O Haiti não é aqui - Ainda não!
PazBem
Ade
ADEIR - http://radeir.blogspot.com
--- Em qua, 20/1/10, Hamilton <admhamilton@gmail.com> escreveu:
De: Hamilton <admhamilton@gmail.com>
Assunto: Re: [administradores_PR] JB: O Haiti não é aqui
Para: administradores_PR@
Data: Quarta-feira, 20 de Janeiro de 2010, 14:13
Há interesse estadunidense do ponto de vista político, geopolítico e conseqüentemente militar. E também o interesse com relação ao próprio controle econômico, em um território onde a força de trabalho é quase uma espécie de neoescravidão.
Os EUA estão se aproveitando do caos instalado no Haiti para instalar tropas no país caribenho. E o controle do aeroporto faz parte desse processo, sendo preocupante que os Estados Unidos está fazendo a ajuda humanitária ser acompanhada pelo seu Exército.
Mais de 5.500 soldados americanos armados já entraram no Haiti, e eles estão manipulando um drama para instalar tropas ao Haiti e tomaram o controle militar do aeroporto de Porto Príncipe, o que é preocupante. Esse é o ponto de vista do ferrenho crítico dos EUA, Daniel Ortega, e nada disso é novidade, pois está nos jornais do Brasil e do mundo, veja mais:
Os EUA estão se aproveitando do caos instalado no Haiti para instalar tropas no país caribenho. E o controle do aeroporto faz parte desse processo, sendo preocupante que os Estados Unidos está fazendo a ajuda humanitária ser acompanhada pelo seu Exército.
Mais de 5.500 soldados americanos armados já entraram no Haiti, e eles estão manipulando um drama para instalar tropas ao Haiti e tomaram o controle militar do aeroporto de Porto Príncipe, o que é preocupante. Esse é o ponto de vista do ferrenho crítico dos EUA, Daniel Ortega, e nada disso é novidade, pois está nos jornais do Brasil e do mundo, veja mais:
EUA recebem críticas por controle do aeroporto de Porto Príncipe
Os militares americanos a cargo das operações do aeroporto de Porto Príncipe foram questionados por outros países e entidades devido à falhas na coordenação. Desde que os americanos assumiram o controle do aeroporto, na quinta-feira, diversos aviões foram impedidos de pousar na cidade, o que gerou a irritação.
Hoje, a França protestou oficialmente porque seu avião-hospital foi impedido de aterrisar. "Apresentamos, através da embaixada americana aqui, um protesto oficial", disse o secretário de Estado de Cooperação da França, Alain Joyandet, à imprensa ao visitar o aeroporto de Porto Príncipe. Joyandet ressaltou que "não é normal que um avião que transporta um hospital de campanha não possa aterrissar".
O Brasil também já questionou os americanos sobre o problema. Além de não ter dado autorização para o pouso de cinco aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) na sexta-feira --eles chegaram a Porto Príncipe apenas hoje--, os militares americanos ainda impediram a circulação de tropas da Minustah (Missão de Paz da ONU no Haiti, sob o comando dos brasileiros) no aeroporto.
O ministro Celso Amorim chegou a questionar a secretária de Estado dos EUA, Hillary Cllinton, sobre o problema.
O comandante das tropas argentinas que estão no Haiti, Gabriel Fucks, chegou a afirmar que o funcionamento do aeroporto "está fora de controle" e classificou a situação como "anárquica".
Por sua vez, o coordenador de operações para as Américas da CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha), Mauricio Bustamante, informou à agências de notícias France Presse que existe um "congestionamento gigantesco" no aeroporto. "Neste momento há um congestionamento gigantesco no aeroporto de Porto Príncipe. Além disso, o aeroporto trabalha com uma capacidade muito reduzida", reclamou.
Ele informou que a Cruz Vermelha já tem 15 voos prontos para decolar com equipes de resgate e equipamentos, mas só consegue autorização para dois um três pousos por dia. "E com o passar dos dias vai ficar muito mais congestionado, porque mais ajuda está sendo mobilizada pelos países com destino a Porto Príncipe", disse.
O mesmo problema ocorreu com aviões enviados pelos governos do Chile, do México e da Argentina. Além disso, está proibido pousos de quaisquer aeronaves comerciais no local.
