Astronomia: Uma visão Geral I - Pgm 5 - Telescópios no espaço
Nesta
aula do curso de Astronomia: Uma Visão Geral I, o professor João
Steiner, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas
da USP explica o espectro eletromagnético e comenta sobre alguns dos
telescópios de raios-x, infravermelho e ultravioleta
Desde a antiguidade as pessoas viam o planeta Vênus no céu, mais imaginavam
que seria uma estrela, devido ao seu brilho ser muito intenso,
(como sabemos os planetas não
tem luz própria, seu brilho provém do Sol), sem esse conhecimento e sem
um telescópio para observar melhor, as pessoas classificaram Vênus como
estrela D'alva, Vésper e até mesmo de estrela do pastor.
Vênus recebeu vários nomes por que; as pessoas no seu cotidiano
observavam que aparecia uma estrela de manhã e uma quando estava
anoitecendo, e deram o nome de estrela
D'alva a vista de manhã, e estrela Vesper, a que eles viam quando o Sol
estava se pondo, as pessoas imaginaram que se tratava de duas estrelas
distintas, mais hoje sabemos que se
trata do mesmo astro, ou seja Vênus que não tem nada de estrela.
Hoje em dia podemos ver claramente Vênus no céu a olho nu (sem o
telescópio), é o objeto mais
brilhante no céu depois da Lua claro, ela pode ser vista quatro horas
antes do
Sol nascer a leste, ou quatro horas depois do Sol se por a oeste,
dependendo do seu afastamento do Sol, Vênus pode ser visto a olho nu a
qualquer
hora do dia de céu limpo, desde que não esteja muito próximo do Sol e
que o
observador saiba localizar, como vemos na imagem abaixo.
Essas denominações usuais quase nunca correspondem à realidade. Vênus não é uma estrela e o Sol é. Vênus passa pela Terra, porque ele gira mais rápido em torno do Sol, praticamente a cada ano. É o planeta que mais se aproxima. Fica enorme, uma "verdadeira" estrela. Primeiro no entardecer, então passa entre a Terra e o Sol e reaparece nas madrugadas, antes do Sol nascer. É eventualmente chamado de estrela do amanhecer por causa disso, por aparecer pouco antes do amanhecer, quando está ultrapassando a Terra.
Se fosse para fazer a coisa certa seria chamar o Sol de estrela do amanhecer, porque o Sol realmente aparece em todo o amanhecer e é efetivamente uma estrela. Mas...
Existe aquela pegadinha básica: "Qual a estrela mais próxima da Terra?" Muita gente fica pensando em nomes de estrelas famosas: Sirius, as Três Marias. Mas a resposta é Sol. Porque há os hábitos, e um deles é considerar estrelas esses pontos luminosos noturnos no céu.
Para responder. Muitas pessoas chama Venus erroneamente de Estrela da Manhã, além de Estrela Dalva. Mas é uma denominação popular e está incorreto porque Venus é um planeta e não apresse só de manhã, aparece também no fim da tarde.
Se o tempo estiver claro, aí onde você está, dê uma olha alí pelas 5 horas da manhã a leste. Verá uma "estrela" enorme. É Venus.
Lúcifer (do latim lux, lucis, "luz" e ferre,
"portar, levar", ou seja, "Portador de Luz) é um nome que, devido a uma
interpretação errônea do Livro de Isaías, foi freqüentemente dado a
Satã, líder dos demônios ou anjos caídos na tradição judaica-cristã, ou
mais especificamente tido como seu nome antes da Queda.
Origem em Isaías
Em latim, o nome Lucifer, "Portador de Luz" era dado à Estrela d'Alva ou Estrela da Manhã, o planeta Vênus em suas aparições matinais. Na Vulgata,
versão canônica da Bíblia para o latim ao longo da maior parte da
existência da Igreja Católica, essa palavra é usada nesse sentido por
duas vezes.
Em uma delas, na segunda epístola de Pedro, 1:19, traduz o grego Φωσφόρος, Phosphoros,
que tem exatamente o mesmo sentido literal de "portador de luz" do
latim e neste caso é uma metáfora para Cristo ou o cristianismo:
Assim demos ainda maior crédito à palavra dos profetas, à
qual fazeis bem em atender, como a uma lâmpada que brilha em um lugar
tenebroso até que desponte o dia e a estrela da manhã(Phosphoros, Lucifer) se levante em vossos corações.
