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Civilizações Secretas - Maias-Astecas e Incas- 50m
A ciência astronômica feita pelas civilizações da Mesopotâmia O que era a Mesopotâmia A mesopotâmia não foi um império ou um pais. Ao invés disso, a mesopotâmia é uma área geográfica na qual pessoas, com as mais variadas origens, se instalaram e, eventualmente, organizaram estados-cidades, que mais tarde se transformaram em poderosos impérios.
Vários destes estados-cidades primordiais mesopotâmeos foram fundados muito antes que as mais antigas comunidades políticas egípcias. A palavra Mesopotâmia significa "a terra entre os rios", e este foi nome dado por Polibio e Estrabão às terras muito planas que estavam situadas entre os dois rios que fluem através dela, os rios Tigre e Eufrates. Este rios correm de Anatólia e Síria até o golfo Pérsico.
A região da Mesopotâmia era limitada ao norte pelas montanhas do Curdistão. O limite oeste eram as estepes e os desertos da Siria e da Arábia e a leste estava a cadeia de montanhas Zagro, no atual Irã. A fronteira ao sul eram os pantanos do delta do rio. Ao longo dos rios Tigre e Eufrates muitas grandes cidades comerciais se formaram, entre elas Ur e Babilônia às margens do rio Eufrates. A região que era chamada de Mesopotâmia está situada, aproximadamente, na mesma região geográfica ocupada hoje pelo Iraque.
Os impérios formados pelos sumérios, babilônios, caldeus e assírios se estenderam sobre a região da mesopotâmia.
A astronomia na Mesopotâmia
Após o segundo milênio antes de Cristo a astronomia egípcia fez muito pouco avanço. No entanto, as civilizações que se desenvolveram na Mesopotâmia continuaram a fazer grandes contribuições para o conhecimento astronômico. Pode-se dar a elas o crédito de terem fundado a astronomia como ciência.
Pela sua própria disposição política em estados-cidades falar da ciência desenvolvida na Mesopotâmia é falar dos vários povos que habitaram aquela região.
Os sumérios Quem eram os Sumérios Inicialmente, a maioria das pessoas que habitaram os vários estados-cidades estabelecidos na Mesopotâmia eram Sumérios.
Os sumérios vieram de muitos lugares. Alguns deles vieram das terra de Akbad, o que faz com que suas origem estejam ligadas a tribos semíticas que viveram no quarto milênio a.C. Outras tribos se fixaram em Eridu, próximo ao rio Eufrates no sul da Mesopotâmia, povos estes com uma origem ainda mais antiga.
Os sumérios também se fixaram em Ur, uma região que prosperou até quase o tempo de Homero, e também em Lagash, uma cidade que escavações arqueológicas revelaram ser um dos mais criativos meios ambiente daqueles tempos antigos, e que prosperou até aproximadamente a mesma época da queda do Velho Reinado egípcio, por volta de 2500 a.C.
Claro que estas cidades não existem mais e só são lembradas pelos que estudam a Bíblia ou pelos professores e estudantes de história. A astronomia dos Sumérios
Os Sumérios tinham uma grande fascinação pela astronomia e astrologia. O fato importante é que, ao contrário dos egípcios que se preocupavam com a astronomia somente por causa de seus usos práticos, os sumérios estudavam o céu não só pela questão prática mas também com o objetivo primário de adquirir conhecimentos sobre os astros.
Uma das grandes contribuições dos sumérios para a astronomia foi a invenção do seu calendário. Embora ele fosse muito semelhante ao que já havia sido inventado pelos egípcios, baseado em um ano de 360 dias, o calendário sumério possuia uma importantíssima diferença.
O calendário sumério tinha sido equipado com ajustes periódicos para compensar o fato de que o ano tinha, na verdade, 365 1/4 dias ao invés de 365 dias e o mês lunar era, na verdade, formado por 29 1/2 dias em vez de 30 dias. Isto significa que o calendário anual proposto pelos sumérios tinha um erro de 11 dias a cada ano. Assim, após a passagem de alguns anos, dependendo do ajuste necessário, os sumérios teriam que acrescentar um mês adicional ao seu calendário. Os babilônios
Quem eram os Babilônios
Como vemos no mapa ao lado, a Babilônia estava situada na região conhecida como Mesopotâmia, palavra grega que significa "entre os rios". A história dos babilônios é tão misturada com a dos sumérios e caldeus que fica difícil separa o passado de cada um destes povos.
