quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
Luz pulsante oriunda de estrela variável
© Hubble (estrela variável RS Puppis)
Esta
imagem do Hubble mostra RS Puppis,
um tipo de estrela variável
conhecido como uma variável Cefeida.
As estrelas variáveis Cefeidas
são objetos cósmicos fascinantes.
Sua regularidade estranha no brilho
permite aos astrônomos a utilizarem como velas padrão para medir
distâncias no cosmo.
A estrela variável RS Puppis está localizada a
6.500 anos-luz de distância no sul da constelação de Puppis. Ela tem 10
vezes a massa do Sol e 200 vezes maior, variando seu brilho por quase um
fator de cinco vezes a cada 40 ou mais dias.
A RS Puppis está
encoberta por nuvens escuras de poeira permitindo um fenômeno conhecido
como “eco de luz” que reflete a nebulosa empoeirada circundante. Seu
brilho intrínseco médio é 15.000 vezes maior do que a luminosidade do
Sol.
Estas observações do Hubble mostram o objeto etéreo incorporado em
seu ambiente empoeirado, contra um céu escuro cheio de galáxias de
fundo.
Estudar estrelas como RS Puppis
nos ajuda a medir e compreender a
grande escala do Universo.
Fonte:ESA
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Histórico de pesquisas da Via Láctea
Fotografia panorâmica de 360° de toda a galáxia, vista do Sistema Solar.
Antes do século XX
O filósofo grego Demócrito
(450 a.C. – 370 a.C.) foi o primeiro a propor que a Via Láctea era
composta por estrelas distantes. A prova disso veio em 1610 quando
Galileu Galilei usou um telescópio para a estudar e descobriu que era
composta por um número incalculável de estrelas. Uma obra de Kant
publicada em 1755 sugere (correctamente) que a Via Láctea era uma massa
de muitíssimas estrelas em rotação, seguradas pela força da gravidade
tal como o sistema solar mas numa escala gigantesca. Kant conjecturou
também que algumas das nebulosas visíveis durante a noite deviam ser
galáxias tal como a nossa. A primeira tentativa de descrever forma da
Via Láctea e o posicionamento do sol foi feita por William Herschel em
1785 pela cuidadosa contagem do número de estrelas nas diferentes
regiões do céu. Herschel construiu um diagrama com a forma da galáxia
com o sistema solar próximo do centro. Em 1845, Lord Rosse construiu um
novo telescópio e conseguiu distinguir as diferenças entre uma nebulosa
elíptica e uma em forma de espiral.
Depois do século XX
Harlow Shapley
Até o início do século XX, acreditava-se
que a Via Láctea fosse um sistema relativamente pequeno, com o Sol
próximo de seu centro. Mediante a análise da distribuição espacial dos
aglomerados globulares (esféricos ou elipsóides) na galáxia, Harlow
Shapley realizou em 1917 o primeiro cálculo seguro das reais dimensões
da Via Láctea. Shapley descobriu que o Sol se situava a trinta mil
anos-luz do centro galáctico e que estava mais próximo das bordas.
Calculou um diâmetro de cem mil anos-luz para a Via Láctea, e que havia
corpos aparentemente em órbita desta, que em futuro próximo Edwin Hubble
provou serem outras galáxias.
Fragmento da Via Láctea (Foto: Observatório de Paranal).
Edwin Hubble
Foi a partir do trabalho realizado pelo
astrónomo norte-americano Edwin Hubble em 1924 que houve a determinação
aproximada da extensão de nosso universo. Hubble provou pela teoria
conhecida atualmente como a constante de Hubble que existem outras
galáxias, e que estas se afastam de nós. Ao medir a razão (velocidade) a
que as galáxias se afastavam (indicando assim que se encontravam a uma
grande distância), permitiu demonstrar que afinal essas estruturas se
encontravam fora da Via Láctea e eram "ilhas" constituídas por estrelas.
