sábado, 13 de março de 2010

NOOGÊNESE


NOOGÊNESE

Audio: Christiane Oelze & Eric Schneider: Canções de Weill, Eisler, Bernstein, Schumann, Mendelssohn e Brahms para soprano e piano (mp3, 74:58)


       Pierre Teilhard Chardin
« Jesuíta e paleontologista francês (Puy-de-Dôme, 1881; New York, 1955. A obra científica de Teilhard de Chardin situa-se principalmente na Ásia : descoberta do Sinanthropo (1929), explorações na Índia, em Java, participação no Cruzeiro Amarelo (1931, etc.). Seus escritos teológicos e filosóficos, proibidos pela Igreja durante sua vida, foram divulgados depois de sua morte. Iluminados por uma visão sintética do desenrolar universal da Evolução, eles dão valor ao fenômeno de complexificação cerebral do phylum humano, que levou ao aparecimento da consciência de si mesmo ("passo" da reflexão), depois a uma rêde mundial de comunicação dos pensamentos humanos, a noosfera, no coração da qual age o "Cristo Evolutor" e é quem conduz a Humanidade, de maneira imanente e transcendente, ao mesmo tempo, para o "ponto Omega" (Reino de Deus). Ele escreveu um livro de destaque, "O Fenômeno Humano," publicado depois de sua morte. »
Le Grand Larousse Universel, Tome 14, p. 10095   


Diante de tantas forças de destruição, neste fim de milênio,
a "consciência planetária" de Teilhard de Chardin continua sempre se realizando

Noogênese e Noosfera
Antes de tudo, é preciso esclarecer esses dois termos, que geram enormes confusões relativas à compreensão de duas realidades diferentes às quais eles se referem.

Noogênese, do grego noos = mente (alma, espírito, pensamento, consciência) e gênese = origem, (formação, criação, como "a criação do mundo"), é uma palavra que indica o ato da criação de qualquer coisa de psíquico.
 
Noosfera, também do grego noos = mente (alma, espírito, pensamento, consciência) e sphera (corpo limitado por uma superfície redonda), é uma palavra que representa a camada psíquica nascida da Noogênese, que cresce e envolve nosso planeta acima da Biosfera (camada formada pela multidão de seres vivos, que cobre a superfície do globo).
 
Quando o Homem apareceu na Natureza, "no meio dos Primatas," ele desabrochou como "a flecha da Evolução zoológica" (PM p. 181). Ele era semelhante aos outros animais, exceto pelo fato de que ele trazia consigo uma diferença toda especial : a capacidade ainda adormecida de refletir. No estágio de hominização, os primeiros hominídeos tinham, em latência, um cérebro capaz de refletir, mas um sistema nervoso ainda primitivo. O movimento dispersivo do primeiro povoamento da Terra não favorecia a comunicação por agrupamentos. Em seguida, entretanto, durante o princípio da etapa do Homo Sapiens, no alvorecer da Era Neolítica, a Humanidade começava a se reunir, formando uma linha convergente sobre a Terra ; a aglomeração tornou-se necessária. Essa condição favorável encorajou o Homem a dar o Passo da Reflexão. Então um fenômeno muito especial é produzido : o nascimento de uma nova esfera planetária, acima da Biosfera, a Noosfera. A esse processo de dar origem a uma camada planetária inteiramente nova, formada totalmente pelo conjunto do pensamento humano, deu-se o nome de Noogênese (PH p. 160-173).
 
A Noosfera, portanto, é o resultado da Noogênese ; uma camada mais madura, em crescimento e definitiva, feita pelo conjunto do pensamento do Homo Sapiens. Ela está aberta a todas as modificações sutís, desde o estágio primitivo até chegar a abrigar todo o conhecimento humano, todas as idéias e tecnologias cada vez mais complexas, ou seja, toda a consciência planetária.
 
Para que o cérebro fosse capaz dessa absorção quase que ilimitada e que o pensamento humano pudesse se desenvolver até os tempos modernos, foi preciso que o Homem sofresse algumas modificações essenciais em seu cérebro e em seu sistema nervoso. Em seu cérebro primitivo, já havia algumas estruturas prontas para se desenvolver, em um movimento semelhante àquele da Evolução, em um movimento de curvatura sobre si mesmas, caracterizado por duas formas específicas . É necessário diferenciar nessas duas formas o que chamamos de soma, que é a expressão do fenótipo geral e o phrên, evoluindo ao mesmo tempo, mas com ritmos e funções diferentes  (GZH,  p.57). De interesse particular é o phrên, palavra grega que se refere ao psiquismo, pois é o psiquismo humano que vai "alimentar" a esfera planetária especial que denominamos Noosfera.
 
Desde o organismo pouco complexo do peixe, ancestral do Homem no ramo dos Cordados-Vertebrados da "Árvore da Vida," pode-se distinguir "duas zonas especialmente significativas do encáfalo" (GZH p. 62) : o cerebelo, também chamado de "pequeno cérebro" e os dois hemisférios cerebrais. São as zonas que evoluiram mais do que as outras e que o Homem possui, em uma escala de complexidade bem maior, na grande linha evolutiva de curvatura sobre si mesmas (GZH pp. 60-62):
 
"Pois bem, o que nos ensina (sem mesmo o recurso da Paleontologia) a Anatomia Comparada dos seres vivos, é que, de grupo em grupo, começando pelos Peixes, duas zonas especialmente significativas do encéfalo tendem a se sobressair em relação às outras, quer dizer, a concentrar sobre elas os progressos da cefalização : por um lado o cerebelo, - e de outro lado, principalmente, os hemisférios cerebrais ; estes assumindo, nos Répteis mais adiantados (Pássaros) e, muito mais ainda, nos Mamíferos (pelo menos a partir de certos estágios e seguindo certos phyla), um desenvolvimento rápido, revolucionário, envolvente : até monopolizar de certo modo a cavidade endocraniana e recobrir o cerebelo." (GZH p. 62)

Evidentemente, o cérebro do Homem já se tornou bem equipado. Entretanto, pode-se perguntar, diante de tantas forças de destruição, neste fim de milênio, se esse cérebro se tornará suficientemente complexo e suficientemente capaz de reflexão, no sentido "noosférico", para iluminar a rota para o futuro. Para que a Humanidade evite sua auto-destruição no próximo milênio ; para que a Noogênese continue a progredir no bom rumo evolutivo, teremos que esperar por uma nova complexificação ou orientação no Espírito do Homem ? "O Homem, ... eixo e flecha da Evolução" (PH p. 24), irá tornar-se mais compreensivo em relação a seu Próximo e mais aberto espiritualmente em relação à fonte de sua Criação ? Ele irá empregar todos os enormes recursos materiais e técnico-sociais do planeta, para criar maiores vínculos econômicos, sociais e espirituais, em vez de se permitir capitular diante das forças de repulsão e de desintegração ?
 
