domingo, 4 de dezembro de 2011

SÍRIUS - CMa, - A ALFHA CANIS MAJORIS



Sírio 
(Sirius, α CMa, α Canis Majoris, Alpha Canis Majoris)
com uma magnitude aparente de −1,46, 
localizada na constelação de Canis Major.

Talvez a mudança misteriosa da cor de Sirius tenha algo a ver com a estrela companheira de Sirius, já que ela é uma estrela binária. No início de 1844 o astrônomo alemão Friederich Bessel notou que Sirius não se movia no céu de uma forma reta, como as outras estrelas fixas, mas sim seguia um caminho serpenteado.

Bessel concluiu que Sirius teria uma companheira invisível cujos efeitos gravitacionais provocavam este comportamento. Foi somente em 1862 que esta companheira, chamada de Sirius B, foi realmente descoberta através de um telescópio e apareceu como um pequeno ponto de luz perto da luminosa Sirius A.

Na realidade, a descoberta desta segunda estrela, chamada também de Pup Star, apresenta um quebra cabeça para os astrônomos. Com base nos movimentos destas estrelas binárias, eles calcularam que Sirius A deveria ser 2,36 vezes e Sirius B 0,98 mais pesadas do que o Sol. No entanto, como a luz de Sirius B aparecia muito mais fraca que sua irmã maior (apesar de sua superfície ser extremamente quente), ela deveria ser muito menor, isto é, ela teria somente aproximadamente 18.000 milhas (30.000 km) ou aproximadamente duas vezes o diâmetro da Terra.

Esta grande quantidade de matéria
concentrada num espaço tão pequeno 
significa que a sua densidade seria muito maior 
do que se pudesse imaginar.


 Sírius Alfa e Beta

Pode ser vista a partir de qualquer ponto na Terra, sendo que, no Hemisfério Norte faz parte do Hexágono do Inverno.

Dista 2,6 parsecs (ou 8,57 anos-luz) da Terra, sendo por isso uma das estrelas mais próximas do nosso planeta. A sua estrela vizinha mais próxima é Procyon, à distância de 1,61 pc ou 5,24 anos-luz, com um espectro de tipo A0 ou A1 e uma massa cerca de 2,4 vezes maior que a massa do Sol.

A melhor época do ano para observação situa-se em meados do mês de janeiro, quando atinge o meridiano à meia-noite.


 Observação


X1
N14
M44
Hieróglifo de
Sírius/Sopdet





Sírius era conhecida no antigo Egito como Spodet (do grego: Sothis), está registrada nos registros astronômicos mais antigos. Durante o Médio Império, os egípcios tomaram como base de seu calendário o nascer helíaco de Sírus, ou seja, o dia em que ele torna-se visível pouco antes do nascer do Sol e estando suficientemente afastado do brilho dele.

Este evento ocorria antes da inundação anual do rio Nilo e do solstício de verão[1], após estar ausente do céu por setenta dias. O hieróglifo para Sothis é uma estrela e um triângulo. Sothis era relacionada com a deusa Ísis, enquanto o período de setenta dias com a passagem de Ísis e Osíris pelo tuat, o submundo egípcio.

Os gregos da antiguidade observaram que a aparência de Sírius poderia anunciar um verão quente e seco, e temeram que isso fizesse as plantas murcharem, enfraquecesse os homens e estimulasse o desejo nas mulheres. Por causa de seu brilho, foi observado que Sírius cintila mais nas condições meteorológicas instáveis do início do verão.

Para os observadores gregos isto eram emanações de influência maligna e pessoas que sofressem de seus efeitos eram ditos astroboletos (αστροβολητος) ou atingidos pela estrela. A estação seguindo a aparição da estrela foi chamada de Dias de Cão do verão.

Os habitantes da ilha de Ceos no Mar Egeu ofreciam sacrifícios a Sírius e a Zeus para trazerem brisas refrescantes enquanto aguardavam a aparência com que a estrela reapareceria no próximo verão. Se aparecesse fraca então emanaria pestes, do contrário traria boa sorte.

As moedas recuperadas do século III antes de Cristo mostravam cães ou estrelas cercados de raios, ressaltando a importância de Sírius. Os romanos celebravam o poente helíaco de Sírius por volta do dia 25 de abril, sacrificando um cão com incenso, vinho e um carneiro para a deusa Robigalia para que as emanações não trouxessem a ferrugem do trigo para as plantações[2].