A outra vez está em Isaías, capítulo 14, como tradução do hebraico הילל, Hêlēl, que também significa "Estrela d'Alva", ou mais precisamente הילל בן־שׁחר, Hêlēl ben Shahár, "Estrela d'Alva, filho da Manhã", vertido na Vulgata como Lucifer qui mane oriebaris
(literalmente, "Estrela d'Alva que nascia da Manhã"). Nessa passagem,
como o próprio profeta deixa claro, o nome é dado ao rei da Babilônia,
cuja tirania haveria de cair:
Quando o Senhor te tiver aliviado de tuas penas, de teus
tormentos e da dura servidão a que estiveste sujeito, cantarás esta
sátira contra o rei de Babilônia, e dirás:
"Como? Não existe mais o tirano! Acabou-se a tormenta! O
Senhor despedaçou o bastão dos perversos e o cetro dos opressores. Ele
feria os povos com fúria, vibrando golpes sem interrupção, e governava
as nações com brutalidade, subjugando-as sem piedade. Toda a terra
conhece o repouso e a paz, todos exultam em cantos de alegria. Até os
ciprestes se regozijam de tua queda, dizendo com os cedros do Líbano:
Desde que caíste, não sobe até nós o lenhador. Debaixo da terra se agita
a morada dos mortos, para receber-te à tua chegada; despertam em tua
honra as sombras dos grandes, e todos os senhores da terra, e
levantam-se de seus tronos todos os reis das nações".
Todos tomam a palavra para dizer-te:
"Finalmente, eis-te fraco como nós, eis-te semelhante a nós.
Tua majestade desceu à morada dos mortos, acompanhada do som de tuas
harpas. Jazes sobre um leito de vermes e os vermes são a tua coberta.
Então! Caíste dos céus, astro brilhante(Hêlēl, Lucifer), filho da aurora (ben Shahar, qui mane oriebaris)!
Então! Foste abatido por terra, tu que prostravas as nações! Tu dizias:
'Escalarei os céus e erigirei meu trono acima das estrelas de Deus (El). Assentar-me-ei no monte da assembléia, no extremo norte. Subirei sobre as nuvens mais altas e me tornarei igual ao Altíssimo' (Elyon). E, entretanto, eis que foste precipitado à morada dos mortos (Sheol), ao mais profundo abismo (...)"
Preparai o massacre dos filhos por causa da iniqüidade dos
pais. Que eles não se levantem para conquistar o mundo, e invadir toda a
face da terra. Levantar-me-ei contra eles, declara o Senhor dos
exércitos, apagarei o nome e o vestígio de Babilônia, sua raça e sua
posteridade, diz o Senhor.
A palavra Lucifer também aparece duas vezes na versão da Vulgata do livro de Jó, com outros sentidos. Uma vez como tradução da palavra בקר ("manhã") em Jó 11:17, o futuro te será mais brilhante do que o meio-dia, as trevas se mudarão em aurora (Lucifer). Na outra, como tradução de מזרות ("constelações") em 38:32 - És tu que fazes sair a seu tempo as constelações (Lucifer), e conduzes a grande Ursa com seus filhinhos? Aparece ainda no Salmo 109 (numeração católica) como tradução de שׁחר (Shahar, "manhã"): No dia de teu nascimento, já possuis a realeza no esplendor da santidade; semelhante ao orvalho, eu te gerei antes da aurora (Lucifer).
Ligações míticas
Isaías designa Hêlēl (nome da Estrela d'Alva) como filho de Shahar.
Este, segundo um poema ugarítico, era o deus da aurora, enquanto seu
irmão gêmeo, Shalim, representava o crepúsculo. Ambos eram filhos de El
(também chamado Latipan e Dagon) e de Athirat (Astarte), sua parceira
divina, ou sua parceira mortal, de nome não conhecido.
O pano de fundo da sua metáfora parece ser a imagem da Estrela
d'Alva que surge como a mais brilhante do céu, ofuscando Júpiter e
Saturno, mas em seguida é ofuscada, "expulsa" pela luz do Sol. É uma
hipótese plausível, ainda que não atestada, que Isaías estivesse citando
algum mito cananeu que refletisse essa idéia, narrando que Hêlēl, filho
de Shahár, teria desafiado os demais deuses tomando a montanha no Norte
onde se reuniam, mas foi arremessado ao abismo.
De qualquer forma, quando os judeus da diáspora fizeram a
tradução pioneira do hebraico para o grego, encomendada por Ptolomeu II
(287 a.C.-247 a.C.) para a Biblioteca de Alexandria e conhecida como Septuaginta, Helel ben Shahar foi traduzido como Eósforo ou Fósforo, nome da divindade grega que personificava a Estrela d'Alva, chamado Lúcifer pelos romanos e que era filho de Eos, a deusa da manhã, Aurora para os romanos.
Identificação com Satã
A identificação com Satã aparece pela primeira vez na Vida de Adão e Eva e no primeiro Livro de Enoc,
escritos no século I a.C. Neste, Satã ou Sataniel é descrito como tendo
sido um dos arcanjos. Porque ele planejou "erigir seu trono acima das
nuvens mais altas e se assemelhar a 'Meu poder' no alto",
Satanás-Sataniel foi lançado abaixo, com suas hostes de anjos, e desde
então ele tem voado no ar sobre o abismo.
