sábado, 25 de dezembro de 2010

AS CORES DAS ESTRELAS



As cores das estrelas
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JOSÉ ROBERTO V. COSTA
Astronomia no Zênite
O Universo é tudo para nós
Quando olhamos para o céu numa noite limpa e sem luar, longe das luzes da cidade, facilmente constatamos que muitas estrelas têm uma cor peculiar. Sírius e Vega, por exemplo, cintilam como diamantes branco-azulados.

Capella tem um brilho amarelo, como um sol distante, enquanto Arcturus é levemente alaranjada. Betelgeuse, Aldebaran e principalmente Antares exibem um tom vermelho como um rubi. Ao telescópio, essas cores atingem tons de elevada pureza.

O Sol aquece a Terra e os outros objetos do Sistema Solar com uma luz dourada. Por certo haverá planetas iluminados pelos raios de uma estrela azul. E o que dizer da alvorada em um planeta que resplandece sob a luz de dois sois? Que efeitos fantásticos de luzes e cores se alternam nesses mundos?

Conhecimento em cores
PARA COMEÇAR A ENTENDER ESSES FENÔMENOS, é importante recorrer a certos conceitos de Física. Sabemos que as folhas das árvores são verdes porque absorvem todas as demais radiações, exceto o verde, difundindo-o ao seu redor. Se a fonte de luz se apaga, os objetos desaparecem.


TRÊS MAÇAS IDÊNTICAS A cor vermelha caracterísitca
só é visível quando a fruta é iluminada com luz policromática.
Porém, a chama de uma vela tem luz própria, assim como uma barra de ferro numa fundição ou o filamento de uma lâmpada incandescente, que fica avermelhado se a energia elétrica está fraca, mas muda de cor, atingindo tons mais claros à medida que a temperatura aumenta.


LUZ E CALOR A chama de uma vela é uma reação química,
a parte visível da matéria em modificação. Outros objetos
(como o ferro fundido ou o filamento aquecido da lâmpada)
podem emitir luz quando submetidos a altas temperaturas.
Devido à incandescência, esses objetos tornam-se fontes de luz – e sua cor depende diretamente da composição da luz que irradiam. Não é difícil analisar as cores de uma luz. Basta fazê-la passar por uma fenda delgada e atravessar um prisma de vidro. Com isso obtemos o espectro da luz.
UMA ESTRELA EMITE ENERGIA em todos os comprimentos de onda, mas não com a mesma intensidade.
O espectro das estrelas geralmente se apresenta como uma faixa luminosa e contínua, contendo todas as cores do arco-íris interrompidas por raias escuras. Essas raias são as “impressões digitais” das estrelas, revelando a composição química das camadas superficiais do astro.


Cada elemento químico tem a propriedade de mostrar raias no espectro em comprimentos de onda característicos. Comparando as raias de uma estrela com as obtidas em laboratório (com as “assinaturas” dos elementos químicos) é possível determinar a composição do astro.

Estamos diante de uma das maravilhas do conhecimento científico: a espectroscopia. Ainda que não seja possível recolher uma amostra de uma estrela qualquer, somos capazes de determinar do que ela é feita – e com admirável precisão!

ESPECTRÔMETRO simples acoplado a uma luneta
Sem estrelas verdes
A cor de uma estrela tem relação com a temperatura em sua superfície. Estrelas não muito quentes (cerca de 3.000 Kelvin) nos parecem avermelhadas. Já as estrelas amarelas, como o Sol, possuem temperatura em torno dos 6.000 Kelvin; e as mais quentes são brancas ou azuis porque sua temperatura fica acima dos 10.000 Kelvin.

Uma estrela emite energia em todos os comprimentos de onda, mas não com a mesma intensidade. Existe um pico de sua radiância para cada temperatura. Uma quantidade de energia que vai determinar a cor predominante da estrela. É por isso que não existem estrelas verdes.

Em princípio, deveriam existir estrelas em todas as cores do arco-íris (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta). Mas, quando essa seqüência de cores é obtida em função da temperatura de objetos incandescentes, a energia do branco se sobrepõe ao verde.

Classificação estelar
AS RAIAS VISÍVEIS NO ESPECTRO DE UMA ESTRELA permitem ordenar esses astros em classes de objetos similares. A classificação espectral atualmente em uso é baseado num esquema estabelecido em 1890 (Harvard Spectral Sequence).