Sobre o congestionamento, o Departamento de Estado americano disse na quinta-feira que o aeroporto está funcionando com a capacidade máxima de 90 movimentos (pousos e decolagens) por dia.
EUA, França e Brasil brigam por predominância no Haiti, diz ‘Spiegel’
Enquanto os haitianos lutam por sobrevivência após o devastador terremoto da semana passada, os Estados Unidos, a França e o Brasil estão “brigando pela predominância” no país, diz um artigo publicado no site da revista alemã “Der Spiegel”.
O artigo, assinado pelo correspondente da revista em Londres, Carsten Volkery, diz que o governo haitiano acompanha esse desenrolar “desfalecido”.
Como exemplo da disputa pela predominância no país, a revista cita a decisão do presidente haitiano, René Préval, de passar o controle do aeroporto de Porto Príncipe para os americanos, o que causou uma “chiadeira internacional” e levou o ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, a dizer que os Estados Unidos praticamente “anexaram” o aeroporto.
França e Brasil protestaram formalmente em Washington “porque aviões americanos receberam prioridade para pousar em Porto Príncipe enquanto aviões de organizações de ajuda eram desviados para a República Dominicana”, segundo a revista.
A “Spiegel” diz que o Brasil, que lidera as forças da missão de paz no Haiti, “não pensa em abrir mão do controle sobre a ilha” e que, se depender da vontade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o projeto de reconstrução do Haiti “deve permanecer um projeto latino-americano” .
A disputa diplomática em andamento “lembra o passado político da ilha”, diz a revista, “quando constantemente os 8 milhões de haitianos se tornavam um joguete de interesses internacionais” .
Colônia
Por causa da situação precária no país e da fragilidade do governo, vários analistas ouvidos pelo artigo preveem que o país mais pobre das Américas pode voltar a se tornar uma “espécie de colônia”.
“Desde 2004, a ilha é um protetorado da ONU (Organização das Nações Unidas)”, diz a revista, lembrando que as tropas de paz zelam pela ordem e segurança no país, treinam a polícia local e até organizam as eleições.
Henry Carey, especialista em Haiti da Georgia State University, diz no artigo que o mandato da ONU deverá ser estendido e que o país voltará a ser uma colônia, “dessa vez da ONU”.
Para o analista, isso seria “positivo”, se for mantida a recente tendência de estabilização econômica e política verificada no país.
[Folha Online]
HAITI
Hamilton, meu querido,modera,fica frio e abra 0 olho!Ninguém é mais otimista do que eu e já gastei todo argumento nas rezas pra aprender calar,mas está na cara da gente essa repetição sistemática da grande jogada, armada há décadas pela parca-porca inteligência dos guerreiros famintos em devorar Nações .
EUA avança feito urubú na carniça que ele mesmo,na calada provocou ,na mesma tática praticada no Oriente Médio para se aproximar da China ,adentrar noutra nação e ali se impor.
EUA/ONU ,tão bonzinhos,exigiram do Brasil o serviço doméstico das tropas à preparar sua entrada gloriosa,como sempre faz ostentando sua máscara de benfeitores de povos vitimados nas inúmeras tragédias tidas,naturais.
O Haiti é o primeiro prato,um tira-gosto do grande banquete dos famintos de terra e poder,logo vão engolir a sopa do norte da américa latina,regrada de coca e sumos de canaviais,bananadas e marmeladas pra engordar mais as topeiras que vivem para matar os passa-fomes do mundo que querem domesticar.
Vai sobrar umas bombinhas para o Brasil,aguarde!Quem mandou a gente ter um solo tão rico e mananciais espetaculares?Pena que brasileiro ainda tira chapeus de penas e plumas feito almas sambando penadas,entregando na bandeja seu caldo, digo petróleo,sua melhor rabada,feijoada numa política de angú encaroçado.Se ao menos depois desta viesse de dar uma baita caganeira!
Eu dava um delicioso doce português de sobremesa pra saber quantas bombas de fazer terremotos ainda sobraram,ou será que não as USA?
ONU - CIA tão bonzinhos e inteligentes costumam sondar as plataformas em alto-mar,lá onde estocam e miram cada metro do planeta?