Etimologia


O termo Sirius deriva do latim sīrius e do grego σείριος (seirios, "brilhante").

Sendo a principal estrela da constelação do “Cão Maior”, é muitas vezes apelidada de “Estrela do Cão” ou “Estrela Canina”.

Também é conhecida pelo nome latino “Canicula” (“pequeno cachorro”) e como الشعرى aš-ši’rā, em árabe, donde deriva o nome alternativo “Ascherre”.

Sistema binário


Sirius é uma estrela binária composta por duas estrelas brancas que orbitam entre si a uma distância de cerca de 20 UA (cerca de 3,109 bilhões de quilômetros), NB 5 aproximadamente a distância entre o Sol e Urano, e um período de cinquenta anos. 

O componente mais brilhante, Sirius A, é uma estrela branca do tipo espectral A1V seqüência principal, com uma temperatura estimada em 9.940 K.7 sua companheira, Sirius B, é uma estrela que tem evoluído e seqüência principal e se anã branca. Hoje é dez mil vezes menos luminosa no espectro visível, mas ao mesmo tempo foi a mais maciça do sistema dos.48 idade foi estimada em cerca de 230 milhões de anos. 
Acredita-se
que numa fase anterior da sua existência
foram duas estrelas brancas azuladas
cada viajando numa órbita elíptica cada 9,1 anos. 
A emissão de radiação infravermelha do sistema de Sirius é maior do que o esperado, como medido pelo observatório espacial IRAS, que pode ser prova de poeira no sistema e é considerado incomum para uma estrela binaria.49 50 A imagem do Chandra X-ray Observatory mostra eclipsando seu Sírius B, em teoria, o brilhante companheiro, desde que Sirius B é a mais poderosa fonte de raios X.


Uma comparação entre Sirius e do Sol Sirius tem uma massa cerca de 2,02 vezes a do Sol, 52 maio 1949 é 1,9891 · 1030 kg.53 O raio de Sírius A, 5,936 ± 0,016 mais, tem sido medida com interferómetro astronômicos.

Sua velocidade de rotação relativamente baixa de 16 km / s, 9, devido a que não houver um disco importante abaulamento, 54 ao contrário do que acontece com uma estrela de tamanho semelhante, Vega, que devido ao seu alto velocidade de rotação de 274 km / s tem um diâmetro muito mais proeminente equatorial um polar.55 Embora a magnitude aparente de Sirius é o maior do céu noturno como estrelas estão em causa, com sua magnitude -1,46,1 total é de 1,42, bem abaixo de seu vizinho Iota Canis Majoris, Belatriz e VY Canis Majoris. Sua idade é de cerca de 2-300 anos.5

Os modelos teóricos estelar indicam que uma estrela foi formada durante o colapso de uma nuvem molecular, e depois de 10 milhões anos, a sua geração interna de energia provém de reacções nucleares completamente. O núcleo tornou-se zona de convecção e utilização do ciclo CNO para gerar energía.54 Sirius é esperado para esgotar as reservas de hidrogênio em seu interior antes de um bilhão de anos após a formação. Em seguida, ele vai se tornar uma gigante vermelha e depois acabam por ser um anão blanca.56 

O espectro de Sirius 
revela as linhas de metal forte, 
ou seja, uma estrela rica em elementos mais pesados 
​​que o hélio, como hierro.49 54 
Em comparação com o Sol, a percentagem de ferro em comparação com a do hidrogênio em atmosfera de Sirius A é dada por:, 8, o equivalente a 100,5, o que significa que Sirius tem 316% da razão de hidrogênio de ferro na atmosfera do Sol. Por outro lado, é pouco provável que esse percentual elemento metálico é o mesmo em toda a estrela, pode ser suspenso em uma fina camada convectiva em superficie.

Comparação entre Sirius B e da Terra


Sirius B é uma anã branca tem uma massa aproximadamente igual à do nosso Sol (0,98 M ☉), maio de 1957, que classifica como uma das anãs brancas mais massivas que é notícia, porque normalmente a metade tem metade da massa solar um, só que isso deve ser acrescentado que, tendo a mesma massa do Sol, seu tamanho é bastante que a da Terra, 57, para que sua densidade é muito elevada.

