peso do médium, em lugar de aumentar, diminui. Esta diminuição é devida ao peso do ectoplasma formador da haste, uma de cujas extremidades se apóia no solo.
Quando a força transmitida por uma haste é para manter um objeto, como u'a mesa, solidamente fixo ao solo, a diminuição do peso do médium, após as observações, tem atingido até 18 quilos.
Noutra ocasião, em que a estrutura ectoplasma não foi utilizada, o peso do médium diminui de 27 quilos, ou seja, quase a metade de seu peso normal.
Os modilhões são geralmente empregados para mover ou levantar objetos leves, porém, quando estes são pesados, ou quando se trata de transmitir uma força considerável, as hastes são fixadas ao solo, produzindo o dispositivo em alavanca. A força empregada atinge muitas vezes a 50 quilos.
Durante a levitação_de_objetos, a tensão suportada pelo médium manifesta-se freqüentemente pela rigidez, até à rigidez férrea, dos músculos, principalmente dos braços ou mesmo de todo o sistema muscular. Estudos ulteriores revelaram a Crawford que a rigidez muscular havia desaparecido inteiramente.
A produção desses fenômenos parece dar como conseqüência perda permanente de peso, tanto do médium como dos espectadores, porém que não ultrapassa algumas onças (onça = 28, 35 grs. ) Os assistentes podem perder mais peso do que o médium.
Em geral, quando se coloca um objeto material qualquer dentro do espaço ocupado pela haste, a comunicação entre esta e o médium é imediatamente interrompida e a haste se desintegra. Entretanto, um objeto delgado como um lápis pode passar impunemente através da parte vertical da haste, porém não através da parte que se encontra entre o médium e a mesa. A interferência nesta última parte pode lesar fisicamente o médium.
Para que uma haste possa tocar ou aderir ao solo ou a uma mesa, sua extremidade deve ser preparada de modo particular para que fique mais densa do que o resto da haste. Isto parece difícil, ou pelo menos exige tempo e força; por conseguinte, os pontos a agarrar devem ser sempre reduzidos ao mínimo.
O sistema de agarrar é por sucção, como se pode facilmente demonstrar pela argila mole, de que falaremos adiante. As vezes, escutam-se "aspiradores" escorregando pela superfície da madeira ou agarrando novos pontos.
Crawford apresenta numerosos exemplos (e também fotografias) de impressões produzidas pelo contato das hastes sobre massa e argila mole. Estas impressões, muitas vezes, assinalam marcas parecidas com o tecido das meias do médium. No entanto, a semelhança é superficial, pois não se pode produzir tais impressões apoiando sobre a argila um pé revestido de meia. A impressão feita pela haste é muito mais nítida do que a que se poderia conseguir pelos meios ordinários; parece-se com a que se obteria, se uma matéria fina e viscosa, estendida sobre o tecido da meia e depois de seca, tivesse sido em seguida comprimida contra a argila. Ademais, pode-se modificar muito a marca de fabricação da meia, e o delicado modelo e o traçado dos fios podem ser deformados, engrossados, parcialmente recobertos ou rompidos, conquanto permaneçam ainda reconhecíveis como os mesmos da marca do tecido. Pode-se deduzir que o ectoplasma primeiramente apresenta-se em estado semilíquido, que passa através e ao redor dos intervalos do tecido e coagula-se na parte externa da meia. É de natureza glutinosa e fibrosa, e a forma que toma é quase exatamente a do tecido. Depois se estira da meia e se envolve na extremidade da haste. Para produzir uma impressão extensa, a película é engrossada e reforçada por nova adição de substância materializante. Assim a impressão original pode ser torcida, deformada ou apagada parcialmente.
A haste pode também reproduzir a impressão dos dedos, embora seu tamanho possa não corresponder à dos dedos normais, e seus contornos podem ser muito mais nítidos ou mais regulares do que os obtidos pelas impressões digitais ordinárias.
Golpes, indo dos mais leves até os executados com a força de um martelo, outros ruídos ainda, podem ser produzidos por hastes semi-flexíveis, com extremidades adequadamente preparadas, com as quais se batem nos objetos materiais.
O ectoplasma desce ao longo das pernas e penetra nos sapatos; passa entre a meia e a sola, onde houver espaço suficiente. Se, pelo caminho, apoderou-se do pó corado, ele o deposita em todos os pontos em que o pé, a meia e o calçado estão em estreito contato, isto é, onde não encontra lugar para passar.
