BERLIN: nuit de LIBERÉ
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Berlin: nuit de liberté - soir 3 - 10/11/1989
O muro caiu por causa de uma gafe
- Bendita gafe !!!
A queda abrupta do muro de Berlim deveu-se a um erro do
porta-voz do Politübro do partido comunista da RDA. O
episódio é recordado, esta segunda-feira, 9, no Canal
de História, num ciclo de documentários dedicado ao 20º
aniversário da queda do muro de Berlim
Francisco Galope - 17:20 Domingo, 8 de Nov de 2009
- Bendita gafe !!!
A queda abrupta do muro de Berlim deveu-se a um erro do
porta-voz do Politübro do partido comunista da RDA. O
episódio é recordado, esta segunda-feira, 9, no Canal
de História, num ciclo de documentários dedicado ao 20º
aniversário da queda do muro de Berlim
Francisco Galope - 17:20 Domingo, 8 de Nov de 2009
Günter Schabowski, o ex-porta-voz do Politübro, na actualidade
No Outono de 1989 os acontecimentos no território da antiga República Democrática Alemã sucediam-se a uma velocidade estonteante. Os duros do regime tinham sido afastados do poder e substituídos por elementos mais disponíveis para dialogar com os movimentos da oposição.
Günter Schabowski, porta-voz do Politübro, dava diariamente a cara pelo governo e anunciava a novas medidas em conferências de imprensa que eram transmitidas em directo.
Naquela tarde fria de 9 de Outubro, Schabowski, hoje com 80 anos, entrou na sala para ler o comunicado dando conta da resolução do governo que autorizava os alemães orientais a viajar para o ocidente sem quaisquer restrições burocráticas.
Schabowski acabara de receber a nota e mal a lera. No final da conferência, um jornalista da NBC perguntou-lhe quando é que as novas regulações entrariam em vigor. Ele passou os olhos pelo papel e respondeu: "Sofort, unverzüglich [Já, imediatamente]" .
Nesse mesmo instante, a agência Reuters noticiou que os alemães
orientais podiam, desde logo, atravessar a fronteira inter-alemã em
qualquer ponto. Ao mesmo tempo, as notícias transmitidas pela televisão
da Alemanha ocidental (nessa altura uma das principais fontes de
informação independente para a população da Alemanha de Leste)
anunciavam que o muro de Berlim estava a ser aberto.
Poucos minutos depois, dezenas de milhares de alemães orientais
começaram a confluir para o muro que dividia a capital do país dividido.
Sem ordens dos seus superiores e sem saber o que fazer, os guardas fronteiriços simplesmente abriram a fronteira para deixar passar as
multidões, através deste marco da cortina de ferro que separou a
Alemanha e o mundo em campos antagónicos.
O "Erro de Schabowski" é o título de um documentário com que o Canal
de História inicia esta segunda-feira, 9, às 22 horas, um ciclo de
programação dedicado ao 20º aniversário da queda do Muro de Berlim.
O especial "Berlim, 20 anos sem o Muro" vai prolongar-se até 15 de
Novembro e conta com seis documentários "actuais e exclusivos" que
incluem material de arquivo inédito (como filmes de propaganda e vídeos amadores) e entrevistas com antigos guardas do muro, espiões, políticos
e jornalistas, ente outros.
No Outono de 1989 os acontecimentos no território da antiga República Democrática Alemã sucediam-se a uma velocidade estonteante. Os duros do regime tinham sido afastados do poder e substituídos por elementos mais disponíveis para dialogar com os movimentos da oposição.
Günter Schabowski, porta-voz do Politübro, dava diariamente a cara pelo governo e anunciava a novas medidas em conferências de imprensa que eram transmitidas em directo.
Naquela tarde fria de 9 de Outubro, Schabowski, hoje com 80 anos, entrou na sala para ler o comunicado dando conta da resolução do governo que autorizava os alemães orientais a viajar para o ocidente sem quaisquer restrições burocráticas.
Schabowski acabara de receber a nota e mal a lera. No final da conferência, um jornalista da NBC perguntou-lhe quando é que as novas regulações entrariam em vigor. Ele passou os olhos pelo papel e respondeu: "Sofort, unverzüglich [Já, imediatamente]" .
Nesse mesmo instante, a agência Reuters noticiou que os alemães
orientais podiam, desde logo, atravessar a fronteira inter-alemã em
qualquer ponto. Ao mesmo tempo, as notícias transmitidas pela televisão
da Alemanha ocidental (nessa altura uma das principais fontes de
informação independente para a população da Alemanha de Leste)
anunciavam que o muro de Berlim estava a ser aberto.
