sábado, 30 de outubro de 2010

SISTEMA SOLAR - SATURNO - USP - UFRGS





Missão a Saturno

Esta apresentação faz um breve resumo sobre a missão Cassini-Huygens, uma missão conjunta da Agência Espacial Europeia e da NASA. 
 
Trata-se de uma missão especialmente concebida para explorar Saturno e os seus satélites. Encontrará nestes slides os objectivos científicos da missão e um breve resumo sobre as principais características do Sistema Saturniano.

Versão original: JPL/NASA.
Esta versão em português foi editada por Luís Fé Santos 
e revista por Maarten Roos Serote.
Última Revisão Fevereiro/2004.

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 Encontrado vulcão de gelo em lua de Saturno
Criovulcões parecem realmente existir
 
Há anos se debatia sobre a existência dos vulcões de gelo em luas congeladas
SAIBA MAIS
Saturno é varrido por ciclone há cinco anos Criação de novas formas de vida teria passado por crivo em Washington Fraca luminosidade das rajadas escuras de raios gama é explicada em estudo
 
A sonda Cassini descobriu uma formação na lua Titã, de Saturno, que pode ser um vulcão de gelo. Da mesma forma que os vulcões terrestres expelem lava incandescente, o vulcão "titânico" cuspiria gelo.

Dados da topografia e da composição da superfície permitiram aos cientistas identificar um local com grande probabilidade acomodar o vulcão de gelo. Os resultados foram apresentados hoje na reunião da União Geofísica Americana, em São Francisco (EUA).

"Quando olhamos para o nosso novo mapa 3-D de Sotra Facula, em Titã, somos surpreendidos pela sua semelhança com vulcões como o Monte Etna, na Itália, e o Laki, na Islândia", disse Randolph Kirk, que conduziu o trabalho de mapeamento 3-D de sua superfície.

Criovulcão - Os pesquisadores têm debatido há anos se vulcões de gelo - também chamados de criovulcões - existiriam em luas ricas em gelo e quais seriam suas características.

As hipóteses levantadas especulam que algum tipo de atividade geológica subterrânea aqueceria o ambiente frio o suficiente para derreter parte do interior do satélite e enviar gelo fofo ou outros materiais através de uma abertura na superfície.

Vulcões na lua Io, de Júpiter, e na Terra, cospem lava quente rica em silicatos.

http://www.ufo.com.br/noticias/encontrado-vulcao-de-gelo-em-lua-de-saturno




Saturno 
It is difficult to say what is impossible, 
for the dream of yesterday is the hope of today and reality of tomorrow.
- Robert Goddard


USERS/PT





Figura: Comparando o tamanho de Saturno com a Terra
 
 
 
Figura: Algumas Caracteristícas de Saturno



















HISTÓRICO
Em Saturno terminam os planetas que são visíveis a olho nú e portanto os planetas conhecidos na antiguidade.
Com ele temos um conjunto de sete objetos de corpos errantes a noite e que nos tempos remotos não podiam ser tocados pelo Homem. Por coincidência,  a nossa semana tem sete dias, um para cada um desses corpos que foram considerados divindades:  Lua (segunda-feira), Marte (Terça-feira), Mercúrio (Quarta-feira), Júpiter (Quinta-feira), Vênus (Sexta-Feira), Saturno (Sábado) e Sol (Domingo) correspondentes a primeira hora planetária do dia. Porém a tradição de se colocar nomes de deuses nos demais planetas continua para os demais. 

Apesar de ser o segundo maior planeta do sistema solar, só se obteve informacões de algum valor a seu respeito, do final da segunda metade da década de 70 em diante, através das sondas Pioneer 11 e Voyager 1 e 2.

Através das observações de suas nuvens deduziu-se que seu período de rotação é de 10h 14min 13s, mas observando-se seu campo magnético, conclui-se que seja 10h 39min 26s. Essa rotação rápida faz de Saturno o planeta mais achatado do sistema solar.

Sua composição é semelhante a do Sol e de aspecto semelhante a de Júpiter. Suas faixas possuem contrastes mais atenuados do que em relação a Júpiter. Isto devie-se as temperaturas mais baixas em sua atmosfera. Os movimentos atmosféricos são bem rápidos em Saturno, e os ventos atingem a velocidade de 1.800 km/h (70% da velocidade do som local).

O tom esbranquiçado predominante em sua atmosfera é devido as nuvens de amônia congelada. As colorações marrons podem ser nuvens de hidrosulfeto de amônia (NH4 HS) e os pouquíssimos locais azulados são cristais de gelo.
 
As regiões mais internas da atmosfera puderam ser obervadas nos locais de furacões, que provocam aberturas profundas na atmosfera. Com excessão do hélio, a composição atmosférica é semelhante e proporcional à do Sol havendo predominância do H2 . Em quantidades bem menores estão presentes os gases nobres neônio e argônio, mais a presença de metano amoníaco, ozônio e anidrido sulfuroso. Existem também os mesmos corantes presentes em Júpiter: fosfina e propano.

 Sua estrutura interna é bem próxima à de Júpiter. Porém supõem-se que seu núcleo seja composto de óxido de magnésio, óxido de silício, sulfeto e óxido de ferro, onde está 25% da massa total (que é de 95 vezes a terrestres), ocupando apenas 20% do raio planetário. A parte compreendida entre 20% e 50% desse raio supõem-se ser ocupada por hidrogênio líquido metálico a uma temperatura de 20.000 K a 30.000 K. Acima disso está o envólucro de hélio e hidrogênio molecular ainda em estado líquido, podendo chegar a supefície do planeta ainda nesse estado, dai por diante ao estado gasoso e formando a atmosfera. 

Assim como Júpiter, Saturno envia ao espaço duas ou três vezes mais energia do que recebe do Sol.

A magnetosfera de Saturno é das mais complicadas de todo o sistema solar. Isso por causa do grande número de partículas dos anéis e a influencia de seus grandes satélites.

O eixo do dipolo magnético está inclinado 0,7 com o eixo de rotação e o campo mede 0,21 Gauss, sendo que nos pontos de maior intensidade não chega a metade do valor do campo terrestre. Apesar disso a magnetosfera (espaço ao redor do planeta, onde o campo é dominante), tem grandes dimensões. Na direção do Sol essa magnetosfera atinge 1,39 milhões de km e no lado oposto atinge 4,83 milhões de km.
 
Na presença desse campo ocorrem a captura de partículas carregadas, que formam uma camada de plasma ao redor do planeta. Essa camada tem baixíssima densidade, porém é muito espessa. As sondas Voyagers verificaram o que o campo faz uma rotação completa em 10h 39min 26s, que é o tempo mais provavel para a rotação do planeta, pois acredita-se que o campo seja solidário com o interior do planeta.

Anéis de Saturno
Histórico
As observações dos anéis feitas da Terra dependem da posição de Saturno relativo à Terra, pois devido ãs inclinações da órbita da Terra e de Saturno com o plano da eclíptica, ora os anéis podem ser vistos como um disco com o planeta no centro e ora podem ser vistos como dois braços de Saturno.
 
Observando esses anéis em 1675 Jean Dominique Cassini (1625-1712) descobriu que havia uma vazio no anel como um todo. Esse vazio ficou conhecido como divisão de Cassini, sendo a maior divisão dos anéis. Em 1837 Encke também descobriu uma outra divisão que levou seu nome. E com a melhoria dos instrumentos ópticos outras divisões foram descobertas. Até que os levantamentos feitos pelas Voyagers, mostrou o quanto era precário o conhecimento sobre esses anéis.
 
