domingo, 27 de novembro de 2011

György Ligeti - Lontano


 György Ligeti   - Lontano

György Ligeti Sándor (pronunciado lígueti) fOI uM compositor Húngaro Judeu
(que residiu na Áustria e logo se naturalizou
), amplamente considerado como
um
dos maiores Compositores de música clásica ( instrumental) do século XX.
Nasceu en Dicsőszentmárton 
 (en la real Târnăveni Romênia)  
em 28 de maio de 1923 e faleceu em Viena 
 em 12 de junho de 2006.

 Lontano

Música-Nave

livre rompe dimensões

- devassa mistérios...

Breve Biografia


Ligeti nasceu em Dicsőszentmárton (em romeno: Diciosânmartin, atualmente Târnăveni), na região da Transilvânia, Romênia.

Era sobrinho-neto do violinista Leopold Auer. à época, Dicsőszentmárton era um povoado húngaro de população judaica. Ligeti dizia que seu primeiro contato com a língua romena foi em um dia quando ouviu policiais falando naquele idioma. Após deixar sua terra natal, não voltaria mais até a década de 1990.


Ligeti recebeu suas primeiras instruções musicais no conservatório de Cluj/Kolozsvár, no centro da Transilvânia. Sua educação parou em 1943 quando, por ser judeu, foi coagido a trabalhar para os nazistas. Seus pais, seu irmão e outros parentes foram deportados para o campo de concentração de Auschwitz, onde foram executados. Sua mãe foi a única que sobreviveu.


Ao fim da Segunda Guerra Mundial, Ligeti voltou a estudar, em Budapeste, graduando-se em 1949. Estudou com Pál Kadosa, Ferenc Farkas, Zoltán Kodály e Sándor Veress

Realizou um trabalho etnomusicológico 
sobre a música folclórica romena, 
mas, depois de um ano, voltou à antiga escola
em Budapeste e foi nomeado professor 
 
Naquele tempo, o contato entre a Hungria e o ocidente estavam rompidos pelo, então, governo comunista, e Ligeti teve de ouvir secretamente as transmissões do rádio para se inteirar dos progressos musicais no mundo.

Em dezembro de 1956
mudou-se para Viena 
e tornou-se cidadão austríaco.


Pôs-se, então, em contato
com várias das figuras-chaves 
da música de vanguarda que nao eram conhecidas 
na isolada Hungria de seu tempo. 
 
Entre os vanguardistas, estavam compositores como Karlheinz Stockhausen e Gottfried Michael Koenig, que atuavam na música electrónica. Ligeti trabalhou com ela no mesmo estúdio que tinha em Colônia, e se inspirou com os sons que criava lá. 

Todavia,
produziu pouca música propriamente eletrônica,
  concentrando-se mais nas obras instrumentais 
com certas nuances que lembravam
a música eletrônica.
 

Desde esse tempo, a obra de Ligeti começou a se tornar mais conhecida e respeitada. Mais recentemente, seus três livros de estudos para piano adquiriram grande difusão devido às gravações feitas por Pierre-Laurent Aimard, Fredrik Ullén, entre outros.

Ligeti deu aulas em Darmstadt,
 
Foi também professor na Hamburg Hochschule für Musik und Theater em 1973, retirando-se em 1989. No início da década de 1980, sofreu problemas cardíacos que o levaram a se ausentar por vários anos do cenário musical, até ter aparecido com o Trio para Trompa, Violino e Piano (1983). Desde então, sua produção foi abundante até os anos 1990. Após 2000, seus problemas de saúde voltaram a aparecer e nenhuma obra mais foi escrita desde o ciclo de canções Síppal, dobbal, nádihegedüvel ("Com pipas, tambores, violinos", 2000). Faleceu em Viena, em junho de 2006.


Além da música,
Ligeti também se interessou 
 
de Benoît Mandelbrot, e nas obras literárias de Lewis Carroll e Douglas R. Hofstadter.

O filho de Ligeti, Lukas Ligeti, é um compositor e percussionista que vive hoje em Nova York.

A música de Ligeti


As primeiras obras de Ligeti são uma extensão da linguagem musical de seu compatriota Béla Bartók.

Por exemplo, suas peças para piano Musica Ricercata (1951 - 53), foram comparadas com as do Mikrokosmos de Bartók. A coleção de Ligeti tem onze peças ao todo, A primeira usa somente uma nota "lá" executada em diversas oitavas. Só no fim da peça é possível escutar a segunda nota - "ré". 

A segunda peça emprega 
três notas diferentes, a terceira emprega quatro,
e assim até o fim, de tal forma que a décima-primeira peça 
usa todas as doze notas da  
 

Nessa primeira parte de sua carreira, Ligeti foi afetado pelo regime comunista da Hungria daquele tempo, que impunha a estética do realismo socialista. A décima peça da Musica Ricercata foi proibida pelas autoridades por considerarem-na "decadente". Isto se deveu provavelmente ao uso muito livre dos intervalos de segunda menor.