A solidificação e a desmaterialização da extremidade resistente de uma haste efetuam-se logo que a haste sai do corpo do médium. É este o motivo por que a extremidade livre da haste, a não ser que seja muito fina, não pode atravessar um tecido serrado e até uma grade metálica de malha de uma polegada, se esta está colocada a mais de uma ou duas polegadas adiante do médium. Entretanto, se esses anteparos se encontrarem muito perto do corpo, pode-se dar uma materialização imperfeita da extremidade da haste, e produzir fenômenos psíquicos limitados
W. J. Crawford está convencido de que na produção dos fenômenos espíritas, duas substâncias, pelo menos, são empregadas:
Além das descrições detalhadas de sessões e de numerosos fenômenos, encontram-se aqui cerca de duzentas fotografias de formas materializadas ou de aparições as mais diversas, desde fios ou massas de ectoplasma, até rostos inteiramente formados. Vamos resumir as principais conclusões. Para facilitar nossa tarefa, tomamos longos trechos de uma conferência sobre a fisiologia supranormal e os fenômenos_ideoplásticos, pelo Dr. Gustavo Geley, psicólogo e médico francês, reproduzida no fim da obra do barão Notzing.
Do corpo do médium emana uma substância, a princípio amorfa ou polimorfa. Ela pode apresentar o aspecto de uma pasta dúctil, de verdadeira massa protoplásmica, espécie de geléia tremulante, de simples blocos, de fios delgados, de cordas, de raios estreitos e rígidos, de faixa larga, de membrana, de tecido, de rede dobrada e franjada.
A natureza filamentosa ou fibrosa dessa substância foi muitas vezes observada. Apresenta-se branca, negra, ou cinzenta; às vezes aparecem as três cores juntas: a branca é a talvez mais freqüente. Parece luminosa. Em geral parece ser inodora; no entanto desprende, às vezes, odor particular e impossível de ser descrito.
Parece não haver dúvida de que ela está sujeita à gravidade.
Ao tacto, ela pode mostrar-se úmida ou fria, viscosa ou glutinosa, mais raramente seca e dura.
Quando se dilata, é suave e um pouco elástica; quando forma cordas, é dura, nodosa e fibrosa. Pode-se senti-la passar sobre a mão corno uma teia de aranha; os fios são ao mesmo tempo rígidos e elásticos. É móvel, com um movimento rastejante como o de réptil, embora se mova às vezes brusca e rapidamente. Uma corrente de ar pode pô-la em movimento. Se for tocada, produz reação dolorosa no médium. É de sensibilidade extrema; aparece e desaparece com a rapidez do relâmpago. É particularmente sensível à luz, embora, no entanto, às vezes os fenômenos resistam à luz do dia. Pode-se fotografá-la à luz do magnésio, embora o súbito clarão produza um choque repentino no médium.
Durante a produção do fenômeno, a cabina em que se encontra o médium fica geralmente na obscuridade, porém as cortinas são muitas vezes abertas.
Fora da cabina, emprega-se a luz vermelha, e algumas vezes mesmo a luz branca, até a intensidade de cem velas.
A substância tem irresistível tendência à reorganização. Assume numerosas formas, às vezes mal definidas e não organizadas, porém o mais das vezes organizadas, formando dedos, inclusive as unhas, perfeitamente modelados; mãos, rostos e outras formas, todas completas. A substância emana de todo o corpo do médium, mas especialmente dos orifícios naturais e das extremidades, do alto da cabeça, dos seios, da ponta dos dedos. O ponto de partida mais habitual e mais fácil de se verificar é a boca, a superfície interna das bochechas, as gengivas e o céu da boca.
As formas materializadas têm certa independência; a mão, por exemplo, é capaz de mover os dedos e de segurar a mão do observador, embora a pele humana pareça às vezes repelir os fantasmas. Às estruturas são, às vezes, menores do que as naturais, isto é, verdadeiras miniaturas. Observou-se que a traseira das materializações carecia de forma orgânica, não passando de uma massa de substância amorfa. As formas não contêm mais que o mínimo de substância suficiente para fazê-las aparecer como reais, e podem desaparecer tanto instantaneamente como aos poucos, por um desvanecimento gradativo. Vê-se claramente que durante todo o tempo as formas estão fisiológica e psiquicamente ligadas ao médium; a sensação 'reflexa das estruturas se confunde com a do médium. Assim, um alfinete cravado na substância causaria dor no médium.