O que se tinha em mãos até o levantamento feito pelas sondas, eram previsões teóricas feitas por James C. Maxwell (1831-1879), que estudou a complexidade da formação desses anéis.
Com a pesquisa feita pelas sondas, as previsões de Maxwell foram confirmadas e houve um esforço para interpretação teórica de diversos outros fenômenos registrados lá.
Suas Dimensões
As principais regiões desses anéis são as seguintes:
Na região mais próxima de Saturno está o anel D, caracterizado por um brilho muito fraco, com largura que varia de alguns quilômetros a algumas dezenas de quilômetros. Apesar de serem anunciados antes da presença das sondas no local, a sua observação da Terra é duvidosa, pois sua reflexão está no limite resolutivo dos telescópios.
 
Em seguida a este aparece a borda interna do anel C, onde ocorre um significativo aumento de luminosidade, apesar de ser formado por muitas faixas e bem transparentes. As medições de luz difusa confirmaram a hipótese de que o anel C é formado por poucas partículas.
Baseando-se no aumento da luminosidade, há um limite bastante claro na divisão dos anéis C e B, onde se observa um grande aumento de brilho e na opacidade do material, o que revela um número muito maior de partículas.
 
Nos anéis B as partículas parecem orbitar ao redor de Saturno em pequenos grupos em forma de cunha, medindo 10.000 km de comprimento e 2.000 km de largura. Os anéis B terminam no limite interno da divisão de Cassini.
O anel A começa com brilho igual ao do anel B e decresce gradativamente até a divisão de Encke. Na parte externa a divisão de Encke há um aumento no brilho de 25% e na parte mais externa ainda a um aumento de 50% na luminosidade, porém é uma faixa muito estreita. 

Acredita-se que esse aumento de luminosidade é provocado pelo confinamento de matéria provida do pequeno satélite 1980 S2.
Cabe dizer que não são quatro anéis que existem em Saturno e sim quatro grandes grupos de anéis, onde se observa milhares de divisões entre eles. Não existe nenhuma diferenciação típica para as partículas que compõem os anéis, devido aos frequentes choques entre eles. Dessa maneira as partículas podem assumir muitas ordens de grandeza.

Uma análise espectróscopica dos anéis mostra que há uma abundância de gelo. Nesse gelo aparecem presentes outros compostos que não puderam ser determinados.
A origem desses anéis ainda é muito polêmica. A hipótese que goza de maior crédito entre os pesquisadores é a de que um satélite teria se formado muito próximo do planeta e que logo em seguida ultrapassou o limite de Roche e por efeito de maré fragmentou-se de maneira destrutiva (estilhaço). 

Cada fragmento com dimensões maiores do que os encontrados atualmente teriam adquirido velocidades diferentes e os frequentes choques entre eles ocasionou uma maior fragmentação de maneira a ocupar todo o espaço disponível ao redor. A relativa estabilidades das órbitas desses anéis deve-se aos satélites que estão próximos aos mesmos. Tais satélites são denominados de satélites pastores.

Saturno também é o centro de um mini-sistema solar, só que com vinte e um satélites confirmados. Entre eles está Titã que por muito tempo foi tido como o maior satélite do sistema solar. Os demais são conhecidos como satélites gelados. Essa classificação é devido ãs suas densidades próxima a da água e o alto índice de reflexão que é característico do gelo.
 
Estes podem ser classificados em dois grupos: Os regulares e os irregulares. Os regulares tem órbitas quase circulares, no sentido de rotação do planeta e pouco inclinadas em relação ao plano do esquador. São eles: Mimas, Encelado, Tébis, Pleione, Réia e Titã. Os irregulares têm maior excentricidades e inclinação orbital, que são: Hipérion e Jápeto , além de Febe , a lua retrógrada.
Depois desses nove satélites, as sondas registraram mais oito luas pequenas e não esféricas. Predominantemente constituidas de gelo, refletem de 60% a 90% da luz solar.
 
Titã: com diâmetro médio de 5.400 km se considerarmos sua densa atmosfera. Nesses termos é o maior satélite do sistema. Porém o diâmento efetivo do satélite é 5.140 km, fazendo de Titã o segundo maior satélite do sistema. Sua fama de maior satélite só perdeu a veracidade com o reconhecimento feito pelas sondas. Ocorreu que era conhecida a presença de atmosfera em Titã, sendo esta, quase tão transparente como a nossa. As medidas do satélite, se referiam ao disco opaco do mesmo, que se encontrava no interior da atmosfera. 

Posteriormente foi constatado que além da atmosfera havia uma espessa camada (opaca) de nuvens. Essa camada foi estimada em 200 km, mas com a possibilidade de pesquisar mais de perto as sondas obtiveram com precisão a medida de 5.140 km para o diâmetro médio do satélite. Sua densidade média é de 1,9 g/cm3, que sugere um núcleo rochoso recoberto de gelo. Seu período de translação é de 15,94 dias, sendo que sua órbita está sobre o plano equatorial de Saturno. Devido a densidade da atmosfera de Titã (4,6 vezes a terretre), sua superfície é tão misteriosa quanto a de Vênus. A constituição da atmosfera ainda é motivo de várias discussões.

Acredita-se que seja 80% de nitrogênio (N2 ) podendo chegar a 99% na alta atmosfera. É provavel que o argônio seja a segunda porcentagem dessa atmosfera, com cerca de 12%. Mas os gases nobre são de difícil detecção, portanto essa porcentagem tem seu maior respaldo na teoria. Além desse foi detectado a presença de metano, hidrogênio, etano, propano, acetileno, etileno, cianureto diacetileno e metacetileno, todos em ordem decrescente de porcentagem na atmosfera.
 
Essa grande variedade de moléculas orgânicas tem a tendência de se agruparem de várias maneiras. Por isso acredita-se que o agrupamento dessas moléculas formem partículas sólidas que se preciptam no solo formando um grossa camada sobre a superfície do satélite, podendo chegar a algumas centenas de metros.
Titã tem uma grande excentricidade e isso faz com que ele entre e saia da magnetosfera de Saturno. Essa passagem periódica pela magnetosfera provoca várias transformações nos componentes atmosféricos do satélite e também vários fenômenos atmosféricos. Ambos ainda não explicados satisfatóriamente.

 UFRGS

Saturno é visivelmente achatado nos pólos, como resultado da rotação muito rápida do planeta no seu eixo. O seu dia dura 10 horas e 39 minutos, e demora cerca de 29.5 dias terrestres para dar a volta ao Sol.  

A atmosfera é principalmente composta por hidrogénio com pequenas quantidades de hélio e metano. Saturno é o único planeta menos denso do que a água (cerca de 30 porcento menos). No hipotético caso de se encontrar um oceano suficientemente grande, Saturno flutuaria nele. A coloração amarela enevoada de Saturno é marcada por largas faixas atmosféricas semelhantes, mas mais fracas, às de Júpiter.


O vento sopra em altas velocidades, em Saturno. Perto do equador, atinge uma velocidade de 500 metros por segundo (1,100 milhas por hora). O vento sopra principalmente na direcção leste. Encontram-se os ventos mais fortes perto do equador e a velocidade decresce uniformemente a maiores latitudes. A latitudes superiores a 35 graus, os ventos alternam entre leste e oeste conforme a latitude aumenta.

O sistema de anéis de Saturno faz do planeta um dos mais belos objectos no sistema solar. Os anéis estão divididos em diferentes partes, que incluem os anéis brilhantes A e B e um anel C mais fraco. O sistema de anéis tem diversos espaçamentos. O espaçamento mais notável é a Divisão Cassini, que separa os anéis A e B. Giovanni Cassini descobriu esta divisão em 1675. A Divisão Encke, que divide o anel A, teve o seu nome baseado em Johann Encke, que a descobriu em 1837.