Walter Baade
O astrônomo Walter Baade observou pela
primeira vez na década de 1940, durante suas pesquisas sobre a galáxia
de Andrômeda, a teoria da nucleossíntese, que estabelece que a
abundância de elementos pesados em gerações sucessivas de estrelas deve
aumentar com o tempo, e que o processo de formação de estrelas terminou
no halo há muito tempo, mas continua até os dias atuais no disco de
Andrômeda. Através deste estudo, descobriu haver um paralelo também com a
formação e evolução da Via Láctea pela análise da correlação existente
entre a localização espacial de uma estrela no sistema galáctico e sua
abundância em elementos pesados. Baade e outros astrônomos concluíram
então que as estrelas encontradas no disco da Via Láctea são tipo
população I (estrelas jovens e pouco abundantes em elementos pesados), e
que as do halo classificam-se principalmente como população II
(estrelas velhas e abundantes em elementos pesados), enquanto as do
núcleo são uma mistura homogênea dos dois tipos.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/
Estrelas mais antigas da Via Láctea nasceram em outra Galáxia
Esta
simulação mostra o halo de estrelas anciãs ao redor da Via Láctea,
como
ele deve estar hoje.[Imagem: Andrew Cooper/Durham University]
Estrelas órfãs
Muitas
das estrelas mais antigas da Via Láctea são remanescentes de outras
galáxias menores que foram dilaceradas por colisões violentas há cerca
de 5 bilhões de anos. A afirmação é
de um grupo internacional de cientistas, em estudo publicado pelo
periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. Essas
estrelas anciãs são quase tão antigas como o próprio Universo. Os
pesquisadores, de instituições da Alemanha, Holanda e Reino Unido,
montaram simulações em computadores para tentar recriar cenários
existentes na infância da Via Láctea.
Colisão de galáxias
O
estudo concluiu que as estrelas mais antigas na galáxia, encontradas
atualmente em um halo de detritos ao seu redor, foram arrancadas de
sistemas menores pela força gravitacional gerada pela colisão entre
galáxias. s cientistas estimam que o
Universo inicial era cheio de pequenas galáxias que tiveram existências
curtas e violentas. Esses sistemas colidiram entre eles deixando
detritos que eventualmente acabaram nas galáxias existentes atualmente.
Segundo os autores, o estudo apoia a teoria de que muitas das mais
antigas estrelas da Via Láctea pertenceram originalmente a outras
estruturas, não tendo sido as primeiras estrelas a nascer na galáxia da
qual a Terra faz parte e que começou a se formar há cerca de 10 bilhões
de anos. "As simulações que fizemos
mostram como diferentes relíquias observáveis na galáxia hoje, como
essas estrelas anciãs, são relacionadas a eventos no passado distante",
disse Andrew Cooper, do Centro de Cosmologia Computacional da
Universidade Durham, no Reino Unido, primeiro autor do estudo.
Geologia estelar
As
simulações computacionais tomaram como início o Big Bang, há cerca de
13 bilhões de anos, e usaram as leis universais da física para traçar a
evolução das estrelas e da matéria escura existente no Universo.
"Como
as camadas antigas de rochas que revelam a história da Terra, o halo
estelar preserva o registro do período inicial dramático na vida da Via
Láctea, que terminou muito tempo antes de o Sol ser formado", explica
Cooper. Uma em cada centena de
estrelas na Via Láctea faz parte do halo estelar, que é muito mais
extenso do que o mais familiar disco em espiral da galáxia.
O
estudo é parte do Projeto Aquário, conduzido pelo consórcio Virgo,
que
tem como objetivo usar as mais complexas simulações feitas em computador
para estudar a formação de galáxias.
Fonte:(Inovação Tecnológica)
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Via-Láctea....Nossa Galáxia
Com a ajuda do telescópio espacial Spitzer,
da NASA, astrônomos conduziram a mais extensa análise estrutural de
nossa galáxia e descobriram indícios tantalizantes de que a Via Láctea é
muito diferente da galáxia em espiral comum.