Os historiadores têm dúvidas quanto à extensão da história dos babilônios. Alguns consideram que ela se estende até o quarto milênio a.C. enquanto que outros a traçam somente até o século 18 a.C. quando Hamurabi estabeleceu a primeira dinastia babilônia. A escrita dos Babilônios
Muito do sistema educacional dos babilônios têm fortes ligações com a cultura suméria. Sua escrita e sua ciência, em particular a astronomia e a astrologia, teve suas origens na ciência desenvolvida pelos sumérios. Os estudiosos babilônicos eram sacerdotes e profetas. Deste modo, apenas uns poucos tinham acesso à educação.
A astronomia babilônia não foi exceção. Ela foi deixada nas mãos de uns poucos educados que serviam como escribas e eram capazes de usar e compreender o sistema de escrita que havia sido transmitido aos babilônios pelos sumérios. Este sistema de escrita, que usava símbolos em forma de cunha ao invés de caracteres alfanuméricos, é chamado de cuneiforme e é o mais antigo sistema de escrita conhecido.
Com o passar dos séculos ao longo da época antiga os símbolos cuneiformes sofreram uma evolução gráfica muito grande até chegarem à sua forma definitiva adquirindo não somente novos significados mas também tendo o seu desenho drasticamente alterado. Nas suas formas mais antigas, os símbolos cuneiformes identificavam principalmente objetos físicos mas mais tarde os babilônios adicionaram novos símbolos que representavam ideias abstratas.
A matemática dos Babilônios
A matemática dos Babilônios não seria estranha para aqueles que estão acostumados com sistemas binários (sistemas de base 2) e hexadecimais (sistemas de base 16) exigidos pela computação moderna. Ela não estava baseada no sistema decimal que usamos comumente, segundo o qual contamos todas as coisas usando potências de 10 ou seja, usando 10 dígitos de zero a nove para representar as unidades, e as notações posicionais de dezenas, centenas, milhares para representar as potências de 10.
Os babilônios usavam um sistema de contagem de base 60. Isto os levou a dividir o círculo em 360 graus. Eles também dividiram a hora em intervalos usando sua medida sexagesimal. Esta é a razão pela qual existem 60 segundos em um minuto e 60 minutos em uma hora.
Os babilônios mostraram ser muito hábeis nas artes dos cálculos e distinguiram-se na manipulação aritmética e na representação simbólica. Foram eles que inventaram as tabelas de multiplicação e estabeleceram as regras da aritmética.
O calendário inventado pelos Babilônios
Os babilônios usaram um calendário baseado em ano de 360 dias. Seu sistema era similar ao dos sumérios e eles provavelmente copiaram o calendário dos sumérios. Embora o seu sistema de contagem fosse feito com a base 60, quando os babilônios decidiram dividir o calendário em segmentos menores - ou seja em semanas - eles não tentaram encontrar alguma fração de 360 para representar o número de dias. Eles criaram a semana com sete dias.
A astronomia dos Babilônios
Os babilônios compilaram catálogos estelares e registraram o movimento dos planetas. A partir dos seus estudos das variações cíclicas dos céus eles foram capazes de prever eclipses e preparar calendários que prediziam as estações e as épocas de Lua cheia e Lua nova.
Os babilônios também registraram os movimentos das estrelas em seus documentos astronômicos. Foram eles que, há 4000 anos, agruparam as estrelas do céu em constelações que, embora fossem diferentes das conhecidas hoje, formaram as bases para o Zodíaco atual.
O texto cuneiforme ao lado, que está no Museu Estadual de Berlim, contém o mais antigo uso dos doze signos zodiacais. Na linha 5 lê-se "Júpiter e Vênus no começo de Gemini, Marte em Leão, Saturno em Peixes. Vigésimo nono dia: ocaso a tarde de Mercúrio em Touro". Estas posições correspondem ao mes de abril do calendário atual, no ano 419 a.C.
As constelações dos Babilônios nome significado nome latino kushú, nangar, allul [?] Cancer a, ura leão Leo absin sulco, rego, ranhura Virgo rín, zibanitu balança Libra gír, gír-tab escorpião Scorpio pa, pabilsag [nome de um deus] Sagittarius másh, sahurmásh peixe-cabra Capricornus gu, gula [?] Aquarius zib, zib-me caudas Pisces hun, luhunga, lu Aries múl estrela Taurus mash, mash-mash, mashtabba gêmeos Gemini
Este marco de fronteira mesopotâmio, datada de cerca de 1100 a.C. e pertencente ao Museu Britânico, mostra um escorpião e um leão. No topo aparece Vênus, a Lua e o Sol.