A substância parece influenciável tanto pela direção geral da sessão como pelo tema dominante nos pensamentos dos assistentes. Além disso, o médium, geralmente em estado hipnótico, é extraordinariamente sensível à influência da sugestão.
Fragmentos de formas materializadas foram recolhidos num prato de porcelana, e guardados. Em certos casos descobriram-se fragmentos de pele, cuja origem humana foi reconhecida ao exame microscópico.
Noutra ocasião, encontraram-se três ou quatro centímetros cúbicos de um líquido transparente, que não continha bolha alguma. A análise revelou um líquido incolor, ligeiramente turvo, não viscoso, inodoro, levemente alcalino, deixando um precipitado brancacento. O microscópio demonstrou a existência de detritos celulares e saliva; a substância provinha evidentemente da boca.
- É um elemento amorfo, mas de grande potência e vitalidade.
- Pode ser comparado a genuína massa_protoplásmica, sendo extremamente sensível, animado de princípios criativos que funcionam como condutores de eletricidade e magnetismo, mas que se subordinam, invariavelmente, ao pensamento e à vontade do médium que os exterioriza ou dos Espíritos desencarnados ou não que sintonizam com a mente mediúnica, senhoreando-lhe o modo de ser.
- Infinitamente plástico, dá forma parcial ou total às entidades que se fazem visíveis aos olhos dos companheiros terrestres ou diante da objetiva fotográfica, dá consistência aos fios, bastonetes e outros tipos de formações, visíveis ou invisíveis nos fenômenos de levitação, e substancializa as imagens criadas pela imaginação do médium ou dos companheiros que o assistem mentalmente afinados com ele (Teleplastia - Ideoplastia).
Exigenos, pois, muito cuidado para não sofrer o domínio de inteligências sombrias, de vez que manejado por entidades ainda cativas de paixões deprimentes poderia gerar clamorosas perturbações.André Luiz - 1954
Ectoplasma (do grego ektos, exterior, e plasma, molde; isto é, "modelado fora do corpo") é o nome dado à matéria quase toda etérica, senão inteiramente, que se desprende ou exsuda do médium e se emprega na manifestação de fenômenos espiritistas.
O falecido doutor em Ciências naturais, W._J._Crawford, descreve em seus livros — The Reality of Psychic Prenomena (1916), Experiments in Psychical Science (1918), e Psychic Structures (1921) — as minuciosas e magistrais pesquisas por ele empreendidas sobre fenômenos_de_levitação e pancadas_de_mesa. Os desejosos de maiores detalhes poderão encontrá-los nesses livros; aqui podemos dar apenas um breve resumo de tais estudos, no que se relacionam com o nosso tema.
O falecido doutor em Ciências naturais, W._J._Crawford, descreve em seus livros — The Reality of Psychic Prenomena (1916), Experiments in Psychical Science (1918), e Psychic Structures (1921) — as minuciosas e magistrais pesquisas por ele empreendidas sobre fenômenos_de_levitação e pancadas_de_mesa. Os desejosos de maiores detalhes poderão encontrá-los nesses livros; aqui podemos dar apenas um breve resumo de tais estudos, no que se relacionam com o nosso tema.
Durante todas as experiências, a médium esteve plenamente consciente.
O Dr. Crawford encarou os problemas de levitação de mesa, etc., como_simples_problemas_de_mecânica, e valendo-se de dispositivos registradores de energia, tanto mecânicos como elétricos, conseguiu descobrir, por dedução de suas observações, o modus operandi das "estruturas psíquicas" empregadas. Numa etapa bem posterior, ele pôde comprovar suas deduções por visão direta e fotografias, como se exporá a seu devido tempo.
Em suma, verificou-se que o ectoplasma exsudado da médium era preparado e modelado em "hastes" (como ele as denomina) pelos "operadores" que controlam a produção dos fenômenos. Estas hastes ou barras ficam ligadas numa extremidade à médium, e na outra, por sucção, às pernas da mesa ou a outros objetos. Ao aplicar-se a energia psíquica através das hastes, as mesas ou outros objetos se moviam em vários sentidos, sem que tivessem nenhum contato puramente físico com qualquer das pessoas presentes. Se as hastes batiam no soalho, mesa, campainhas, etc., produziam pancadas ou muitos outros ruídos.
