quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A MÚSICA DAS ESFERAS

A Música das Esferas

Andreas Cellarius, Harmonia Macrocosmica, Amsterdam, 1660. As fases da Lua explicadas de acordo com a sua posição em relação ao Sol e à Terra.
Durante séculos, filósofos e artistas imaginaram o universo como um mecanismo perfeitamente organizado segundo regras que podiam ser apresentadas tanto matemática como musicalmente. As certezas da religião em relação a uma tal harmonia divina dificultaram a vida de pensadores como Galileu e Giordano Bruno. A procura de ligações entre as diversas áreas do pensamento atrasou muitas vezes o avanço da ciência, mas também foi o desejo de encontrar tais ligações que acabou por ser a base emocional que conduziu alguns cientistas a resultados importantes, como aconteceu com Kepler, ao tentar compreender a música das esferas a partir do movimento dos planetas.

Ao longo de quatro semanas vamos apresentar os seguintes temas:

Autoria:

Carlota Simões
Departamento de Matemática
Universidade de Coimbra

Imagem do Dia: Palete de cores em Marte

Imagem do Dia: Palete de cores em Marte

                               16 de Setembro, 2009
  
Crédito: NASA/JPL/ASU.
Ciência ou Arte? Fica a dúvida quando se olha pela primeira vez para esta imagem. É mais uma imagem da superfície de Marte, obtida, desta vez, pela câmara THEMIS a bordo da sonda Mars Odyssey. Esta sonda foi lançada em Abril de 2001, estando a orbitar o planeta vermelho desde Outubro do mesmo ano. A câmara THEMIS permite captar imagens nas zonas do visível e do infravermelho do espectro electromagnético. A imagem de hoje, em cor falsa, resulta da combinação de várias imagens obtidas nestas duas regiões do espectro. Nela pode-se ver um enorme conjunto de dunas situado numa cratera a meio caminho entre o equador e o pólo sul marcianos. O leque de diferentes cores reflete as diferentes temperaturas registadas na zona: a cor azul indica zonas frias, as cores vermelha e amarela correspondem a zonas mais quentes. A composição resulta em mais uma obra prima da Natureza registada pelo engenho humano.

FONTE: Portal do Astrônomo - Portugal
© NUCLIO - Núcleo Interactivo de Astronomia 2001-2009

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O Homem e a Astronomia - o passado e o futuro...


O Homem e a Astronomia 

    - o passado e o futuro...

 
A Grande Pirâmide de Quéops no Egipto.
 
Neste conjunto de textos será proposta uma breve viagem no tempo: ao passado e ao futuro! Ao passado porque nos tempos mais remotos, a astronomia contribuiu de forma decisiva para a sobrevivência da humanidade. Ao futuro porque pensamos que será de novo a astronomia a permitir a sobrevivência da espécie humana.

Falaremos da importância da astronomia na evolução cultural do Homem, e da sua influência em diversas áreas do conhecimento e no desenvolvimento das civilizações, em particular da civilização ocidental. Focaremos o caso paradigmático da civilização grega, e a transformação e desenvolvimento verificado na Europa a partir do séc. XII.

Tal como no passado, a influência da astronomia no futuro próximo da nossa civilização parece-nos evidente. No futuro mais longínquo, cremos que essa importância será ainda mais determinante. Tal como no início, será de novo a astronomia a permitir que a espécie humana sobreviva; neste caso ao fim do Sistema Solar. Sabemos que o Sol não é eterno, e se a humanidade pretende sobreviver a esta catástrofe astronómica, terá que encontrar os meios necessários para cumprir esse objectivo, antes que seja demasiado tarde...

A Astronomia será então fundamental para o sucesso daquele que será talvez o mais nobre de todos os empreendimentos da humanidade: salvar a espécie humana.

Ao longo das próximas semanas vamos apresentar os seguintes temas:
Autoria:
Paulo Maurício
Centro de Astrofísica da Universidade do Porto - Departamento de Matemática Aplicada -
Faculdade de Ciências - Universidade do Porto

terça-feira, 1 de setembro de 2009

A FUGA

O Absoluto e o Início da Manifestação

O Absoluto e o Início da Manifestação

No Princípio

O autor hebreu que escreveu o Génesis iniciou esta obra com uma palavra nova, única, jamais usada em todo o Antigo Testamento: Bereshit. (1)

Jerónimo traduziu-a por “in principio”, termo que admite duas interpretações: uma concreta (mais próxima do sentido da palavra hebreia) e outra abstracta (que se aproxima da tradução grega en arché). Depois, os diferentes tradutores afastaram-se cada vez mais do sentido original, interpretando in principio como “no começo”.