A imagem acima mostra um outro marco de fronteira babilônio, da época de Nabucodonosor I, século 12 a.C., e proveniente de Kudurru. Na sua parte superior vemos o mesmo desenho do marco anterior: a estrela de oito pontas de Vênus-Ishtar, o crescente do deus Lua Sin e o deus Sol Shamash. Este marco pertence à coleção do Museu Britânico.
A imagem mostra a impressão do selo cilindrico babilônio, chamado "selo de Adda", que data de cerca de 2200 a.C. Nele vemos o deus Sol Shamash se elevando entre as montanhas na parte central em baixo. A deusa da fertilidade e da guerra Vênus, conhecida pelos babilônios como Ishtar, está à esquerda de deus sol. O deus da água, Ea, está à direita do deus sol. Este selo pertence ao Museu Britânico.
Embora as primeiras medições astronômicas feitas pelos babilônios fossem imperfeitas, por volta de 750 a.C. suas observações eram bastante sofisticadas para detectar o movimento retrógrado de alguns planetas ou seja, o deslocamento para trás em sua órbita que, aparentemente, alguns planetas fazem no céu. A animação abaixo mostra, de um modo bastante exagerado, como é observado este movimento retrógrado.
No entanto, embora os babilônios fossem capazes de prever quando este movimento retrógrado ocorreria, eles não procuraram qualquer explicação pra o fenômeno, ficando satisfeitos em acreditar que isto ocorria graças ao trabalho dos deuses.
Eles não desenvolveram uma ciência investigativa e as suas explicações, quando apresentadas, eram puramente mitológicas. Esta visão pré-científica caracterizou, certamente, toda a sua atividade astronômica. Todo o seu trabalho astronômico de registro de posições de estrelas e planetas, previsão de eclipses, etc era feito com o objetivo de predição e adivinhação religiosa.
Assim, embora os babilônios tivessem extensos registros de fenômenos astronômicos e, além disso, tivessem procurado ciclos, seqüências e repetições de acontecimentos celestes, eles não produziram modelos geométricos dos céus para explicar o que estavam observando. Podemos dizer que os adivinhos babilônios mapearam os céus mas não teorizaram sobre a natureza da regularidade celestial. Seus principais interesses estavam colocados em planejar os fundamentos para um calendário (muito semelhante àquele que usamos hoje) e para horóscopos.
Era assim que os babilônios imaginavam o Universo. A Terra repousava sobre uma câmara de água. Em volta da Terra havia uma parede que sustentava uma cúpula onde todos os corpos celestes estavam localizados. Os caldeus Várias das ideias dos babilônios em astronomia bem como em astrologia foram influenciadas pelos Caldeus.
Quem eram os Caldeus Os Caldeus vinham da parte situada mais ao sul dos vales dos rios Tigre e Eufrates. Inicialmente eles formavam apenas um pequeno reinado dentro do império babilônico. Mais tarde, durante o século 11, eles invadiram toda a região e os seus limites políticos se estendram bastante a ponto de incluir toda a Babilônia.
Apesar de serem os dominadores, os Caldeus não se comportaram de modo destrutivo e eles tem o crédito de ter restaurado a grandiosidade do que tinha se tornado um império babilônico decadente. Os Caldeus eram um povo instruido. Eles conheciam a Terra, as estrelas, a história da Mesopotâmia e os povos vizinhos.
Naquela época, ainda antes de dominarem a Babilônia, os caldeus eram reconhecidos pelos povos da região como ardentes adoradores do céu e também como mágicos altamente habilidosos. O nome deles se tornou sinônimo de mágico e astrólogo.
No entanto, é preciso ter cuidado com certas definições quando falamos de culturas muito antigas. Na época dos caldeus, a palavra "mágico" ou "mago" tinha um significado bastante diferente do atual. Ser um "mágico" na época dos Caldeus, dos Babilônios e dos Magi significava que esta pessoa sabia bastante sobre o mundo natural para curar os doentes, compreender e usar as forças naturais, explicar os movimentos dos astros no céu e explicar e usar a ciência das estações do ano.
Os "mágicos" naquela época eram profetas, adivinhos, psicólogos e colecionadores de conhecimento, não tenod absolutamente nenhuma relação com os mágicos de hoje, profissionais capazes de nos enganar e entreter com vários tipos de ilusões. Os caldeus são lembrados na história da astronomia mais como astró logos do que como astrônomos.