 A Retomada da Evolução
No capítulo sobre a formação da Noosfera, do Grupo Zoológico Humano, Teilhard procura nos convencer de que o Homem entrou agora no período da "Retomada da Evolução e Neo-cerebralização" e que a Humanidade está evoluindo «Em direção a mais cérebro» (GZH,  pp.148-150):
 
"Desse modo, no interior da Noosfera em vias de compressão, uma nova corrente se desenharia, especialmente central e direta : a cerebralização (efeito superior e parâmetro da curvatura cósmica), fechando-se sobre si mesma em um processo de auto-acabamento ; uma auto-cerebralização da Humanidade, tornando-se a expressão mais concentrada da retomada reflexiva da Evolução.*
 
*Aquí reaparece e se acentua, até tornar-se dominante, a distinção entre soma e phrên, colocada acima,  (GZH,  p. 57) - Com o aparecimento sobre a Terra da 'Socialização de compressão' (onde o fator mais importante não é mais simplesmente a multiplicação dos indivíduos, mas sim sua capacidade ultra-cerebralizante) estabelece-se de fato um novo regime de evolução biológica, no qual os indivíduos, funcionando ainda como elos por seu germen (prolongamento do 'phylético' no Humano, sob forma de fibras hereditárias sempre reconhecíveis, apesar de estarem cada vez mais entrelaçadas), afirmam-se principalmente pelo seu phrên, como elementos constitutivos do 'cérebro noosférico' (órgão da reflexão coletiva humana)."

A Evolução, Teilhard nos afirma, não chegou a seu fim ; ela retoma seu curso, no mesmo processo de curvatura sobre si mesma, mas desta vez como uma Evolução consciente de si mesma, originando uma nova etapa da Noogênese, que não cessou depois da criação da Noosfera. Muito pelo contrário, através da super-população da Terra, a Noogênese está progredindo, debaixo de nossos olhos cegos, de salto em salto, em direção ao futuro.
 
Então, como reconhecer esse progresso, esta nova etapa da Noogênese ? Haverá esperança de uma verdadeira consciência planetária no terceiro milênio ? Ousaremos esperar uma era onde a matéria será posta a serviço do Espírito, ao inverso do que acontece hoje ? Se a resposta é sim, como se efetuará essa mudança ?

Segundo Teilhard, ssa retomada da Evolução acontece através de mutações sutís, de geração em geração, como um continuum, seguindo o phylum genético, que tem sua origem nas sombras do enorme Passado do Homem. Ela é visível a nossos olhos alertas em pequenas nuances que podem ser observadas de modo notável no espaço de algumas gerações. Vejamos o fenômeno da Prolepse, ou seja, a diferença de altura entre uma dada geração e sua descendência. Nesse caso, a geração F2 é mais alta do que a geração F1. É um fenômeno já estudado pela Ciência há algumas décadas, anteriormente mais disperso, mas atualmente mais frequente. Observado antigamente somente nos povos do Norte da Europa, mas hoje em dia é evidente nos povos do mundo inteiro, sem distinção de raça ou de consangüinidade.
 
Paralelamente a essa mutação, há uma outra diferença no QI das gerações mais jovens, onde se pode obervar facilmente uma sensível diferença a favor das gerações F2. Isso vem provar, lembrando-nos da "Lei de Complexidade-Consciência" que rege a Evolução, tendo em mente o desenvolvimento das estruturas do cérebro, que se trata de um movimento de Cerebralização. É uma complexificação cerebral, tanto física como psíquica : física, levando-se em conta a especialização dos neurônios com o aumento de comprimento das fibras nervosas, necessário para ocupar maior espaço em um corpo físico de altura maior e com um cérebro mais complexo ; e psíquica, em relação ao comportamento do Homem, que, seguindo a lei principal, torna-se mais consciente de si mesmo e agora procura maior Individuação, em uma convegência interior que está em harmonia com a direção evolutiva.
 
Esse movimento de Cerebralização através de mutações psíquicas, como também físicas, prepara a próxima etapa evolutiva, porque, como Teilhard nos explica, "A Evolução é uma transformação primordialmente psíquica" (PH p. 163). Diante dos "limites orgânicos do cérebro," o movimento, no futuro, seria no Espírito da Humanidade  (A Sobrevida, PH IV p. 280) .
 
["... Elevando-se em direção aos maiores complexos, o mesmo elemento 'psíquico,' desde seu primeiro aparecimento nos seres humanos, manifesta, em relação à sua matriz de 'complexidade,' uma tendência ao domínio e à autonomia. Nas origens da vida, poderia parecer ser a sede de organização (F1) que, em cada elemento individual, engendra e dirige seu centro relativo à consciência (F2). Entretanto, subindo mais alto, o equilíbrio se inverte. Sem engano, desde o primeiro "passo individual da reflexão" --- se não antes --- é F2 que começa a se encarregar ('por invenção' ?) do progresso de F1. Depois, subindo mais alto ainda, ... chegando-se no limiar (conjecturado) da reflexão coletiva, encontramos F2 destacando-se aparentemente de sua limitação temporo-espacial para se unir à sede suprema e universal Omega. Depois da emergência, vem a emersão. Nas perspectivas da involução cósmica, não apenas a consciência torna-se co-extensiva ao universo, mas o universo continua em equilíbrio e em consistência, sob a forma de pensamento, em um pólo supremo da interiorização." (Postscriptum, PM  p. 309) ]
Uma questão surge nesse ponto, mas impossível de se provar, tão escondida ela está na duração do Tempo, no próprio começo da hominização, que é a seguinte : Trata-se de um só phylum genético, ou por outro lado, de diversos phyla ? Se fossem diversos phyla, isso explicaria a diferença das raças humanas e o povoamento dispersivo inicial, aparentemente sem lógica, ao acaso, mas logo agrupando-se e estabelecendo-se em zonas demarcadas do planeta.
 
Esta questão deve talvez ter sido levantada e estudada pelos cientistas modernos, que com os avanços da Ciência Moderna, dispõem agora de infinitos recursos para levantar o véu de alguns dos antigos "mistérios".
 
Na opinião de Teilhard, "todos os ramos humanos unem-se geneticamente em baixo da escala, no próprio ponto da reflexão." ((PM p. 188) Em uma nota no rodapé da mesma página, ele acrescenta sua convicção de que a Ciência do Homem poderia pronunciar-se a favor do monophyletismo ( apenas um phylum genético).
 
É esta, em essência, a explicação de um só phylum genético no início. Não é provável que a Ciência possa provar empiricamente a verdade da teoria dos diversos phyla. É pena, pois isso nos deixa no campo perigoso das perguntas sem resposta, que se referem à nova dimensão do Homem e de seu psiquismo.
 
Assim, quando se vai exminar o comportamento do Homem Moderno, é preciso dar-lhe um sentido ; perscrutar sua motivação final ; e não nos perdermos em considerações tão detalhadas de sua estrutura física, tão aperfeiçoada, que vem coroar a Evolução. Mas, para que esse fenômeno humano tenha um sentido, é preciso supor uma outra estrutura dinâmica no Homem, que seria seu Espírito, sua alma, esta não possuindo um "locus" palpável em todas essas ramificações especializadas cerebrais ; mas a qual vai orientar seu comportamento psíquico daquí por diante, em direção a maior desenvolvimento espiritual para a Era da consciência coletiva no futuro.
 