Da mais quente a mais fria, as estrelas são agrupadas em classes identificadas pelas letras do alfabeto W, O, B, A, F, G, K, M e também R, N e S. Como são muito poucas as estrelas que entram nas classes W, R, N e S, sobram apenas os sete grupos destacados, fáceis de memorizar considerando as iniciais da seguinte frase em inglês: 

OhBe A Fine GirlKiss Me! 
Oh, seja uma garota legal: beije-me!

Cada classe é dividida em dez subgrupos numerados de zero a nove. O Sol pertence a classe espectral G2, sendo muito semelhante a Capella (G0), enquanto Sírius é da classe A1 e Betelgeuse da classe M2.

Estrelas de comportamento excepcional são designadas pela letra p, de peculiar, e as anãs, gigantes e supergigantes são identificadas por d, g e s, respectivamente, colocadas antes da letra principal.

Também foram introduzidas classes de luminosidades designadas pelos algarismos romanos de I a VII mais o algarismo arábico zero. A classe I, por sua vez, divide-se em Ia e Ib.

Vários outros símbolos são utilizados nas classificações espectrais das estrelas. WC e WN, por exemplo, indicam estrelas de alta temperatura superficial (estrelas Wolf-Rayet, da ordem de 60.000 K).

A letra e indica a presença de linhas de emissão, enquanto m indica a presença de metais. As duas tabelas a seguir fornecem características das classes espectrais e valores médios de temperatura, luminosidade, massa e raio de alguns tipos particulares.
Classe Espectral Características Temp. superficial Exemplo
O Hélio ionizado e metais; raias de hidrogênio de baixa intensidade 30.000Mintaka
B Hélio neutro, metais ionizados; raias de hidrogênio de alta intensidade 20.000Rigel
A Linhas (raias) de Balmer do Hidrogênio dominantes, metais fracamente ionizados 10.000Sírius
F Metais neutros e fracamente ionizados; raias de hidrogênio de baixa intensidade 7.000Prócion
G Cálcio fracamente ionizado e metais neutros; raias de hidrogênio de baixa intensidade 6.000Capella
K Metais neutros. Raias moleculares
começam a aparecer.
4.000Aldebaran
M Raias de óxido de Titânio molecular dominantes; metais neutros 3.000Betelgeuse
Temperatura em graus Kelvin (K = °C + 273).
As raras estrelas do tipo espectral R são ricas em CH e CN, enquanto as do tipo S contêm óxido de zircônio (ZrO2). Ambos os tipos apresentam raias de metais neutros em seus espectros.
O espectro produzido quando uma luz atravessa uma fenda e depois um prisma de vidro é contínuo. Se houver gás que absorva muito a luz visível no seu caminho, a forma característica de um arco-íris será interrompida por uma série de linhas escuras.

Isso acontece porque os elétrons ocupam níveis energéticos bem distintos nos átomos dos elementos químicos, mas quando o átomo absorve ou emite energia há transições entre níveis adjacentes. Essas transições produzem linhas de absorção ou de emissão nos espectros, como as do átomo de hidrogênio, mostradas na figura acima.

Estrelas da Seqüência Principal
Classe EspectralTemperatura Luminosidade Massa Raio
O5 40.000 5 x 105 4018
B0 28.000 2 x 104 187
A09.90080 32.
G2 5.7701 11
M0 3.4800,06 0,50,6
Temperatura em graus Kelvin. Luminosidade, massa e raio tomando o Sol como unidade.

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CONSTELAÇÃO DA SERPENTE


Nebulosa da Águia (M 16)

2010-12-23

Crédito: Johannes Schedler - http://panther-observatory.com/

M 16, também conhecida como Nebulosa da Águia, tornou-se famosa após as espectaculares imagens obtidas pelo Telescópio Espacial Hubble (ver Imagem do Dia de 23 de Maio de 2003).
No entanto, podemos igualmente obter imagens espectaculares desta nebulosa com um telescópio ao alcance de um astrónomo amador. É o caso desta imagem obtida pelo astro-fotógrafo Johannes Schedler. Nela são visíveis diferentes formações de gás e poeira, incluindo os famosos "Pilares da Criação", visíveis no centro da imagem. 
A luz leva cerca de 8000 anos a chegar até nós desde M 16. Esta nebulosa, que pode se vista com a ajuda de uns binóculos na constelação da Serpente, e que foi descoberta por Messier no séc. XVIII, é um exemplo de uma nebulosa de emissão, sendo a sua cor vermelha devido à emissão proveniente de hidrogénio ionizado.

