sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

EXOPLANETAS SEMELHANTES À TERRA: VIZINHOS





Exoplanetas semelhantes à Terra podem ser nossos vizinhos

2013-02-07
 
Em cima: Imagem conceptual que mostra um hipotético planeta habitável com duas luas que orbita uma anã vermelha. Crédito: David A. Aguilar (CfA). Em baixo: Analisando dados disponíveis do Kepler, astrónomos do CFA identificaram 95 candidatos planetários em torno de anãs vermelhas. Destes, três orbitam dentro da zona habitável (marcada a verde) - distância a que eles podem ser suficientemente quentes para conterem água líquida na superfície. Esses três candidatos planetários (marcados com pontos azuis) têm 0,9, 1,4 e 1,7 vezes o tamanho da Terra. Neste gráfico, a luz recebida pelo planeta aumenta da esquerda para a direita e, em consequência, a distância à estrela diminui da esquerda para a direita. O tamanho do planeta aumenta de baixo para cima. Crédito: C. Dressing (CfA).
 
 
Através de dados provenientes do Telescópio Espacial Kepler,
 astrónomos do Centro Harvard-Smithsoniano de Astrofísica (CfA), 
da NASA descobriram que 6% das estrelas anãS vermelhas têm planetas
habitáveis, do tamanho da Terra. Como as anãs vermelhas são as estrelas mais comuns na nossa galáxia, o planeta parecido à Terra mais próximo poderá estar a apenas 13 anos-luz de distância.

"Pensávamos que teríamos de ir muito longe para encontrarmos um planeta como a Terra. Agora percebemos que existe a possibilidade de haver uma outra Terra no nosso próprio quintal, à espera de ser descoberta", disse Courtney Dressing, astrónoma de Harvard e principal autora do artigo, e que apresentou as suas descobertas numa conferência de imprensa no Centro Harvard-Smithsoniano para Astrofísica, em Cambridge, Massachusetts.

As estrelas anãs vermelhas são mais pequenas, mais frias e mais fracas do que o nosso Sol

. Uma anã vermelha média tem apenas um terço do tamanho e uma milésima parte do brilho do Sol. Nenhuma anã vermelha é visível da Terra a olho nu.

Não obstante o seu fraco brilho, estas estrelas são bons lugares para procurar planetas parecidos à Terra. Três em cada quatro estrelas da nossa galáxia são anãs vermelhas, para um total de pelo menos 75 mil milhões. Como estas estrelas são pequenas, o sinal de planetas em trânsito

é maior, pois um mundo do tamanho da Terra consegue tapar uma maior porção do disco de uma anã vermelha. E como para estar na zona habitável um planeta tem de definir uma órbita mais próxima em torno da estrela fria, há maior probabilidade do seu trânsito poder ser observado da Terra.

Dressing analisou o catálogo Kepler de 158000 estrelas alvo para identificar todas as anãs vermelhas. Voltou, então, a analisar as estrelas, para calcular com mais precisão dimensões e temperaturas, e descobriu que quase todas elas eram mais pequenas e mais frias do que se pensava.

Uma vez que o tamanho de um planeta em trânsito é determinado em relação ao tamanho da estrela (com base na porção do disco da estrela que o planeta cobre no seu trânsito), se a estrela for mais pequena o planeta também será. E uma estrela mais fria terá uma zona habitável mais estreita.

Dressing identificou 95 candidatos planetários orbitando estrelas anãs vermelhas, o que implicava que pelo menos 60% destas estrelas albergavam planetas menores que Neptuno

. No entanto, a maior parte dos planetas não tinha exactamente o tamanho ou a temperatura certos para serem considerados semelhantes à Terra. Três candidatos revelarem ser em simultâneo quentes e aproximadamente do tamanho da Terra. Em termos estatísticos, isto significa que 6% do total de estrelas anãs vermelhas deve albergar um planeta parecido à Terra.

"Sabemos agora qual a taxa de ocorrência de planetas habitáveis em torno das estrelas mais comuns na nossa galáxia", disse o co-autor David Charbonneau (CFA). "Esta taxa significa que será muito mais fácil procurar vida fora do Sistema Solar
do que se pensava."

O nosso Sol está rodeado por um enxame de anãs vermelhas, representando estas cerca de 75% das estrelas mais próximas. Tendo em conta que 6% delas devem hospedar planetas habitáveis, então o mundo mais próximo parecido com a Terra poderá estar a apenas 13 anos-luz de distância.

A localização de mundos próximos semelhantes à Terra pode exigir um pequeno telescópio espacial dedicado ou uma grande rede de telescópios terrestres. Estudos de acompanhamento realizados com instrumentos como o Telescópio Gigante de Magalhães ou o Telescópio Espacial James Webb poderiam dizer-nos se algum dos planetas quentes, em trânsito, tem uma atmosfera e, ainda, qual a sua química.