Teilhard tinha a convicção de que "a caminhada da Humanidade, prolongando a de todos os seres vivos, desenvolve-se incontestavelmente no sentido de uma conquista da matéria, posta a serviço do Espírito,... o Pensamento aperfeiçoando artificiosamente o próprio órgão de seu pensamento, a vida retomada para adiante sob o efeito coletivo de sua Reflexão." ( A Sobrevida, PH IV p.250 )*
 
(* Para citações mais detalhadas do último livro do Fenômeno Humano, cf. (A Sobrevida, PH IV) :
Infelizmente, neste fim de milênio, pode-se perguntar se "a caminhada da Humanidade" não se enganou de estrada, pois ela parece caminhar, de preferência, em direção a uma Era onde o Espírito seria colocado a serviço da Matéria.
 
No desespero de encontrar "paz sobre a Terra," sem mesmo pensar na paz dentro de si ; para fugir aos conflitos da Terra ; para se afastar das forças negativas de desintegrção, de repulsão, de materialização, de mecanização, de totalitarismo e de falsas ideologias que destroem a reflexão, o homem pensante de hoje interioriza-se, curvando-se sobre si mesmo em busca de maior Individuação. Ele tende a se isolar e procura "tornar-se mais solitário para Ser mais profundamente." (A Sobrevida, PH IV pp. 237-238) Pelo excesso de sua individualização e de sua luta pela vida, ele se engana, sucumbindo facilmente à sobrevivência do mais apto e ao racismo, ou então ele sonha em fugir dos outros e da Terra, procurando outros planetas ou outras dimensões de existência...
 
Os Efeitos sobre a Noosfera
Todo esse processo de retomada da Evolução não poderia se efetuar sem estar de acordo com a lei principal de Complexidade-Consciência e sem abranger, também, simultaneamente, a corpusculização planetária do Cosmos como um todo, que, seguindo a lei de Convergência,(« Tudo o que sobe, converge »), leva-nos a pensar em um Universo que se recurva ao se expandir.
 
É como se esse processo subjugasse nosso pequeno planeta, com suas tendências, reconhecidas pela Ciência Moderna, de entropia e de desagregação da energia. Mas não são processos, entretanto, com resultados negativos, pois a entropia, por um lado negativa enquanto que ela destrói a ordem, torna-se em seguida positiva, enquanto que ela contribui para a construção, junto com a energia salva da desagregação em marcha, de novos parâmetros de ordem, em um nível superior, baseados nas mutações originadas dos anteriores Progressos da Noogênese.
 
Como a Noosfera é um envelope feito pelo pensamento humano, ela evolui simultaneamente com o conjunto da evolução da consciência planetária. Mas a Humanidade, em vias de totalização pela Socialização de Compressão, mostra-se preocupada em escapar às tensões produzidas pela super-população étnica, ao Totalitarismo sempre agressivo e aos perigos constatados da Entropia e da Desagregação da Energia e aos desastres ecológicos que ameaçam a destruição de nosso planeta. Todos esses fatores parecem tornar impossível as perspectivas de uma vida digna e pacífica para o Homem em um futuro próximo.
 
Parece-nos que chegamos a um impasse. Seria possível que a Noosfera tenha atingido seu ponto de Saturação, onde as chances de sucesso ou de insucesso seriam, ou irreversíveis, ou indiferentes para o Homem moderno, sempre preocupado com sua sobrevivência física e com seu bem-estar material ? (GZH  pp. 160-162)
 
O que se poderia fazer para encorajar, para garantir que a "auto-cerebralização da Humanidade [torne-se] a expressão mais concentrada da retomada reflexiva da Evolução" (GZH  pp.148-150)  que caminha "em direção à conquista da matéria, posta a serviço do Espírito"  (A Sobrevida, PH IV. p.250 ) ?
 
Soluções possíveis para as Saídas do Mundo Terrestre
Em seu artigo " Noosfera e hypermundo", Pierre Berger, jornalista do Mundo Informático, cita estes pensamentos de Teilhard em seu livro "O Futuro do Homem",  a respeito de nossa "Sobrevida" :
 
(AH, p. 360) "Omega é o grande atrator do regime de socialização compressiva, no qual acabamos de entrar ; nada nos permite prever uma atenuação e ainda menos o fim. Nessas condições, é evidente que não nos serviria de nada procurar escapar do turbilhão que se encerra ao redor de nós. Por outro lado, o que é importante ao extremo, é saber como, nesse turbilhão, orientar-nos e nos comportarmos espiritualmente, de tal modo que o apêrto totalizante ao qual estamos submetidos tenha por consequência não o fato de nos desumanizar através da mecanização, mas (como parece possível) superumanizar-nos através da intensificação de nossos poderes de compreensão e de amor.
 
... Até nas zonas mais espiritualizadas de nosso ser, certas necessidades interiores subsistem, sem dúvida, que forçam inexoravelmente a prosseguir sem parar a nossa caminhada para adiante. ... Imitando e, pouco a pouco, alternando com a tendência vinda de baixo, eis portanto que se descobre a aparição de um ponto de atração vindo de cima, como se fosse oganicamente indispensável para a continuação da operação : indispensável para sustentar o impulso evolutivo ; e indispensável, ao mesmo tempo, para criar, ao redor da Humanidade em vias de totalização, o calor psíquico, a atmosfera cordial, fora da qual o empreendimento técnico-econômico do mundo não faria outra coisa senão esmagar as almas umas contra as outras, sem chegar a ligá-las entre si e a unificá-las... não poderia nesse ponto existir... senão um Universo... convergente. Algum cume, alguma revelação vivificadora no fim da trajetória... "
 
(AH, p.363) "... duas soluções parcialmente divergentes aparecem e se opõem... Segundo alguns ("solução coletivista"), bastaria, para grantir o sucesso biolólico de nossa evolução, que o Humano conseguisse se acomodar um pouco, globalmente, em uma espécie de circuito fechado, segundo o qual cada elemento pensante... conectado com todos os outros, alcançasse uma certa claridade final de visão e um certo calor extremo de simpatia ... mas tudo isso sem a aparição... de nenhum centro... Segundo outros, pelo contrário ("solução personalista"), é justamente algum Centro de reunião, é precisamente algum fim global que é necessário prever e postular... Se, com efeito... uma forma real de amor apareça no coração da evolução --- amor mais forte do que todo egoismo individual e toda paixão particular --- como querem que algum dia a Noosfera se estabilize ? ... Na verdade, para ser coerente, sem pulvelizá-la, a multidão humana,... um campo de atração, ao mesmo tempo poderoso e irreversível, parece indispensável... Assim raciocinam e sentem (pelo menos implicitamente) todos os cristãos há dois mil anos. E assim, ... sob a urgência dos acontecimentos, um número sempre crescente de biólogos e de psicólogos sentir-se-á obrigado a pensar. Se bem que o maior acontecimento de agora, ao longo da História da Terra, seria talvez, precisamente, a descoberta gradual... não apenas de Alguma Coisa, mas de Alguém, no cume engendrado pela convergência sobre si mesmo do Universo em evolução."
Então, o que se pode predizer como saída para o mundo terrestre ?
 