As sondas espaciais mostraram que os anéis principais são na realidade formados por um grande número de anéis pequenos e estreitos. A origem dos anéis é obscura. Pensa-se que os anéis podem ter sido formados a partir das grandes luas que foram desfeitas pelo impacto de cometas e meteoróides. A composição exacta dos anéis não é conhecida, mas mostram que contêm uma grande quantidade de água. Podem ser compostos por icebergs e/ou bolas de gelo desde poucos centímetros até alguns metros de diâmetro.

Muita da estrutura elaborada de alguns dos anéis é devida aos efeitos gravitacionais dos satélites vizinhos. Este fenómeno é demonstrado pela relação entre o anel F e duas pequenas luas que pastoreiam a matéria do anel.

Também foram encontradas formações radiais no grande anel B pelas sondas Voyager. Pensa-se que as formações são compostas por partículas finas, do tamanho de grãos de pó. Entre as imagens obtidas pelas sondas Voyager observou-se a formação e a dissipação dos raios. Apesar das cargas electrostáticas poderem criar raios pela levitação das partículas de pó acima do anel, a causa exacta da formação destes raios não está bem compreendida.

Saturno tem 18 luas confirmadas, o maior número de satélites de qualquer planeta do sistema solar. Em 1995, os cientistas, usando o Telescópio Espacial Hubble, descobriram quatro objectos que podem também ser luas.
Vistas de Saturno
 











Saturno com Rea e Dione
A Voyager 2, da NASA, obteve esta fotografia de Saturno em 21 de Julho de 1981, quando a sonda estava a 33.9 milhões de quilómetros (21 milhões de milhas) do planeta. São visíveis dois padrões de nuvens, presumivelmente convectivas, a meio do hemisfério norte, e diversas formações semelhantes a raios escuros podem ser vistas no grande anel B (à esquerda do planeta).

As luas, Rea e Dione, surgem como pontos azuis a sul e sudeste de Saturno, respectivamente.

A Voyager 2 fez a sua maior aproximação a Saturno em 25 de Agosto de 1981. (Cortesia NASA/JPL)

 










Saturno com Tetis e Dione
Saturno e duas das suas luas, Tetis (acima) e Dione, foram fotografadas pela Voyager 1 em 3 de Novembro de 1980, de uma distância de 13 milhões de quilómetros (8 milhões de milhas). As sombras de três anéis brilhantes de Saturno e de Tetis estão projectadas sobre o topo das nuvens. O limite do planeta pode ser visto facilmente através da Divisão Cassini, com 3,500 quilómetros (2,170 milhas) de largura, que separa o anel A do anel B. 

A vista através da Divisão Encke, muito mais estreita, perto do limite exterior do anel A, é menos nítida. Além da Divisão Encke (à esquerda) estão o mais fraco dos três anéis mais brilhantes de Saturno, o anel C ou anel crepe, quase invisível contra o planeta. (Cortesia NASA/JPL)

 







Telescópio Óptico Nórdico
Esta imagem de Saturno foi obtida com o Telescópio Óptico Nórdico, de 2.6 metros, localizado em La Palma, nas Ilhas Canárias. (© Copyright Associação Científica do Telescópio Óptico Nórdico -- NOTSA)

 





Num dos mais dramáticos exemplos da natureza de "agora-vê-se, agora-não-se-vê," o Telescópio Espacial Hubble capturou Saturno em 22 de Maio de 1995, quando o magnífico sistema de anéis de Saturno estava de topo. Esta travessia pelo plano dos anéis ocorre aproximadamente a cada 15 anos quando a Terra atravessa o plano dos anéis de Saturno.

Os anéis não desaparecem completamente porque a borda dos anéis reflecte a luz do sol. A banda escura que atravessa Saturno a meio é a sombra da projecção do anel no planeta (o Sol está a cerca de 3 graus acima do plano de anéis). A lista brilhante logo acima da sombra do anel é causada pela reflexão da luz do Sol nos anéis sobre a atmosfera de Saturno. Duas das luas de gelo de Saturno são visíveis como pequenos objectos semelhantes a estrelas no plano de anéis ou próximo dele.
     








    Tempestade em Saturno
    Esta imagem, obtida pelo Telescópio Espacial Hubble, mostra uma rara tempestade que aparece como uma formação em forma de ponta de seta branca próxima do equador do planeta. A tempestade é gerada por uma corrente de ar quente, semelhante às formações de tempestade terrestres. A extensão este-oeste da tempestade é igual ao diâmetro da Terra (cerca de 12,700 quilómetros ou 7,900 milhas). 

    As imagens do Hubble são suficientemente precisas para mostrar que os ventos prevalecentes formam uma "cunha" escura no lado oeste (esquerdo) da nuvem central brilhante. Os ventos mais fortes na direcção este do planeta, a 1,600 quilómetros (1,000 milhas) por hora, conforme informações baseadas nas imagens da sonda Voyager obtidas em 1980-81, são na latitude desta cunha.

      Vistas do TEH das Auroras de Saturno
    A imagem de cima mostra a primeira imagem alguma vez obtida das auroras brilhantes nos pólos norte e sul de Saturno, vistas em luz distante do ultravioleta pelo Telescópio Espacial Hubble. O Hubble discerne uma faixa circular e luminosa centrada no polo norte, em que uma enorme cortina auroreal se eleva a 2,000 quilómetros (1,200 milhas) acima dos topos das nuvens. Esta cortina muda rapidamente em brilho e extensão durante o período de duas horas das observações do TEH.
       







      Tempestade em Saturno
      Esta imagem, obtida pelo Telescópio Espacial Hubble, mostra uma rara tempestade que aparece como uma formação em forma de ponta de seta branca próxima do equador do planeta. A tempestade é gerada por uma corrente de ar quente, semelhante às formações de tempestade terrestres. A extensão este-oeste da tempestade é igual ao diâmetro da Terra (cerca de 12,700 quilómetros ou 7,900 milhas).

      As imagens do Hubble são suficientemente precisas para mostrar que os ventos prevalecentes formam uma "cunha" escura no lado oeste (esquerdo) da nuvem central brilhante. Os ventos mais fortes na direcção este do planeta, a 1,600 quilómetros (1,000 milhas) por hora, conforme informações baseadas nas imagens da sonda Voyager obtidas em 1980-81, são na latitude desta cunha.

      A norte desta formação em forma de ponta de seta, os ventos decrescem de tal forma que o centro da tempestade se move para leste em relação ao fluxo local. As nuvens que se expandem para norte da tempestade são varridas para oeste pelos ventos a latitudes maiores. Os ventos fortes perto da latitude da cunha escura sopram na parte norte da tempestade, criando uma perturbação secundária que dá origem às nuvens brancas ténues a leste (direita) do centro da tempestade.

      As nuvens brancas da tempestade são formadas de cristais de gelo de amónia que se formam quando um fluxo ascendente de gases mais quentes forçam o seu caminho através dos topos das nuvens mais frias.

       

















      Vistas do TEH das Auroras de Saturno
      A imagem de cima mostra a primeira imagem alguma vez obtida das auroras brilhantes nos pólos norte e sul de Saturno, vistas em luz distante do ultravioleta pelo Telescópio Espacial Hubble. O Hubble discerne uma faixa circular e luminosa centrada no polo norte, em que uma enorme cortina auroreal se eleva a 2,000 quilómetros (1,200 milhas) acima dos topos das nuvens. Esta cortina muda rapidamente em brilho e extensão durante o período de duas horas das observações do TEH.

      A aurora é produzida por partículas carregadas capturadas que, ao precipitar-se da magnetosfera, colidem com os gases atmosféricos. Como resultado do bombardeamento, os gases de Saturno brilham em comprimentos de onda longe do ultravioleta (110-160 nanómetros). Estes comprimentos de onda são absorvidos pela atmosfera da Terra, e só podem ser vistos por telescópios no espaço. 