Os autores cristãos Tertuliano (Contra Marrionem, v. 11, 17), Orígines (Ezekiel Opera,
iii. 356) e outros também identificaram Lúcifer com Satã, que no
Evangelho de Lucas (10:18) e no Apocalipse (12:7-10) também foi descrito
como tendo sido "arrojado dos céus". O próprio Jerônimo, tradutor da Vulgata, pensava que essa passagem aludia a Satã.
Várias traduções tradicionais e influentes da Bíblia, inclusive a
inglesa do Rei James, mantiveram o nome de "Lúcifer" em Isaías, em vez
de vertê-lo da forma adequada em vernáculo (Morning Star, em inglês), reforçando a identificação errônea. Assim, Satã veio a ser conhecido como Lúcifer também em obras literárias como A Divina Comédia de Dante Aleghieri e O Paraíso Perdido de John Milton.
Lúcifer na maçonaria
Como atestam o uso de Lúcifer como metáfora para Cristo e nome de São
Lúcifer, santo do século IV, a palavra continuou, ao menos para pessoas
educadas em latim ou na cultura clássica, a ser associada
primordialmente com a Estrela d'Alva e luz, não com Satã.
Foi com o mesmo sentido que alguns maçons e seus seguidores
usaram a palavra "luciferiano" no sentido erudito de "portador de luz",
invocando Prometeu, que roubou o fogo dos deuses para trazê-lo aos
humanos. Católicos integristas e evangélicos fundamentalistas acusaram
os maçons, com base nessa linguagem metafórica, de realmente adorar
Lúcifer. A acusação foi originalmente lançada por "Léo Taxil",
pseudônimo de Marie Joseph Gabriel Antoine Jogand-Pagès (1854-1907), que
admitiu ter sido tudo uma fraude para ridicularizar a Igreja - lei mais
detalhes em Baphomet.
Cultos de Lúcifer
Houve, por outro lado, uma seita herética alemã do século XIII que de
fato pregou a adoração de Lúcifer como regente do mundo material,
levando ao pé da letra os títulos que lhe são dados na Bíblia de "deus
deste mundo" ou "deste século" (Coríntios, 4:4) e "príncipe deste mundo"
(João 12:31).
A Igreja de Lúcifer, organização ocultista ativa nos EUA desde os
anos 80, vê Lúcifer como símbolo da eterna busca de sabedoria e uma
força por trás de certos aspectos da natureza. Foi fundada pelo
ex-pastor Robert Stills, que foi sucedido por Frederick Nagash, passou a
ser administrada por Frederick Nagash, Satrinah Nagash e Maskim Xul. A
organização promove o estudo de várias culturas antigas para aprender
com sua sabedoria e incorporá-la em seu próprio repertório.
No ocultismo de Madeline Montalban (morta em 1982), a
identificação de Lúcifer com a Estrela d'Alva o identifica com Lumiel,
que ela considerava o Arcanjo da Luz. Entre satanistas, ele é visto como
Azazel ou a "Tocha de Baphomet". Nesse ensinamento ocultista derivado
do cristianismo, afirma-se que o destino de Lúcifer é encarnar-se como
humano em certos momentos críticos da história como salvador e redentor
da humanidade. Um símbolo desse processo é a Rosa dos Tudor, que pode
ser vermelha, para representar Lúcifer, ou branca, para representar
Lilith. A cruz em Tau é também um símbolo de Lumiel-Lúcifer e de seu
papel como avatar para a espécie humana.
Na Bíblia Satânica de 1969, Lúcifer é considerado um dos
Quatro Príncipes Coroados do Inferno, mais especificamente como o do
Leste. Senhor do Ar, Lúcifer é tido como "Portador da Luz, Estrela
d'Alva, Intelectualismo, Iluminismo."
Grupos que se identificam como "luciferianos gnósticos" também
reverenciam Lúcifer, mas enfatizam seu entendimento dessa entidade como
completamente distinta da que é chamada "Satã".
Referências - Wikipedia (em inglês): Lucifer [1 - Wikipedia (em inglês): Luciferianism [2]
Lua, Marte e estrela Espiga entram em conjunção hoje (19/02)
Se
o tempo estiver claro na noite dessa quarta-feira (19 de fevereiro), dê
uma olhada para o céu na direção da Lua – ela formará um triângulo com
Marte (o ponto mais brilhante) e a estrela Espiga.