As palavras-chaves que nos permitem compreender o verdadeiro sentido do primeiro versículo do A.T. são as três primeiras: “Bereshit bara Elohim”. Vamos estudá-las, então, para depois comparar a tradução resultante com o texto conhecido nas diversas versões bíblicas.

A palavra “bereshit” é formada pela preposição be e pelo substantivo reshit, começo, parte inicial. Por isso, usada substantivamente, como no Génesis, esta palavra não se refere a um começo temporal (ao princípio do mundo material), mas a um princípio lógico e ontológico, que é muito anterior àquele. É o Absoluto, o Princípio inteligente e inteligível, a Sabedoria divina, na altura em que concebe ou imagina o Universo, antes da manifestação activa (2) . Esta tarefa é anterior ao começo da manifestação, no Período de Saturno, a que a Bíblia se refere no segundo versículo (3) . Para isso, usa a substância existente na altura (4) , que é expressão de uma das duas energias existentes. (5)

A segunda palavra, “bara” (criou), é um verbo de acção sem sujeito. Não identifica quem criou. A ausência do sujeito assinala o facto de o autor da acção transcender o pessoal.

A terceira palavra, “Elohim”, além de não ser o sujeito da oração, é uma palavra que está no plural. Significa, literalmente, deuses. Há aqui um paradoxo aparente, que não deixa de intrigar, ainda hoje, os teólogos, em virtude do qual o Deus único dos hebreus é designado por um nome no plural.

Recorde-se que o autor do Génesis não era monoteísta. De facto, contrariamente à opinião tradicional da Igreja, o monoteísmo dos Judeus não é um fenómeno remoto, mas surgido em épocas mais avançadas. Este monoteísmo atingiu a expressão plena exactamente na época posterior ao cativeiro. Foi então que o velho deus tribal, Javé, se transformou em Deus único, Criador do mundo, omnipotente. (6)

A palavra “Eloim” refere-se a uma hoste de seres bissexuais, masculino-femininos , expressão da dupla energia criadora, positiva-negativa. Os tradutores, embaraçados com o significado desta palavra, preferiram usar a palavra Deus, que é neutra e singular. Para designarem os seres que, no primeiro capítulo os hebreus denominaram Eloim e no segundo Javé (Javé era e é, um dos Eloim).7

Vamos agora juntar estes elementos e traduzir mais fielmente esta frase. Teremos, então: O Princípio (O Absoluto ou Deus) criou os deuses. Ou, se lermos “nas entrelinhas”: O Princípio, tomando a dupla energia existente (a eterna essência do espaço cósmico) (8), criou os deuses (a dupla energia), que fizeram o duplo céu.



1 Na realidade, Jeremias usa-a quatro vezes, mas com sentido completamente diferente (N. da R.)
2 Max Heindel, Conceito Rosacruz do Cosmo, 2ª ed., págs. 147, 295.
3 O Período Solar está descrito no terceiro, quarto e quinto versículo; o Período Lunar no sexto; O Período Terrestre nos seguintes: Época Polar no nono; Época Hiperbórea, versículos 11 a 19; Época Lemuriana, versículos 20 e 21, a E. Atlante, no versículo 24 a 27, e a E. Ária nos versículos seguintes.
4 Max Heindel, ob. cit. Pág. 149-150, 256.
5 Daqui a célebre locução Ex nihilo nihil: do nada, nada.
6 Max Heindel, ob. cit., pág. 263; Cf. Sergei Tokarev, História das Religiões, Ed. Progresso, 1986, pág. 286.
7 Max Heindel, ob. cit., pág. 263.
8 Max Heindel, ob. cit., pág. 149.

Fonte:
FRATERNIDADE ROSACRUZ DE PORTUGAL
http://www.rosacruz pt.org/auditorio /

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

SANTA CLARA DE ASSIS


Santa Clara de Assis
Santa Clara nasceu em 1193 ou em 1194, na cidade de Assis, filha primogênita antes de outras duas irmãs. Sua família, por parte de pai, era uma família de cavaleiros; por parte de mãe, Clara tinha também o sangue da nobreza. Seu pai se chamava Favarone de Offreduccio, e sua mãe, Hortolana. Além da nobreza de origem, a família era rica, possuidora de não poucos bens.