      Para comparação, a imagem de baixo é uma composição colorida de Saturno em luz visível, conforme foi vista pelo Hubble em 1 de Dezembro de 1994. Ao contrário da imagem ultravioleta, as familiares faixas e zonas atmosféricas de Saturno são vistas claramente. O banco de nuvens mais baixo não é visível no comprimento de onda do ultravioleta porque a luz do Sol é reflectida pelo mais alto na atmosfera.

       






      Última Vista de Saturno
      Dois dias depois do seu encontro com Saturno, a Voyager 1 olhou para trás para o planeta a uma distância de mais de 5 milhões de quilómetros (3 milhões de milhas). Esta vista de Saturno nunca tinha sido obtida por um telescópio de Terra, porque a Terra está tão perto do Sol que apenas consegue ser vista a face iluminada pelo Sol. (Copyright © Calvin J. Hamilton)

       








      Os Anéis de Saturno
      Esta imagem em cores melhoradas mostra as formações em forma de raios nos anéis. Os raios parecem formar-se muito rapidamente com bordas finas para logo se dissiparem. O anel A aparece como o anel exterior, mas nesta imagem aparece dividido em duas faixas pela divisão de Encke. A divisão Cassini separa os anéis A e B. (Crédito: Calvin J. Hamilton)

       











      Imagem dos Anéis de Saturno em Cores Falsas
       
      Possíveis variações na composição química de uma parte do sistema de anéis de Saturno para a outra, são visíveis nesta imagem da Voyager 2 como variações subtis na cor que podem ser registadas com técnicas especiais de processamento de cores em computador. Esta vista com cores bastante realçadas foi feita a partir de imagens com filtro claro, laranja e ultravioleta obtidas em 17 de Agosto, de 1981 de uma distância de 8.9 milhões de quilómetros (5.5 milhões de milhas). 

      Além da cor azul do anel C previamente conhecida, e da Divisão Cassini, a figura mostra outras diferenças de cor entre o anel B interior e a região exterior (onde os raios se formam) e entre estes e o anel A. (Cortesia NASA/JPL)

       











      O anel exterior de Saturno, o anel F, é uma estrutura complexa constituída por dois anéis estreitos, trançados e brilhantes nos quais são visíveis "nós". Os cientistas especulam que os nós podem ser acumulados de matéria do anel ou pequenas luas. O anel F foi fotografado a uma distância de 750,000 quilómetros (470,000 milhas). (Cortesia NASA/JPL)

       








      A Família de Saturno
      Esta montagem de imagens do sistema saturnino foi preparada pela combinação de imagens obtidas pela sonda Voyager 1 durante o seu encontro com Saturno em Novembro de 1980. Esta vista artística mostra Dione em primeiro plano, Saturno erguendo-se por trás, Tetis e Mimas desaparecendo a distância à direita, Encelado e Rea fora dos anéis de Saturno à esquerda, e Titã na sua órbita distante em cima. (Cortesia NASA/JPL)

       







       Estrutura dos Satélites e do Plano de Anéis de Saturno
      Esta imagem mostra os satélites de Saturno aproximadamente à escala bem como a estrutura de anéis de Saturno. (Cortesia Dave Seal, JPL)

      Resumo das Luas de Saturno  
      Saturno tem 18 satélites oficialmente reconhecidos. Além disso, há outros satélites não confirmados. Um circula na órbita de Dione, um segundo está localizado entre as órbitas de Tetis e Dione, e um terceiro está localizado entre Dione e Rea. Os satélites não confirmados foram encontrados nas fotografias da Voyager, mas não foram confirmados em nenhuma outra vista. Recentemente, o Telescópio Espacial Hubble obteve imagens de quatro objectos que podem ser novas luas.

      Podem ser feitas algumas generalizações acerca dos satélites de Saturno. Apenas Titã tem uma atmosfera apreciável. Muitos dos satélites têm uma rotação síncrona. As excepções são Hiperion, que tem uma órbita caótica, e Febe. Saturno tem um sistema de satélites regular. Isto é, os satélites têm órbitas quase circulares no plano equatorial. As duas excepções são Japeto e Febe.

      Todos os satélites têm uma densidade de < 2 gm/cm3. Isto indica que eles são compostos por 30 a 40% de rochas e 60 a 70% de água gelada. Muitos dos satélites reflectem 60 a 90% da luz que os atinge. Os quatro satélites exteriores reflectem menos do que isto e Febe reflecte apenas 2% da luz que o atinge.
      A tabela seguinte resume o raio, massa, distância ao centro do planeta, descobridor e data da descoberta de cada um dos satélites confirmados de Saturno:

      O próximo sobrevoo da sonda Cassini nas vizinhanças de Rhea ocorrerá no dia 11 de janeiro de 2011, num altura de apenas 75,9 quilômetros desse satélite.
      A beleza de Saturno
        
      Assim aparece Saturno numa foto em infravermelho (foto NASA)
      As melhores fotos e as informações anteriores mais detalhadas de que dispunha a NASA eram as obtidas pelas sondas Voyager 1 e 2, em 1980 e 1981, que mostraram na época as mais belas imagens dos aneis de Saturno. Esses cinturões, que são os sistemas de anéis planetários mais extensos do Sistema Solar, são constituídos de bilhões de partículas cujas dimensões variam de micrômetros a metros. Essas partículas são, em sua maioria, formadas de gelo de água com alguma contaminação de poeira e outas substâncias químicas.
      A cada dia, a NASA recebe centenas de fotos e informações surpreendentes enviadas pela nave Cassini, que é uma espaçonave de pesquisa. No dia 24 de setembro de 2010, a sonda se aproximou de Titã, o maior dos satélites de Saturno, voando a uma distância de 8.175 km de sua superfície. Esse foi o primeiro sobrevoo de uma série que será dedicada a esse satélite até o começo de 2012.
      62 luas de Saturno 
      Nesta foto, da NASA, as imagens do satélite Rhea, de Saturno, feitas na semana passada

      Saturno tem pelo menos 62 luas, sendo a maior delas chamada Titã. Em segundo lugar, vem o satélite Rhea. Conhecido de todos por seus anéis, Saturno é um planeta gigante de gás, à semelhança de Júpiter, Urano e Netuno. Sua massa é 95 vezes maior do que a da Terra. Aliás, se compararmos as condições de Saturno com as da Terra, veremos que elas são extremas e quase impensáveis.

      O interior do planeta talvez seja composto de ferro, níquel, silício e compostos de oxigênio, envolto por uma espessa camada de hidrogênio metálico, uma camada intermediária de hidrogênio líquido e hélio líquido, e uma camada exterior gasosa, com ventos de até 1.800 quilômetros por hora.

      Imagem do Dia: Uma figura enorme, uma linha ténue e um pequeno ponto

      2011-02-15

      Crédito: Cassini Imaging Team, SSI, JPL, ESA, NASA.

      Uma figura enorme do lado direito, grande de mais para caber na imagem, uma linha ténue, muito fina, no centro, e um pequeno ponto, discreto, junto a ela. Trata-se de Saturno, dos seus anéis e de uma das suas luas, Enceladus, em mais uma imagem dramática obtida pela sonda Cassini. 
       
      Os anéis de Saturno são vistos de perfil e, nesta imagem, fica bem ilustrado quão finos eles são. Julga-se que não terão mais de 1 km de espessura. Em proporção, são mais finos que uma lâmina de barbear. Por esse motivo, eles parecem, por vezes, desaparecer, já Galileu tinha notado no princípio do séc. XVII. Esta imagem foi obtida em luz infravermelha polarizada pela Cassini.
       