Ninguém mais fala do terremoto da Ásia,de 08 de dezembro,cujo epicentro foi justamente no "suposto esconderijo de Bin Ladem e dos AlQaeda"-pra quê,Afeganistão,Paquistão e Caximira,pertinho da China e da Rússia já está no papo!
Quantos milhares de familias estão à mingua depois da 'tregédia'? Em nome da Reconstrução das nações tombadas,quantos pracinhas ali se instalaram?
É,o urubú tem uma fome de morte!
(Daqui do Brasil, torço que levem de graça e depressa uma incurável incontinência intestinal )
- Só assim o Brasil continua sendo o NOSSO BRASIL !
PazBem
Ade
RADEIR - http://radeir.blogspot.com
Ade
RADEIR - http://radeir.blogspot.com
O Haiti não é aqui
Em qua, 20/1/10, Hamilton
De: Hamilton
Assunto: [administradores_ PR] JB: O Haiti não é aqui
Para: "administradores_ pr"
Data: Quarta-feira, 20 de Janeiro de 2010, 7:44
JORNAL DO BRASIL (RJ) • PRIMEIRO CADERNO • 20/1/2010
O Haiti não é aqui
José Luiz Niemeyer dos Santos
CIENTISTA POLÍTICO
Alguns acham que o Haiti é aqui. Isto já foi cantado até em música. Mas, não, o Haiti não é aqui.
Aqui é uma das principais bases de exportação de veículos do mundo. Incluída a linha de caminhões de grande porte.
Mais: é da linha de produção da Fiat no Brasil que sairão novos e modernos blindados para o Exército. O Haiti produz um único produto semiindustrializado para exportação: confecções.
O Brasil quer uma cadeira como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O Haiti precisa ter alguma voz ativa no plenário da assembleia. E não terá.
O Brasil é um dos principais fornecedores de comida do mundo. Todas as carnes. Todos os grãos. Exporta, inclusive, máquinas e equipamentos agrícolas e está retomando a produção de todos os tipos de adubos. A Vale, por exemplo, faz parte desta nova posição estratégica do país nos mercados internacionais da agro-energia. O Haiti vive em situação de insegurança alimentar há décadas.
O Brasil será em breve um dos países mais relevantes do planeta no que tange a uma diversificada pauta de exportação dos muitos tipos de energia.
E também com relação aos modelos/serviç os de produção desta energia. Vejam o que ocorre no campo com relação aos processos de reflorestamento e consultorias técnicas da Embrapa e outros agentes públicos e privados. Não há energia disponível no Haiti.
Não há nem água potável.
A violência no Haiti é endêmica e caracteriza- se como guerra civil declarada, operacionalmente de difícil confrontação pelas forças oficiais e fundada na instabilidade políticaesocialdelev antesegolpes de Estado corriqueiros. A democracia Brasileira avança – mesmo com suas imperfeições – em um processo de inclusão econômica e de participação e competição política.
Por exemplo, o Poder Judiciário está sendo reformulado, e a República incorporará os excluídos do processo democrático, transferindo a sociedade Brasileira da capital para o interior do país. É um movimento sem volta de modernização das instituições nacionais. Não há pacto federativo e desenvolvimento regional no Haiti. O principal centro urbano é o próprio centro do caos. A logística interna é ineficiente, e não há oportunidades econômicas fora da capital Porto Príncipe. Há mais de 300 municípios no Brasil nos quais não existe criança sem escola, pai sem emprego, um velho sem assistência. É a partir do interior do Brasil que ocorrerá a integração física do continente sul-americano, seja para auxiliar os processos originários no Mercosul, seja para incrementar os acordos na região amazônica ou no além-mar, com países e regiões que querem cooperar com o Brasil.
Não há informação no Haiti.
Nenhum tipo de informação a não ser o simbolismo e a ação da violência corriqueira.
O Brasil é um dos maiores beneficiário da internet, e a oferta de informação qualificada cada vez mais atinge o cidadão comum. Há um exército de funcionários sendo formado nas organizações empresariais, um tipo de iniciativa que não aparece, mas que reverbera muito bem na imagem real de uma sociedade onde milhões de pessoas fazem algum tipo de trabalho social após o horário do serviço.
