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sexta-feira, 9 de julho de 2010
DEUS ÚNICO - ASTRÔNOMO RONALDO MOURÃO
ARTHUR CLARKE - RONALDO MOURÃO
"Nossa civilização não é mais do que a soma de todos os sonhos das idades anteriores. E tem que ser assim, pois se os homens deixarem de sonhar, se voltarem as costas às maravilhas do universo, acabará a história da nossa raça".
Arthur Clarke, um visionário da ficção científica
2008-04-18 Arthur Charles Clarke, mais conhecido como Arthur C. Clarke nasceu em Minehead, Somerset, em 16 de dezembro de 1917 e faleceu no Sri Lanka em 18 de março de 2008.Desde jovem mostrou uma fascinação pela astronomia, a ponto de utilizar um telescópio caseiro, para desenhar um mapa da Lua. Durante a Segunda Guerra Mundial, serviu na Royal Air Force como especialista em radares, envolvendo-se no desenvolvimento de um sistema de defesa por radar, sendo uma peça importante do êxito na batalha da Inglaterra. Depois, estudou Física e Matemática no King's College de Londres. Foi um dos fundadores da British Interplanetary Society que presidiu durante dois períodos. Nessa época escreveu Interplanetary Flight (1950) e The Exploration of Space (1951), obras fundamentais de divulgação dos vôos espaciais.
Desde 1956, fixou residência em Colombo, no Sri Lanka (Ceilão), em virtude do seu interesse pela fotografia e exploração submarina, onde permaneceu até à sua morte em 2008.
Ficou famoso não só pelos seus romances de ficção científica, mas principalmente por dois deles levados ao cinema, 2001: Uma Odisséia no Espaço (originalmente roteiro para o filme, baseado no conto “A Sentinela”) dirigido por Stanley Kubrick (1968) e 2010: O ano em que faremos contato dirigido por Peter Hyams (1984), sendo o primeiro considerado um ícone tão importante da ficção científica mundial que especialistas lhe atribuem forte influência sobre a maioria dos filmes do gênero que lhe sucederam.
Com Carl Sagan, Paul Newman e Isaac Asimov, Clarke participou da criação da Planetary Society – entidade direcionada para a exploração do espaço, com associados em todo o mundo – que, além de editar uma revista bimestral - Planetary Report -, estimula doações aos programas espaciais que, com esse objetivo, vêm realizando pesquisas na procura de sinais de vida extraterrestre.
Satélites de telecomunicações
Sem dúvida, a sua contribuição de maior importância foi a concepção do satélite de telecomunicação. Em outubro de 1945, Clarke publicou na revista inglesa Wireless World, o artigo cientifico intitulado "Extra-terrestrial relays — can rocket stations give world-wide radio coverage?" no qual estabelecia que os satélites artificiais poderiam se usados como relays – estações de repetição – para comunicação entre diversos pontos na superfície terrestre. Até então nenhum satélite artificial tinha sido lançado, o que iria ocorrer somente em 1957. Em seu ensaio, Clarke previu que um dia a comunicação ao redor do mundo seria factível por intermédio de uma rede de três satélites geoestacionários que, além de estarem situados a uma altura de cerca de 36 000 km e espaçados entre si por intervalos iguais, circulariam no plano do equador terrestre. Aproximadamente duas décadas mais tarde, 1964, Syncom 3 tornou-se o primeiro satélite geoestacionário a satisfazer a previsão de Clarke. Nesse mesmo ano, o Syncom 3 foi usado para cobrir os jogos Olímpicos de Tóquio, quando foi possível acompanhar todos os jogos em tempo real nos Estados Unidos – esta foi a primeira transmissão de televisão a atravessar o Oceano Pacífico. Agora, existem centenas de satélites em órbita permitindo a comunicação de milhões de indivíduos ao redor do globo terrestre. Em 1954, Clarke propôs que os satélites fossem utilizados na meteorologia. Hoje não podemos imaginar a previsão meteorológica sem os satélites meteorológicos. Olhando para trás em relação a estes desenvolvimentos em How the World Was One - Beyond the Global Village (1992), Clarke escreveu:
“Às vezes, receio que o povo na Terra deixe de considerar verdadeira importância das estações espaciais, esquecendo a competência, a ciência e a coragem daqueles que as tornaram realidade. Com que freqüência você faz uma pausa para pensar que todas as nossas chamadas telefônicas a longa distância e a maioria dos nossos programas de televisão são transmitidos através de um ou outro satélite? E com que freqüência você dá todo crédito aos meteorologistas pelo fato de que as previsões do tempo não são mais uma piada como foram para os nossos avós, mas com acerto por vezes de noventa e nove por cento?”