       
      Fontes:
      http://www.portaldoastronomo.org/aprender.php
      CDA-CDCC USP/SC (?)
      http://www.prof2000.pt/users/colegio/trab_
      alunos/planetas/saturno.htm#Heading40
      http://www.if.ufrgs.br/ast/solar/portug/saturn.htm
      http://blogs.estadao.com.br/ethevaldo-siqueira/2010/12/28/1312/
      Portal do Astrónomo - Portugal

      sexta-feira, 29 de outubro de 2010

      Constelação de Orion - video



      A Bela Constelação Órion

      B 33 - Nebulosa Cabeça do Cavalo

      2010-04-04

      Crédito: T.A. Rector (NOAO/AURA/NSF) & Hubble Heritage Team (STScI/AURA/NASA).
      Telescópio: NSF 0,9m (Kitt Peak National Observatory).
      Instrumento: Mosaic CCD Camera.
       
      Sendo, sem dúvida, um dos objectos mais famosos do céu, a nebulosa Cabeça do Cavalo, localizada na constelação de Orionte, faz parte de uma nuvem escura e densa que se situa em frente de uma região de formação de estrelas conhecida por IC434 (nebulosa de emissão visível na imagem em tons cor-de-rosa). Embora se situe relativamente perto da conhecida nebulosa de Orionte (M 42), a nebulosa Cabeça de Cavalo é extremamente difícil de observar e, ao contrário daquela, não é visível a olho nu.

      Também conhecida por Barnard 33, a sua forma peculiar foi reconhecida pela primeira vez numa placa fotográfica obtida no final do século XIX. Devido aos movimentos no interior da nuvem escura, esta forma acabará por se alterar ao fim de alguns milhares de anos. Estima-se que esta nebulosa se encontre a cerca de 1600 anos-luz de distância.

      Esta imagem foi criada através da combinação de três imagens sensíveis à emissão proveniente de hidrogénio, oxigénio e enxofre.

      Nebulosa de reflexão M 78

      2009-03-19

      Crédito: Russell Croman.

      Magnífica imagem de M 78 obtida pelo astro-fotógrafo Russell Croman (http://www.rc-astro.com/ ).

      M 78 é uma nebulosa de reflexão que faz parte de uma vasta região de formação de estrelas situada na região de Orionte. 
      Situa-se a cerca de 1500 anos-luz de distância e é a nebulosa de reflexão mais brilhante que se conhece, sendo relativamente fácil de observar com um par de binóculos. 
      O seu brilho resulta, tal como o seu nome indica, da reflexão da luz emitida por estrelas jovens existentes na sua vizinhança. 
      Fonte:
      Portal do Astrónomo - Portugal

      SISTEMA SOLAR - VÊNUS - USP - UFRGS



      Trânsito de Vénus

      Trânsito de Vénus visto em Portugal

      2010-12-19

      Crédito: Leonor Cabral.

      Esta é mais uma fotografia do trânsito de Vénus ocorrido no passado dia 8 de Junho, uma das muitas que foram obtidas em todo o mundo. Esta imagem foi obtida pela professora Leonor Cabral da Escola Secundária da Cidadela. 
      O trânsito de Vénus não é mais do que a passagem deste planeta em frente do Sol, quando observado a partir da Terra. Em média, ocorrem 4 trânsitos de Vénus por cada 243 anos. É, assim, uma acontecimento muito raro. 
      O último trânsito tinha sido em 1882, e o próximo a ser visível em Portugal será em 2125! Para saber mais sobre este fenómeno consulte o nosso "Tema do Mês" de Maio. 


      A passagem de Vénus à frente do Sol (trânsito), para além de ser um fenómeno de rara beleza, teve uma enorme importância para a ciência, principalmente nos séculos XVIII e XIX. 
      Várias expedições científicas foram organizadas 
      com o objectivo único de acompanhar o trânsito. 
      Tratava-se de uma importante oportunidade
      para determinar a distância da Terra ao Sol. 
      Nessa apresentação encontrará um resumo 
      dos principais acontecimentos históricos ligados a essa busca. 
      Terá sido a partir da observação de um trânsito de Vénus 
      que os astrónomos conseguiram finalmente determinar
      o valor da unidade astronómica.

      Versão original: F Mignard.
      Esta versão em português foi editada por Nuno Crato, Fernando Reis e Luís Tirapicos.
      Última Revisão Maio /2004.

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      VÉNUS










       
       
       
       
       
       
       Vênus Advance in science comes by laying brick upon brick,
      not by sudden erection of fairy palaces.
      - J. S. Huxley

      USP



      Figura 1: Vênus Comparado a Terra

      Figura 2: Características Gerais de Vênus
       

      À noite, quando aparece no céu, o planeta Vênus é um dos astros mais reluzentes, só não é mais brilhante que a Lua. Popularmente ele é conhecido como "Estrela Dalva" ou "Estrela do Pastor". Com telescópios e mesmo binóculos nós podemos observá-lo no período de claridade e desde que ele não esteja visualmente próximo do Sol.
      Durante muito tempo pensou-se que Vênus era o planeta gêmeo da Terra, mas hoje sabemos que são parecidos apenas no tamanho e na quantidade de massa. Nas condições ambientais para a existência de vida ele é completamente diferente da Terra.




      Figura 3: Imagens de Vênus no visível e mesmo no ultra-violeta,
      nós não conseguimos identificar a sua superfície.


      A atmosfera de Vênus é 92 vezes mais densa que a terrestre, por essa razão a pressão em sua superfície é equivalente a mergulhar 920 metros de profundidade no mar. Além disso, a atmosfera é composta principalmente de gás carbônico o que provoca um efeito estufa enorme fazendo de Vênus o planeta mais quente do sistema solar, com 460oC no equador do planeta.

      O Ano de Vênus é menor que seu dia. O ano dele dura 224 dias terrestres (uma revolução completa ao redor do Sol).

      O dia (uma rotação completa) dura 243 dias terrestres e a rotação de Vênus é no sentido contrário ao dos  outros planetas. Enquanto o Sol nasce do lado leste em  todos os demais planetas, em Vênus o Sol nasce do lado oeste.
      Nem mesmo o fato dele demorar 243 dias terrestres para completar uma rotação (1 dia) o faz esfriar do lado noturno.


      Histórico

      Vênus também era considerado pelos antigos como dois astros diferentes, ao qual davam o nome de Lúcifer e Vésper. Só mais tarde, quando se descobriu tratar do mesmo astro é que atribuíram a ele o nome de Vênus, pela sua luz e beleza, pois quando está no céu, à noite, é o objeto mais brilhante depois da Lua. Porém, no século III a.C., Pitágoras já afirmava que Lúcifer e Vênus era um único astro. No Brasil é conhecido como Estrela Dalva.


      Observação

      É possível de ser visto com clareza a olho nu quatro horas antes de o Sol nascer ou quatro horas depois do Sol se por, pois seu afastamento ângular do Sol visto da Terra é de no máximo 48 graus. E, quando o afastamento está próximo do valor máximo, Vênus pode ser visto a olho nu a qualquer hora de um dia de céu limpo, sendo necessário apenas conhecer sua localização na hora da observação e desde que não esteja visualmente muito próximo do Sol.


      Atmosfera

      É o item de maior destaque do planeta, pois sua espessura e densidade impressionam bastante. É composta principalmente de anidrido carbônico, traços de nitrogênio, vapor d'água, oxigênio, enxofre e até mesmo ácido sulfúrico. Com esses componentes, uma temperatura média de 460oC e uma pressão de noventa atmosferas terrestres, dificulta qualquer observação de sua superfície.
      A temperatura é mais elevada que a de Mercúrio, apesar de Vênus estar mais afastado do Sol. O que causa isso é o efeito estufa de Vênus.
      A explicação desse efeito é a opacidade de sua atmosfera para radiações infravermelho, provocada pela grande concentração de CO2. Ocorre que a radiação visível penetra na atmosfera e aquece a superfície.