Devido à ousadia 
de suas intenções musicais,
é fácil de supor a razão por ter decidido 
deixar a Hungria.
 

Uma vez estabelecido em Colônia, começou a compor música electrónica junto a Karlheinz Stockhausen. Entretanto, suas obras para essa linguagem se resumem em três:, dentre as quais Glissandi (1957) e Artikulation (1958), antes de voltar à música instrumental e à vocal. Suas composições, então, apareceram influenciadas por suas experiências eletrônicas e muitos dos efeitos sonoros que criou lembram outras obras eletrônicas. 

A obra Apparitions (1958-59) foi a primeira a atrair a atenção da crítica, mas foi sua obra seguinte, Atmosphères, a mais conhecida atualmente. Foi usada, junto com fragmentos de Lux aeterna e seu Réquiem como parte de la trilha sonora de 2001: Uma Odisséia no Espaço de Stanley Kubrick - sem a autorização do próprio Ligeti.


Atmosphères (1961) é uma peça para uma grande orquesta sinfônica. É considerada peça-chave na produção de Ligeti e contém muitos dos recursos explorados durante a década de 1960. 

Abandonou o foco na melodia
na harmonia e no ritmo, para se concentrar 
apenas no timbre dos sons, 
uma técnica conhecida como "massa de som

Cada nota da escala cromática 
soa em cinco oitavas. A peça se desenvolve
a partir desse acorde, com nuances sempre distintas.
 

Ligeti cunhou o termo "micropolifonia" à técnica composicional que usou em Atmosphères, Apparitions e outras obras daquela época. Assim a definiu: "a complexa polifonia das partes individuais está fundida num fluxo harmônico-musical, no qual as harmonias não mudam subitamente; em vez disso, mesclam-se umas com as outras. 

É uma combinação de intervalos claramente reconhecível e que vai se tornando nebulosa. Nesta nebulosidade, pode-se distingüir uma nova combinação de intervalos se formando".


Da década de 1970 em diante, Ligeti se afastou do cromatismo total e começou a se concentrar no ritmo. Interessou-se, particularmente, nos aspectos rítmicos da música africana, em especial na dos pigmeus.

Em meados de 1970, escreveu a ópera "Le Grand Macabre", com base no teatro do absurdo com muitas referências escatológicas. Sua música dos anos 1980 e 90 deram ênfase a complexos mecanismos rítmicos, em uma linguagem menos densamente cromática (tendendo a favorecer as tríades maiores e menores deslocadas e estruturas polimodais).


A última obra de Ligeti foi o Concerto de Hamburgo para trompa e orquestra de câmara (1998-99, revisado em 2003).

Lista de obras


  • Andante e Allegro para quarteto de cordas (1950)
  • Baladi joc para dois violinos (1950)
  • Concert românesc para orquestra (1951)
  • Musica ricercata para piano (1951-1953)
  • Seis bagatelas para quinteto de sopros (1953)
  • Quarteto de cordas nº 1 "Métamorphoses nocturnes" (1953-54)
  • Glissandi, música eletrônica (1957)
  • Artikulation, música eletrônica (1958)
  • Apparitions para orquestra (1958-59)
  • Atmosphères para orquestra (1961)
  • Volumina para órgão (1961-62, revisado em 1966)
  • Poème Symphonique para 100 metrônomos (1962)
  • Réquiem para soprano e mezzosoprano solistas, coro misto e orquestra (1963-65)
  • Concerto para violoncelo e orquestra (1966)
  • Lux Aeterna para 16 solistas (1966)
  • Lontano para orquesta (1967)
  • Dois estudos para órgão (1967, 1969)
  • Continuum para cravo (1968)
  • Ramifications para 12 instrumentos de corda solistas (1968-69)
  • Quarteto de cordas nº 2 (1968)
  • Dez peças para quinteto de sopros (1968)
  • Concerto de câmara para 13 instrumentos (1969-70)
  • Melodien para orquestra (1971)
  • Concerto duplo para flauta, oboé e orquestra (1972)
  • Clocks and Clouds para 12 vozes femininas (1973)
  • San Francisco Polyphony para orquestra (1973-74)
  • Le Grand Macabre, ópera (estreada en 1978)
  • Études pour piano, Premier livre (1985)
  • Concerto para piano e orquestra (1985-88)
  • Concerto para violino e orquestra (1992)
  • Études pour piano, Deuxième livre (1988-94)
  • Concerto de Hamburgo para trompa e orquestra de câmara com quatro trompas naturais obligato (1998-99, revisado em 2003)
  • Síppal, dobbal, nádihegedűvel: Weöres Sándor verseire (2000)
  • Études pour piano, Troisième livre (1995-2001)

Prêmios



Ligações externas

       

► 9:01► 9:01
www.youtube.com/watch?v=fXh07JJeA28
Fontes:
Vídeo enviado por ElMiusikman los 2008/04/03
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