As três leis de Clarke
Arthur C. Clarke formulou três leis que se ocupam dos limites tecnológicos do possivel:
- Quando um cientista de renome mas de idade avançada ou idoso [ou seja, mais experiente] estima que algo é possível, ele esta quase certamente com razão. Quando ele diz que algo é impossível, ele está muito provavelmente enganado.
- A única maneira de descobrir os limites do possível, é aventurar-se um pouco além dele, através do impossível.
- Toda tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da mágica.
No início, havia uma única lei, conhecida como a Lei de Clarke, enunciada no ensaio Hazards of prophecy: the failure of imagination (Os perigos da profecia: a falha da imaginação), publicado no livro Profiles of the future: an inquiry into the limits of the possible (1962, Perfis do futuro: um inquérito dentro dos limites do possível). A primeira lei vinha acompanhada de um conceito sobre o que seria a idade avançada: "Em física, matemática e astronáutica, significa acima dos trinta anos. Em outras disciplinas, a decadência senil é por vezes adiada até os quarenta anos. Claro que existem gloriosas exceções; mas, como qualquer pesquisador recém saído da faculdade sabe, cientistas acima dos cinqüenta só servem para reuniões de diretoria e devem ser mantidos fora do laboratório a qualquer custo."
Além dessa observação, existia uma menor, que na nova edição de Profiles of the future (1973, Perfis do futuro) foi reconhecida como uma segunda lei. A sugestão de transformá-la numa nova lei, agradou de tal maneira Clarke, que ele aceitou e acrescentou mais uma terceira – talvez a mais famosa – afirmando ironicamente que se os dois Isaacs consideraram suficiente três leis, ele não precisaria estabelecer mais nenhuma. Os Isaacs eram Isaac Newton e Isaac Asimov; o primeiro, o cientista inglês enunciador das Leis de Newton, e o segundo, o escritor de ficção cientifica norte-americano de origem russa que elaborou as Três Leis da Robótica.
As leis de Clarke deram origem a diversas versões, paródias e corolários. O próprio Asimov criou um corolário para a primeira lei de Clarke: "Se o público leigo apóia com fervor uma idéia considerada impossível pelo cientista de rennome e de idade avançada, este último está provavelmente certo." (Asimov's Corollary, The Magazine of Fantasy and Science Fiction, February, 1977)
No entanto, apesar de ter decidido modestamente em consideração aos Isaacs não propôr novas leis, Clarke continuou propondo algumas leis mais informais, assim como a lei : “Ler manuais de computador sem o hardware é tão frustrante quando ler manuais sobre sexo sem o software”, enunciada no apêndice 2 do livro The Odissey File (1984).
Mais tarde, o físico e escritor de ficção científica Gregory Benford (1941- ) elaborou uma versão alternativa da terceira lei: "Toda tecnologia distinguível da magia é insuficientemente avançada." (Foundation's Fear, 1997). Ironicamente, esta lei foi atribuída ao Imperador Cleon I, personagem criado por Asimov.
A terceira lei de Clarke codifica sem dúvida a mais significativa das raras contribuições à ficção especulativa. Um modelo para os outros escritores hard science-fiction, Clarke postulava por tecnologias avançadas sem se servir de conceitos equivocados da engenharia, sem explicações baseadas em ciência incorreta – característica típica da má ficção científica – e nem se aproveitava das tendências da pesquisa e da engenharia.
Elevador espacial
O conceito de elevador espacial – também batizada de torre orbital – foi apresentado ao grande publico pela primeira vez por Arthur C. Clarke no seu romance de ficção científica The Fountains of Paradise (1979). Clarke descreveu a construção a partir de uma estação espacial, de uma gigante torre destinada a constituir uma ligação fixa entre a superfície terrestre e um contra-peso em órbita geoestacionária. O equilíbrio do conjunto é assegurado pela permanência pela construção de um outro elemento da torre na direção oposta. Na realidade, o elevador espacial constitui uma sorte de funda de 36 mil quilômetros de comprimento…
Como fazia frequentemente, Clarke inspirou-se em trabalhos científicos reais, em particular no do cientista soviético Yuri N. Artsutanov. Em seu livro Dreams of Earth and Sky (1957), Artsutanov sugeriu usar um satélite geoestacionário como a base a partir da qual seria possível para construir a torre. Na realidade, a idéia é muito mais antiga, pois as primeiras reflexões sobre o assunto são de Constantin Tsiolkowski em 1885, mas este último pensou em elevar a sua torre a partir da superfície da terrestre como uma enorme torre Eiffel.