      A superfície aquecida emite infravermelho. O CO2 absorve essa radiação causando o efeito estufa. Esse efeito é mais ou menos como um carro fechado, recebendo as radiações solares. Essas radiações penetram no interior do veículo e o calor não sai, e quando se entra no veículo sente-se o mormaço devido ao acúmulo de calor.
      Evidentemente que todos esses fenômenos fazem cair por terra o velho conceito de que Vênus é o planeta irmão da Terra. As nuvens da atmosfera venusiana estão entre 45 a 60 quilômetros de altura. Em função da densidade e da dimensão das partículas, pode-se dividir as formações atmosféricas em três camadas distintas.

      A região compreendida entre 30 e 100 quilômetros de altura recebe o nome de termosfera e abaixo dessa até na superfície tem-se a troposfera. Várias regiões acima e abaixo dessas camadas são dominadas por neblina. Nessas camadas atmosféricas existem movimentos de vários tipos, entre eles está o denominado de super-rotação da atmosfera de Vênus, onde as massas atmosféricas movimentam-se para oeste e completam uma volta em torno do planeta em quatro dias.

      A maioria dos movimentos atmosféricos de Vênus são satisfatoriamente explicados.


      Superfície

      Uma maneira de se estudar a superfície venusiana é através do radar.

      Pulsos de radar são emitidos a Vênus e sua reflexão fornece dados para estudo da rugosidade de sua superfície. Além disso, algumas sondas soviéticas da série Venera e as americanas Pionner-Vênus pousaram na superfície do planeta, mas nas condicões atmosféricas lá existentes essas sondas não resistiram mais do que uma hora. Só em 1975 a sonda Venera IX conseguiu enviar a primeira fotografia da superfície do planeta e outras conseguiram fazer algumas análises do local, que parecem ter composição semelhantes à dos basaltos encontrados na Terra.
      Uma das maiores conquistas da astronomia na década de 70 foi o estudo da supefície de Vênus, a qual é uma imensa planície levemente ondulada, com poucas depressões e três extensos maciços montanhosos. As áreas estudadas correspondem a menos de 5% da superfície total do planeta.





      Figura 4: Comparando-se a Crosta da Terra com a de Vênus


      Pelo uso dos enormes radiotelescópios terrestres é que se reconheceram algumas regiões montanhosas, depressões semelhantes a grandes crateras e sistemas de vales. O radar altímetro da Missão Pioneer Vênus revelou a topografia de 93% da superfície, localizou todas as estruturas com dimensões superiores a 25 km e forneceu um perfil das altitudes com 200 metros de precisão. Com todas as dificuldades encontradas conseguiu-se separar a superfície em regiões no que diz respeito às cadeias montanhosas, vales e depressões.
      Através da Missão Magalhães e o uso de mapeamento com radar entre 1990 e 1994, ela nos revelou uma superfície jovem que foi provavelmete remoldada nos últimos 300 a 500 milhões de anos atrás.

      A superfície está marcada com numerosas crateras de impacto e com distribuição randômica. Há a presença de caldeiras vulcânicas gigantes da ordem de 100km de diâmetro. A sua superfície é coberta com 85% de material vulcânico e apresenta extensos canais de lava da ordem de centenas de quilometros
      O acesso a essas informações revelam que o relevo de Vênus é bem diferente do terrestre, embora os dois planetas tenham se formado na mesma época e região do espaço, com dimensões bem próximas. A crosta parece ser formada por uma única camada basáltica bem espessa. Grande parte da superfície não varia em mais de mil metros acima ou abaixo do raio médio do planeta.
      UFRGS
      Vênus, a jóia do céu, era conhecida pelos primeiros astrónomos como estrela da manhã e estrela da tarde.

      Esses astrónomos pensavam que Vênus era composta por dois corpos distintos. Vênus, a deusa romana do amor e da beleza, está coberta por uma espessa camada de nuvens em turbilhão.
      Os astrónomos referem-se a Vênus como o planeta irmão da Terra. São ambos semelhantes em dimensão, massa, densidade e volume.

      Ambos foram formados mais ou menos ao mesmo tempo e condensados a partir da mesma nebulosa.

      Contudo, nos últimos anos os cientistas descobriram que as semelhanças terminam aqui. Vênus é muito diferente da Terra. Não tem oceanos e está envolto por uma atmosfera pesada composta principalmente por dióxido de carbono e quase sem vapor de água. As suas nuvens são compostas por gotas de ácido sulfúrico. Na superfície, a pressão atmosférica é 92 vezes a da Terra ao nível do mar.

      Vênus é queimado por uma temperatura à superfície de aproximadamente 482° C (900° F). Esta elevada temperatura deve-se principalmente a uma rápido efeito estufa originado pela pesada atmosfera de dióxido de carbono. A luz do Sol passa pela atmosfera e aquece a superfície do planeta. O calor é irradiado mas fica aprisionado pela densa atmosfera que não permite a sua fuga para o espaço. Isto torna Vênus mais quente que Mercúrio.


      Um dia Venusiano tem 243 dias Terrestres e é mais longo que o seu ano de 225 dias. Curiosamente, Vênus gira de leste para oeste. Para um observador em Vênus, o Sol nasceria a oeste e teria o seu ocaso a leste.
      Até há pouco tempo, a densa cobertura de nuvens de Vênus impediu a observação aos cientistas da natureza geológica da sua superfície.

      O aperfeiçoamento dos rádio-telescópios e sistemas de radares de imagem orbitando o planeta tornaram possível ver a superfície através do patamar de nuvens. Quatro das mais bem sucedidas missões a revelarem a superfície Venusiana são a Missão Pioneer Vênus da NASA (1978), as missões Soviéticas Venera 15 e 16 (1983-1984), e a missão Magalhães de mapeamento por radar da NASA (1990-1994). À medida que estas sondas começaram a mapear o planeta, uma outra imagem de Vênus se revelou.

      A superfície de Vênus é relativamente nova, geologicamente falando. Parece ter sido refeita completamente há 300 a 500 milhões de anos atrás. Os cientistas debatem o como e porquê deste acontecimento. A topografia Venusiana é composta de vastas planícies cobertas de correntes de lava e montanhas ou regiões montanhosas deformadas por actividade geológica. O Maxwell Montes em Ishtar Terra é o pico mais alto de Vênus.

      A região montanhosa de Aphrodite Terra estende-se por quase metade de todo o equador. As imagens da missão Magalhães das regiões montanhosas acima de 2.5 quilómetros são habitualmente brilhantes, característica de um solo húmido. Contudo, água em estado líquido não existe à superfície e não é a responsável pelo brilho característico das regiões montanhosas.

      Uma teoria sugere que a matéria brilhante possa ser uma formação de compostos metálicos. Estudos feitos revelaram que o material poderá ser pirite (também conhecida por ouro dos trouxas). Este é instável nas planícies mas poderá ser estável nas regiões montanhosas. Este material poderá também ser algum tipo de material exótico que daria os mesmos resultados mas em concentrações mais baixas.

      Vênus está marcado por numerosas crateras de impacto distribuídas aleatoriamente pela superfície. Pequenas crateras com menos de 2 quilómetros são praticamente inexistentes graças à pesada atmosfera Venusianas. As excepções ocorrem quando grandes meteoritos se fraccionam pouco antes do impacto, criando aglomerados de crateras. Vulcões e formações vulcânicas são ainda mais numerosas. Pelo menos 85% da superfície de Vênus está coberta de rocha vulcânica.

      Gigantescas correntes de lava, que se estendem por centenas de quilómetros, inundaram as zonas de baixo relevo criando vastas planícies. Mais de 100.000 pequenos vulcões preenchem a superfície juntamente com centenas de grandes vulcões. As correntes dos vulcões abriram longos e sinuosos canais que se prolongam por centenas de quilómetros, tendo um deles aproximadamente 7.000 quilómetros.