Lua, Marte e estrela Espiga entram em conjunção hoje (19/02)
O raro triângulo celeste pode ser visto
na direção leste. A Lua estará 75% iluminada, chegando em sua fase
minguante. Espiga é uma estrela brilhante da constelação de Virgem, e
Marte apresentará seu habitual tom avermelhado.
A formação triangular estará visível
somente a partir das 21h, quando os objetos irão nascer a leste.
Dependendo de sua região, esse horário não será bom para observar, uma
vez que os objetos estarão muito próximos do horizonte. Somente a partir
da 0h que eles ficarão em uma região mais alta do céu, permitindo uma
visualização mais fácil.
Teoria do impacto que criou a Lua: indícios questionáveis
Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/06/2014
"A teoria do impacto gigante é uma bela teoria que explica um monte de
coisas, mas há esse problema" - entenda-se bem, o problema de que os
dados não lhe dão sustentação. [Imagem: NASA/JPL-Caltech]
Hipótese sobre a formação da Lua
Os cientistas não sabem como a Lua se formou, mas eles gostam muito de uma teoria - a rigor, uma hipótese - que afirma que um hipotético planeta Teia (ou Theia) se chocou com uma "proto-Terra" e formou nosso satélite.
Se tal colisão ocorreu, os escombros de Teia deveriam constituir cerca de 70% da Lua.
O problema com a teoria é que, até hoje, não se encontraram
diferenças significativas nas constituições da Terra e da Lua - ambas
têm uma composição muito similar, indicando que a Lua é filha da Terra, ou talvez irmã, sem qualquer sinal de Teia.
Daniel Herwartz, da Universidade de Cologne, na Alemanha, resume bem o
sentimento de decepção da comunidade científica a esse respeito: "A
teoria do impacto gigante é uma bela teoria que explica um monte de
coisas, mas há esse problema" - entenda-se bem, o problema de que os
dados não dão sustentação à hipótese.
Busca pela evidência perdida
Agora, Herwartz e seus colegas encontraram um jeito de dar esperança à hipótese e, quem sabe, elevá-la à classe das teorias.
Analisando amostras de rochas trazidas da Lua pelas missões Apolo, e
comparando-as com amostras da Terra e de meteoritos, eles encontraram
uma pequena diferença entre os raríssimos isótopos oxigênio-17 de lá e
de cá.
É fato que as amostras da Lua trazidas pela Apolo vêm sendo estudadas
à exaustão há meio século, incluindo comparações de isótopos não apenas
do oxigênio, mas também de titânio, silício e vários outros elementos.
As amostras da Lua trazidas pela Apolo vêm sendo estudadas à exaustão há meio século, incluindo comparações de isótopos não apenas do oxigênio, mas também de titânio, silício e vários outros elementos. [Imagem: Addi Bischoff/Westfalische Wilhelms-Universitat Munster]
Ocorre que as tecnologias de medição melhoraram, o que permitiu agora
encontrar uma minúscula diferença, várias casas depois da vírgula.
Os dados da equipe alemã indicam que há 12 partes por milhão (ppm) a
mais de oxigênio-17 nas amostras da Lua do que nas rochas da Terra -
pense em 0,0012%, ou, para facilitar, pense em encontrar 1.000.000 dos
isótopos oxigênio-17 na Terra e 1.000.012 deles na Lua.
Parece muito pouco para sustentar a hipótese do grande impacto, que
afirma que a Lua teria algo entre 70% a 90% de Teia e de 10% a 30% da
Terra. Mas isso não impediu a equipe de concluir que seus dados
"fornecem evidências crescentes" para sustentar a ideia.
Cautela
As ciências planetárias têm sofrido de uma tendência à geração de
notícias com embasamentos questionáveis que, ao invés de ajudar a dar
suporte a esses estudos, acabam desacreditando todo o campo.
Contudo, estudos posteriores que mostraram que os minerais
descobertos não se formam na presença de água não mereceram a mesma
atenção. Muitos defendem que a Lua não tem água, algo que logo será tirado a limpo, uma vez que a NASA já trabalha na construção de um robô para procurar a água lunar.
A descoberta de água em Marte seguiu rumo semelhante, com anúncios
bombásticos feitos pela NASA criteriosamente a cada seis meses -
anúncios que só deixaram de ser feitos depois que os cientistas que
assinavam estudos desse tipo começaram a tornar-se alvos de piadas e
comentários maldosos na própria academia. Sem contar que estudos
recentes mostraram que os canais que se acreditava terem sido escavados
em Marte por água, mais provavelmente foram criados por lava.
A teoria do impacto de Teia é uma teoria elegante, que poderá
encontrar sustentação futura. Mas defendê-la com base em uma diferença
de 12 ppm em grânulos de poeira lunar que não se pode considerar como
representativos da geologia de toda a Lua parece certamente mais um
"exagero científico".
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