A maior parte do ectoplasma se obtém comumente da médium, embora seja suplementado por uma pequena porção extraída de todos ou da maioria dos presentes à sessão.
Conquanto completamente invisível à vista comum, o ectoplasma pode, às vezes, ser perceptível ao tato. É descrito como viscoso, reptílico, frio, quase oleoso, como se a atmosfera estivesse impregnada de partículas de matéria morta e desagradável.
O diâmetro das extremidades das hastes psíquicas projetadas da médium pode variar entre 12 milímetros e 22 centímetros. A sua extremidade livre parece capaz de assumir várias formas e graus de rijeza: planas ou convexas, circulares ou convexas; e macias como carne tenra ou rijas como ferro. O tronco da haste é tangível à beira de algumas polegadas da extremidade livre, mas daí para a outra extremidade se torna intangível, embora resista, puxe, empurre, tosquie e vergue.
No entanto, na parte intangível se sente um fluxo de partículas frias, semelhantes a esporões, emanadas da médium. Parece haver razão para crer que, em alguns casos, embora não em levitações, há uma completa circulação de matéria etérica saindo da médium e retornando a ela por outra parte do seu corpo. A pedido, pode-se variar a condição da extremidade da haste quanto ao seu tamanho e rijeza. As hastes compridas são geralmente macias na extremidade, e as curtas, mais densas e duras.
Crawford acha provável que as hastes consistam de feixes de fios delicados, intimamente unidos e aderidos entre si. A energia psíquica segue os fios e dá ao conjunto a rigidez de uma viga, que pode então ser deslocada à vontade pelas energias postas em ação no corpo da médium.
Certas experiências fazem pensar que a extremidade de uma haste consiste numa película espessa, ou mais ou menos elástica, esticada sobre uma armação delgada, um pouco denteada e elástica. A elasticidade desta película é limitada; submetida a um esforço excessivo, ela pode romper-se; a moldura denteada fica então exposta.
O fato de um electroscópio poder ser descarregado se for tocado por uma haste, prova que esta desempenha o papel de condutor de corrente elétrica de alta tensão, que se descarrega no solo pelo corpo do médium ao qual se encontre ligada.
Por outro lado, uma haste colocada através das terminais de um circuito de campainhas, não as faz soar, mostrando assim que ela opõe grande resistência a uma corrente de baixa tensão.
A luz branca destrói comumente as formações de hastes: mesmo os raios luminosos refletidos de uma superfície onde se aplique força_psíquica, interferem nos fenômenos. A luz vermelha, no entanto, se não for demasiado forte, parece não prejudicar a estrutura psíquica; nem tampouco a danifica a luz emanada de pintura luminosa que se haja exposto ao sol durante algumas horas.
As estruturas são, em geral, inteiramente invisíveis, embora às vezes seja possível entrevê-las. Já se tem conseguido fotografá-las à luz de magnésio, mas é preciso tomar precauções com a médium, a fim de poupá-la. A luz de magnésio, ao atingir o ectoplasma, provoca na médium um choque muito mais violento quando a estrutura está em ação, do que no caso oposto.
As numerosas fotografias obtidas confirmam, em todos os detalhes, as conclusões tiradas dos próprios fenômenos.
A rigidez de uma haste varia conforme a iluminação. A extremidade dura funde-se parcialmente, por assim dizer, quando a haste é exposta à luz.
O deslocamento_de_objetos pela força psíquica, obtém-se de duas maneiras principais:
A rigidez de uma haste varia conforme a iluminação. A extremidade dura funde-se parcialmente, por assim dizer, quando a haste é exposta à luz.
O deslocamento_de_objetos pela força psíquica, obtém-se de duas maneiras principais:
- Na primeira, uma ou diversas hastes saem do médium, o mais das vezes pelos pés ou pelos tornozelos, e outras, pela região inferior do tronco, e são aplicadas diretamente ao objeto que deve ser deslocado, formando c. Se as mesas se deslocam horizontalmente, as hastes em geral se fixam aos seus pés; se são levantadas, a haste ou hastes se alargam em suas extremidades, como cogumelos, e fixam-se à superfície inferior da mesa.