      Foram encontradas, em Vênus, gigantescas caldeiras, com mais de 100 quilómetros de diâmetro. Algumas formações de Vênus são únicas, como as coronae e as aracnóides. Coronae são grandes formações ovais, rodeadas de penhascos com centenas de quilómetros de diâmetro. Pensa-se que são elevações do manto expressos na superfície.

      Aracnóides são formações circulares ou alongadas semelhantes às coronae. Ambas poderão ter aparecido como resultado de rochas fundidas deslizando pelas fracturas da superfície, produzindo sistemas de diques e fracturas radiais.


      Estatísticas de Vênus
       Massa (kg)4.869e+24 
       Massa (Terra = 1).81476 
       Raio equatorial (km)6,051.8 
       Raio equatorial (Terra = 1).94886 
       Densidade média (gm/cm^3)5.25 
       Distância média do Sol (km)108,200,000 
       Distância média do Sol (Terra = 1)0.7233 
       Período de rotação (dias)-243.0187 
       Período orbital (dias)224.701 
       Velocidade orbital média(km/s)35.02 
       Excentricidade orbital0.0068 
       Inclinação do eixo (graus)177.36 
       Inclinação orbital (graus)3.394 
       Gravidade equatorial na superfície (m/seg^2)8.87 
       Velocidade de escape no equador(km/seg)10.36 
       Albedo geométrico visual0.65 
       Magnitude (Vo)-4.4 
       Temperatura média na superfície482°C 
       Pressão Atmosférica (bars)92 
       Composição atmosférica








      Dióxido de Carbono
      Nitrogénio
        Vestígios de : Dióxido de enxofre, vapor de água, monóxido de carbono, árgon, hélio, neón, cloreto de hidrogênio e fluoreto de hidrogênio.

      96%
      3+% 
      Vistas de Vênus
      Imagem de Vênus pela Mariner 10
      Esta bonita imagem de Vênus é um mosaico de três imagens tiradas pela Mariner 10 em 5 de Fevereiro de 1974.

      Mostra-nos a espessa cobertura de nuvens que impede a observação óptica da superfície de Vênus. Somente através do mapeamento por radar é que a superfície se revela. (Copyright Calvin J. Hamilton)

      Imagem de Vênus pela Galileo
      Em 10 de Fevereiro de 1990 a sonda Galileo obteve esta imagem de Vênus. Apenas se observa a sua camada de nuvens. (Crédito: Calvin J. Hamilton)

       















      Imagem de Vênus pelo Hubble
      Esta é uma imagem de Vênus em luz ultravioleta tirada pelo Telescópio Espacial Hubble a 24 de Janeiro de 1995, quando Vênus estava a uma distância de 113,6 milhões de quilómetros da Terra. Em comprimentos de onda ultravioleta as formações de nuvens tornam-se distintas. Em especial, uma formação em "Y" horizontal vista próximo do equador. 

      As regiões polares são mais brilhantes, possivelmente mostrando uma neblina de pequenas partículas sobrepondo-se às nuvens. As regiões escuras mostram a localização de dióxido de enxofre aumentado junto ao tecto de nuvens.

      De missões anteriores, os astrónomos sabem que tais formações viajam de Este para Oeste com os ventos predominantes de Vênus, dando uma volta completa ao planeta em quatro dias. (Crédito: L. Esposito, University of Colorado, Boulder, and NASA)

       



















      Vênus
      Esta é uma vista global da superfície de Vênus, centrada a 180 graus longitude Este. 

      A cor simulada serve para evidenciar estruturas de pequena escala. (Cortesia NASA/JPL)

       















      Cinco Vistas globais
      A superfície de Vênus é apresentada em cinco vistas globais. A imagem ao centro (A) está centrada sobre o pólo norte de Vênus. As restantes estão centradas sobre o equador de Vênus a (B) 0 graus longitude, (C) a 90 graus Este, (D) a 180 graus e (E) a 270 graus. 

      A região brilhante perto do centro da vista polar é Maxwell Montes, a mais alta cadeia de montanhas de Vênus. Ovda Regio aparece centrada na vista (C) 90 graus Este. Atla Regio é proeminentemente observada na vista (D) 180 graus. (Cortesia NASA/JPL)

       















      Vista Hemisférica de Vênus
      A vista hemisférica de Vênus, revelada por mais de uma década de investigações radar que culminaram com a missão Magalhães em 1990-1994, está centrada a 0 graus Este de longitude.

      A resolução real desta imagem é de 3 quilómetros. Foi processada para melhorar o contraste e dar ênfase a pequenas formações, e codificada por cor para representar as elevações. (Cortesia NASA/JPL)
      Vistas Hemisféricas Adicionais de Vênus
       








       Mapa Venusiano
      Esta imagem é uma projecção Mercator da topografia Venusiana. Foram atribuídos nomes a muitas das diferentes regiões. O mapa estende-se de -66,5 a 66,5 graus em latitude e começa a 240 graus longitude. (Crédito: Calvin J. Hamilton)

       









      Mapa Topográfico Venusiano
      Este é outra projecção de Mercator da topografia Venusiana. O mapa estende-se de -66,5 a 66,5 graus em latitude e começa a 240 graus longitude. A versão a Preto & Branco desta imagem também está disponível. (Cortesia A.Tayfun Oner)

       













      Topografia Venusiana
      Esta imagem é uma projecção de Mercator da topografia Venusiana das regiões montanhosas, tais como Ishtar Terra, Aphrodite Terra, Alpha Region e Beta Regio, mostradas em amarelo e laranja. As regiões baixas estão representadas em azul. (Courtesy NASA/JPL)

       








      Mapa Cilíndrico de Vênus
      Vênus é mostrado neste simples mapa cilíndrico da superfície. Os limites esquerdo e direito da imagem estão a 240 graus Este longitude. O topo e fundo da imagem estão a 90 graus Norte latitude e 90 graus Sul latitude, respectivamente. 

      A região brilhante no topo esquerdo ao centro é Maxwell Montes, a mais alta cadeia montanhosa de Vênus. Aphrodite Terra, grande região de terras altas, estende-se do equador ao centro direita. Os sinais escuros espalhados na imagem são halos que rodeiam crateras mais recentes. 

      A globalidade destes dados revelam um número de crateras consistente com a idade média da superfície de Vênus de 300 milhões a 500 milhões de anos. (Cortesia NASA/JPL)

       












      Gula Mons e Cratera Cunitz
      Uma parte de Eistla Regio Ocidental é mostrada nesta imagem tridimensional, em perspectiva, da superfície de Vênus. O ponto de vista está situado a 1.310 quilómetros a sudoeste de Gula Mons numa elevação de 0,78 quilómetros. 

      O ponto de vista aponta para Noroeste, com Gula Mons aparecendo no horizonte. Gula Mons, um vulcão com 3 quilómetros de altura, está localizado aproximadamente a 22 graus Norte de latitude, 359 graus Este de longitude. A cratera de impacto Cunitz, nome da astrónoma e matemática Maria Cunitz, é visível no centro da imagem. 

      A cratera tem 48,5 quilómetros de diâmetro e está a 215 quilómetros do ponto de vista do observador. (Cortesia NASA/JPL)

       












      Eistla Regio - Vale em Fenda
      Uma parte de Eistla Regio Ocidental é mostrada nesta imagem tridimensional, em prespectiva, da superfície de Vênus. O ponto de vista está localizado a 725 quilómetros a Sudeste de Gula Mons. Um Vale em Fenda, em primeiro plano, estende-se até à base de Gula Mons, um vulcão com 3 quilómetros de altura. 