A pesquisa usando o
telescópio infravermelho em órbita forneceu detalhes de uma longa
estrutura central em forma de barra que distingue a Via Láctea de
galáxias espirais ordinárias.O grupo de astrônomos pesquisou em torno de
30 milhões de estrelas no plano da galáxia em um esforço para construir
um retrato detalhado das regiões internas da Via Láctea.
A possibilidade
de que a galáxia Via Láctea tenha uma longa barra estelar através de
seu centro tem sido considerada há muito por astrônomos, e tais
fenômenos não são inéditos na taxonomia galáctica. São claramente
evidentes em outras galáxias, e é uma característica estrutural que soma
definição além dos braços espiralados de galáxias espirais comuns.
O
novo estudo fornece estimativas melhores do tamanho e orientação da
barra, que são bem diferentes das estimativas anteriores.
"Disse o néscio
no seu coração: Não há Deus.
Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em
suas obras,
não há ninguém que faça o bem." (Salmos 14:1)
Fonte: astronomiahoje.blogspot.com
segunda-feira, 24 de maio de 2010
O Sol dentro da Via Láctea
Todos sabem que aproximadamente a cada 28 dias, a Lua completa uma volta ao redor da Terra. Também é de conhecimento básico que a Terra, junto com a Lua, executa o movimento de translação ao redor do Sol,
que leva 365.25 dias para ser completado. Aliás, não é só a Terra que
circunda o Sol, mas todos os planetas, luas, asteróides e satélites
executam esse movimento de translação. O que poucos sabem, no entanto, é
que nosso Sol, com tudo que gira ao seu redor, também circunda alguma
coisa, mas essa "coisa" está tão longe que nós nem percebemos o
movimento. Estamos falando do centro a Via Láctea, ao redor do qual o
Sol e mais de 200 bilhões de estrelas giram.
Toda a Via Láctea descreve um movimento de
rotação ao redor de um ponto central, mas seus componentes não se
deslocam à mesma velocidade. As estrelas que estão mais distantes do
centro movem-se a velocidades mais baixas do que aquelas que estão mais
próximas. Nosso Sol descreve uma órbita praticamente circular em torno
da Via Láctea e sua velocidade de translação é de 225 km/s. Para dar uma
volta completa ao redor do centro da Galáxia, o Sol leva
aproximadamente 200 milhões de anos. Como a idade da nossa estrela é de
4.5 bilhões de anos, podemos afirmar que desde que existe, o Sol já deu
22 voltas ao redor da Galáxia.
A Via Láctea é uma galáxia espiral formada
por 4 braços maiores - Perseu, Norma, Crux-Scutum e Carina-Sagitário - e
os braços menores de Órion e Cignus. Atualmente, o Sol ocupa uma
posição na periferia da Via Láctea, conhecida como Braço de Órion,
distante cerca de 27 mil anos-luz do centro galáctico. Até 1953 os
astrônomos não tinham conhecimento da existência dos braços da Via
Láctea. A observação da estrutura espiralada era obstruída pela poeira
estelar, além de ser dificultada por ser feita de dentro da própria
Galáxia.
Segundo o modelo proposto pelo astrofísico Robert Benjamin, da Universidade de Wisconsin,
a Via Láctea possui apenas dois braços principais: Perseus e
Scutum-Centaurus, sendo os demais braços reclassificados como braços
menores ou ramificações. Centaurus e Perseus contêm uma enorme
concentração de estrelas jovens e brilhantes. Como vimos, a Via Láctea é
classificada como sendo uma galáxia espiral e seus braços giram em
torno do núcleo à semelhança de um grande cata-vento.
Em seu interior,
nosso Sol não passa de um minúsculo grão de areia vagando pelo Universo.
terça-feira, 13 de julho de 2010
O Centro da Via Láctea em raios-X
Crédito: NASA/MIT/PSU.