- No segundo método, a haste ou hastes projetadas do médium aderem ao solo, e do ponto da aderência continuam até o objeto a ser movido. Não formavam mais um modilhão, mas algo semelhante a uma alavanca de primeira categoria", cujo Fulcro está entre a Resistência e a Potência.
As hastes podem ser retas ou curvas; podem ainda ficar suspensas no ar, rígidas, mostrando assim que para conservar a rigidez elas não têm necessidade de se apoiar sobre corpos materiais.
No caso em que é posto em ação o método do modilhão (1.° método), todo esforço mecânico é transferido ao médium, ou mais exatamente, a maior parte deste esforço; parte bem menor cabe aos assistentes.
é possível verificar-se isto por aparelhos mecânicos ordinários, tais como as balanças de molas e outras. Se u'a mesa, por exemplo, for levantada inteiramente por meio do modilhão, produzirá aumento do peso do médium de cerca de 95 por cento do peso da mesma e o dos assistentes aumentará proporcionalmente.
No caso em que é posto em ação o método do modilhão (1.° método), todo esforço mecânico é transferido ao médium, ou mais exatamente, a maior parte deste esforço; parte bem menor cabe aos assistentes.
é possível verificar-se isto por aparelhos mecânicos ordinários, tais como as balanças de molas e outras. Se u'a mesa, por exemplo, for levantada inteiramente por meio do modilhão, produzirá aumento do peso do médium de cerca de 95 por cento do peso da mesma e o dos assistentes aumentará proporcionalmente.
Se, por outro lado, as hastes são aderidas ao solo, o peso da mesa levantada se transmite diretamente ao solo, e o peso do médium, em lugar de aumentar, diminui. Esta diminuição é devida ao peso do ectoplasma formador da haste, uma de cujas extremidades se apóia no solo.
Quando a força transmitida por uma haste é para manter um objeto, como u'a mesa, solidamente fixo ao solo, a diminuição do peso do médium, após as observações, tem atingido até 18 quilos.
Noutra ocasião, em que a estrutura ectoplasma não foi utilizada, o peso do médium diminui de 27 quilos, ou seja, quase a metade de seu peso normal.
Os modilhões são geralmente empregados para mover ou levantar objetos leves, porém, quando estes são pesados, ou quando se trata de transmitir uma força considerável, as hastes são fixadas ao solo, produzindo o dispositivo em alavanca. A força empregada atinge muitas vezes a 50 quilos.
Durante a levitação_de_objetos, a tensão suportada pelo médium manifesta-se freqüentemente pela rigidez, até à rigidez férrea, dos músculos, principalmente dos braços ou mesmo de todo o sistema muscular. Estudos ulteriores revelaram a Crawford que a rigidez muscular havia desaparecido inteiramente.
A produção desses fenômenos parece dar como conseqüência perda permanente de peso, tanto do médium como dos espectadores, porém que não ultrapassa algumas onças (onça = 28, 35 grs. ) Os assistentes podem perder mais peso do que o médium.
Em geral, quando se coloca um objeto material qualquer dentro do espaço ocupado pela haste, a comunicação entre esta e o médium é imediatamente interrompida e a haste se desintegra. Entretanto, um objeto delgado como um lápis pode passar impunemente através da parte vertical da haste, porém não através da parte que se encontra entre o médium e a mesa. A interferência nesta última parte pode lesar fisicamente o médium.
Para que uma haste possa tocar ou aderir ao solo ou a uma mesa, sua extremidade deve ser preparada de modo particular para que fique mais densa do que o resto da haste. Isto parece difícil, ou pelo menos exige tempo e força; por conseguinte, os pontos a agarrar devem ser sempre reduzidos ao mínimo.
O sistema de agarrar é por sucção, como se pode facilmente demonstrar pela argila mole, de que falaremos adiante. As vezes, escutam-se "aspiradores" escorregando pela superfície da madeira ou agarrando novos pontos.