Como convinha a uma jovem da nobreza, Clara foi educada para ser uma mulher da sociedade, mas sua mãe, mulher de profunda piedade cristã, não se descuidou de transmitir-lhe também os ensinamentos da religião. Assim, desde criança, Clara acompanhava os gestos caridosos de sua mãe para com os pobres de Assis. E ela mesma, desde tenra idade, já se privava de iguarias para, às escondidas, dá-las aos pobres.

Na idade de 17 para 18 anos, momento em que seus pais já estavam preocupados em arranjar-lhe um bom casamento, Clara, sob pretexto de pensar melhor sobre sua vida, postergava sempre a idéia de contrair matrimônio, recusando com delicadeza os pretendentes que os pais lhe apresentavam. Foi neste tempo que ouviu falar de Francisco, um jovem que deixou família e riquezas para, com um grupo de companheiros - todos considerados loucos pela sociedade - simplesmente viver segundo o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Esta idéia a empolgou. Estava decidida: iria viver como aqueles jovens. Depois de algumas conversas com Francisco, foi feito por ambos um plano de fuga. Deste modo, na noite do domingo de Ramos de 1211 (ou 1212), Clara abandonava a casa e era conduzida à capela de Francisco e de seus companheiros para, aí, depor suas ricas vestes e vestir o hábito da penitência.

Após esta breve cerimônia, Clara foi conduzida a um mosteiro de monjas beneditinas.
Quando a fuga foi descoberta, os parentes foram ao encalço dela. Tentaram de todos os modos possíveis convencê-la a voltar para casa. Mas ela, agarrando-se à toalha do altar, tirou o véu que lhe cobria a cabeça tonsurada, sinal de sua consagração a Deus. Os parentes viram que nada mais tinham que fazer.

Duas semanas depois, nova fuga da casa de Favarone. Era a segunda filha, Inês, que fugia e ia viver com Clara. Nova tentativa dos parentes de conduzir de volta a segunda filha. Tudo em vão. Assim, a nova comunidade fundada por Clara começava a crescer. Vieram em seguida suas antigas companheiras: Pacífica, Benvinda de Perusa, Cecília de Gualtieri, Filipa de Gislério, Cristiana de Bernardo e outras. Mais tarde veio também a outra irmã, Beatriz, e finalmente sua mãe Hortolana.

Depois de mais de quarenta anos de vida no mosteiro, uma vida escondida que, no entanto, irradiava por todas as regiões da Itália, Clara faleceu aos 11 de agosto de 1253, sendo canonizada apenas dois anos depois de seu falecimento.

BENÇÃO DE SANTA CLARA

"Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
O Senhor as abençoe e guarde.
Mostre-lhes o seu rosto e tenha misericórdia de vocês.


Volte a sua face para vocês e lhes dê a paz, a vocês minhas irmãs e filhas, e a todas as outras que vierem e permanecerem em sua comunidade, e a todas as outras, tanto presentes quanto futuras, que perseverarem até o fim nos outros mosteiros das senhoras pobres.

Eu, Clara, serva de Cristo, plantinha do nosso bem-aventurado pai São Francisco, irmã e mãe de vocês e das outras irmãs pobres, embora indigna, rogo a nosso Senhor Jesus Cristo, por sua misericórdia e por intercessão de sua Santíssima Mãe Santa Maria, de São Miguel Arcanjo e de todos os anjos de Deus, do nosso bem-aventurado Pai Francisco e de todos os santos e santas, que o próprio Pai celeste lhes dê e confirme esta santíssima bênção no céu e na terra: na terra, fazendo-as crescer na graça e em virtude entre seus servos e servas na sua Igreja militante; no céu, exaltando-as e glorificando-as na Igreja triunfante entre os seus santos e santas.

E as abençôo em minha vida e depois de minha morte, como posso com todas as bênçãos com que o Pai das misericórdias abençoou e abençoará seus filhos e filhas no céu e na terra, com os quais um pai e uma mãe espiritual abençoaram e abençoarão seus filhos e filhas espirituais. Amém.