A temperatura da superfície de Sirius B foi estimado em 25 200 K, 5, mas mesmo que esta temperatura é mais elevada do que a de Sirius, não há fontes domésticas de energia, assim a estrela vai esfriar gradualmente durante um período de mais de dois bilhões anos em que irradia o calor para o espaço exterior.58 

A magnitude aparente de Sirius B é tão 8,30,2 telescópio seria facilmente observável, se não estivéssemos impressionado com a magnitude maior do que Sirius A. Sua magnitude absoluta é baixa, a apenas 11,18.2 Um branco formas anão só depois de uma estrela se desenvolve a partir da seqüência principal e passar por uma fase de gigante vermelha. 

No caso de Sirius B, isso ocorreu quando a estrela tinha apenas metade da sua idade atual, cerca de 120 milhões de anos. Durante seu tempo na estrela da seqüência principal inicial de tipo B (ou B4-5), 59 60 teria uma massa de cerca de 5 M ☉ 0,5

No decurso de uma etapa intermediária de Sirius B, como uma gigante vermelha, Sirius poderia aumentaram a sua metalicidade. A composição de Sírius B é basicamente uma mistura de carbono e oxigênio a partir da fusão do hélio em seu início anterior.5 Um envelope convectivo de outros elementos mais leves, segregados de acordo com sua massa, como resultado da alta temperatura na superfície, de 61 anos, portanto, a atmosfera exterior de Sírius B é quase hidrogênio puro (o elemento mais leve) e não apreciar outros elementos do espectro desta estrela

História e mitologia


Do ponto de vista histórico, Sirius sempre foi o centro das atenções, fruto de um significado muito especial dado pelas mais diversas culturas.

Foi alvo de adoração sob a alcunha de Sothis no Vale do Nilo do Egipto, muito antes de Roma ter sido fundada, tendo sido construídos diversos templos de forma a permitir que a luz de Sirius penetrasse em seus altares internos. Crê-se que o calendário egípcio seria baseado na ascensão helíaca de Sirius, a qual ocorre um pouco antes das cheias anuais do rio Nilo e do solstício de verão.


Na mitologia grega, consta que os cães caçadores de Órion teriam sido elevados ao céu, pelas mãos de Zeus, na forma da estrela de Sirius ou do conjunto de constelações de Cão Maior e Cão Menor. Os antigos gregos também associavam Sirius ao calor do verão, apelidanndo-a de Σείριος (Seirios), geralmente traduzido como o escaldador, o que explicaria, por exemplo, a expressão calor do cão.


Na astrologia da Idade Média Sirius era a estrela fixa de Behenia, associada ao berilo e ao junípero, com o símbolo cabalístico listado por Heinrich Cornelius Agrippa.

Em 1909, Ejnar Hertzsprung sugeriu que Sirius fizesse parte de Ursa Major, contudo, pesquisas mais recentes realizadas por Jeremy King e outros na Universidade Clemson em 2003 questionam a veracidade dessa hipótese, visto que os dois componentes de Sirius aparentam ser muito jovens.

Sistema binário


Em 1844, Friedrich Wilhelm Bessel deduzira que Sirius era na verdade um sistema binário e em 1862 Alvan Graham Clark identificara a estrela companheira, apelidando-a de Sirius B ou, carinhosamente, “o cachorrinho”, sendo que as duas estrelas orbitam entre si separadas por 20 unidades astronômicas aproximadamente. A estrela visível a olho nu é actualmente referida como Sirius A.

Em 1915 astrônomos do Observatório de Monte Wilson determinaram que Sirius B era uma anã branca, a primeira a ser descoberta. Curiosamente, isso significa que Sirius B terá tido originalmente uma massa muito superior à de Sirius A.

Mistério

Existem alguns mistérios 
ainda por resolver no que respeita a Sirius,
nomeadamente:

  • Algumas irregularidades orbitais aparentes em Sirius B têm sido observadas desde 1894, sugerindo uma diminuta terceira estrela companheira, cuja existência ainda não foi confirmada.

  • Segundo antigas observações, Sirius terá sido descrita como uma estrela vermelha, ao passo que hoje em dia Sirius A é uma estrela branco-azulada. A possibilidade de ter ocorrido uma evolução estelar em ambas as estrelas, poderia explicar estas discrepâncias, sendo no entanto uma hipótese rejeitada pelos astrônomos, que se baseiam na tese que nega a possibilidade de ter ocorrido semelhante fenómeno no espaço temporal de apenas alguns milênios uma vez que não existem indícios de quaisquer rastros de nebulosidade, o que seria um sinal evidente de tal evolução. No entanto, uma explicação alternativa, também ligada ao misticismo ou às crença populares, se especula que a sua cor vermelha seria uma metáfora para má sorte.