Isso vai depender de NÓS, --- de nossa recusa ou de nossa aceitação desse "Alguém" segundo Teilhard. Ele prevê duas possibilidades quase que contraditórias ; mas sempre nos indicando que, em todo caso, nós devemos empregar nossos esforços em direção à boa. A Sobrevida, PH IV pp. 289-291) :
 
(p. 289) "O fim do Mundo : mudança de equilíbrio, desprendendo o Espírito, por fim completo, de sua matriz material, para fazê-lo repousar daí em diante, com todo seu peso, sobre Deus-Omega.
O fim do Mundo : ponto crítico, ao mesmo tempo de emergência e de emersão, de amadurecimento e de evasão."
(p. 290) "... Mas também pode ser que, seguindo uma lei à qual nada ainda escapou no Passado, o Mal, crescendo ao mesmo tempo que o Bem, atinja no fim seu paroxismo, ele também sob uma forma especificamente nova. Não há cumes sem abismos."

"Recusa ou aceitação de Omega ?
... ao longo e em virtude do processo que a mantém unida, a Noosfera, chegada a seu ponto de unificação, possa se dividir em duas zonas, respectivamente atraídas por dois polos antagonistas de adoração...
 
... Uma última vez ainda a ramificação."
Então, a única saída possível seria de ordem espiritual, tendo Confiança no grande e trabalhoso processo da Evolução, que, tendo conseguido criar os seres humanos com tantos cuidados, não pode ser concebida como tendo se organizado ao acaso. É preciso afirmar, com Teilhard, que "Sim", é uma Evolução dirigida, consciente de si mesma ; porque há um "Motor" que a orienta e a atrai para Si, o Ponto Omega. Portanto, por que não dizê-lo ? Esse Motor é Deus, princípio gerador e ao mesmo tempo final, que realiza em Si o encontro dos dois polos de atração Alfa e Omega e dá ao Homem o pensamento, a consciência, a alma, a Fé e a Energia doAmor para continuar seu caminho de Paz e de Construçãodeum Futuro digno para todos nós. 1
 
* Não é que já nos disse São Paul o em sua carta aos  Efiseus (1:0-10, LSG) ?

"... Porque Deus nos fez " conhecer o mistério de sua vontade, segundo o plano benevolente que ele havia formado em si mesmo, para executá-lo quando os tempos houvessem chegado, de reunir todas as coisas em Cristo, aquelas que estão nos céus e aquelas que estão sobre a terra."
 
É o que se chama "Pleroma" , como Teilhard nos explica no segundo capítulo do Meio Divino (p. 135) :
"... Essa Realidade suprema e complexa, para a qual a obra divina nos constrói, qual é ela ? São Paulo, junto com São João, revelou-nos... ; é o misterioso Pleroma, quando o Uno substancial e o Múltiplo criado se encontram sem confusão, em uma Totalidade que, sem nada acrescentar de essencial a Deus, será pelo menos uma espécie de triunfo e de generalização do ser."
 
« O Cristo Evolutor » :

Teilhard dá testemunho da realidade de sua fé no "Cristo Evolutor" no Epílogo do  Fenômeno  Humano : O Fenômeno Cristão, (PM pp. 293-294) :
 
["Como lemos em São Paulo e em São João, lemos também que criar, construir e purificar o mundo é, para Deus, unificá-lo, unificando-o organicamente consigo mesmo. Como Ele o unifica ? Imergindo-Se parcialmente nas coisas, tornando-Se 'elemento'; e depois, dessa posição vantajosa no coração da matéria, assumindo o controle e a direção do que chamamos de Evolução. O Cristo, princípio da vitalidade universal tendo Se manifestado como Homem entre os homens, colocou-Se na posição (sempre mantida) de englobar sob Si mesmo a ascenção geral das consciências nas quais Ele se inseriu. Através do ato perpétuo de comunhão e de sublimação, Ele agrega para Si mesmo o psiquismo total da Terra. E, quando Ele houver reunido tudo e tudo transformado, Ele tornará a se fechar sobre Si mesmo e Suas conquistas para retornar enfim, em um gesto final, ao lugar divino de onde Ele nunca saiu. Então, como nos disse São Paulo, Deus será Todo em tudo. É a expectativa de uma unidade perfeita, mergulhada na qual cada elemento atingirá sua consumação ao mesmo tempo que o Universo.
 
O Universo se realizando em uma síntese de centros em conformidade perfeita com as leis da união. Deus, o Centro dos centros. Nessa visão final, o dogma do Cristianismo se culmina. E tão exatamente, tão perfeitamente essa culminação coincide com o Ponto Omega, que, sem dúvida, eu não teria jamais me aventurado a antecipar Sua visão, ou formulado a hipótese racionalmente, se, em minha consciência de crente, eu não houvesse encontrado, não apenas seu modelo especulativo, mas também sua realidade viva." ]

E o Progresso da Noosfera no futuro?
Assim, sob que forma, seguindo quais linhas, poderíamos conceber o progresso dos efeitos "noosféricos" no futuro ?
 
Eis a visão otimista de Teilhard, há mais de cinquenta anos (A Sobrevida, PH IV pp. 279-280, p. 287) :
  "Sob que forma e seguindo quais linhas, --- na única hipótese aceitável de um sucesso, --- podemos imaginar que... irá se desenvolver o Progresso ?
Antes de tudo, sob uma forma coletiva e espiritual - Desde a aparição do Homem, pudemos observar um certo retardamento de transformações passivas e somáticas do organismo, em benefício de metamorfoses conscientes e ativas do indivíduo quando em sociedade. O artificial alternando com o natural. A transmissão oral ou escrita sobrepondo-se às formas genéticas (ou cromossômicas) da hereditariedade..."

"Pode ser que, em sua capacidade e em sua penetração individuais, nosso cérebro tenha atingido seus limites orgânicos. Mas o movimento não cessa por causa disso. Do Ocidente ao Oriente, a Evolução está ocupada, daquí por diante, em toda parte, em um campo mais rico e mais complexo, construindo, com todos os espíritos reunidos, --- o Espírito --- acima das nações e das raças, como um todo inevitável e já se formando, da Humanidade."

   "A Humanidade possui, diante de si, possibilidades imensas... Depois do Passo da Reflexão, graças às surprendentes propriedades do 'artificial' que, separando o instrumento do órgão, permite ao mesmo indivíduo intensificar e variar indefinidamente as modalidades de sua ação, sem perder nada de sua liberdade, - graças, ao mesmo tempo, ao poder prodigioso do Pensamento de aproximar e de combinar, em um mesmo esforço consciente, todas as partículas humanas, nós entramos em um campo absolutamente novo de Evolução. ... Nós ainda não temos idéia da grandeza possível dos efeitos "noosféricos." A ressonância das vibrações humanas de milhões ! ... O produto coletivo e aditivo de um milhão de anos de Pensamento !"
Como testemunham estas palavras de Jean-Pierre Luminet, astrofísico, diretor de pesquisas no CNRS , esse "produto coletivo e aditivo" da Consciência planetária é bem evidente com a Internet neste fim de segundo milênio ; o que dá realidade ao Progresso atual dos efeitos "noosféricos" :
 
"Com a Internet, essa consciência planetária, tão decantada por precursores como Teilhard de Chardin, torna-se palpável. No cybermundo, a noção de estrangeiro não existe."