Em 1975, um outro norte-americano Jerome Pearson, propôs o emprego de uma estrutura em forma de uma longa fita, cuja extremidade teria o mesmo papel de um contra-peso. Durante um grande período, a idéia pareceu utópica, pois não existia um material bastante resistente. No entanto, com o aparecimento de um material bem resistente de grande estabilidade mecânica – os nanotubos de carbono –, a idéia do seu uso tornou mais factível a sua realização e deu mais credibilidade ao projeto. Em conseqüência, a Agência Espacial Européia (ESA) e a NASA passaram a se interessar mais seriamente no projeto. O elevador espacial poderá tomar a forma de um longo cabo dentro do qual circulariam os ônibus espaciais.
O norte-americano Brad Edwards, da fundação Californiana Eureka Scientific, descreveu em detalhe o método possível da construção do tal elevador. Primeiro, deveria se lançar um veículo espacial em órbita geoestacionária. Em seguida, a partir desse veículo, seria enviada para a Terra uma fina faixa (de um mícron de espessura), que apresentasse as características mecânicas especiais de resistência e leveza. À medida que esse cabo descesse, o veículo se afastaria da Terra para manter o equilíbrio, atingindo assim a uma distância de 91 mil quilômetros. Uma vez o primeiro cabo fixado a superfície terrestre, seria usado para colocar outros e, ao todo constituiriam o cabo definitivo.
O interesse potencial deste sistema consiste no seu baixo custo e funcionamento. A energia de freagem da cabine descendente pode até mesmo ser recuperada para deslocar a cabine ascendente. Seu inconveniente principal é a sua vulnerabilidade aos meteoritos, ao lixo espacial, aos engenhos aéreos e até mesmo as catástrofes naturais.
Se compararmos esse conceito a um outro, o do trilho metálico, que parecia impossível há dois séculos, teremos a estrada de ferro, que não era considerada factível.
Autobiografias
Independentemente da ficção, Clarke escreveu duas autobiografias: Ascent to Orbit (1984) foi o título que ele deu a sua autobiografia científica e Astounding Days, a sua autobiografia de ficção científica. Toda a sua vida – plena de atraentes idéias inteiramente voltadas para o futuro da humanidade num contexto cósmico – fazem destes dois livros motivos de uma apaixonante leitura. A maior parte dos seus ensaios escritos entre 1934 e 1998 está reunida em Greetings, Carbon-Based Bipeds! (2000), bem como a maior parte dos seus romances, em The Collected Stories of Arthur C. Clarke (2001). Estas coletâneas constituem uma excelente seleção das obras de ficção de Clarke, muito interessante mesmo para aqueles que conhecem quase toda sua obra.
Em reconhecimento, o asteróide 4923 foi batizado com o nome de Clarke, assim como uma espécie de dinossauro Ceratopsiano, o Serendipaceratops arthurclarkei, descoberto em Inverloch, Austrália.
Arthur Clarke – o mago da ficção científica e homem da ciência – traduziu a grandiosidade das descobertas espaciais na frase dirigida aos membros da Bristish Interplanetary Society, Londres, 1946, e que mais tarde reproduziu no The Challenge of the Spaceships, New York, Harper and Row, 1955:
"Nossa civilização não é mais do que a soma de todos os sonhos das idades anteriores. E tem que ser assim, pois se os homens deixarem de sonhar, se voltarem as costas às maravilhas do universo, acabará a história da nossa raça".
Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, astrônomo, criador e fundador do Museu de Astronomia e Ciências Afins, autor de mais de 85 livros, dentre eles: Nas Fronteiras da Intolerância. Consulte a homepage.
Fonte:
Portal do Astrônomo - Portugal
REGIÃO DE ÓRION - TODO O CÉU
Região de Orionte
Crédito: Robert Gendler (http://www.robgendlerastropics.com/ ) - copyright.
