sábado, 31 de outubro de 2009

GUERRA - SÉCULO XX - Mozart - Requiem - Dies irae - 3 (Day of wrath)


YouTube - Mozart - Requiem - Dies irae - 3 (Day of wrath)


 
A guerra pela ótica do sobrevivente
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Mundo lembra início da 2a Guerra Mundial há 70 anos

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Histórias da II Guerra Mundial pelo ponto de vista de sobreviventes

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Papa Bento XVI lembra barbárie da 2ª Guerra Mundial durante o Angelus

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Histórias que não podem ser esquecidas
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1939: ano histórico para o cinema e para Hollywood

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Professor do pH fala sobre a Segunda Guerra Mundial

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O livro "A Marcha da Vida" relembra as vítimas do Holocausto

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Assista à íntegra da entrevista com os irmãos Izak e Natan Kimelblat

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 INTERESSANTE:
Foram 70 milhões de mortos na Segunda Guerra Mundial
Os judeus somaram 06 milhões.

70.000.000 - 06.000.000 = 64.000.000
Por que só os judeus reclamam holocausto?
64.000.000 esquecidos.
POR QUE ?

YouTube - Mozart - Requiem - Kyrie - 2

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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

CARLOS ALBERTO SILVA - O POETA PORTUGUÊS



    CARLOS ALBERTO SILVA  - O POETA PORTUGUÊS

Contraluz


FOTO: Carlos Fernandes

Aninhadas na fundura da carne, numa quietude que nada parece perturbar, as palavras detêm-se, mudas e serenas. Nem a bravata do vento, nem o desassossego das marés, nem a inclemência das tempestades as demove da sua invisível e imóvel existência. Mas vem uma certa inclinação do sol, um peculiar revérbero do astro-rei, um contraluz engendrado do intenso conflito entre a claridade e a sombra e logo o peito se abre à debandada. E as palavras, como vento na seara, fazem soar o tropel das sílabas, rumorejando ao entardecer.

dormem as palavras
nas profundezas do peito
- em doce apatia

basta o sol em contraluz
logo acorda a poesia




o olhar do pássaro


FOTO: Carlos Fernandes

Era um pássaro com olhos de céu. Neles morava o brilho do sol e o rumor da folhagem num dia de vento, o rasto ondulante do rio lambendo a planície, o vigor de uma canção alegre, o ténue perfume de um gole de água fresca numa tarde de Verão.
O céu nos olhos do pássaro não tinha margens, nem muros, nem grades, nem limites de qualquer espécie. Era um céu aberto, sem nuvens, sem mancha nem mácula.
O pássaro com olhos de céu aprendera no silêncio a mais requintada das melodias. Imóvel no seu poleiro, ensaiava a vertigem do voo no infinito da paisagem.

num voo errante -
paira sobre o horizonte
o olhar do pássaro

traz em si a melodia
delicada do silêncio




A sombra do aço


FOTO: Carlos Fernandes

O amplexo dos cabos sustém a gigantesca espínula que aguilhoa o dorso íngreme da serra, arreigando à terra a avidez vertical do lucro. Corrompendo a sua natural disposição. Domando-a, como um cavalo selvagem transformado em triste muar de carga.
Já a força bruta das máquinas lhe devorou, a pouco e pouco, os flancos, no rasgão obsceno das pedreiras. E o desmazelo dos homens a transmutou em mero pátio de despejos.
Assim se engendra um progresso que todos sabem falso. Feito da ambição perdulária de quem não tem amanhãs.

A sombra do aço
marca a ilharga da serra
- qual metal em brasa

desdizendo a evidência
de que o mundo é a nossa casa.




quinta-feira, 15 de outubro de 2009

HINO AO SOL





HINO  AO  SOL
por Akhenaton






"Adoração de Harakhte que se alegra no horizonte, No seu nome de Luz que está em Aton, vivendo eternamente para sempre, E do Aton vivo que estáe; em festa, senhor de tudo aquilo que circunda Aton
Senhor do céu, senhor da terra, senhor da Casa de Aton em Akhet Aton Rei do Vale e rei do Delta que vive da verdade (Ma'et); Senhor dos Dois Países, Nefer-kheperu-Rá Ua'-en'Rá Filho de Rá que vive da verdade (Ma'et) Senhor das coroas Akhenaton sublime de duração; E da grande esposa real que ele ama,
A senhora das Duas Terras Nefer-nefru-Aton Nefertite, Viva, sã, jovem eternamente para sempre.