Crawford apresenta numerosos exemplos (e também fotografias) de impressões produzidas pelo contato das hastes sobre massa e argila mole. Estas impressões, muitas vezes, assinalam marcas parecidas com o tecido das meias do médium. No entanto, a semelhança é superficial, pois não se pode produzir tais impressões apoiando sobre a argila um pé revestido de meia. A impressão feita pela haste é muito mais nítida do que a que se poderia conseguir pelos meios ordinários; parece-se com a que se obteria, se uma matéria fina e viscosa, estendida sobre o tecido da meia e depois de seca, tivesse sido em seguida comprimida contra a argila. Ademais, pode-se modificar muito a marca de fabricação da meia, e o delicado modelo e o traçado dos fios podem ser deformados, engrossados, parcialmente recobertos ou rompidos, conquanto permaneçam ainda reconhecíveis como os mesmos da marca do tecido. Pode-se deduzir que o ectoplasma primeiramente apresenta-se em estado semilíquido, que passa através e ao redor dos intervalos do tecido e coagula-se na parte externa da meia. É de natureza glutinosa e fibrosa, e a forma que toma é quase exatamente a do tecido. Depois se estira da meia e se envolve na extremidade da haste. Para produzir uma impressão extensa, a película é engrossada e reforçada por nova adição de substância materializante. Assim a impressão original pode ser torcida, deformada ou apagada parcialmente.
A haste pode também reproduzir a impressão dos dedos, embora seu tamanho possa não corresponder à dos dedos normais, e seus contornos podem ser muito mais nítidos ou mais regulares do que os obtidos pelas impressões digitais ordinárias.
Golpes, indo dos mais leves até os executados com a força de um martelo, outros ruídos ainda, podem ser produzidos por hastes semi-flexíveis, com extremidades adequadamente preparadas, com as quais se batem nos objetos materiais.
A produção dos golpes é acompanhada de diminuição de peso do médium; esta diminuição, que pode ser de dez ou mais quilos, parece ser diretamente proporcional à intensidade do golpe. A razão é evidente; as hastes são formadas da matéria tirada do corpo do médium, o choque desta matéria contra o solo, etc., transfere necessariamente a este, através da haste, uma parte do peso total do médium. A perda de peso é temporária, mas restabelece-se quando a matéria das hastes volta ao médium.
A produção de golpes determina no médium uma reação mecânica, como se ele fosse empurrado para trás ou golpeado. A reação pode-se traduzir por movimentos involuntários dos pés. Entretanto, o efeito sentido pelo médium não se parece em nada com o que lhe é causado pela levitação de objetos.
Os golpes violentos produzidos por uma haste de grande tamanho não são, em geral, dados rapidamente. Ao contrário, os golpes leves, produzidos em geral por uma ou várias hastes finas, podem ser produzidos com incrível rapidez; os "operadores" parecem perfeitamente senhores das hastes.
Em geral a produção destes fenômenos impõe certa tensão a todos os assistentes, como o demonstram as sacudidas espasmódicas, algumas vezes muito fortes, que todas as pessoas do círculo fazem sucessivamente, antes da levitação.
A produção de golpes determina no médium uma reação mecânica, como se ele fosse empurrado para trás ou golpeado. A reação pode-se traduzir por movimentos involuntários dos pés. Entretanto, o efeito sentido pelo médium não se parece em nada com o que lhe é causado pela levitação de objetos.
Os golpes violentos produzidos por uma haste de grande tamanho não são, em geral, dados rapidamente. Ao contrário, os golpes leves, produzidos em geral por uma ou várias hastes finas, podem ser produzidos com incrível rapidez; os "operadores" parecem perfeitamente senhores das hastes.
Em geral a produção destes fenômenos impõe certa tensão a todos os assistentes, como o demonstram as sacudidas espasmódicas, algumas vezes muito fortes, que todas as pessoas do círculo fazem sucessivamente, antes da levitação.
A separação e a retirada de matéria etérica dos corpos dos assistentes parecem operar-se por sacudidas, e até certo ponto todos são afetados.
Segundo W._J._Crawford, uma entidade que disse ter sido médico quando em vida, falando pelo médium (em estado de transe para este efeito), declarou que na produção dos fenômenos, eram empregadas duas espécies de substâncias:
Segundo W._J._Crawford, uma entidade que disse ter sido médico quando em vida, falando pelo médium (em estado de transe para este efeito), declarou que na produção dos fenômenos, eram empregadas duas espécies de substâncias:
- uma era tirada em quantidade bastante grande, do médium e dos assistentes, e era-lhes restituída, quase integralmente, no fim da sessão.
- A outra só podia ser tirada do médium e, como se compõe da substância mais vital das células nervosas, não podia ser extraída senão em quantidade mínima, sem o que o médium teria que sofrer más conseqüências; sua estrutura é destruída no fenômeno; ela não pode, pois, ser restituída ao médium. Esta afirmação não foi nem verificada nem confirmada, de maneira alguma; damo-la pelo que vale.