Tal mundo seria diferente do nosso. Com uma órbita tão próxima à sua estrela, o planeta provavelmente sofreria acoplamento de maré (sempre a mesma face voltada para a estrela). No entanto, isso não impediria a vida, pois uma atmosfera razoavelmente espessa ou um oceano profundo poderiam transportar o calor

em redor do planeta. E como as jovens estrelas anãs vermelhas emitem fortes fulgurações de luz ultravioleta

, uma atmosfera poderia proteger a vida na superfície do planeta. Na verdade, estas tensões poderiam ajudar a vida a evoluir.

"Não precisamos de um clone da Terra para termos vida", disse Dressing.

Como as anãs vermelhas vivem muito mais tempo que as estrelas semelhantes ao Sol, esta descoberta levanta a interessante possibilidade de a vida num planeta deste tipo poder ser muito mais antiga e evoluída do que a vida na Terra.

"Podemos encontrar uma Terra com 10 mil milhões de anos", especulou Charbonneau.

Os três candidatos planetários da zona habitável, identificados neste estudo, são: o Objeto Kepler de Interesse (KOI) 1422,02, que tem 90% do tamanho da Terra numa órbita de 20 dias; KOI 2626,01, com 1,4 vezes o tamanho da Terra numa órbita de 38 dias; e KOI 854,01, com 1,7 vezes o tamanho da Terra numa órbita de 56 dias. Todos os três estão localizados a cerca de 300-600 anos-luz de distância e orbitam estrelas com temperaturas entre os 5700 e 5900 graus Fahrenheit

. (Para comparação, a temperatura da superfície do nosso Sol é de 10000 graus F.)



                                                  
Estes resultados serão publicados no The Astrophysical Journal.

Fonte da notícia: http://www.cfa.harvard.edu/news/2013/pr201305.html
 

ASTERÓIDE PERTO DA TERRA






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Ciência e Tecnologia 

Ciência

Asteroide passa muito perto da Terra nesta sexta-feira


O asteroide 2012 DA14, de 45 metros de diâmetro, vai estar a apenas 27.650 quilômetros do planeta. Apesar dessa distância mínima recorde, não existe perigo de colisão. 

O asteroide 2012 DA14, de aproximadamente 45 metros de diâmetro, foi descoberto há cerca de um ano por astrônomos no observatório de La Sagra, no sul da Espanha. Naquele momento, ele estava cerca de quatro milhões de quilômetros longe da Terra. Mas, nesta sexta-feira (15/02), o corpo celeste passará a apenas 27.650 quilômetros do planeta – um recorde para asteroides desse tamanho.

A distância é menor do que a dos satélites artificiais que orbitam a Terra e também inferior à alcançada por outros corpos celestes que já passaram perto do planeta. Mas os especialistas da agência espacial norte-americana Nasa garantem: um choque com o globo terrestre está fora de cogitação. E também é extremamente improvável que o asteroide cruze a rota de satélites.

Astrônomos amadores da Europa Oriental, da Ásia e da Austrália vão poder observar, com a ajuda de um binóculo, na noite desta sexta-feira, a passagem do 2012 DA14 entre as constelações de Virgem e Cabeleira de Berenice. No Brasil o momento de maior proximidade se dará no final da tarde.
Já os cientistas querem aproveitar a rara oportunidade para aprender um pouco mais sobre esses corpos espaciais: se o 2012 DA14 for composto de material muito poroso, ele poderá se desintegrar totalmente quando atingir a atmosfera terrestre. 

Já no início do ano a Terra escapou do movimento do asteroide chamado Apophis. Os dois corpos celestes deixam bem claro que o planeta está permanentemente exposto ao perigo de um bombardeamento cósmico. Por isso a Nasa e a Agência Espacial Europeia (ESA, em inglês) trabalham na ampliação de sistemas de vigilância, capazes de reconhecer perigos oriundos do espaço e lançar missões de defesa.

Estatisticamente, um asteroide do tamanho do 2012 DA14 chega tão perto da Terra uma vez a cada 40 anos e atinge o globo terrestre uma vez a cada 1.200 anos.
 
A quantidade de gelo que se evapora e poeira expelida
são decisivas para definir a aparência de um cometa
 
Grandes cometas em março e novembro
Do ponto de vista estatístico, a Terra vai ter que esperar, portanto, um bocado de tempo pela próxima visita de um asteroide desse tipo. Em compensação, em março, só um mês depois do 2012 DA14, um outro visitante irá se movimentar em direção ao planeta: o cometa Panstarrs, vindo das profundezas do sistema solar.

O sistema telescópico automático Panstarrs, instalado no Havaí, detectou esse cometa em março de 2011. Em 10 de março de 2013 ele alcançará sua distância mínima em relação ao Sol, ficando mais perto da Terra do que Mercúrio.

Após a passagem pelo Sol, o Panstarrs aparecerá entre as constelações de Peixes e Andrômeda, perfeitamente posicionado para os observadores do Hemisfério Norte. Segundo cálculos, o cometa deverá estar bem visível a olho nu, ostentando uma cauda considerável. No entanto, é sempre difícil fazer prognósticos de luminosidade em relação a cometas.