O centro da
nossa galáxia é visto em raios-X nesta imagem obtida pelo observatório
Chandra. Cobrindo os 10 anos-luz mais centrais da Via Láctea, a imagem
evidencia a emissão de raios-X proveniente de uma extensa nuvem de gás
quente que rodeia o buraco negro de dimensões colossais que se pensa
existir na zona central da galáxia (Sagitário A).
Este gás emite raios-X
porque foi aquecido a elevadíssimas temperaturas (milhões de graus)
devido a choques provocados por supernovas e por colisões ocasionadas
por ventos estelares produzidos por estrelas jovens de elevada massa.
Fonte: www.portaldoastronomo.org
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Encontradas bolhas gigantes de radiação no centro da Via-Láctea
As emissões da bolha são muito mais energéticas
do que emissões de raios gama de outras partes da galáxia
De
uma extremidade a outra, as bolhas de raios gama estendem-se por 50.000
anos-luz,
metade do diâmetro da Via Láctea. [Imagem: Goddard Space
Flight Center]
O Telescópio
de Raios Gama Fermi, da Nasa, revelou uma estrutura até então
desconhecida, centrada na Via-Láctea. Essa característica se expande por
50.000 anos-luz e pode ser o vestígio de uma erupção do buraco negro
gigante do centro da galáxia. "O que vemos são duas bolhas emissoras de
raios gama que se estendem por 25.000 anos-luz para o norte e para o sul
do centro galáctico", disse Doug Finkbeiner, astrônomo do Centro
Harvard-Smithsonian de Astrofísica, por meio de nota. "Ainda não
entendemos completamente sua natureza e origem". A estrutura abarca mais
da metade do céu visível, da constelação de Virgem à de Grus, e pode
ter milhões de anos. Um artigo a respeito da descoberta aparece no Astrophysical Journal. Finkbeiner e sua equipe descobriram as bolhas ao processar dados disponibilizados ao público pelo Telescópio de Grande Área (LAT) do Fermi. Cientistas agora estão realizando mais análises para entender melhor a formação da estrutura. As emissões da bolha são muito mais energéticas do que emissões de raios gama de outras partes da galáxia. E as duas partes da bolha parecem ter bordas bem definidas. Isso tudo sugere que ela se formou numa liberação enorme e relativamente veloz de energia, cuja causa permanece um mistério. Uma possibilidade inclui o jato de partículas de um buraco negro supermassivo no centro galáctico.
Em muitas outras galáxias, astrônomos observam jatos acelerados de partículas, alimentados pela queda de material nos buracos negros centrais. Embora não haja sinal de que o buraco negro da Via-Láctea tenha jatos assim, ele pode ter produzido algo semelhante no passado. A bolha também pode ter se formado como resultado do fluxo de gás de uma grande onda de formação de estrelas, talvez a mesma que gerou muitos aglomerados no centro da Via-Láctea, há milhões de anos.
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Telescópios revelam as profundezas do centro da Via Láctea
Composição
mostra o resultado final da imagem captada por três telescópios
espaciais.
A cena mostra o centro da Via Láctea, com o buraco negro
super maciço localizado na área branca do lado direito da imagem.
Crédito:NASA, ESA, SSC, CXC, and STScI.
Se você
acha que apenas as grandes metrópoles são poluídas, confusas e
caóticas, então é porque ainda não conhece o centro da Via Láctea, um
local hostil, repleto de estrelas que nascem e morrem e eternamente
envolto em gás ionizado e dominado por um gigantesco e implacável buraco
negro.
Três
imagens vistas separadamente, cada uma "vendo" o céu em comprimentos de
ondas diferentes.
Crédito:NASA, ESA, SSC, CXC, and STScI.