Ele diz:
Tu surges belo no horizonte do céu Ó Aton vivo, que deste início ao viver. Quando te ergues no horizonte oriental todas as terras enches de tua beleza
Tu és belo, grande, resplandecente, excelso sobre todo país; Os teus raios iluminam as terras
Até o limite de tudo o que criaste. Tu és Rá e conquistas até o seu limite. Tu as unes para teu filho amado.
Tu estás longe, mas os teus raios encontram-se sobre a terra, Tu estás diante (da gente), mas eles não vêem o teu caminho.


Quando tu vais em paz ao horizonte ocidental, A terra fica na escuridão como morta Os que dormem encontram-se em suas camas, As cabeças cobertas com mantas,
Um olho não vê o outro.
Se roubassem seus bens que se acham debaixo de suas cabeças, Eles nem perceberiam.
Todos os leões saem de suas cavernas; Todas as serpentes, elas mordem.
A escuridão é (para eles) claro. Jaz a terra em silêncio.
Seu criador repousa no horizonte.


Na aurora tu reapareces no horizonte.
Resplandeces como Aton para o dia sereno. Tu eliminas as trevas e lanças teus raios. As Duas Terras estão em festa:
Acordadas e atentas sobre os dois pés. Tu as fizestes levantar.
Lavam os seus membros,
Pegam as suas roupas,
Os seus braços estão em adoração ao seu nascimento. A terra inteira se põe a trabalhar. Todo animal goza de sua pastagem.
Árvores e relvas verdejam.
Os pássaros voam de seus ninhos,
Com as asas (em forma de) adoração a tua essência (ka) Os animais selvagens pulam em seus pés. Aqueles que vão embora, aqueles que pousam, Eles vivem quando tu te levantas para eles. As barcas sobem e descem a corrente
Porque todos os caminhos se abrem quando tu surges. Os peixes do rio movem-se deslizando em tua direção Os teus raios chegam ao fundo do mar.


Tu que procuras que o germe seja fecundado nas mulheres, Tu que fazes a descendência nos homens, Tu que fazes viver o filho no seio de sua mãe, Que o acalentas para que não chore, Tu nutriz de quem ainda está no colo, Que dás o ar para fazer viver tudo o que crias. Quando cai do colo para a terra o dia do nascimento, Tu lhe abres a boca para falar
E provês as suas necessidades.


Quando o pintinho está no ovo(loquaz na pedra) Tu ali dentro lhe dás ao para viver. Tu o completas para que quebre a casca
E dela sai para piar e completar-se
E caminhe com seus dois pés recém-nascidos.


Quão numerosas são as tuas obras! Elas são irreconhecíveis aos olhos (dos homens) Tu, Deus único, afora de tu nenhum outro existe. Tu criaste a terra ao teu desejo,
Quando tu estavas só,
Com os homens, o gado, e todos os animais selvagens. E tudo o que dá sobre a terra - e anda sobre seus pés - E tudo aquilo que está no espaço - e voa sobre suas asas. E os países estrangeiros, a Síria, a Núbia, e a terra do Egito. Tu colocaste todo homem em seu lugar
Proveste as suas necessidades
Cada um com o seu alimento


E é contada sua duração em vida. As suas línguas são ricas de palavras, E também seus caracteres e suas peles. Tens diferenciado os povos estrangeiros. E feito um Nilo Duat (isto é, o mundo subterrâneo) Leva-o aonde queres para dar vida às pessoas, Assim como tu as criaste.
Tu, senhor de todas elas,
Que te cansas por elas,
Ó Aton do dia, grande em dignidade!


E todos os países estrangeiros e distantes, Tu fazes que também eles vejam.
Puseste um Nilo no céu que desce para eles (isto é, a chuva) E que faz ondas sobre os montes como um mar E banha seus campos e suas regi&otiilde;es. Quão perfeitos os teus conselhos todos, Ó Senhor da eternidade!
O Nilo do céu é teu (presente) para os estrangeiros E para todos os animais do deserto que caminham sobre os pés: Mas o Nilo verdadeiro vem de Duat para o Egito.