E O PROGRESSO NOOSFÉRICO NO PRÓXIMO MILÊNIO ?
CABERÁ A NÓS !

A NOOSFERA, de Pierre Teilhard Chardin
( Nossa homenagem à Paixão de Jesus, um texto deste Jesuita fantástico do século XX)

Assim como existe a atmosfera, também há uma espécie de mundo das idéias, constituído pelas coisas do espírito, produtos culturais, linguagens, teorias e conhecimentos. Todos nós alimentamos a noosfera quando pensamos e nos comunicamos..
Assim, a noosfera exerce uma influência decisiva sobre nossos comportamentos. Ou, como disse Edgar Morin, "as idéias que possuímos são capazes de nos possuir”

Antes de tudo, é preciso esclarecer esses dois termos, que geram enormes confusões relativas à compreensão de duas realidades diferentes às quais eles se referem: Noogênese, do grego noos = mente (alma, espírito, pensamento, consciência) e gênese = origem, (formação, criação, como "a criação do mundo"), é uma palavra que indica o ato da criação de qualquer coisa de psíquico; Noosfera, também do grego noos = mente (alma, espírito, pensamento, consciência) e sphera (corpo limitado por uma superfície redonda), é uma palavra que representa a camada psíquica nascida da Noogênese, que cresce e envolve nosso planeta acima da Biosfera (camada formada pela multidão de seres vivos, que cobre a superfície do globo).

Quando o Homem apareceu na Natureza, "no meio dos Primatas," ele desabrochou como "a flecha da Evolução zoológica" .Ele era semelhante aos outros animais, exceto pelo fato de que ele trazia consigo uma diferença toda especial : a capacidade ainda adormecida de refletir. No estágio de hominização, os primeiros hominídeos tinham, em latência, um cérebro capaz de refletir, mas um sistema nervoso ainda primitivo. O movimento dispersivo do primeiro povoamento da Terra não favorecia a comunicação por agrupamentos. Em seguida, entretanto, durante o princípio da etapa do Homo Sapiens, no alvorecer da Era Neolítica, a Humanidade começava a se reunir, formando uma linha convergente sobre a Terra ; a aglomeração tornou-se necessária. Essa condição favorável encorajou o Homem a dar o Passo da Reflexão. Então um fenômeno muito especial é produzido : o nascimento de uma nova esfera planetária, acima da Biosfera, a Noosfera. A esse processo de dar origem a uma camada planetária inteiramente nova, formada totalmente pelo conjunto do pensamento humano, deu-se o nome de Noogênese .

A Noosfera, portanto, é o resultado da Noogênese ; uma camada mais madura, em crescimento e definitiva, feita pelo conjunto do pensamento ser humano.. Ela está aberta a todas as modificações sutis, desde o estágio primitivo até chegar a abrigar todo o conhecimento humano, todas as idéias e tecnologias cada vez mais complexas, ou seja, toda a consciência planetária.

Evidentemente, o cérebro do Homem já se tornou bem equipado. Entretanto, pode-se perguntar, diante de tantas forças de destruição, neste fim de milênio, se esse cérebro se tornará suficientemente complexo e suficientemente capaz de reflexão, no sentido "noosférico", para iluminar a rota para o futuro? O Homem, eixo e flecha da evolução, .irá tornar-se mais compreensivo em relação a seu Próximo e mais aberto espiritualmente em relação à fonte de sua Criação ? Ele irá empregar todos os enormes recursos materiais e técnico-sociais do planeta, para criar maiores vínculos econômicos, sociais e espirituais, em vez de se permitir capitular diante das forças de repulsão e de desintegração ?

Como a Noosfera é um envelope feito pelo pensamento humano, ela evolui simultaneamente com o conjunto da evolução da consciência planetária. Vencidas as barreiras que impedem os homens de formar uma comunidade plena (real em seu significado mais estrito), o homem passa a entender que não pode continuar a existir sem a cooperação e o apoio dos seus iguais; lidar com a vida e seus empecilhos passará a ser uma tarefa mais próspera – e mais humana – na medida em que unir esforços com os demais, num trabalho coletivo em prol de objetivos comuns. Esta ascensão à esfera do “espírito humano”, do pensamento, do compartilhamento de idéias, de mentes (nous), resultará numa novíssima etapa de convívio e aprendizado para a Humanidade: marcará o início do estágio “evolutivo” da Noosfera, da plenitude de uma consciência solidária, de uma inteligência coletiva, em busca da partícula divina do universo cósmico e sistêmico.
Padre Teilhard de Chardin

Postado por Flávio Mussa Tavares às 6:58 AM


Fonte: "A Noogênese Está Progredindo?"
(por Maria Luiza Glycerio e Janice B. Paulsen)

domingo, 7 de março de 2010

O BERRO


 
Mensagem encaminhada: [Carta O BERRO] 
video da reunião da diretoria da Veja, 
em 1 de fevererio de 2010, diante da queda das vendas..eml

[Carta O BERRO] video da reunião da diretoria da Veja, em 1 de fevererio de 2010, diante da queda das vendas.

Quarta-feira, 3 de Março de 2010 18:58
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11 de Setembro foi uma grande mentira

 

11 de Setembro foi uma grande mentira 


TEERÃ (AFP) - O presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad qualificou neste sábado os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos de "uma grande mentira" utilizada como pretexto para invadir o Afeganistão, informou a imprensa estatal iraniana.

"O 11 de setembro foi uma grande mentira que abriu caminho para a invasão do Afeganistão, com o pretexto de combater o terrorismo", declarou o presidente, segundo os meios de comunicação oficiais.
Hostil nas relações com os EUA, Ahmadinejad pôs em xeque a tragédia cometida por membros da Al-Qaeda, na qual morreram cerca de 3 mil pessoas.

O presidente da República Islâmica também afirmou que os ataques aéreos contra as torres gêmeas do World Trade Center em Nova York eram "um roteiro e uma ação complexa dos serviços secretos".
Estas declarações foram feitas no momento em que os EUA pressionam os membros do Conselho de Segurança da ONU para que votem a favor de novas sanções contra o regime iraniano, devido ao seu plano nuclear.

Washington acusa Teerã de querer construir uma bomba atômica acobertando-se no programa nuclear civil, o que o Irã sempre desmentiu.
                                         PUBLICIDADE  YAHOO em 06/03/2010

domingo, 21 de fevereiro de 2010

AFEGANISTÃO E OBAMA

 

mundo / Afeganistão

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21/02/10 - 14h39 - Atualizado em 21/02/10 - 14h45

Resistência talibã está um pouco abalada no Afeganistão, diz general dos EUA

Ela é 'formidável, mas um pouco desarticulada', segundo Petraeus.
Tropas da Otan fazem ofensiva contra redutos do movimento no sul.
Da AFP
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O general norte-americano David Petraeus, que comanda as tropas do país no Iraque e Afeganistão, afirmou neste domingo (21) que a resistência dos talibãs à ofensiva militar liderada pelos Estados Unidos é "formidável, mas um pouco desarticulada".

"Alguns deles se surpreenderam pela maneira como a operação é conduzida. Mas sem dúvidas há batalhas duras", disse Petraeus, diretor do Comando Central dos Estados Unidos, ao programa de televisão da NBC "Meet the Press".