Poucos minutos depois, dezenas de milhares de alemães orientais
começaram a confluir para o muro que dividia a capital do país dividido.
Sem ordens dos seus superiores e sem saber o que fazer, os guardas fronteiriços simplesmente abriram a fronteira para deixar passar as
multidões, através deste marco da cortina de ferro que separou a
Alemanha e o mundo em campos antagónicos.
O "Erro de Schabowski" é o título de um documentário com que o Canal
de História inicia esta segunda-feira, 9, às 22 horas, um ciclo de
programação dedicado ao 20º aniversário da queda do Muro de Berlim.
O especial "Berlim, 20 anos sem o Muro" vai prolongar-se até 15 de
Novembro e conta com seis documentários "actuais e exclusivos" que
incluem material de arquivo inédito (como filmes de propaganda e vídeos amadores) e entrevistas com antigos guardas do muro, espiões, políticos
e jornalistas, ente outros.
Era início de mais uma noite fria em Berlim e o calendário marcava
9 de novembro de 1989. Empossado há poucas semanas, o porta-voz
do governo da Alemanha Oriental, Günter Schabowski, partia para a sua reunião com a imprensa – realizada diariamente com a flexibilização do regime.
Antes da reunião, Schabowski teve um breve encontro com o líder do
Partido Comunista, Egon Krenz. Saiu com um memorando com duas
páginas. Leu rapidamente no caminho entre o escritório e o encontro
com os jornalistas.
No documento, a decisão de que, pela primeira vez, os alemães do Leste teriam direito a passaporte. A medida havia sido tomada pelo governo socialista como uma espécie de “pacote de fim de ano” para a população.
Com os passaportes, os cidadãos da Alemanha Oriental poderiam vistar
a parte Ocidental do país, mas sob uma série de restrições burocráticas. Detalhes que não ficaram suficientemente claros durante o encontro com
a imprensa.
Afobado, Schabowski leu a medida dentre uma lista de vários
comunicados do partido. Ao final da leitura, um jornalista questionou:
“Quando isso entra em vigor?”.
Confuso, o porta-voz titubeou. Olhou o documento, levantou os olhos
e respondeu: “Ab sofort” – o que em português significa “agora, imediatamente”.
A resposta criou um burburinho entre os presentes. Eis que outro
jornalista pergunta: “E o que vai acontecer com o muro de Berlim?”. Schabowski não respondeu, encerrou a reunião e foi embora.
Do lado de fora, a notícia se espalhou entre os alemães do Oriente
que acompanharam a divulgação das medidas pela televisão. Milhares
de pessoas foram se reunindo em torno do Muro, concentradas nos
portões de acesso.
Sem orientações sobre como proceder, os guardas não conseguiam
contato com os seus superiores e deram de ombros. Os portões se
abriram. Era tarde demais.
9 de novembro de 1989. Empossado há poucas semanas, o porta-voz
do governo da Alemanha Oriental, Günter Schabowski, partia para a sua reunião com a imprensa – realizada diariamente com a flexibilização do regime.
Antes da reunião, Schabowski teve um breve encontro com o líder do
Partido Comunista, Egon Krenz. Saiu com um memorando com duas
páginas. Leu rapidamente no caminho entre o escritório e o encontro
com os jornalistas.
No documento, a decisão de que, pela primeira vez, os alemães do Leste teriam direito a passaporte. A medida havia sido tomada pelo governo socialista como uma espécie de “pacote de fim de ano” para a população.
Com os passaportes, os cidadãos da Alemanha Oriental poderiam vistar
a parte Ocidental do país, mas sob uma série de restrições burocráticas. Detalhes que não ficaram suficientemente claros durante o encontro com
a imprensa.
Afobado, Schabowski leu a medida dentre uma lista de vários
comunicados do partido. Ao final da leitura, um jornalista questionou:
“Quando isso entra em vigor?”.
Confuso, o porta-voz titubeou. Olhou o documento, levantou os olhos
e respondeu: “Ab sofort” – o que em português significa “agora, imediatamente”.
A resposta criou um burburinho entre os presentes. Eis que outro
jornalista pergunta: “E o que vai acontecer com o muro de Berlim?”. Schabowski não respondeu, encerrou a reunião e foi embora.
Do lado de fora, a notícia se espalhou entre os alemães do Oriente
que acompanharam a divulgação das medidas pela televisão. Milhares
de pessoas foram se reunindo em torno do Muro, concentradas nos
portões de acesso.