The four super-massive stars in the Orion Nebula form a rough trapezoid called the Trapezium. The curved bright lines in the image are bow shocks. Note how all the bow shocks face inwards toward the brightest star, which produces a stellar wind that is millions of times more dense and energetic than the solar wind. Credit: C. Robert O’Dell/Vanderbilt University
This new Hubble image of the Orion Nebula shows dense pillars of gas and dust that may be the homes of fledgling stars, and hot, young, massive stars that have emerged from their cocoons and are shaping the nebula with powerful ultraviolet light. Credit: NASA, ESA, M. Robberto (Space Telescope Science Institute/ESA) and the Hubble Space Telescope Orion Treasury Project Team
This young star in the Orion Nebula is ejecting material in narrow jets from both poles. The presence of a strong cross-flow is shown by the bright bow-shock on the stars left. As a result of this cross-current, both jets bend to the right. Credit: C. Robert O’Dell/Vanderbilt University
New Image Penetrates Heart of Orion Nebula By SPACE.com Staff posted: 10 February 2010 07:25 am ET |
This penetrating view of the Orion Nebula — a vast stellar nursery about 1,350 light-years from Earth — comes from the Visible and Infrared Survey Telescope for Astronomy (VISTA), the newest addition to the European Observatory's Paranal Observatory in Chile.
Although the nebula is spectacular when seen through an ordinary telescope, what can be seen using visible light is only a small part of a cloud of gas in which stars are forming. Most of the action is deeply embedded in dust clouds and to see what is really happening astronomers need to use telescopes with detectors sensitive to the longer, infrared wavelength radiation that can penetrate the dust.
Formação de estrelas em L1641N/NGC 1999
2010-09-10Crédito: T.A.Rector, B.Wolpa, G.Jacoby (NOAO/AURA/NSF) & Hubble Heritage Team (STScI/AURA/NASA).
Telescópio: 0.9m KPNO.
Imagem do Dia: Todo o Céu
2010-06-30Crédito: Filipe Alves
Formação de estrelas em L1641N/NGC 1999
2010-09-10Crédito: T.A.Rector, B.Wolpa, G.Jacoby (NOAO/AURA/NSF) & Hubble Heritage Team (STScI/AURA/NASA).
Telescópio: 0.9m KPNO.
Outras Imagens do Dia:
2010-09-09 - RCW38 em infravermelho
2010-09-08 - Apolo 8
2010-09-07 - Gassendi
2010-09-06 - As temperaturas de Saturno
2010-09-05 - Nebulosa da Roseta
2010-09-04 - Aglomerado globular M 3
2010-09-03 - NGC 1275 - Colisão de galáxias
2010-09-02 - Nebulosa de Eta Carina
2010-09-01 - Cometa Ikeya-Seki
2010-08-31 - Aglomerado globular M 10 (NGC 6254)
2010-09-09 - RCW38 em infravermelho
2010-09-08 - Apolo 8
2010-09-07 - Gassendi
2010-09-06 - As temperaturas de Saturno
2010-09-05 - Nebulosa da Roseta
2010-09-04 - Aglomerado globular M 3
2010-09-03 - NGC 1275 - Colisão de galáxias
2010-09-02 - Nebulosa de Eta Carina
2010-09-01 - Cometa Ikeya-Seki
2010-08-31 - Aglomerado globular M 10 (NGC 6254)
Fonte:
Portal do Astronomo - Portugal
http://www.portaldoastronomo.org/npod.php?id=2837
- 43:38 Mozart's Great Mass
- - Alice Millar Chapel Choir.. NorthwesternU
ESTRELA MORIBUNDA
Imagem do Dia: Núcleos "cometários" em torno de estrela moribunda
2010-07-09Crédito: NASA, Robert O´Dell, Kerry P. Handron, Rice University.
Telescópio: Hubble Space Telescope (NASA/ESA).
Instrumento: Wide Field Planetary Camera 2 (WFPC2).
Fonte:
Portal do Astrônomo - Portugal
http://www.portaldoastronomo.org/npod.php
terça-feira, 6 de julho de 2010
LUZ MAIS ANTIGA DO UNIVERSO
Telescópio espacial mostra luz mais antiga do universo
A parte central da foto é dominada por grandes porções da nossa galáxia, a Via Láctea. Mas é possível ver também a radiação cósmica de fundo, gerada logo após o Big Bang, em magenta e amarelo.[Imagem: ESA/HFI/LFI]
Imagem de céu inteiro
A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou nesta segunda-feira a primeira imagem do cosmos feita pelo telescópio espacial Planck, na qual é possível ver a "luz mais antiga" do universo.Esta é uma imagem de "céu inteiro" - imagine-se sendo envolto pela imagem, que forma uma esfera ao seu redor.