Decisivo para a aparência de um cometa é quanto de gelo se evapora e quanta poeira é expelida no processo. Isso varia muito de um exemplar para outro e só é possível construir modelos aproximados a grosso modo. Contudo, as chances são boas para, mais uma vez, contemplar um grande cometa no céu, após a passagem do Hale-Bopp, há exatamente 15 anos.

Mas é possível que até mais de um cometa seja visto da Terra: no final deste ano, o Ison poderá se apresentar de forma muito mais impressionante do que o Panstarrs no primeiro semestre. Esse corpo glacial, descoberto em setembro de 2012 pelo observatório astronômico Ison na região do Cáucaso, vai trafegar no dia 28 de novembro a apenas dois milhões de quilômetros do Sol.

Nesse processo, grandes quantidades de gelo e poeira deverão ser vaporizadas. Especialistas preveem que o cometa poderá ser visto no céu azul diurno como um objeto de forte brilho, em próximo ao Sol. Caso ele sobreviva a esse encontro tão próximo com a estrela, ele vai brilhar nos céus noturnos durante o período de Natal.
 
Eclipse de 25 de abril poderá ser visto da Europa, 
África, grande parte da Ásia e Austrália
 
Raros eclipses
"Onde há muita luz, há muita sombra": essa sabedoria não é válida para o céu terrestre no ano de 2013, quando será bem modesto o número de eclipses solares e lunares – os teatros de sombras cósmicos.
No dia 25 de abril, a Lua cheia vai encostar na parte mais escura da sombra da Terra, mas somente pouco mais de 1% da superfície do satélite ficará escuro. O resultado poderá ser admirado a partir da Europa, África, grande parte da Ásia e Austrália.

Os observadores dos céus da Austrália, Indonésia e Pacífico Central vão poder ver um eclipse anular do Sol nos dias 9 e 10 de maio. Em 3 de novembro haverá o único eclipse solar total do ano de 2013. A faixa de escuridão, com largura máxima de 57 quilômetros, vai se projetar na sua maior parte sobre o Oceano Atlântico, porém ela também vai encostar no Gabão, Congo, Uganda e Quênia.

Além disso, o eclipse poderá ser acompanhado de forma parcial em toda a África, no extremo leste dos Estados Unidos, no norte da América do Sul, no sul da Europa e na Península Arábica.

 Satélites Swarm 
vão pesquisar campo magnético da Terra 
com precisão inédita
 
Satélites começam a funcionar
O destaque do setor espacial europeu neste ano será o lançamento de três satélites Swarm, em abril. Construídos pela empresa Astrium, na cidade de Friedrichshafen, na Alemanha, eles devem pesquisar o campo magnético da Terra com precisão inédita.

Com a missão Swarm, a ESA consolida sua posição de liderança na observação científica da Terra. As sondas magnéticas já estavam prontas há quase um ano, mas por causa de problemas com o foguete de fabricação russa que as colocaria em órbita, o lançamento foi adiado várias vezes. Mas em 2013 elas deverão finalmente iniciar suas medições a 500 quilômetros de altura.

Na Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês), a rotina de trabalho continua. A partir de maio, um astronauta da ESA, Luca Parmitano, deverá mais uma vez assumir um posto avançado em órbita e, ao longo de um semestre, executar experimentos no laboratório espacial Columbus, que é acoplado à Estação Espacial Internacional. Depois de cerca de um ano, será a vez do astronauta alemão Alexander Gerst viajar para o espaço.

A China planeja também um voo tripulado para a sua pequena estação chamada de Tiangong. No plano político, os contatos deverão ser implementados em 2013 para que a China seja parceira da Estação Espacial Internacional. Até agora, os Estados Unidos recusam categoricamente essa ideia.
Autor: Dirk Lorenzen (fc)
Revisão: Alexandre Schossler

DW.DE


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 Fonte: 
DW.DE
Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres. 
 Sejam abençoados todos os seres.
 
 

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

CÉU DA SEMANA: Ep. #143 - Quanto tempo dura uma estrela - 11 a 17/2/2013


Céu da Semana Ep. #143 

- Quanto tempo dura uma estrela

 - 11 a 17/2/2013

 
Céu da Semana é produzido pela Univesp TV, em parceria com o Laboratório Aberto de Interatividade da UFSCar. Todas as semanas, Gustavo Rojas apresenta dicas de como olhar para o céu, quais constelações estão em destaque, fases da lua e os principais fenômenos astronômicos.

O Céu da Semana é um quadro também no Paideia, programa radiofônico sobre cultura científica apresentado ao vivo todas às 3ª feiras, às 18h, na Rádio UFSCar.

Acompanhem mais notícias no blog http://programapaideia.wordpress.com

Tema do Programa: Quanto tempo dura uma estrela

A Univesp TV é o canal digital 2.2 de multiprogramação da TV Cultura,e também pode ser assistida em live streaming pelo site www.univesp.tv.br.

siga o @CeudaSemana no twitter

links úteis:
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http://www.labi.ufscar.br
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