Objecto de Hoag

2011-02-12

Crédito: NASA, Hubble Heritage Team.
Telescópio: Hubble Space Telescope (NASA/ESA).
Instrumento: Wide Field Planetary Camera 2 (WFPC2).
 
Este objecto estranho é uma galáxia descoberta em 1950 pelo astrónomo Art Hoag. Hoag julgou que a estrutura anelar deste objecto se assemelhava a uma nebulosa planetária, os restos brilhantes de uma estrela como o nosso Sol. Mas essa hipótese foi por ele descartada rapidamente, tendo sugerido que este objecto misterioso deveria de ser uma galáxia.
 
Conhecida hoje por Objecto de Hoag, veio a confirmar-se, na década de 70, que se tratava, de facto, de uma galáxia. Situando-se a 600 milhões de anos-luz de distância na constelação da Serpente, esta galáxia tem cerca de 120 000 anos-luz de diâmetro, sendo ligeiramente maior que a Via Láctea. 
 
O anel azul é constituído por estrelas jovens de elevada massa, e constrasta com o núcleo central de estrelas velhas e vermelhas. As galáxias com forma anelar podem se formar a partir de diversos processos. Uma possibilidade é através da colisão com outra galáxia. No entanto, no caso do Objecto de Hoag não há sinais de uma segunda galáxia, pelo que a explicação para a sua forma peculiar é ainda desconhecida.
Fonte:
PORTAL DO ASTRÓNOMO - Portugal

http://www.portaldoastronomo.org/npod.php?id=3006

GALÁXIAS ATIVAS

A galáxia activa NGC 1068

2010-12-24

Crédito: Raios-X: NASA/CXC/MIT/UCSB/P.Ogle et al.; Óptico: NASA/STScI/A.Capetti et al.
Telescópio: Raios-X: Chandra X-Ray Observatory (NASA); Óptico: Hubble Space Telescope (NASA/ESA).
Instrumento: Raios-X: Advanced CCD Imaging Spectrometer (ACIS) & High Energy Transmission Grating Spectrometer (HETGS); Óptico: Wide Field Planetary Camera 2 (WFPC 2).
 
Esta imagem da galáxia activa NGC 1068 (M 77) é uma composição de imagens de raios-X (a azul e verde) e do óptico (a vermelho). Regiões de formação de estrelas são observadas nos braços espirais mais centrais da galáxia, tanto em raios-X como no óptico.
 
No centro desta galáxia reside um buraco negro de massa elevadíssima. Gás da vizinhança do buraco negro é lançado para o espaço num vento de alta velocidade, formando uma nuvem alongada, bem visível em raios-X. Esse gás vem, não só dum tórus de gás frio e poeira que rodeia o buraco negro, mas também do disco, mais interior, de gás quente formado pela matéria que cai em espiral para dentro do buraco negro. 
 
As observações indicam que estamos a observar o tórus de gás de perfil e vendo efeitos indirectos do buraco negro. NGC 1068 encontra-se a cerca de 50 milhões de anos-luz, na direcção da constelação da Baleia.
 
 Fonte:
PORTAL DO ASTRONOMO - Portugal
http://www.portaldoastronomo.org/npod.php?id=3007

CONSTELAÇÃO DA CASSIOPEIA


"As Montanhas da Criação"

2010-12-25

Crédito: NASA/JPL-Caltech/Harvard-Smithsonian CfA/ESA/STScI.
Telescópio: Spitzer Space Telescope (NASA).

O Spitzer, um telescópio espacial de infravermelhos actualmente em órbita obteve esta imagem das designadas "Montanhas da Criação". Estas massas de gás frio e de poeira cósmica ficam situadas numa região de formação de estrelas designada por W5, na constelação da Cassiopeia
Situam-se a cerca de 7000 anos-luz de distância.

O Spitzer, ao estar equipado com câmaras de infravermelho, consegue penetrar nestas nuvens escuras e detectar imensas estrelas jovens em formação e desconhecidas até agora. Isto porque a luz infravermelha consegue viajar através da poeira, enquanto que a luz visível é bloqueada por ela.
Além disso, a própria poeira é aquecida pela luz das estrelas circundantes e emite no infravermelho.