Os teus raios trazem a nutrição para todas as plantas; Quando tu resplandece, elas vivem e prosperam para ti. Tu fazes as estações
Para que se desenvolva tudo o que tu crias: O inverno para refrescá-las,
O ardor para que te degustem.


Tu fizeste o céu distante
Para brilhares nele
E para ver tudo, tu único
Que resplandeces forma de Aton vivo,
Nascido é luminoso, distante e (também vizinho. Tu apresentas milhões de formas de ti, tu único: Cidades, povoados, campos, caminhos, rios. Todo olho vê a ti diante de si
E tu és o Aton do dia sobre (a terra).


Quando te afastas
E (dorme) todo olho do qual criaste a visão Para não te ver sozinho.
(e não se verá mais) o que tu criaste, Tu estás (ainda) no meu coração. Não há nenhum outro que te conheça Exceto o teu filho Nefer-kheperu-Rá Ua-en-Rá Tu fazes com que ele seja instruído em teus ensinamentos e em teu valor.
A terra está em tua mão
Como tu a tens criado.
Se tu resplandeces, eles vivem,
Se tu te pões no horizonte, eles morrem; Tu és a própria duração da vida. E se vive de ti.


Os olhos vêem beleza, enquanto tu não te pões. Deixa-se todo trabalho quando tu te pões à direita (isto é, no Ocidente).
Quando tu resplandeces, dás vigor ao rei, E agilidade para todos
Desde quando fundaste a terra.


Tu te levantas para o teu filho
Que saiu do teu corpo
O rei do Vale e do Delta que vive da verdade, O Senhor dos Dois Países Nefer-kheperu-Rá O filho de Rá que vive da verdade, O Senhor das coroas Akhenaton
Sublime de duração de vida: E da grande esposa real, a senhora dos Dois Países Nefer-neferu-Aton Nefertite
Viva, jovem para sempre na eternidade."




NOTAS:
(trad. de S. Donadoni, de A Literatura Egípcia, Sansoni, Florença)
O grande Hino de Akhenaton data do século XIV antes de Cristo, e está inscrito sobre uma parede da tumba de Ay, no lugar atualmente chamado Tel-el-Amarna no medio egito. O hino foi composto provavelmente pelo próprio Akhenaton em honra do deus-sol-Aton (simbolizado pelo globo solar), não propriamente o sol, mas o espírito do sol.
O Salmo 104 de Davi é muito semelhante a este hino





Homem-Sol, por Radeir
FONTE : http://svmmvmbonvm.org/akhenasol/godsun.htm





domingo, 11 de outubro de 2009

Glóbulo NGC 1999



Imagem do Dia: Glóbulo NGC 1999

11-10-2009

Crédito: NASA & The Hubble Heritage Team (STScI/AURA).
Telescópio: Hubble Space Telescope (NASA/ESA).
Instrumento: Wide Field Planetary Camera 2 (WFPC2).
 
 
NGC 1999 é uma nebulosa de relfexão situada a cerca de 1 500 anos-luz de nós, numa região activa em formação de novas estrelas na constelação do Orionte. As nebulosas de reflexão brilham porque os grãos de poeira refletem a luz de estrelas embebidas na nebulosa. Ao contrário das nebulosas de emissão, cujo brilho avermelhado se deve à excitação dos átomos do gás, as nebulosas de reflexão são azuladas porque os grãos de poeira reflectem preferencialmente a luz azul. NGC 1999 é iluminada por uma estrela quente muito jovem, V380 Orionis, que se encontra ligeiramente à esquerda do centro da imagem. À direita do centro, encontra-se uma pequena nuvem escura que é um exemplo de um glóbulo de Bok. Trata-se de uma nuvem de gás molecular frio e poeira, que por ser tão espessa e densa, bloqueia toda a luz que vem por trás dela. Os glóbulos de Bok formam estrelas no seu interior. Esta imagem foi obtida logo após a missão de reparação do telescópio espacial Hubble em Dezembro de 1999.
FONTE:  NUCLIO- http://www.portaldoastronomo.com.pt


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