Antes que algum pessimista de plantão (não sei bem com que objetivos... ) diga que o Haiti é aqui, lembremo-lo de alguns destes quesitos descritos acima.
E há outros milhares.
Ajudemos, sim, o Haiti.
(Aliás, outro quesito do nosso alvissareiro processo civilizatório: cooperamos cada vez mais com a comunidade de países e exportamos nossos modelos de política públicas e de solidariedade social).
José Luiz Niemeyer dos Santos Filho é coordenador da graduação em Relações Internacionais do Ibmec/RJ e Ibmec/BH.
CIENTISTA POLÍTICO
Alguns acham que o Haiti é aqui. Isto já foi cantado até em música. Mas, não, o Haiti não é aqui.
Aqui é uma das principais bases de exportação de veículos do mundo. Incluída a linha de caminhões de grande porte.
Mais: é da linha de produção da Fiat no Brasil que sairão novos e modernos blindados para o Exército. O Haiti produz um único produto semiindustrializado para exportação: confecções.
O Brasil quer uma cadeira como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O Haiti precisa ter alguma voz ativa no plenário da assembleia. E não terá.
O Brasil é um dos principais fornecedores de comida do mundo. Todas as carnes. Todos os grãos. Exporta, inclusive, máquinas e equipamentos agrícolas e está retomando a produção de todos os tipos de adubos. A Vale, por exemplo, faz parte desta nova posição estratégica do país nos mercados internacionais da agro-energia. O Haiti vive em situação de insegurança alimentar há décadas.
O Brasil será em breve um dos países mais relevantes do planeta no que tange a uma diversificada pauta de exportação dos muitos tipos de energia.
E também com relação aos modelos/serviç os de produção desta energia. Vejam o que ocorre no campo com relação aos processos de reflorestamento e consultorias técnicas da Embrapa e outros agentes públicos e privados. Não há energia disponível no Haiti.
Não há nem água potável.
A violência no Haiti é endêmica e caracteriza- se como guerra civil declarada, operacionalmente de difícil confrontação pelas forças oficiais e fundada na instabilidade políticaesocialdelev antesegolpes de Estado corriqueiros. A democracia Brasileira avança – mesmo com suas imperfeições – em um processo de inclusão econômica e de participação e competição política.
Por exemplo, o Poder Judiciário está sendo reformulado, e a República incorporará os excluídos do processo democrático, transferindo a sociedade Brasileira da capital para o interior do país. É um movimento sem volta de modernização das instituições nacionais. Não há pacto federativo e desenvolvimento regional no Haiti. O principal centro urbano é o próprio centro do caos. A logística interna é ineficiente, e não há oportunidades econômicas fora da capital Porto Príncipe. Há mais de 300 municípios no Brasil nos quais não existe criança sem escola, pai sem emprego, um velho sem assistência. É a partir do interior do Brasil que ocorrerá a integração física do continente sul-americano, seja para auxiliar os processos originários no Mercosul, seja para incrementar os acordos na região amazônica ou no além-mar, com países e regiões que querem cooperar com o Brasil.
Não há informação no Haiti.
Nenhum tipo de informação a não ser o simbolismo e a ação da violência corriqueira.
O Brasil é um dos maiores beneficiário da internet, e a oferta de informação qualificada cada vez mais atinge o cidadão comum. Há um exército de funcionários sendo formado nas organizações empresariais, um tipo de iniciativa que não aparece, mas que reverbera muito bem na imagem real de uma sociedade onde milhões de pessoas fazem algum tipo de trabalho social após o horário do serviço.
Antes que algum pessimista de plantão (não sei bem com que objetivos... ) diga que o Haiti é aqui, lembremo-lo de alguns destes quesitos descritos acima.
E há outros milhares.
Ajudemos, sim, o Haiti.
(Aliás, outro quesito do nosso alvissareiro processo civilizatório: cooperamos cada vez mais com a comunidade de países e exportamos nossos modelos de política públicas e de solidariedade social).
José Luiz Niemeyer dos Santos Filho é coordenador da graduação em Relações Internacionais do Ibmec/RJ e Ibmec/BH.
Assunto: [administradores_ PR] JB: O Haiti não é aqui
Para: "administradores_ pr"
Data: Quarta-feira, 20 de Janeiro de 2010, 7:44