SN 1572 -                                                                Remanescente da supernova Tycho

2008-03-18

Crédito: NASA/CXC/SAO.
Telescópio: Chandra X-ray Observatory (NASA).
Instrumento: Advanced X-ray astrophysics facility CCD Imaging Spectrometer (ACIS).
 
Esta é uma imagem dos restos turbulentos criados pela explosão da supernova observada pelo astrónomo dinamarquês Tycho Brahe, em 1572. Também conhecida por SN 1572, encontra-se a 7500 anos-luz, na constelação da Cassiopeia.
As cores mostram os diferentes níveis de energia de raios-X: vermelho, verde e azul representam baixa, média e alta energia, respectivamente.
O corte em baixo deve-se a que a região mais a Sul do remanescente de supernova encontra-se fora do campo de visão do detector. O remanescente de supernova expande-se criando uma onda de choque, cujo contorno é formado por gás a 20 milhões de graus Celsius, que aparece na imagem como arcos circulares azuis, muito brilhantes.
Os restos estelares estão a uma temperatura de cerca de 10 milhões de graus e só são visíveis em raios-X; na imagem aparecem como uma mancha pintalgada por dedos amarelos, verdes e vermelhos de gás. Não se detecta uma fonte central neste remanescente, o que é consistente com outras evidências de que a supernova de Tycho é uma supernova do tipo Ia – resulta da explosão de uma anã branca pertencente a um sistema binário quando a sua massa ultrapassa o limite de Chandrasekhar, devido a ter

Fonte:
http://www.portaldoastronomo.org/npod.php

M82 - VENTO SUPERGALÁTICO



 
A M82 é uma galáxia irregular, que foi “bagunçada” por ter passado perto, recentemente, da galáxia M81.
No entanto, isso não explica a fonte desse gás 
vermelho que está se expandindo.

Evidências sugerem que esse gás está sendo provocado por partículas que emergem das várias estrelas da galáxia, criando o que os cientistas chamam de vento supergalático.

A foto mostra os filamentos de gás hidrogênio ionizado, que se estendem por mais de 10 mil anos luz.

Também conhecida como “Galáxia Cigarro”, a M82 está a 12 milhões de anos luz de distância da Terra, na direção da constelação Ursa Maior. 

Quem envia sinais de rádio
a partir da galáxia M82?

Investigadores desconhecem objecto que emite ondas nunca antes observadas em todo o Universo

2010-04-22
Galáxia M82 (Crédito: NASA, ESA e The Hubble Heritage Team)
Galáxia M82 (Crédito: NASA, ESA e The Hubble Heritage Team)
 

Algo estranho está a passar-se nas proximidades da nossa galáxia. A menos de 12 milhões de anos-luz da Via Láctea, um misterioso objecto começou a emitir ondas de rádio, numa forma que era desconhecida até ao momento em todo o Universo.

Os astrónomos questionam-se sobre o que pode estar a causar as estranhas emissões, mas a verdade é que estes sinais não são compatíveis com nenhum dos fenómenos conhecidos.

Segundo os cientistas, a resposta mais plausível terá a ver com a própria galáxia onde se encontra o estranho emissor. A M82 é, de facto, uma starburst galaxy, ou em português, uma galáxia de explosão estelar, na qual a taxa de nascimento de estrelas é muito superior a uma galáxia normal.
Por este motivo, a M82 é até cinco vezes mais brilhante que a Via Láctea. No entanto, e após um ano de intensas observações, a realidade é que ninguém sabe ainda explicar a razão das microondas.

“Não sabemos o que é”, afirma Tom Muxlow, do Centro de Astrofísica Jodrell Bank, na Grã-bretanha, e co-descobridor deste fenómeno.

Velocidade mais rápida do que a luz

A estas características insólitas junta-se mais uma também surpreendente: a velocidade aparente do objecto é quatro vezes superior à da luz, ou seja, um milhão e duzentos mil quilómetros por segundo.

Sala de controlo do Centro de Astrofísica Jodrell Bank
Sala de controlo do Centro de Astrofísica Jodrell Bank
 
Até então, essas classes de velocidades supraluminais tinham sido apenas observadas em fluxos de matéria que expelem alguns dos maiores buracos negros do Universo.

“O novo objecto, que apareceu em Maio de 2009, deixou-nos a pensar. Nunca tínhamos visto nada sequer parecido”, assegura Muxlow.

Brilho intenso e constante

Desde essa data, os investigadores têm estudado algumas das características da galáxia. Por exemplo, a rotação e o brilho: “O objecto gira muito rapidamente, uma vez a cada poucos dias e o brilho não dá sinais de atenuar desde que foi detectado”, explica o cientista.