  • Algumas correntes sugerem que a tribo Dogon de Mali teria conhecimento de uma ou mais estrelas companheiras invisíveis a olho nu antes de terem sido descobertas no século XIX por meio de cálculos astronômicos, o que tem sido fonte de especulação para ufólogos, descrito como tema principal no livro “The Sirius Mistery”, de Robert Temple.

  • Apesar de ter sido confirmado apenas em 1844 que se trata de um sistema binário, muitos gregos já consideravam Sirius como um elemento duplo, haja vista a lenda que gira em torno da estrela.

 

BEM-VINDO AO PROGRAMA DE OBSERVAÇÃO DO CÉU

Coordenador Científico do Programa: Dr. Carlos H Veiga
Administrador do Sistema Web: Rodrigo Cassaro


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Sirius (α CMa, α Canis Majoris, Alpha Canis Major

Tipo : Estelar
Ascensão Reta (J2000) : 06h 45m 08.9173s
Declinação (J2000) : -16g 42' 58''
Magnitude : -1.46
Distância ao Sol : 8,57 anos-luz
Constelação : Cão Maior


É um sistema estelar binário, composto por uma estrela brilhante, Sirius A, e uma companheira anã branca fraca, Sirius B. A distância que separa Sirius A de Sírus B varia entre 8,1 e 31,5 UA.

Sirius A tem aproximadamente duas vezes a massa do Sol. É 25 vezes mais luminosa que o Sol, mas tem uma luminosidade significativamente menor do que outras estrelas brilhantes, como Rigel. O sistema tem entre 200 e 300 milhões de anos.

Esta estrela pode ser vista a partir de qualquer ponto do nosso planeta. A melhor época do ano para observá-la é em fevereiro, quando passa pelo meridiano, próximo à meia-noite. É a principal estrela da constelação do "Cão Maior".

1 Unidade Astronômica (1UA)= 150.000.000 Km, que é a distância média do sistema Sol-Terra.

Divisão detividad
es Edacna

Referências

  1. Wendorf, Fred; Schild, Romuald. Holocene Settlement of the Egyptian Sahara: Volume 1, The Archaeology of Nabta Plain. [S.l.]: Springer, 2001. p. 500. ISBN 0306466120. Página visitada em 16 de maio de 2008.
  2. Ovídio. Fasti IV, linhas 901 à 942.

Ligações externas- Em Inglês

Li 
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Fonte:
Wikipédia

Divisão de AtividaObserdes Educacionais
Observatório Nacional
Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres.

Sejam abençoados todos os seres.

Mozart - sinfonia n°25 - FORS 1 DO VERY LARGE TELESCOPE





Mozart
- sinfonia n°25 -
transcription for synth

Imagem do Dia: Instrumento FORS1 do Very Large Telescope

03-01-2012

Crédito: European Southern Observatory (ESO).
Telescópio: Não se aplica.
Instrumento: Máquina fotográfica.
 
Vista geral do instrumento FOcal Reducer & low dispersion Spectrograph (FORS1), de cor amarela, colocado no foco Cassegrain do UT1, o primeiro dos quatro telescópios que constituem o Very Large Telescope (VLT), do Observatório Europeu do Sul (ESO), localizado no monte Paranal (Chile). 
 
Este instrumento foi montado em Setembro de 1998, encontrando-se em excelente condição desde então. 
 
As fases de teste e verificação do FORS1 duraram até Dezembro desse ano, tendo culminado nalgumas das famosas e espectaculares imagens já obtidas com o VLT. 
 
Este instrumento foi concebido para operar na gama de comprimentos de onda dos 330 aos 1100 nanometros, e pode fornecer imagens com duas resoluções espaciais, e portanto dois campos de visão: 6,8'x6,8' em modo normal, e apenas 3,4'x3,4' em modo de alta resolução (usando um colimador de alta resolução). Fotografia obtida a 5 de Dezembro de 1998. 
 
Note-se o tamanho do FORS1 em comparação com o técnico que se encontra ao seu lado. No topo da imagem, pode ver-se ainda parte da armação metálica que serve de suporte ao espelho primário de 8,2 metros. 


Enviado por em 19/07/2008
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