Foto: AFP

Soldados britânicos durante ofensiva na região afegã de Marjah neste domingo (21). (Foto: AFP)

A operação Mushtarak, o primeiro teste da nova estratégia do presidente Barack Obama, entrou na segunda semana com lutas armadas e minas espalhadas que atrasam as tentativas para controlar as áreas de Nad Ali e Marjah na província de Helmand, sul do Afeganistão.

Petraeus advertiu os talibãs que este é apenas o início de uma campanha de longo prazo ordenada por Obama e aplicada pelo general Stanley McChrystal, que leva os 113 mil militares dos Estados Unidos e da Otan a combater os insurgentes.

Leia mais notícias sobre o Afeganistão

 

' Bilderbergues ' do mundo , uni-vos !

 








“No Iraque Pós-Guerra, Usar as Forças Militares para Defender Interesses Vitais dos EUA, Não para a Reconstrução da Nação” — Fundação Heritage

E caso não tenham percebido a ideia, o mesmo documento da Fundação Heritage, datado de 25 de Setembro de 2002 prossegue dizendo-nos,

“Proteger as infra-estruturas iraquianas de sabotagem interna ou de ataques estrangeiros para recolocar o Iraque nos mercados globais da energia e para assegurar que os EUA e os mercados mundiais de energia tenham acesso aos seus recursos.”[1]

Tudo o que disser o contrário na imprensa estatal ou corporativa é apenas propaganda e/ou mentiras. Ponto final parágrafo.

Oleando as engrenagens do capitalismo com petróleo

O ponto de viragem no qual o petróleo tomou o lugar central aconteceu significativamente quando se iniciou o século XX e os navios imperiais mais poderosos, os alemães e os britânicos, deixaram o carvão e passaram e utilizar o petróleo. A partir desse ponto os destinos da Pérsia e do mundo árabe tornaram-se irrevogavelmente centrais para as ambições imperialistas ocidentais. Foi tanto assim que até à data estamos a viver (e a morrer) com os resultados, mais notavelmente os palestinianos e os iraquianos, sem esquecer as duas Guerras Mundiais onde o petróleo foi fulcral para todos as partes em combate, não apenas para a luta como para o controlo.

“Raramente discutido, no entanto, é o facto dos objectivos geo-políticos estratégicos da Grã-Bretanha, muito antes de 1914, incluírem não apenas o esmagamento o seu maior rival industrial, a Alemanha, mas, pela conquista através da guerra, o assegurar um controlo britânico inquestionável sobre o precioso recurso que, já em 1919, provava ser a matéria-prima estratégica de futuros desenvolvimentos económicos – o petróleo.” — ‘A Century of War’, F William. Engdahl, pág.38.[2]

O petróleo aumentou o alcance dos navios imperiais para dar a volta ao globo sem necessidade de reabastecimento, permitindo que a marinha britânica tomasse controlo dos oceanos e rotas comerciais do mundo. Um dos objectivos da Primeira Guerra Mundial era negar à Alemanha o acesso aos campos petrolíferos recém-descobertos onde agora é o Irão. Isto significava controlar o acesso ao Médio Oriente onde os britânicos controlavam o Canal do Suez (‘roubado’ aos franceses), o que eventualmente determinou o destino do povo da Palestina e de todo o Médio Oriente.

Claro que o petróleo é apenas um componente mas sem ele nada funciona, muito menos um exército mecanizado. Sem petróleo não há nada daquilo que o mundo moderno está dependente.

‘O jornal Energy Bulletin de 17 de Fevereiro de 2007 assinala que o consumo de petróleo dos aviões, barcos, veículos e instalações do Pentágono fazem dele o maior consumidor de petróleo do mundo. Nessa altura, a marinha dos EUA tinha 285 barcos de combate e de apoio e cerca de 4000 aviões em operação. O exército dos EUA tinha 28,000 veículos blindados, 140,000 veículos multi-usos de alta mobilidade, mais de 4,000 helicópteros de combate, várias centenas de aeronaves e uma frota de 187493 veículos. Exceptuando os 80 submarinos e porta-aviões nucleares, que libertam poluição radioactiva, todos os outros veículos consomem petróleo.’[3]

Os meios de comunicação corporativos, se alguém grita ‘Petróleo!’ quando se fala do Iraque, querem que acreditemos que essa pessoa é uma espécie de maluco, daqueles que são raptados por Ovnis, nada mais nada menos que uns adeptos da ‘teoria da conspiração’.

Em 2003, quando os EUA e o Reino Unido invadiram o Iraque, eu fiquei espantado com os argumentos desesperados da imprensa corporativa de que a invasão não tinha nada a ver com o petróleo, acusando os que afirmavam que o petróleo tinha tudo a ver com a invasão, de serem uns loucos adeptos da teoria da conspiração a obviamente a viverem na Área 51.

“Abundam as teorias da conspiração …. Outros defendem que foi por causa do petróleo…. Teoria que não faz sentido.” — The Independent, 16 de Abril de 2003.

Pelo contrário, as empresas do petróleo não se fizeram rogadas em vir falar sobre o papel fulcral do petróleo na invasão do Iraque, ecoando o que disseram os engravatados da Fundação Heritage:

“Eu diria que especialmente as empresas petrolíferas dos EUA… anseiam por um Iraque aberto ao negócio [depois do derrube de Saddam],” disse um executivo de uma das maiores empresas petrolíferas do mundo.”

“O que eles [os neo-conservadores do governo Bush] têm na ideia é a desnacionalização, e a divisão em parcelas do petróleo iraquiano para as empresas americanas. Nós conquistamos o Iraque, instalamos o nosso regime, produzimos petróleo ao máximo e dizemos à Arábia Saudita que vá para o inferno.” James E. Akins, antigo embaixador dos EUA na Arábia Saudita.

“Irá provavelmente ditar o fim da OPEP.” Shoshana Bryen, director de projectos especiais do JINSA (Instituto Judeu para Assuntos de Segurança Nacional), isto é, depois da queda do Iraque e da privatização do seu petróleo.

“As empresas americanas terão uma grande oportunidade com o petróleo do Iraque,” Ahmed Chalabi no jornal Washington Post.

Em “O Futuro do Iraque Pós-Saddam: Um Plano para o Envolvimento Americano”, uma série de documentos de Fundação Heritage, é desenvolvido um plano para a privatização do petróleo do Iraque e de facto para a privatização de toda economia iraquiana.[4]

Será uma conspiração? Bem, isso depende de como definem essa palavra. As definições do dicionário são estas:

o acto de conspirar.
um plano malévolo, ilícito, traiçoeiro, ou subreptício formulado em segredo por duas ou mais pessoas;uma combinação de pessoas com um propósito secreto, ilícito, ou malévolo.

Jur. um acordo entre duas ou mais pessoas para cometerem crime, fraude, ou outro acto incorrecto.

Qualquer concorrência de acções; conluio para obter um dado resultado.