Estes dados descartam a possibilidade de o objecto ser uma supernova, algo considerado habitual em galáxias como a M82. Se assim fosse, o objecto brilharia em longitudes de onda de rádio durante apenas algumas semanas para depois ir apagando-se em poucos meses − o que não está a acontecer a este objecto, cujo brilho permanece constante.

O objecto, ainda sem nome, foi descoberto casualmente enquanto a equipa de Muxlow estudava uma explosão estelar na M82, utilizando a rede de radiotelescópios britânica MERLIN. Os cientistas depararam-se com um potente emissor que, ao contrário das supernovas não se apagava lentamente, mas que mudava de intensidade de brilho ao longo de todo o ano, mantendo um espectro constante.

Imagem rádio da M82 através da MERLIN. Captada entre 25 de Abril e 3 de Maio de 2009, demonstra  a aparição súbita do misterioso objecto
Imagem rádio da M82 através da MERLIN. Captada entre 25 de Abril e 3 de Maio de 2009, demonstra a aparição súbita do misterioso objecto


Os restos de uma explosão de estrelas

O objecto em questão não esta próximo do centro do M82, onde o grande buraco negro central pode expulsar matéria a velocidades aparentemente similares, mas encontra-se na sua periferia, onde esta classe de fenómenos relativistas não é de todo possível.

Existem poucas possibilidades que expliquem a existência do objecto. Uma delas é que se trate de um pequeno microquasar, ou seja, o restante de uma explosão de uma estrela massiva, um pequeno buraco negro ou uma estrela de neutrões de entre dez a vinte massas solares que começa a alimentar-se de uma outra.

Os microquasares emitem ondas de radiofrequência, mas nenhum dos anteriormente observados o faziam com intensidade detectada no M82.

Alem disto, os microquasares emitem também raios X, mas o misterioso objecto permanece em silêncio absoluto nessas longitudes de onda.

Corpos densos numa galáxia especial

Poderá tratar-se de um megamicroquasar? Muxlow não se atreve a afirmar tal coisa e prefere não arriscar até possuir mais dados. Para o investigador, a melhor explicação é que esta estranha fonte de rádio é alguma classe de corpo muito massivo e denso, talvez um buraco negro numa estrutura pouco habitual.

Impressão artística de um microquasar
Impressão artística de um microquasar
 
Como a M82 é uma galáxia com uma elevada taxa de formação estelar, pode ser que essa característica lhe permita a existência de tais objectos, desconhecidos nas outras galáxias.

“Acabamos de começar a processar os dados da região central da M82 procedentes de vinte radiotelescópios de todo o mundo. Essas imagens vão permitir-nos examinar a estrutura da nova fonte de rádio com mais detalhe. De qualquer modo, processar uma quantidade tão grande de dados será um trabalho árduo e penoso”, afirma Muxlow que conclui: “Só depois poderemos dizer efectivamente se se trata ou não de uma forma rara de microquasar” ou de algo novo e completamente desconhecido até ao momento.

Fontes
CiênciaHoje
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=41908&op=all

EVIDÊNCIA DE OUTROS UNIVERSOS


 Atualmente, pesquisas revolucionárias no campo da astronomia e da cosmologia estão sendo feitas. Exoplanetas, por exemplo. Outra idéia é a do universo cíclico, apresentada nesse post, que sugere que nosso universo é apenas um dos muitos que vieram antes dele. Agora uma nova descoberta, de que nosso universo coexiste com outros, pode estar em progresso.

Pesquisadores da Universidade de Londres basearam-se no modelo da “inflação eterna”, que prega que o nosso universo é parte de um multiverso maior e que se expande infinitamente. Nosso universo seria contido em uma espécie de bolha cósmica, e existiria ao lado de outros universos, contidos em suas próprias bolhas.

Se essa teoria estiver correta, pode ser que nosso universo tenha colidido com outros no passado, e essas colisões teriam deixado traços nas microondas cósmicas deixadas pelo Big Bang.

Os pesquisadores buscaram essas evidências e dizem tê-las encontrado em dados da sonda Wilkinson Microwave Anisotropy. Mas nada ainda foi comprovado – mais dados, principalmente da missão Planck, serão analisados.
  Fonte:
 http://hypescience.com/pesquisadores-encontram-evidencias-de-outros-universos/