W. J. Crawford imaginou e empregou com grande sucesso o "método dos corantes" para traçar os movimentos do ectoplasma. Possuindo este a faculdade de aderir fortemente à uma substância como o carmim pulverizado, põe-se este corante em seu caminho, o que dá em resultado uma pista corada.
Descobriu-se, assim, que o ectoplasma saía da parte inferior do tronco do médium e tornava a entrar pela mesma região. Sua consistência era bastante grande, pois tem força para rasgar meias e outras roupas; algumas vezes, ele arranca fios inteiros da meia, de várias polegadas de comprimento (polegada = 25, 30 mm), leva-os e deposita-os num recipiente de argila colocado a certa distância dos pés do médium.
Descobriu-se, assim, que o ectoplasma saía da parte inferior do tronco do médium e tornava a entrar pela mesma região. Sua consistência era bastante grande, pois tem força para rasgar meias e outras roupas; algumas vezes, ele arranca fios inteiros da meia, de várias polegadas de comprimento (polegada = 25, 30 mm), leva-os e deposita-os num recipiente de argila colocado a certa distância dos pés do médium.
O ectoplasma desce ao longo das pernas e penetra nos sapatos; passa entre a meia e a sola, onde houver espaço suficiente. Se, pelo caminho, apoderou-se do pó corado, ele o deposita em todos os pontos em que o pé, a meia e o calçado estão em estreito contato, isto é, onde não encontra lugar para passar.
A solidificação e a desmaterialização da extremidade resistente de uma haste efetuam-se logo que a haste sai do corpo do médium. É este o motivo por que a extremidade livre da haste, a não ser que seja muito fina, não pode atravessar um tecido serrado e até uma grade metálica de malha de uma polegada, se esta está colocada a mais de uma ou duas polegadas adiante do médium. Entretanto, se esses anteparos se encontrarem muito perto do corpo, pode-se dar uma materialização imperfeita da extremidade da haste, e produzir fenômenos psíquicos limitados
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A saída do ectoplasma é acompanhada de fortes movimentos musculares em todo o corpo. As partes carnudas do corpo, sobretudo as que estão situadas abaixo da cintura, diminuem de volume, como se a carne se encolhesse.
A saída do ectoplasma é acompanhada de fortes movimentos musculares em todo o corpo. As partes carnudas do corpo, sobretudo as que estão situadas abaixo da cintura, diminuem de volume, como se a carne se encolhesse.
W. J. Crawford está convencido de que na produção dos fenômenos espíritas, duas substâncias, pelo menos, são empregadas:
- 1. ° — um elemento que forma a base da estrutura psíquica; é invisível, impalpável, e, falando de modo geral, ultrapassa a ordem física;
- 2. ° — uma substância brancacenta, translúcida e nebulosa, misturada à primeira, a fim de que esta possa agir sobre a matéria física.
A segunda, pensa Crawford, é muito provavelmente idêntica à substância empregada nos fenômenos de materialização.
Numerosos fenômenos de materialização encontram-se descritos com extrema e escrupulosa minúcia, característica das pesquisas germânicas, na importante obra intitulada: fenômenos de Materialização do barão von Schrenck Notzing (1913), e traduzida para o inglês por E. E. Fournier d'Albe D. Sc. (1920).
Numerosos fenômenos de materialização encontram-se descritos com extrema e escrupulosa minúcia, característica das pesquisas germânicas, na importante obra intitulada: fenômenos de Materialização do barão von Schrenck Notzing (1913), e traduzida para o inglês por E. E. Fournier d'Albe D. Sc. (1920).
Além das descrições detalhadas de sessões e de numerosos fenômenos, encontram-se aqui cerca de duzentas fotografias de formas materializadas ou de aparições as mais diversas, desde fios ou massas de ectoplasma, até rostos inteiramente formados. Vamos resumir as principais conclusões. Para facilitar nossa tarefa, tomamos longos trechos de uma conferência sobre a fisiologia supranormal e os fenômenos_ideoplásticos, pelo Dr. Gustavo Geley, psicólogo e médico francês, reproduzida no fim da obra do barão Notzing.