Sem orientações sobre como proceder, os guardas não conseguiam
contato com os seus superiores e deram de ombros. Os portões se
abriram. Era tarde demais.
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Fonte: Historiografia Berlin - ping.fm
Cette nuit le Mur de Berlin est tombé et les Allemands de l'Est se sont précipités à l'ouest. Hélène Risacher a suivi pour nous cette première
nuit de liberté. - BERLIN OUEST 4H45 PORTE DE BRANDEBOURG ...
8 de maio de 1945 – Assinatura da capitulação encerra
a Segunda Guerra Mundial. A Alemanha é dividida em
quatro zonas, administradas pela Inglaterra, França,
Estados Unidos e União Soviética. 4 de dezembro de 1946
– Administração militar soviética ordena a segurança da
linha de demarcação da zona que ocupa.
24 de junho de 1948 – Soviéticos impedem acessos
terrestres a toda Berlim.
26 de junho de 1948 – Estados Unidos criam a ponte
aérea de abastecimento de Berlim Ocidental.
5 de dezembro de 1948 – Eleições à Câmara na parte
ocidental de Berlim consolidam a divisão da cidade.
23 de maio de 1949 – Fundação da República Federal
da Alemanha (RFA), abrangendo as zonas de ocupação
inglesa, francesa e norte-americana.
7 de outubro de 1949 – A zona soviética vira República
Democrática Alemã (RDA).
26 de maio de 1952 – Alemanha Oriental instala postos
de controle de passagem ao longo de toda fronteira
interalemã e bloqueia as linhas telefônicas para o lado
ocidental.
15 de junho de 1961 – Chefe de Estado e de partido
Walter Ulbrichtdeclara em Berlim Oriental que "ninguém
tem o objetivo de construir um muro".
13 de agosto de 1961 – Polícia e Forças Armadas da
Alemanha comunista fecham a fronteira com Berlim
Ocidental.
23 de agosto de 1961 – RDA proíbe berlinenses
ocidentais de entrarem em Berlim Oriental.
24 de agosto de 1961 – Primeira vítima fatal. Günther
Litfin, de 24 anos,é assassinado a tiros por guardas
de fronteira alemães orientais.
19 de dezembro de 1963 – Passes de livre trânsito
permitem a alemães ocidentais visitar os parentes
e amigos em Berlim Oriental pela primeira
vez em dois anos.
13 de junho de 1968 – RDA impõe visto para visitantes
alemães ocidentais em Berlim Oriental.
26 de março de 1970 – Aliados iniciam conversações
sobre o status de Berlim. Começa a política de
reaproximação.
31 de janeiro de 1971 – RDA libera cinco linhas telefônicas
entre Berlim Oriental e Ocidental.
5 de julho de 1973 – Liberado pequeno trânsito de fronteira
para alemães ocidentais.
21 de dezembro de 1972 – Acordo entre os dois Estados
alemães prevê abertura de representações diplomáticas
mútuas.
1974 – Alemanha Oriental instala a "área de segurança"
com arame farpado: uma segunda linha de demarcação
adiante do Muro.
19 de janeiro de 1989 – Chefe de Estado e de partido
Erich Honecker garante que o Muro ainda vai durar 50
ou 100 anos.
5 de fevereiro de 1989 – Última vítima fatal do Muro:
Chris Gueffroy,de 20 anos
5 de maio de 1989 – Hungria começa a remover a cerca
na fronteira com a Áustria, provocando uma fuga em
massa dos alemães orientais para a Alemanha Ocidental
através desses dois países.
7 de outubro de 1989 – Durante a cerimônia de 40 anos
da RDA,o chefe de Estado soviético Mikhail Gorbatchov
apela por reformas na Alemanha Oriental.
18 de outubro de 1989 – Honecker renuncia e é sucedido
por Egon Krenz,que fica poucas semanas no poder.
4 de novembro de 1989 – Um milhão de manifestantes
na Praça Alexanderplatz, em Berlim Oriental, protestam
por reformas.
8 de novembro de 1989 – Desde o último dia 4, haviam
entrado na Alemanha Ocidental mais de 45 mil fugitivos
alemães orientais.
9 de novembro de 1989 – Politburo aprova nova
regulamentação sobre viagens para o Ocidente.
Por causa de um mal-entendido na divulgação
desta notícia pelo secretário de Comunicação do
Comitê Central do Partido Socialista Unitário,
Günter Schabowski, espalha-se no mundo
a notícia de que os alemães orientais podem
sair livremente do país,motivo pelo qual eles se
dirigem em massa aos postos de controle
em Berlim e forçam a abertura de fato da fronteira.