As tabelas dos Caldeus As tabelas astronômicas dos Caldeus eram muito engenhosas. Por exemplo, eles registraram muitas observações, e os cálculos resultantes, que os levaram a estabelecer o chamado "ciclo de saros" (que é o intervalo de tempo no qual os eclipses do Sol e da Lua se repetem aproximadamente na mesma seqüência, embora a sua visibilidade seja deslocada cerca de 120o para oeste na superfície da Terra).
Na época em que eles foram conquistados pelos assírios, os Caldeus já tinham estabelecido o intervalo deste ciclo como sendo de 6585,32 dias, ou seja, 18 anos, 11 dias e oito horas, o que equivalente a 223 lunações (período sinódico). É por esta razão que o ciclo de saros também é conhecido como "ciclo Caldeu".
Os assírios Quem eram os assírios
O império assírio teve o seu começo em alguma época por volta de 3000 a.C. Eles eram semitas e nos primeiros 1800 anos foram dominados pelos Hititas e/ou pelos habitantes da Babilônia. No século 12 a.C., entretanto, o aumento de sua população, poder militar e ambições políticas fizeram com que eles se arriscassem em uma série de campanhas militares com a intenção de colocar toda a Babilônia sob o seu domínio.
Não foi fácil realizar este sonho pois 300 anos ainda passariam antes que os assírios começassem a dominar a Babilônia. Durante o reinado de Assurbanipal (668-626), as armas de ferro muito superiores usadas pelos assírios levaram-nos a derrotar os Palestinos, Fenícios, Armênios e Medes. Os assírios tinham como característica a preservação das culturas dos povos conquistados. Deste modo o império assírio tornou-se um lugar de assimilação cultural, mesclando a arte, ciência e cultura dos outros povos da região. Dos babilônios eles copiaram e estudaram a literatura e a ciência. Dos caldeus, os assírios absorveram a astrologia, tornando-se fascinados por ela e dos medes eles absorveram fortemente as ideias religiosas e políticas.
Graças a esta tendência de preservação dos assírios as tabelas astronômicas construídas pelos caldeus foram conservadas e permaneceram disponíveis como uma fonte precisa de referência para pesquisadores futuros, tais como Hiparcos e Ptolomeu.
A astronomia dos Assírios
Após conhecerem a astrologia dos caldeus, os assírios ficaram tão fascinados que não conseguiram mais abandoná-la. Mais do que sua ciência, a vida dos assírios ficou completamente envolvida pelo misticismo. Quando os astrônomos assírios olhavam para os céus, eles quase não estavam preocupados em obter novas evidências observacionais de fenômenos celestes, ou conhecer as equações que guiavam os corpos celestes, ou fazer modelos geométricos que descrevessem os seus movimentos. Sua única preocupação era com a natureza profética, mística e religiosa do céu.
Os assírios eram altamente supersticiosos. Eles acreditavam, ainda mais do que os caldeus, de que o futuro estava escrito nas estrelas.
THC - O Universo 34: Universos paralelos [Dublado]
Em nenhum outro momento da história, desde que os humanos contemplaram pela primeira vez as estrelas, nosso conhecimento da vastidão inimaginável do Cosmo cresceu tão rapidamente. Sabemos consideravelmente muito mais sobre o que está acima da nossa atmosfera do que sabíamos há um século atrás. Sabemos mais, muito mais, do que sabíamos até uma década atrás.
Nesta minissérie épica, O Universo nos leva para a fronteira extrema do nosso conhecimento astronômico sempre em expansão. Uma colisão virtual entre astronomia e história, momentos esclarecedores (13 episódios no total) de um programa sem precedentes que nos dão um vislumbre -- através de recriações e animações -- daqueles instantes de descoberta sobre o entendimento celestial.
E com as reconstruções computadorizadas, viajamos para os limites externos do Conhecido, não através de pontos telescópicos, mas em primeira mão.
Além disso, esta série nos fornece reflexões sérias e construtivas para as grandes questões humanas: Estamos sozinhos? O planeta Terra é insignificante para o Cosmos como uma gota d'água? Existirá outro lugar que possa sustentar a vida? Ou, realmente não há outro lugar como aqui?
Com 50 bilhões de galáxias no Universo (contendo cada uma delas mais de 100 milhões de estrelas), há muito ainda por explorar. É um Universo muito antigo. Entretanto, passaram-se apenas 50 anos desde que o homem se aventurou no espaço. É melhor começar logo! "Estamos conectados entre nós, biologicamente, à Terra quimicamente, e ao universo atômicamente.
Isso é legal. É algo que me faz feliz, uma sensação de amplitude. Não somos melhores do que o universo, somos parte dele. Estamos no universo e ele está em nós."