Constelação Auriga
Auriga (Aur), o Cocheiro, é uma constelação do hemisfério celestial norte. É uma constelação conhecida desde a antiguidade. Está
situada entre as constelações de Gêmeos e Perseu, ao norte da
constelação de Órion, é facilmente reconhecível pelo pentágono que forma
com as estrelas Alfa de Auriga (Capella), Beta de Auriga, Iota de
Auriga, Teta de Auriga e a intrusa Beta do Touro.O genitivo, usado para
formar nomes de estrelas, é Aurigae.
Capella (alfa Aur) com
uma magnitude aparente igual a aproximadamente 0.1 é a sexta estrela
mais brilhante no céu. Na realidade esta estrela consiste num sistema
binário espectroscópico (apenas identificável a partir da decomposição
da sua luz ). As duas componentes dão uma volta em torno uma da outra em
cada 104 dias.
Menkalinen (beta Aur)
é também um sistema binário espectroscópico. Neste caso o período de
revolução é de apenas 4 dias. Trata-se de um binário eclipsante. Durante
cada eclipse a magnitude aparente do sistema varia ligeiramente.
Epsilon Aur é também um
binário eclipsante. O período de revolução é, neste caso, de 27.1 anos.
Durante esse intervalo a magnitude aparente do sistema oscila entre 3.0 e
3.8. Cada eclipse dura cerca de 1 ano. A componente menos brilhante do
parece ser um objeto compacto com 10 a 12 massas solares (buraco negro
??).
Épsilon de Auriga:
a estrela tem 6 bilhões de quilômetros de raio e é a mais forte
candidata ao posto de maior estrela conhecida. Crédito: Alson Wong and
Citizen Sky/Nasa. Situada a cerca de 2 mil anos-luz da Terra e medindo
quase 6 bilhões de quilômetros de raio, Épsilon de Auriga é a mais forte
candidata ao posto de maior estrela conhecida.
É tão grande que se
fosse colocada no centro do Sistema Solar chegaria até a órbita de
Urano, o penúltimo planeta a partir do Sol. Atualmente a estrela se
encontra na fase de baixo brilho e de acordo com os últimos estudos,
eclipsada por um escuro objeto. Entretanto, a natureza desse objeto –
provavelmente uma estrela – ainda é motivo de acalorados debates por
parte dos pesquisadores, uma vez que suas características não foram
observadas diretamente.
A atual fase de eclipse de Épsilon de Auriga
começou em agosto de 2009 e em dezembro atingiu seu ponto de menor
brilho, devendo permanecer assim durante todo o ano de 2010. Em 2011 a
estrela retornará ao brilho máximo. Um modelo apresentado em 2008 e que
ganhou bastante popularidade mostra que esse objeto companheiro seria um
sistema estelar binário, rodeado por um disco de poeira maciço e opaco
de poeira, mas recentes observações feitas pelo telescópio espacial
Spitzer mostram que Épsilon de Auriga é eclipsada por uma única estrela
envolta em um disco de poeira de 600 milhões de quilômetros de raio e 75
milhões de quilômetros de espessura. Teorias que afirmavam que o objeto
seria uma estrela grande e semitransparente ou até mesmo um buraco
negro já foram descartadas.
Olhando
para o Norte, nas primeiras horas das noites de fevereiro, é muito
fácil localizar a constelação de Cocheiro (Auriga, em latim), cuja área
oficial corresponde a 657,44 graus quadrados (1,594% da superfície
aparente da esfera celeste).
Duas características ajudam na
identificação: a brilhante estrela amarela conhecida como Capella, e o
formato de um pentágono, desenhado pelas estrelas Alpha (Capella), Beta,
Theta e Iota Aurigae, além de Beta Tauri, esta pertencente à
constelação do Touro. Na mitologia grega, esta constelação representava
Melissa e Amaltéia, filhas do rei de Creta, que teriam amamentado o
pequeno Zeus com leite de cabra.
É por isso que as cartografias celestes
medievais representam Auriga como um jovem com uma cabritinha nos
ombros e duas crianças em seu braço esquerdo. Mas existe uma segunda
interpretação. Auriga representaria Troquilos, filho de Io, inventor do
carro. Daí a tradução de Auriga por Cocheiro.
Pablo Picasso
Li
Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.