Fonte: Deutsche Welle
hISTORIOGRAFIA
nuit de liberté. - BERLIN OUEST 4H45 PORTE DE BRANDEBOURG ...
CRONOLOGIA DO MURO DE BERLIM
8 de maio de 1945 – Assinatura da capitulação encerra
a Segunda Guerra Mundial. A Alemanha é dividida em
quatro zonas, administradas pela Inglaterra, França,
Estados Unidos e União Soviética. 4 de dezembro de 1946
– Administração militar soviética ordena a segurança da
linha de demarcação da zona que ocupa.
24 de junho de 1948 – Soviéticos impedem acessos
terrestres a toda Berlim.
26 de junho de 1948 – Estados Unidos criam a ponte
aérea de abastecimento de Berlim Ocidental.
5 de dezembro de 1948 – Eleições à Câmara na parte
ocidental de Berlim consolidam a divisão da cidade.
23 de maio de 1949 – Fundação da República Federal
da Alemanha (RFA), abrangendo as zonas de ocupação
inglesa, francesa e norte-americana.
7 de outubro de 1949 – A zona soviética vira República
Democrática Alemã (RDA).
26 de maio de 1952 – Alemanha Oriental instala postos
de controle de passagem ao longo de toda fronteira
interalemã e bloqueia as linhas telefônicas para o lado
ocidental.
15 de junho de 1961 – Chefe de Estado e de partido
Walter Ulbrichtdeclara em Berlim Oriental que "ninguém
tem o objetivo de construir um muro".
13 de agosto de 1961 – Polícia e Forças Armadas da
Alemanha comunista fecham a fronteira com Berlim
Ocidental.
23 de agosto de 1961 – RDA proíbe berlinenses
ocidentais de entrarem em Berlim Oriental.
24 de agosto de 1961 – Primeira vítima fatal. Günther
Litfin, de 24 anos,é assassinado a tiros por guardas
de fronteira alemães orientais.
19 de dezembro de 1963 – Passes de livre trânsito
permitem a alemães ocidentais visitar os parentes
e amigos em Berlim Oriental pela primeira
vez em dois anos.
13 de junho de 1968 – RDA impõe visto para visitantes
alemães ocidentais em Berlim Oriental.
26 de março de 1970 – Aliados iniciam conversações
sobre o status de Berlim. Começa a política de
reaproximação.
31 de janeiro de 1971 – RDA libera cinco linhas telefônicas
entre Berlim Oriental e Ocidental.
5 de julho de 1973 – Liberado pequeno trânsito de fronteira
para alemães ocidentais.
21 de dezembro de 1972 – Acordo entre os dois Estados
alemães prevê abertura de representações diplomáticas
mútuas.
1974 – Alemanha Oriental instala a "área de segurança"
com arame farpado: uma segunda linha de demarcação
adiante do Muro.
19 de janeiro de 1989 – Chefe de Estado e de partido
Erich Honecker garante que o Muro ainda vai durar 50
ou 100 anos.
5 de fevereiro de 1989 – Última vítima fatal do Muro:
Chris Gueffroy,de 20 anos
5 de maio de 1989 – Hungria começa a remover a cerca
na fronteira com a Áustria, provocando uma fuga em
massa dos alemães orientais para a Alemanha Ocidental
através desses dois países.
7 de outubro de 1989 – Durante a cerimônia de 40 anos
da RDA,o chefe de Estado soviético Mikhail Gorbatchov
apela por reformas na Alemanha Oriental.
18 de outubro de 1989 – Honecker renuncia e é sucedido
por Egon Krenz,que fica poucas semanas no poder.
4 de novembro de 1989 – Um milhão de manifestantes
na Praça Alexanderplatz, em Berlim Oriental, protestam
por reformas.
8 de novembro de 1989 – Desde o último dia 4, haviam
entrado na Alemanha Ocidental mais de 45 mil fugitivos
alemães orientais.
9 de novembro de 1989 – Politburo aprova nova
regulamentação sobre viagens para o Ocidente.
Por causa de um mal-entendido na divulgação
desta notícia pelo secretário de Comunicação do
Comitê Central do Partido Socialista Unitário,
Günter Schabowski, espalha-se no mundo
a notícia de que os alemães orientais podem
sair livremente do país,motivo pelo qual eles se
dirigem em massa aos postos de controle
em Berlim e forçam a abertura de fato da fronteira.
Fonte: Deutsche Welle
hISTORIOGRAFIA
Parece foi ontem
a minha marretada histórica
- diante da TV, ao vivo.