A cena
mostrada foi produzida por uma série de três telescópios espaciais e
retrata o centro da nossa Via Láctea visto em três comprimentos de onda
diferentes, compreendidos desde o infravermelho até os raios-x. A imagem
foi divulgada pela Nasa e comemora 400 anos desde que Galileu apontou o
primeiro telescópio para o céu.
O local é de fato bastante turbulento.
Ali se desenrola o espetáculo da evolução do Universo onde os vibrantes
berçários estelares convivem com outras estrelas em diferentes fases da
vida, desde as adultas e quentes até às frias e antigas. O centro é
dominado por uma entidade absoluta - o buraco negro - restos mortais de
uma estrela super maciça com aproximadamente 4 milhões de vezes a
densidade do nosso Sol.
Nesta espetacular visão, observações
feitas em raios-x e infravermelho puderam atravessar a obscura região de
partículas cósmicas entre a Terra e o centro da Via Láctea e revelar a
intensa atividade próxima ao núcleo galáctico, localizado dentro da
brilhante área clara no lado direito da cena. Apesar das gigantescas
distâncias envolvidas, a imagem completa cobre aproximadamente meio grau
angular na abóbada celeste, o equivalente ao tamanho da Lua cheia.
Imagens Separadas
Para a construção da cena, cada telescópio
sondou a região com seus sensores especializados, criando três imagens
coloridas que após combinadas resultaram na composição final. As cores
amarelas foram captadas pelo telescópio espacial Hubble no seguimento do
infravermelho e mostram as energéticas regiões dos nascedouros
estelares, composto de centenas de milhares de estrelas. Os tons
avermelhados foram registrados no comprimento de onda do infravermelho
pelo telescópio espacial Spitzer. A radiação e o vento das estrelas
criam uma gigantesca nuvem de partículas brilhantes, dotadas de
complexas estruturas em diversos formatos que vão desde glóbulos
esféricos e compactos até longos e fibrosos filamentos gasosos.
As cores azuis e violetas representam as imagens captadas pelo telescópio espacial Chandra, dentro do comprimento de onda dos raios-x. Esses raios são emitidos pelo gás aquecido a milhões de graus pelas explosões estelares e pelos também pelos gigantescos fluxos de partículas jorradas pelo buraco negro no centro da Galáxia. Um pequeno pingo azulado visto do lado esquerdo da cena é provocado pela forte emissão radioativa proveniente de um duplo sistema estelar, contendo uma estrela de nêutrons ou um buraco negro.
As cores azuis e violetas representam as imagens captadas pelo telescópio espacial Chandra, dentro do comprimento de onda dos raios-x. Esses raios são emitidos pelo gás aquecido a milhões de graus pelas explosões estelares e pelos também pelos gigantescos fluxos de partículas jorradas pelo buraco negro no centro da Galáxia. Um pequeno pingo azulado visto do lado esquerdo da cena é provocado pela forte emissão radioativa proveniente de um duplo sistema estelar, contendo uma estrela de nêutrons ou um buraco negro.
Fonte: Apolo11 - http://www.apolo11.com/spacenews.php?posic=dat_20091113-111446.inc
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Descobertos mais berçários de estrelas no interior da Via-Láctea
Cientistas vão usar regiões
para analisar a evolução da nossa galáxia
Ilustração da Via-Láctea, galáxia da qual fazemos parte. Divulgação/Nasa-JPL-Caltech
Astrônomos descobriram
na Via-Láctea um grande número de regiões, até então desconhecidas,
onde estrelas gigantes estão nascendo. A descoberta, dizem seus autores,
oferece novas informações sobre a estrutura da galáxia da qual a Terra
faz parte e pode trazer pistas sobre sua composição química.