Do corpo do médium emana uma substância, a princípio amorfa ou polimorfa. Ela pode apresentar o aspecto de uma pasta dúctil, de verdadeira massa protoplásmica, espécie de geléia tremulante, de simples blocos, de fios delgados, de cordas, de raios estreitos e rígidos, de faixa larga, de membrana, de tecido, de rede dobrada e franjada.
A natureza filamentosa ou fibrosa dessa substância foi muitas vezes observada. Apresenta-se branca, negra, ou cinzenta; às vezes aparecem as três cores juntas: a branca é a talvez mais freqüente. Parece luminosa. Em geral parece ser inodora; no entanto desprende, às vezes, odor particular e impossível de ser descrito.
Parece não haver dúvida de que ela está sujeita à gravidade.
Ao tacto, ela pode mostrar-se úmida ou fria, viscosa ou glutinosa, mais raramente seca e dura.
Quando se dilata, é suave e um pouco elástica; quando forma cordas, é dura, nodosa e fibrosa. Pode-se senti-la passar sobre a mão corno uma teia de aranha; os fios são ao mesmo tempo rígidos e elásticos. É móvel, com um movimento rastejante como o de réptil, embora se mova às vezes brusca e rapidamente. Uma corrente de ar pode pô-la em movimento. Se for tocada, produz reação dolorosa no médium. É de sensibilidade extrema; aparece e desaparece com a rapidez do relâmpago. É particularmente sensível à luz, embora, no entanto, às vezes os fenômenos resistam à luz do dia. Pode-se fotografá-la à luz do magnésio, embora o súbito clarão produza um choque repentino no médium.
Durante a produção do fenômeno, a cabina em que se encontra o médium fica geralmente na obscuridade, porém as cortinas são muitas vezes abertas.
Fora da cabina, emprega-se a luz vermelha, e algumas vezes mesmo a luz branca, até a intensidade de cem velas.
A substância tem irresistível tendência à reorganização. Assume numerosas formas, às vezes mal definidas e não organizadas, porém o mais das vezes organizadas, formando dedos, inclusive as unhas, perfeitamente modelados; mãos, rostos e outras formas, todas completas. A substância emana de todo o corpo do médium, mas especialmente dos orifícios naturais e das extremidades, do alto da cabeça, dos seios, da ponta dos dedos. O ponto de partida mais habitual e mais fácil de se verificar é a boca, a superfície interna das bochechas, as gengivas e o céu da boca.
As formas materializadas têm certa independência; a mão, por exemplo, é capaz de mover os dedos e de segurar a mão do observador, embora a pele humana pareça às vezes repelir os fantasmas. Às estruturas são, às vezes, menores do que as naturais, isto é, verdadeiras miniaturas. Observou-se que a traseira das materializações carecia de forma orgânica, não passando de uma massa de substância amorfa. As formas não contêm mais que o mínimo de substância suficiente para fazê-las aparecer como reais, e podem desaparecer tanto instantaneamente como aos poucos, por um desvanecimento gradativo. Vê-se claramente que durante todo o tempo as formas estão fisiológica e psiquicamente ligadas ao médium; a sensação 'reflexa das estruturas se confunde com a do médium. Assim, um alfinete cravado na substância causaria dor no médium.
A substância parece influenciável tanto pela direção geral da sessão como pelo tema dominante nos pensamentos dos assistentes. Além disso, o médium, geralmente em estado hipnótico, é extraordinariamente sensível à influência da sugestão.
Fragmentos de formas materializadas foram recolhidos num prato de porcelana, e guardados. Em certos casos descobriram-se fragmentos de pele, cuja origem humana foi reconhecida ao exame microscópico.
Noutra ocasião, encontraram-se três ou quatro centímetros cúbicos de um líquido transparente, que não continha bolha alguma. A análise revelou um líquido incolor, ligeiramente turvo, não viscoso, inodoro, levemente alcalino, deixando um precipitado brancacento. O microscópio demonstrou a existência de detritos celulares e saliva; a substância provinha evidentemente da boca.
Em outra ocasião, encontrou-se uma madeixa de cabelos louros, não se parecendo em nada com os cabelos negros do médium; a mão do observador estava coberta de muco e de umidade. Além disto, encontram-se, algumas vezes, outras substâncias, tais como pós cosméticos, ou fragmentos provenientes das roupas do médium.
Do livro "O Duplo_Etérico", do Major Arthur E. Powell
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