A parte central da foto é dominada por grandes porções da nossa galáxia, a Via Láctea. A linha horizontal brilhante atravessando a imagem é o eixo principal da galáxia.
É nessa região que se formam hoje a maioria das estrelas da Via Láctea, mas como a foto registra apenas luz com comprimentos de onda longos (invisíveis ao olho humano), o que vemos na realidade não são estrelas, e sim o material do qual elas são feitas, poeira e gás.
Radiação cósmica de fundo
Mas a foto também mostra, em magenta e amarelo, a radiação cósmica de fundo.A chamada radiação de micro-ondas cósmica de fundo é associada ao Big Bang, a grande explosão na qual os cientistas acreditam que o universo foi criado, há cerca de 14 bilhões de anos.
Formada 380 mil anos após o Big Bang, essa radiação de calor só pôde circular pelo espaço quando um resfriamento no Universo pós-Big Bang permitiu a formação de átomos de hidrogênio.
Os cientistas dizem que, antes desse estágio, o cosmos era tão quente que matéria e radiação estavam "fundidas". O Universo, seria, então, opaco.
Variações de temperatura
Os instrumentos do Planck podem detectar variações de temperatura nessa radiação antiga que auxiliam a compreensão da estrutura do Universo no momento de sua formação e que são uma espécie de rascunho de tudo o que se sucedeu depois.Foram necessários mais de seis meses para que o telescópio espacial conseguisse montar o mapa.
O Planck, lançado ao espaço em maio do ano passado, já está montando uma segunda versão do mapa. A ideia é que ele faça pelo menos quatro versões.
Aparência do Universo
Os cientistas vão precisar de tempo para analisar todas as informações e avaliar suas implicações. A divulgação formal de imagens completas da radiação cósmica de fundo e de análises científicas sobre elas não deve acontecer antes do fim de 2012.
Segundo os pesquisadores, as informações coletadas constituem um banco de dados extraordinário, que os ajudará a compreender melhor como o Universo adquiriu a aparência que tem hoje.
Fontes:
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
BBC - 06-07-2010
quarta-feira, 30 de junho de 2010
PRIMEIRAS ESTRELAS
Cientistas afirmam que estrelas mais antigas encontradas na Via Láctea são anteriores à própria galáxia, tendo sobrevivido à destruição de seus sistemas originais (divulgação)
Agência FAPESP – Muitas das estrelas mais antigas da Via Láctea são remanescentes de outras galáxias menores que foram dilaceradas por colisões violentas há cerca de 5 bilhões de anos. A afirmação é de um grupo internacional de cientistas, em estudo publicado pelo periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.Primeiras estrelas
Essas estrelas anciãs são quase tão antigas como o próprio Universo. Os pesquisadores, de instituições da Alemanha, Holanda e Reino Unido, montaram simulações em computadores para tentar recriar cenários existentes na infância da Via Láctea.
O estudo concluiu que as estrelas mais antigas na galáxia, encontradas atualmente em um halo de detritos em torno dela, foram arrancadas de sistemas menores pela força gravitacional gerada pela colisão entre galáxias.
Os cientistas estimam que o Universo inicial era cheio de pequenas galáxias que tiveram existências curtas e violentas. Esses sistemas colidiram entre eles deixando detritos que eventualmente acabaram nas galáxias existentes atualmente.
Segundo os autores, o estudo apoia a teoria de que muitas das mais antigas estrelas da Via Láctea pertenceram originalmente a outras estruturas, não tendo sido as primeiras estrelas a nascer na galáxia da qual a Terra faz parte e que começou a se formar há cerca de 10 bilhões de anos.
“As simulações que fizemos mostram como diferentes relíquias observáveis na galáxia hoje, como essas estrelas anciãs, são relacionadas a eventos no passado distante”, disse Andrew Cooper, do Centro de Cosmologia Computacional da Universidade Durham, no Reino Unido, primeiro autor do estudo.
“Como as camadas antigas de rochas que revelam a história da Terra, o halo estelar preserva o registro do período inicial dramático na vida da Via Láctea, que terminou muito tempo antes de o Sol ser formado”, disse.
As simulações computacionais tomaram como início o Big Bang, há cerca de 13 bilhões de anos, e usaram as leis universais da física para traçar a evolução das estrelas e da matéria negra existente no Universo.