      Esta vista está de frente para Noroeste, com Gula Mons aparecendo à direita no horizonte. Sif Mons, um vulcão com 300 quilómetros de diâmetro, e com 2 quilómetros de altura, aparece à esquerda de Gula Mons, ao fundo. (Cortesia NASA/JPL)

       












      Eistla Regio
      Uma parte de Eistla Regio é mostrada nesta imagem tridimencional, em prespectiva, da superfície de Vênus. O ponto de vista está localizado a 1.100 quilómetros a Noroeste de Gula Mons, numa elevação de 7,5 quilómetros. Correntes de lava estendem-se por centenas de quilómetros pelas planícies fracturadas, em primeiro plano, até à base de Gula Mons. 

      Esta imagem mostra o Sudoeste com Gula Mons aparecendo à esquerda, logo abaixo da linha de horizonte. Sif Mons aparece à direita de Gula Mons. A distância entre Sif Mons e Gula Mons é de, aproximadamente, 730 quilómetros. (Cortesia NASA/JPL)

       















      Planalto Lakshmi
      As escarpas sul e enseadas Ocidentais de Ishtar Terra são mostradas nesta imagem tridimensional, em prespectiva. Ishtar Terra Ocidental é, aproximadamente, do tamanho da Austrália, e é um dos maiores focos de investigações da Magalhães

      A região montanhosa está situada entre 2,5 e 4 quilómetros de altitude, no centro de um planalto chamado Planalto Lakshmi que pode ser visto à distância, à direita. Aqui, a superfície do planalto cai precipitadamente para as planícies limítrofes, com declives cuja inclinação excede os 5% em 50 quilómetros. (Cortesia NASA/JPL)

       












       Imagem Tridimensional, em Prespectiva, de Alpha Regio
      Uma parte de Alpha Regio é mostrada nesta imagem tridimensional, em prespectiva, da superfície de Vênus. Alpha Regio, elevação topográfica com aproximadamente 1.300 quilómetros de extensão, está centrada a 25 graus de latitude Sul, 4 graus de longitude Este. Em 1963, Alpha Regio foi a primeira região a ser identificada por radar da Terra. 

      As zonas brilhantes da imagem de Alpha Regio são caracterizadas por múltiplos conjuntos de intersecções compostas de sulcos, gargantas, que originam formas poligonais. Mesmo a Sul deste complexo terreno está uma grande formação ovoide chamada Eve. 

      O ponto brilhante da imagem de radar, centralizada em Eve, marca a localização do primeiro meridiano de Vênus. (Cortesia NASA/JPL)

       











      Arachnoids
      Arachnoids são uma das mais espantosas formações encontradas em Vênus. Elas são vistas, no radar, como planos escuros na imagem da Magalhães, num mosaico da região de Fortuna. Tal como o nome sugere, Arachnoids são formações ovais , com anéis concentricos e uma complexa rede de fracturas estendendo-se para fora. Os Arachnoids variam em tamanho de, aproximadamente, 50 a 230 quilómetros de diâmetro. Arachnoids são similares em forma, mas geralmente menores, que as Coronae (estruturas vulcânicas circulares cercadas por cordilheiras e sulcos, bem como linhas radiais). 

      Uma teoria, no que diz respeito à sua origem, diz que elas são precursoras da formação Coronae. As linhas brilhantes, que o radar mostra, estendendo-se por muitos quilómetros, podem ter resultado da magma elevado do interior do planeta, e que empurrou a superfície para cima formando "fendas".

      Correntes de lava brilhantes, no radar, estão presentes na 1. e 3. imagens, e também indicam actividade vulcânica nesta área. Algumas das fracturas atravessam estas correntes, indicando que as correntes ocorreram antes das fracturas surgirem. Tal relação entre diferentes estruturas fornecem boas evidências para uma relativa datação dos eventos. (Cortesia NASA/JPL)

       















      Linhas Paralelas
      São visíveis dois grupos de formações paralelas que se intersectam quase em ângulos rectos. A regularidade deste terreno fez com que os cientistas o alcunhassem de terreno papel gráfico. Os fracos delineados são espaçados em intervalos de 1 quilómetro e estendem-se além dos limites da imagem. 

      Os mais brilhantes e mais dominantes delineados, são menos regulares e frequentemente parecem iniciar e terminar onde interceptam os delineados mais fracos. Ainda não é claro onde os dois conjuntos de delineados representam falhas ou fracturas porém, em áreas fora da imagem, os delineados brilhantes estão associados com crateras e outras formações vulcânicas. (Cortesia NASA/JPL)

       








      Fotografias da Superfície pelas Venera 9 e 10
      As sondas Soviéticas Venera 9 e 10 foram lançadas a 8 e 14 de Junho de 1975, respectivamente, para fazer algo sem precedentes: pousar na superfície de Vênus e obter fotografias. A Venera 9 tocou a superfície de Vênus a 22 de Outubro de 1975 às 17.13 horas, a cerca de 32 graus Sul, 291 graus Este, com o Sol perto do zênite. Funcionou durante 53 minutos, permitindo a obtenção de uma única fotografia.

      A Venera 9 pousou num declive com uma inclinação de cerca de 30 graus em relação ao horizonte. A parte branca na base da imagem é parte da sonda. A distorção é provocada pelo sistema de imagem da Venera. Pedras angulares, de tamanhos com 30 a 40 centímetros, dominam a paisagem, muitas semi-enterradas no solo. O horizonte é visível nos cantos superiores, tanto à esquerda como à direita.

      A Venera 10 (em baixo) tocou a superfície de Vênus a 25 de Outubro de 1975 às 17.17 horas, a cerca de 16 graus Norte, 291 graus Este. A sonda ficou com uma inclinação de 8 graus. Devolveu à Terra esta imagem durante os 65 minutos que operou na superfície. O Sol estava perto do zênite durante esse tempo, e a luz era semelhante a um dia de Verão na Terra.

      Os objectos na parte inferior da imagem são peças da sonda. A imagem mostra lajes de rocha, parcialmente cobertas por uma fina camada de material, não muito diferente a uma área vulcânica na Terra. A grande laje em fundo estende-se por mais de 2 metros.

       






      Fotografias Coloridas da Superfície pela Venera 13
      A 1 de Março de 1982 a Venera 13 tocou na superfície de Vênus a 7,5 graus Sul, 303 graus Este, a Este de Phoebe Regio. Foi a primeira missão Venera a incluir uma câmara de televisão a cores. A Venera 13 resistiu na superfície por 2 horas e 7 minutos, tempo suficiente para obter 14 imagens. 

      Esta imagem foi conseguida usando filtros de cor azul, verde e vermelho, com uma resolução de 4 a 5 minutos. Parte da sonda é visível na base da imagem. Estão visíveis lajes e solo. A verdadeira cor é difícil de avaliar, dado que a atmosfera de Vênus filtra a luz azul. 

      A composição da superfície é semelhante ao basalto da Terra. No terreno ao fundo está a tampa da lente. Esta imagem é a metade esquerda da fotografia da Venera 13.

      Rios de lava em Vênus

      2011-04-03

      Crédito: Projecto Magalhães, JPL, NASA.

      Esta imagem da superfície quente de Vénus mostra claros sinais de correntes de lava que se pensa terem ocorrido no passado. 
      A imagem foi obtida pela sonda Magalhães, uma sonda lançada em Maio de 1989 e que chegou a Vénus em Agosto de 1990.
      Durante mais de quatro anos, a Magalhães obteve mapas do planeta usando um radar que lhe permitiu cartografar 98% da sua superfície. A utilização de um radar justificou-se pela necessidade de penetrar na densa atmosfera de Vénus.
        Fontes:
        http://www.portaldoastronomo.org/aprender.php
        CDA-CDCC USP/SC 16/05/2000
        http://cdcc.sc.usp.br/cda/aprendendo-basico/sistema-solar/venus.html
        http://www.if.ufrgs.br/ast/solar/portug/venus.htm