Eu penso que todas colectivamente se encaixam na descrição da invasão do Iraque, afinal Bush e Blair conspiraram para burlar o mundo através da fabricação de provas sobre as armas de destruição em massa do Iraque de modo a invadirem ilegalmente o país. Eles conspiraram (com outros) para destruir um país e roubar os seus recursos, ergo: uma conspiração.

Dito isto, há aqueles que vão muito mais longe, afirmando que há uma conspiração global que já remonta desde há cem anos entre as classes políticas dos Estados Unidos e do Reino Unido que, em conjunto com poderosos banqueiros e conglomerados da energia, conseguiram controlar o planeta, os seus recursos, mercados e trabalhos. Mas será isso uma conspiração ou é meramente o imperialismo a fazer o que sabe melhor: roubar, matar e colonizar? Por outras palavras, precisamos de uma conspiração para explicar os acontecimentos? E se realmente existe uma conspiração há mais de cem anos? Isso não muda nada, continuamos a confrontar-nos com as mesmas forças.

O que é preciso perguntar é: Por que é que os meios de comunicação corporativos/estatais insistem em usar a palavra conspiração para ridicularizar quem questione a ortodoxia vigente? A resposta é imediatamente óbvia: a palavra conspiração foi distorcida de modo a não significar a sua definição do dicionário, mas sim tudo o que desafie as razões apresentadas pelos nossos mestres políticos sobre o funcionamento das coisas.

A História está repleta de todo o género de conspirações estatais e/ou corporativas, desde o Incêndio no Reichstag à provocação no Golfo de Tonkin, ou ao derrube feito pela CIA/ITT de Allende no Chile, às não existentes armas de destruição em massa do Iraque, daí a necessidade de não deixar que se estabeleça uma ligação entre o petróleo e o Iraque/Irão/Afeganistão, só para o caso das pessoas chegarem às conclusões certas sobre por que é que acontecem as coisas.

A linguagem é assim mutilada para servir os objectivos da classe corporativa, isto com a ajuda dos verdadeiros doidos das conspirações, que vêm tudo como uma conspiração, por vezes iniciadas há séculos atrás e que envolvem cabalas secretas de um ou de outro tipo. Ligar a esquerda a esta malta serve para degradar o nosso argumento e seguramente é esse o objectivo.

Não há dúvidas que a classe criminosa internacional traça ligações, projecta e planeia. É isso que o Council on Foreign Relations [Conselho de Relações Estrangeiras - EUA] (CFR) faz, tal como a Chatham House (Instituto Real de Assuntos Internacionais), o equivalente no Reino Unido, e ambas as organizações foram montadas no início do século XX com o fortalecimento da ‘Aliança Anglo-Saxónica’. A lista de membro do CFR ilustra o facto de os principais governos ocidentais serem efectivamente servos do Grande Capital.

Tal qual o grupo Bilderberg, composto por ‘capitães internacionais da indústria’ e políticos-chave das classes políticas dos principais estados capitalistas. Mas será isto uma conspiração? A um certo nível, não. No fundo é legítimo que as classes dominantes se organizem e planeiem. É por isso que Washington DC está a rebentar pelas costuras com tantas ‘Fundações’ e ‘Institutos’. Desde o final da Segunda Grande Guerra, milhares de milhões de dólares tanto públicos como privados, foram despejados nessas organizações. O seu objectivo? Espalhar o ‘mercado livre’ e combater quem se oponha, por meios correctos ou por meios pouco correctos.

‘“…os homens mais poderosos do mundo reuniram-se pela primeira vez” em Oosterbeek, Países Baixos [há mais de cinquenta anos], “debateram o futuro do mundo,” e decidiram reunir-se anualmente em segredo. Apelidaram-se de Grupo Bilderberg e os seus membros representam a nata das elites dominantes mundiais, principalmente da América, Canadá e Europa Ocidental, com nomes familiares como David Rockefeller, Henry Kissinger, Bill Clinton, Gordon Brown, Angela Merkel, Alan Greenspan, Ben Bernanke, Larry Summers, Tim Geithner, Lloyd Blankfein, George Soros, Donald Rumsfeld, Rupert Murdoch, outros chefes de estado, senadores influentes, congressistas e deputados, responsáveis do Pentágono e da NATO, membros da realeza europeia, figuras mediáticas seleccionadas, e outros convidados – alguns em segredo segundo algumas fontes, como Barack Obama e muitos dos seus oficiais de topo.” — ‘A Verdadeira História do Grupo Bilderberg’ Por Daniel Estulin.[5]

É claro que o capitalismo moderno evoluiu ao longo de gerações e gerações com toda a aparência de uma conspiração em amplo sentido, e uma do mais sofisticado que há, empregando um vasto exército de operacionais que incluiu elementos fulcrais nos meios de comunicação, academias, homens de negócio e políticos, quer dentro ou fora da governação. Uma ‘conspiração’ para manter o capitalismo como a única forma permissível de sociedade, como poderia ser de outra forma? Simplesmente há muita coisa em jogo e para provar isso basta-nos ver como esta poderosa elite internacional de negócios/governos/meios de comunicação conspirou para matar a COP15 [Conferência da ONU sobre as mudanças climáticas, que decorreu em Copenhaga] independentemente das consequências.

Ligações familiares, de formação, e de negócios —com o estado como ‘mediador’— criaram aquilo que é agora uma rede internacional que liga as classes dominantes dos mais poderosos estados capitalistas. É por isso que eles têm um Grupo Bilderberg, é onde os líderes dos negócios, a classe política, académicos e membros seleccionados dos meios de comunicação se encontram e formulam estratégias e tácticas, necessárias num mundo onde as comunicações são agora virtualmente instantâneas. Não serve ter governos a fazerem declarações que estão fora da linha do ‘consenso’, como acontece de tempos a tempos, e a ilusão esfuma-se por breves momentos.

Num mundo onde as forças económicas dominantes são poucas centenas de grandes corporações, corporações que de facto asseguram que os seus respectivos governos promovem políticas favoráveis à sua sobrevivência e que aumentem a prosperidade dos seus principais accionistas, a coisa lógica a fazer é combinarem sobre os assuntos que os afectam a todos. Eu ficaria extremamente surpreendido se o Grupo Bilderberg ou outro parecido, não existisse.

E os assuntos são fáceis de adivinhar: controlo/propriedade e acesso aos recursos; acesso a mão-de-obra barata; livre movimento de capitais; e por último, mas não menos importante, neutralizar os que desafiam o domínio do capital onde quer que eles apareçam.

Alinhado contra nós, o povo, está um vasto aparelho de controlo e manipulação que envolve órgãos governamentais, ‘não’-governamentais, fundações privadas, meios de comunicação, estatais e corporativos, ‘entretenimento’ em todas as suas extraordinárias formas, think tanks, institutos, fundações, academias, órgãos formais e informais, quer nacionais quer internacionais, associações, ONGs e ‘ONGs’, instituições de solidariedade e ‘instituições de solidariedade’, todas elas fortemente subsidiadas pelo estado e/ou corporações. Quem precisa dos ‘Illuminati’ quando temos todos estes alinhados contra nós?

Notas

1. Ver ‘In Post-War Iraq, Use Military Forces to Secure Vital U.S. Interests, Not for Nation-Building’ por Baker Spring e Jack Spencer, Backgrounder #1589, 25 de Setembro de 2002.