Uma em cada centena de estrelas na Via Láctea faz parte do halo estelar, que é muito mais extenso do que o mais familiar disco em espiral da galáxia.
O estudo é parte do Projeto Aquário, conduzido pelo consórcio Virgem, que tem como objetivo usar as mais complexas simulações feitas em computador para estudar a formação de galáxias.
Fonte: Boletim Agência FAPESP - 30/6/2010
De: "Agencia FAPESP"
Monthly Notices of the Royal Astronomical Society:
terça-feira, 29 de junho de 2010
MOLÉCULAS ORGÂNICAS NO ESPAÇO
Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/06/2010
Moléculas como o antraceno são prebióticas, o que significa que, quando elas são submetidas à radiação ultravioleta e combinadas com água e amônia, podem produzir aminoácidos e outros componentes essenciais para o desenvolvimento da vida.[Imagem: Gaby Perez/Susana Iglesias-Groth)
Moléculas orgânicas no espaço
Cientistas conseguiram identificar uma das moléculas orgânicas mais complexas já encontradas no material entre as estrelas, o chamado meio interestelar.A descoberta do antraceno no espaço profundo pode ajudar a resolver um mistério astrofísico que desafia os cientistas há décadas - como as moléculas orgânicas podem surgir no espaço.
O antraceno é uma molécula formada por três anéis hexagonais de carbono, circundados por átomos de hidrogênio.
A descoberta foi feita por uma equipe de cientistas do Instituto de Astrofísica das Canárias, na Espanha, e da Universidade do Texas, nos Estados Unidos
.
Química pré-biótica
"Nós detectamos a presença de moléculas de antraceno em uma nuvem densa na direção da estrela Cernis 52, na constelação de Perseu, a cerca de 700 anos-luz do Sol," conta Susana Iglesias Groth, coordenadora do estudo.Segundo Susana, o próximo passo é investigar a presença de aminoácidos no meio interestelar.
Moléculas como o antraceno são pré-bióticas, o que significa que, quando elas são submetidas à radiação ultravioleta e combinadas com água e amônia, podem produzir aminoácidos e outros componentes essenciais para o desenvolvimento da vida.
"Dois anos atrás", conta a pesquisadora, "encontramos a prova da existência de uma outra molécula orgânica, o naftaleno, no mesmo lugar. Então tudo indica que nós descobrimos uma região de formação estelar rica em química pré-biótica."
Anti-inflamatório
A nova descoberta sugere que uma boa parte dos componentes-chave na química pré-biótica terrestre podem estar presentes na matéria interestelar.Até agora, o antraceno havia sido detectado apenas em meteoritos - nunca no meio interestelar.
Formas oxidadas dessa molécula são comuns em sistemas vivos e são bioquimicamente ativas. Na Terra, o antraceno oxidado é um componente básico da planta aloé, com propriedades anti-inflamatórias.
Bandas espectrais
Desde a década de 1980, centenas de bandas encontradas no espectro do meio interestelar - conhecidas como bandas espectrais difusas - têm sido associadas com a matéria interestelar, mas sua origem não havia sido identificada até agora. A nova descoberta indica que elas podem se originar de formas moleculares baseadas em antraceno ou em naftaleno. Como elas estão largamente distribuídas no espaço interestelar, podem ter desempenhado um papel fundamental na produção de muitas das moléculas orgânicas presentes no momento da formação, por exemplo, do Sistema Solar.
Fonte: INIVAÇÃO TECNOLÓGICA-BR
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=moleculas-organicas Bibliografia:
Anthracene cations toward the Perseus molecular complex
S. Iglesias-Groth, A. Manchado, R. Rebolo, J. I. Gonzalez Hernandez, D. A. Garcia-Hernandez, D.L. Lambert
Monthly Notices of the Royal Astronomical Society
21 June 2010- Vol.: In press
http://arxiv.org/abs/1005.4388
Anthracene cations toward the Perseus molecular complex
S. Iglesias-Groth, A. Manchado, R. Rebolo, J. I. Gonzalez Hernandez, D. A. Garcia-Hernandez, D.L. Lambert
Monthly Notices of the Royal Astronomical Society
21 June 2010- Vol.: In press
http://arxiv.org/abs/1005.4388
domingo, 27 de junho de 2010
Ley Hermetica Metafisica Universal de " Vibración o Frecuencia"
A mente, é a mina
fonte de preciosos metais
- a serem descobertos.
fonte de preciosos metais
- a serem descobertos.
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