Amem sempre as suas almas e as de todas as suas Irmãs, e sejam sempre solícitas na observância do que prometeram a Deus.

O Senhor esteja sempre com vocês, e oxalá estejam vocês também sempre com Ele". Amém.


quinta-feira, 30 de julho de 2009

AKHENATON - Mestre da Quarta Dimensão


“Akhenaton, Mestre da Quarta Dimensão” (Frater Velado, 2002CE)
CLIQUE A IMAGEM PARA VER O ORIGINAL

por frater Velado, 7Ph.D.

O Rosacruz Max Heindel, que foi uma manifestação de Christian Rosenkreutz, o 13º Rosacruz, na Terra, aparentemente foi o único dos místicos modernos que se referiu com mais propriedade ao tema da Quarta Dimensão.

Em seu trabalho “The Fourth Dimension Question”, ele afirma que a consciência dos elementais poderia ser definida como uma consciência de Quarta Dimensão.

Realmente Max Heindel estava certo ao fazer tal afirmação e possivelmente pôde fazê-la por ser ele próprio oriundo da Quarta Dimensão, uma projeção para a Terra do Pai CR+C, que lá existe como Ser Superior, juntamente com os 12 Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz Verdadeira e Eterna, a qual projeta na Terra várias manifestações suas, na forma de Ordens e Fraternidades.

Na verdade, são eles os Chefes Secretos a que os luminares da Golden Dawn fizeram referência em seus escritos e que a grande maioria dos membros da GD nunca pode perceber muito nitidamente.

No que se refere aos elementais são eles entes cujo somatório de consciências constitui a consciência total de um elemento-ente como tal. O elemento Fogo, por exemplo, manifesta-se na Terra pela combustão do oxigênio, mas também se manifesta no espaço sideral como fogo estelar, mediante a combustão do cálcio. Daí se vê que não é o comburente que define a natureza de um elemento, pois sua consciência é de certa forma ubíqua, permitindo que ele exista em planetas diferentes e em estrelas, mantendo sua natureza, que é a geração de luminosidade independente do insumo comburente.

Essa propriedade desses seres, melhor dizendo essa qualidade, os torna muito adaptáveis e eles podem atuar na Quarta Dimensão e em outras, “acima” e “abaixo”.

Assim, de certa forma, é cabível qualificá-los como tendo uma espécie de consciência de Quarta Dimensão, já que uma das características da consciência na Quarta Dimensão é justamente a ubiqüidade (vejam que os Seres Superiores de Uranus 2 conseguem estar em vários lugares ao mesmo tempo e em épocas diferentes!).

Tudo isto mostra a grande dificuldade que existe para uma interação direta entre Seres da Quarta Dimensão e animais autoconscientes da Terceira Dimensão, como os primatas humanos e habitantes de outros planetas, semelhantes à Terra. É por esse motivo que a interação Quarta Dimensão-Terceira Dimensão geralmente é feita por projeções de Seres daquela para esta.

Para os elementais essa interação é mais fácil, por serem muito adaptáveis aos Planos de Compreensão. Para ler esta monografia pública de IOK-BR clique por favor neste link: http://svmmvmbonvm.org/quartadim.pdf

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quarta-feira, 29 de julho de 2009

PAI NOSSO - EMMANUEL



EMMANUEL 
*Autor : Alberto André Delpino Filho
Obra realizada durante reunião presidida pelo
Médium CHICO XAVIER, em Pedro Leopoldo




Nosso Pai, que estás em toda parte;
Santificado seja o teu nome, no louvor de todas as criaturas;
Venha a nós o teu reino de amor e sabedoria;
Seja feita a tua vontade, acima dos nossos desejos;
Tanto na terra, quanto nos círculos espirituais;
O pão nosso do corpo da mente dá-nos hoje;

Perdoa as nossas dívidas, ensinando-nos a perdoar nossos devedores
com esquecimento de todo mal;
Não permitas que venhamos a cair sob os golpes da tentação de nossa própria inferioridade;

Livrai-nos do mal que ainda reside em nós mesmos;
Porque só em ti brilha a luz eterna do reino e do poder, da glória e da paz, da justiça e do amor para sempre!
Assim seja!

Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier 


quarta-feira, 22 de julho de 2009

A LUZ ETERNA


“A Luz Eterna”
(Arte de Frater Velado 2002CE)


“O que é o código genético imaterial? Trata-se da transposição do amálgama de experiências de vida de um ser, somado ao de todos os seus ancestrais sanguíneos, ao longo de sua história evolutiva, para uma outra Dimensão. Quem faz isto? O próprio ser, cada criatura já preparada, que se dedica conscientemente a construir a individualidade “espiritual” na qual persistirá para sempre, como ente autoconsciente, dotado de vontade própria, destituído de egoísmo e harmonizado com o Sol Central.

“O que é o Sol Central? O Sol Central é a verdadeira, eterna, incorruptível e absolutamente estável Fonte de Luz e Usina da Vida, preexistente à Criação e emanadora do Logos. O que é o Logos? O Logos é a ação pela qual o Nada Absoluto, o Zero Eterno, dá origem a alguma coisa, extraindo-a de Si próprio pela Vontade. Essa extração processa-se continuamente, eternamente, sempre se processou e sempre se processa, independente do Tempo. O Zero Eterno contém o Criador e a Criação. Nada, porém, pode contê-lo, a Ele, o Nada Absoluto, que não está submetido às noções humanas de Espaço, Tempo e Energia.

Do livro “O Vortex”, online em: http://svmmvmbonvm.org/vortex/

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segunda-feira, 20 de julho de 2009

DIZ-ME, ONDE NÃO ESTÁS?



DIZ!
"Diz-me, por favor,
onde não estás,
em que lugar posso não ver-Te,
onde possa dormir sem recordar-Te e
onde Te recorde sem que isso me assuste e doa.


Diz-me por favor
onde posso caminhar sem ver as Tuas pegadas,
onde posso correr sem recordar-Te e
onde descansar com a minha tristeza, longe de Ti.


Diz-me, por favor,
qual é o céu que não tem o Calor da Tua Presença e
qual é o sol que tem somente a luz, e
não a sensação de que me chamas.


Diz-me, por favor,
qual é o lugar em que não deixaste Tua Presença...


Diz-me por favor
qual é a noite em que não virás para trazer tudo, e
tudo é nada,
levar contigo todos os meus sonhos na madrugada…


Não posso viver bem porque Te renego,
não quero aceitar-Te como És,
mas não posso morrer porque bem no fundo Te quero."


Poema daquele que tem Deus por inimigo
(Autor desconhecido)

***

Vem, aplaca essa sede de silêncio,
dissolva essa dormência que os sentidos trança
num fractal qual vórtice indomável.

- Radeir

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O HOMEM BRINCA DE DEUS





Estrelas 'feitas' pelo homem podem desvendar segredos cósmicos

Jonathan Fildes- Repórter de Ciência e Tecnologia da BBC News

SUPERNOVA

O Centro Nacional de Ignição pode criar as condições de dentro de uma supernova.

Quando o centro de laser mais poderoso do mundo entrar em ação no final do mês uma pequena estrela nascerá na TERRA

Crosta de estrela é 10 bilhões de vezes mais forte que o aço, diz estudo
Representação artística de uma estrela de nêutrons/Foto: Casey Reed, cortesia da Penn State University, USA

Na simulação computadorizada, os pesquisadores criaram um universo virtual, no qual pulverizaram gás primordial e matéria negra, substâncias presentes logo após o chamado Big Bang, com um fundo de radiação cósmica cujas variações refletem a origem de todas os corpos celestes.
Conforme o universo simulado se desenvolvia, ondas de gás e matéria negra giravam através do cenário quente e denso.

À medida em que o universo ia então se resfriando, os cientistas observaram que a gravidade começava a unir blocos de material. Em áreas ricas em matéria negra, foram registradas as formações de estrelas.
Em uma das cinco simulações realizadas, uma única nuvem de poeira e matéria negra se transformou em estrelas gêmeas: uma com massa dez vezes maior do que o nosso Sol e outra 6,3 vezes maior.
Ambos os astros ainda estavam crescendo ao final da simulação, e estariam aumentando ainda se a experiência tivesse continuado.

"Esta descoberta abre um novo domínio de possibilidades de pesquisa. Essas estrelas podem ter evoluído para formar dois buracos negros, que por sua vez poderiam ter criado ondas gravitacionais", explicou Tom Abel, também do Laboratório de Aceleração.