“A Administração deveria tornar claro que a presença militar dos EUA no Iraque após a guerra pretende assegurar interesses vitais dos EUA, não serve para o exercício da chamada construção de uma nação — a política aberta da Administração Clinton da enviar tropas americanas para regiões problemáticas onde não estavam ameaçados interesses vitais dos EUA.”

2. Penso que a melhor (e mais sucinta) análise deste período é a que foi feita por F. William Engdahl no seu livro ‘A Century of War’ Anglo-American Oil Politics and the New World Order’. Podem ver a minha crítica ao livro aqui. Comprem o livro aqui na Pluto Books.

3. Ver ‘Pentagon’s Role in Global Catastrophe: Add Climate Havoc to War Crimes’ por Sara Flounders com dados sobre o gigantesco apetite por petróleo por parte do exército norte-americano.

E aqui têm a fonte, ‘US military oil pains’ por Sohbet Karbuz, Energy Bulletin, 17 de Fevereiro de 2007. Note-se que os dados usados no artigo já têm mais de dois anos e estão longes de estarem completos, já que apenas incluem o petróleo comprado directamente pelo Departamento da Defesa dos EUA. Quaisquer que sejam os números eles estão a subir, provavelmente tão alto como 30 mil milhões de dólares anualmente, sem nenhum sinal de redução no horizonte, pelo menos de acordo com o Departamento da Defesa:

““No ano fiscal de 2005, o DESC [Departamento de Energia] irá comprar cerca de 128 milhões de barris de combustível com um custo de 8.5 mil milhões de dólares, e o combustível para aviação constitui perto de 70% das compras de produtos petrolíferos do Departamento da Defesa.”

“Para alguns, isto ainda não é suficiente. “Como o consumo de petróleo do Departamento da Defesa representa a maior prioridade de todos os usos, não haverá limites fundamentais ao fornecimento de combustível do Departamento da Defesa durante muitas e muitas décadas.”” — ‘United States Department of Defense … or Empire of Defense?’ Por Sohbet Karbuz, 6 de Fevereiro de 2006

4. http://www.heritage.org/Research/MiddleEast/bg1632.cfm,
http://www.heritage.org/Research/MiddleEast/bg1633.cfm

5. Ver ‘The True Story of the Bilderberg Group and What They May Be Planning Now.’ Uma crítica ao livro de Daniel Estulin feita por Stephen Lendman



Fonte: O sito do autor - Bilderbergs of the world unite!
Artigo original publicado em 14 de janeiro de 2010

Este artigo é para português de

Sobre o autor

Alexandre Leite é redactor do blog http://investigandoonovoimperialismo.blogs.sapo.pt e membro de Tlaxcala, a rede internacional de tradutores pela diversidade lingüística. Esta tradução pode ser reproduzida livremente na condição de que sua inade seja respeitada, bem como a menção ao autor, aos tradutores, aos revisores e à font
URL deste artigo em Tlaxcala: http://www.tlaxcala.es/pp.asp?reference=10014&lg=po

ao vivo da guerra imperialista americana no afeganistão 21.02.10


























sábado, 20 de fevereiro de 2010

"planejando a guerra" 20.02.10


"planejando a guerra"http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=17720
"reunião secreta CIA-Mossad"

Baku - A reunião secreta entre o director da Agência Central de Inteligência (CIA) Leon Panetta e autoridades israelenses alegadamente centrada sobre o programa nuclear iraniano, citando relatórios APA Al Jazeera.

 
Em uma visita secreta a voar para Israel na quinta-feira, o chefe da CIA teria discutido questão nuclear do Irã em um sit-down com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ministro da Defesa, Ehud Barak, eo Chefe do Mossad, Meir Dagan.

 
A viagem, que foi originalmente programada para ocorrer em maio, segue uma recente onda de desenvolvimentos no Médio Oriente, que implica fortemente os preparativos para um possível novo conflito militar na região.

 
Israel tem aumentado, alegadamente no âmbito das suas operações secretas na região, especialmente contra o Líbano, o Irão, da Síria e do movimento de resistência palestino Hamas. A extensão deste pode ser visto em recentes declarações o ministro israelense Yossi Peled, em que o antigo general do Exército disse explicitamente que o outro confronto com a resistência do Líbano Hezbollah era quase inevitável.
Primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri respondeu às reivindicações nesta quinta-feira, dizendo que as ameaças de Israel contra o Hezbollah são percebidos como ameaças contra o Líbano. "Consideramos que as ameaças de Israel contra o Líbano de ser uma ameaça para o governo do Líbano como um todo, ao invés de uma pessoa em particular", disse Hariri, durante uma conferência de imprensa conjunta com o presidente egípcio, Hosni Mubarak, no Cairo, informou a Reuters.

Enquanto isso, autoridades do Hamas dizem que têm provas concretas de que a agência de inteligência israelense, Mossad, encenou o recente assassinato de um comandante do Hamas, Mahmoud al-Mabhouh, em Dubai, em 20 de janeiro. Suas reivindicações têm sido muito apoiada pelo chefe de polícia de Dubai Dhahi Khalfan.
"Poderia ser Mossad," AFP quoted chefe de polícia Dhahi Khalfan dizendo que, no domingo.

Para adicionar à controvérsia, fontes em parte da Turquia decisão MIGnews Rússia disse neste sábado que os agentes de espionagem israelense executou uma estação de monitorização electrónica avançada da sede militar de Ancara para manter abas em redes de comunicação no Irão e na Síria.

 
Segundo as fontes que falaram sob condição de anonimato, os sinais de estação de Inteligência foi gerida exclusivamente por pessoal de inteligência de Israel e tornou-se fora dos limites para os membros do governo turco. Durante anos, os políticos israelenses comandou uma onda de operações secretas e tramas de terror em vários países, incluindo a Jordânia, Síria, Líbano, Irã, Suíça, e os E.U.. No entanto, grande parte das operações de espionagem de Israel têm sido ultimamente centrado sobre o governo de Teerã, em grande parte por causa das atividades iranianas de enriquecimento de urânio, o que Tel Aviv tem procurado retratar como uma ameaça mortal.
Tel Aviv, que é relatada a ter um arsenal de 200 ogivas nucleares em si, acusa o Irã de desenvolver armas nucleares e rotineiramente ameaça reduzir sites do país ao enriquecimento sem entulho.
Isto é, enquanto o Irã, ao contrário de Israel, é membro do Tratado de Não-Proliferação Nuclear e abriu as suas instalações de enriquecimento de inspecção da ONU. No sábado, E.U. presidencial auxílio James Jones rejeitou perspectivas de um ataque israelense contra o Irã.
Embora os funcionários E.U. normalmente negam ter qualquer plano para a fase nova guerra na região, tem havido recentemente fortes indícios do contrário.

 
The New York Times noticiou sábado que Washington irá aumentar ainda mais sua presença militar no Golfo Pérsico - alegadamente a sopa a sua defesa contra possíveis ataques de mísseis iranianos. Enquanto isso, E.U. presidente Barack Obama aprovou a implantação de novos equipamentos de combate, incluindo sistemas avançados de mísseis e navios de guerra especial, para a região. 

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