"Podemos
relacionar claramente a localização desses pontos de formação de
estrelas à estrutura maior da galáxia. Estudos posteriores permitirão
entender melhor o processo de formação de estrelas e comparar a
composição química desses locais em diversas distâncias do centro
galáctico",
disse, em nota, o astrônomo Thomas Bania, da Universidade de
Boston. O trabalho realizado por Bania e colegas foi apresentado na
reunião da Associação de astronomia dos EUA, em Miami. As
regiões formadoras de estrelas que os autores buscaram, chamadas H II,
são locais onde os átomos de hidrogênio têm seus elétrons arrancados
pela radiação intensa das estrelas jovens e grandes. Para encontrar
essas regiões, escondidas pelo gás e poeira da Via-Láctea, os
pesquisadores se valeram de telescópios de infravermelho e rádio. Eles
encontraram concentrações dessas áreas na extremidade da barra central
da galáxia e em seus braços espirais. A análise mostrou que 25 regiões
estão mais distantes do centro galáctico que o Sol.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Astrônomos descobrem origem das nuvens de hidrogênio na Via Láctea
Concepção
artística mostra as regiões da Via Láctea estudadas pelos astrônomos,
com as nuvens de hidrogênio mais abundantes localizadas onde a barra
central da galáxia funde-se com um braço espiral. O ponto brilhante,
embaixo ao centro, mostra a localização do Sistema Solar.[Imagem: Bill
Saxton, NRAO/AUI/NSF]
Nuvens de hidrogênio
A descoberta de que as nuvens de
hidrogênio, encontradas em abundância no interior e acima da nossa Via
Láctea, encontram-se em pontos bem específicos, deu aos astrônomos uma
pista fundamental sobre a origem dessas nuvens, até agora desconhecida. Eles
estudaram agrupamentos de nuvens de hidrogênio situados a 400 e a
15.000 anos-luz fora do plano em formato de disco da Via Láctea. O disco
contém a maioria das estrelas dos gases da galáxia, e é circundado por
um halo de gás mais distante do que as nuvens que os astrônomos agora
estudaram. O que torna as nuvens
intrigantes é justamente o fato de estarem a meio caminho entre o corpo
principal da galáxia e o halo que a envolve. As
nuvens consistem de hidrogênio neutro, com uma massa média equivalente a
cerca de 700 sóis. Seus tamanhos variam muito, mas a maioria têm cerca
de 200 anos-luz de diâmetro. Os astrônomos estudaram cerca de 650 dessas
nuvens nas duas regiões.
Evolução das galáxias
Quando os astrônomos compararam as
observações das duas regiões, eles viram que uma região continha três
vezes mais nuvens de hidrogênio do que a outra. Além disso, as nuvens da
região mais densa estão, em média, duas vezes mais distantes do plano
da galáxia. A diferença dramática,
acreditam eles, deve-se ao fato de a região com mais nuvens estar
próxima da "barra" central da galáxia, onde a barra se funde com um
grande braço espiral. Esta é uma
área de intensa formação de estrelas, contendo muitas estrelas jovens
cujos ventos fortes podem impulsionar o gás para longe da região.
"Nós
concluímos que essas nuvens são formadas por gases que foram ejetados
do plano da galáxia por explosões de supernovas e pelos violentos ventos
emanados de estrelas jovens em áreas de intensa formação de estrelas,"
propõe Alyson Ford, da Universidade de Michigan, que chegou a esta
conclusão com a colaboração dos seus colegas Felix Lockman e Naomi
McLure-Griffiths.
"As propriedades
dessas nuvens mostram claramente que elas se originaram como uma parte
do disco da Via Láctea, e são um importante componente da nossa Galáxia.
Entendê-las é importante para compreender como o material se move entre
o disco da galáxia e o seu halo, um processo crítico na evolução das
galáxias," disse Lockman.
Fonte:(Inovação tecnológica)
Fontes:
Inovação Tecnológica-Wikipédia
astronomiahoje.blogspot.com - www.portaldoastronomo.org
http://astronomy-universo.blogspot.com.br/2013/12/luz-pulsante-oriunda-de-estrela-variavel.html
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