Segundo os cientistas, a compreensão da formação e da evolução dos corpos celestes podem explicar como se formaram átomos presentes na Terra e até no corpo humano.


Possível semelhança
com a origem da vida humana
- mera coincidência?


*****

Uma pesquisa da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, sugere que a crosta exterior das estrelas de nêutrons, corpo celeste formado pela que sobrou de algumas estrela em fim de vida após várias explosões, é formada pelo material mais resistente do Universo, dez bilhões de vezes mais forte que o aço.

Os cientistas americanos criaram simulações em computador para determinar a resistência da crosta da estrela, e descobriram que a crosta pode aguentar até dez bilhões de vezes a pressão necessária para romper o aço.

"Parece dramático mas é verdade", afirmou um dos cientistas que participou da pesquisa, o professor do Departamento de Física da Universidade de Indiana Charles Horowitz.

A pesquisa foi publicada na revista especializada Physical Review Letters.

Toneladas numa colher

Estrelas de nêutrons têm uma gravidade altíssima e podem girar até 700 vezes por segundo. Estas são estrelas maciças que entraram em colapso depois da paralisação das fusões nucleares e da produção de energia em seus centros.

A única coisa mais densa que uma destas estrelas é um buraco negro. Para se ter uma ideia de sua densidade, uma colher de chá de matéria de uma estrela de nêutrons pesaria algo em torno de 100 milhões de toneladas.

"Criamos um modelo de uma pequena região da crosta de uma estrela de nêutrons seguindo os movimentos individuais de até 12 milhões de partículas", explicou o professor Horowitz. "E então calculamos como a crosta se deforma e, finalmente, se quebra sob o peso extremo de uma montanha de uma estrela de nêutrons."

Estas "montanhas" seriam irregularidades na superfície de estrelas que ajudariam a criar ondas gravitacionais que, teoricamente, poderiam alterar o espaço-tempo.

O trabalho foi realizado pela Universidade de Indiana e pelo Laboratório Nacional de Los Alamos, no Novo México.

Fonte: BBC - 15.07.2009

Você sabia
que os neutrinos interagem
- viajam além do tempo?
*
Mais densos que o aço
neutrinos entram e saem
dos corpos,instantaneamente!
*
Crivados de neutrinos
na ação perpétua da vida
- frágil ou forte o homem?
*
O que somos afinal
no bombardeio celeste
- nós, meros humanos?

terça-feira, 14 de julho de 2009

Veja esse video e reflita - Reclamas de que?


Este é um autêntico Ser Humano!

A COMPREENSÃO SEGUNDO SARAMAGO


A COMPREENSÃO SEGUNDO SARAMAGO
http://www.youtube.com/watch?v=W0Wx5rL0dwc


Ensaio audiovisual sobre fotos de SEBASTIÃO SALGADO e narrativa de JOSÉ SARAMAGO.
Áudio original extraído do documentário JANELA DA ALMA de João Jardim e Walter
Carvalho (Brasil, 2001).

Trilha incidental: Hélio Delmiro ('Emotiva')
Adaptação e montagem: PEDRO BERSI (SC Brasil)
souzabersi@hotmail.com
WindsFilmesBRASIL 2007

"Eu não quero dizer que cada um é conforme nasce -- não vou a esse ponto. Mas, talvez devêssemos ponderar por que algumas pessoas resistem ao comportamento digamos universal -- o modo de comportasse mais geral -- e outras não? Por que algumas pessoas mantêm uma atitude crítica em relação às coisas? Por que algumas pessoas acham que não é por fato das coisas serem novas ou modernas que elas são necessariamente boas? Isto não é defender o antigo... é simplesmente considerar que não tem nenhuma razão para acreditar que no momento em que estou a viver é o momento em que todas as coisas que se estão a fazer -- as de agora e as que vão ter efeitos no futuro -- são as únicas e as melhores que poderiam estar a ser feitas e a ser pensadas, imaginadas e aplicadas. Não tenho qualquer razão para isso, pelo contrário, tenho muitas razões que me dizem que nos tomamos por um caminho errado."

"Tem muitas razões que me dizem que nós tomamos o caminho errado."
Por JOSÉ SARAMAGO
 
Resistem na lama
no cruel sacro ofício
- sem razão, perdidos.
 
 Qual , de fato  é a origem do mal ?