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Mas 13,7 bilhões anos para chegar onde estamos não é suficiente para  alguns especialistas. O físico Roger Penrose tem uma teoria diferente:  ele acredita poder provar que as coisas não são ou não foram tão simples  assim.
Com base em uma evidência encontrada na radiação cósmica de fundo, o  físico afirma que o Big Bang não foi o começo do universo, mas um em uma  série de Big Bangs cíclicos, sendo que cada um desses Big Bangs gerou o  seu próprio universo.
Apesar de haver teorias meio malucas, a ideia do físico parece ser  relativamente possível. Ele afirma ter encontrado as provas de que  precisava para sustentar sua hipótese do universo cíclico na radiação  cósmica. A radiação cósmica de fundo deve ter começado a existir quando o  universo tinha apenas 300 mil anos de idade, e por isso é tratada como  uma espécie de registro do estado do universo naquele momento.
Pela estimativa do cientista, o nosso universo não é o primeiro, e  mais importante, nem será a último. Na verdade, é esse alto grau de  ordem aparentemente presente desde o nascimento do universo que levou o  físico a essa linha de pensamento. 
O atual modelo do Big Bang não fornece um motivo para que um estado  altamente ordenado e uma baixa entropia existissem no momento do  nascimento do nosso universo, a menos que as coisas fossem colocadas em  ordem antes de ocorrer o Big Bang.
De acordo com Penrose, cada universo retorna a um estado de baixa  entropia à medida que se aproxima do dia final da sua expansão ao nada.  Os buracos negros, devido ao fato de que sugam tudo o que encontram,  passam suas vidas trabalhando para “limpar” a entropia do universo. E,  conforme o universo se aproxima do seu fim, os buracos negros se  evaporam, colocando as coisas de volta em um estado de ordem. Incapaz de  se expandir mais, o universo “se colapsa” e volta a ser um sistema  altamente organizado, pronto para disparar o próximo Big Bang.
O modelo atual do universo diz que qualquer variação de temperatura  na radiação cósmica de fundo deve ser aleatória, mas o físico afirma ter  encontrado círculos concêntricos muito claros dentro dessa radiação,  sugerindo regiões onde a radiação tem faixas de temperatura muito  menores. Essas seriam as evidências esféricas dos efeitos gravitacionais  das colisões de buracos negros durante o universo anterior. Os círculos  se encaixam bem em sua teoria, mas não são tão coerentes na teoria  padrão do Big Bang.
Ainda assim, não é possível afirmar que a nova teoria seja mais  verdadeira. O físico ainda tem que “ligar” algumas pontas soltas de seu  trabalho, e provar alguns pressupostos. Seus estudos vão ser examinados  cuidadosamente, e quem sabe um dia sua teoria pode vir a revolucionar os  fundamentos da física moderna.
  Fonte:
Hypescience 
http://hypescience.com/nosso-universo-pode-nao-ser-o-primeiro-%E2%80%93-nem-o-ultimo/