sexta-feira, 8 de julho de 2011

GALÁXIA ESPIRAL NGC 4013 - URSA MAIOR



Imagem do Dia: Galáxia espiral NGC 4013
2011-07-08

Crédito: NASA & The Hubble Heritage Team (STScI/AURA).
Telescópio: Hubble Space Telescope (NASA/ESA).
Instrumento: Wide Field Planetary Camera 2 (WFPC2).
 
NGC 4013 é uma galáxia espiral semelhante à nossa Via Láctea situada a cerca de 55 milhões de anos-luz de distância da Terra na direcção da constelação da Ursa Maior. Nesta imagem obtida com o Hubble, a sua estrutura espiral é pouco evidente dado estarmos a ver a galáxia de perfil. 

Apesar de estar a 55 milhões de anos-luz de distância, esta galáxia é maior que o campo de visão do Hubble, pelo que esta imagem mostra apenas cerca de metade da galáxia. Na imagem são visíveis nuvens escuras de poeira. 

Estas nuvens absorvem a luz das estrelas, parecendo dividir a galáxia em duas metades. 

A poeira diminui e avermelha a luz das estrelas. Através do estudo destes efeitos, os astrónomos são capazes de estimar a quantidade de poeira que existe nestas nuvens. 

Algumas delas contêm 
cerca de um milhão de massas solares.
Fonte:
NUCLIO-Portal do Astrónomo -Pt
http://www.portaldoastronomo.org/npod.php


terça-feira, 5 de julho de 2011

ESQUELETO DA TURBULÊNCIA

Pesquisadores brasileiros identificam as estruturas coerentes que formam o “esqueleto” dos fluxos turbulentos. Artigos foram publicados no Astrophysical Journal Letters (Foto: Chian/Rempel)
Especiais

Esqueleto da turbulência

Por Fábio de Castro

 – Dois estudos liderados por pesquisadores brasileiros e publicados na revista Astrophysical Journal Letters identificaram as estruturas coerentes que formam o “esqueleto” da turbulência.

Embora a turbulência seja um fenômeno que se caracteriza pela movimentação caótica das partículas de um fluido, existem técnicas capazes de identificar estruturas coerentes, permitindo a previsão desses movimentos.

Segundo os autores, estudos sobre a dispersão de cinzas vulcânicas, ciclones, tornados, tsunamis, ciclos solares, formação de planetas e estrelas, o Universo primordial e outras áreas tão diversas como o transporte de sangue em sistema cardiovascular e a fusão termonuclear controlada poderão se beneficiar das duas pesquisas.

Os trabalhos foram liderados pelo físico espacial Abraham Chian, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e pelo matemático computacional Erico Rempel, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP), em cooperação com um colega da Universidade de Estocolmo (Suécia) e um aluno de doutorado do Inpe.

Um dos estudos foi concluído durante a visita de Chian ao Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos, com apoio de uma bolsa da Fundação Guggenheim. O estudo contou com a participação de Pablo Muñoz, estudante de doutorado do Inpe, que recebeu prêmio de melhor trabalho de alunos durante o 9º Congresso Latino-Americano de Geofísica Espacial realizado na Costa Rica, em abril de 2011.

Os cientistas estudaram o campo magnético relacionado às estruturas coerentes da turbulência verificada no plasma solar. De acordo com Chian, utilizando os dados fornecidos pelos instrumentos a bordo de quatro sondas espaciais da missão Cluster , o grupo detectou em frente a uma nuvem magnética interplanetária duas estruturas coerentes na forma denominada como “lâminas de corrente”.

“A análise de dados de flutuações magnéticas na vizinhança dessas estruturas coerentes demonstrou que o vento solar exibe o comportamento de turbulência bem desenvolvida do tipo Kolmogorov, semelhante às turbulências encontradas na borda de uma máquina de plasma de fusão termonuclear, na atmosfera solar, no meio interestelar, em um túnel de vento e na copa da floresta amazônica, para citar alguns exemplos”, disse Chian à Agência FAPESP.
A caracterização da dinâmica da borda dianteira de uma nuvem magnética interplanetária é fundamental para o monitoramento e a previsão de clima espacial, uma vez que existe a evidência de que a tempestade magnética na Terra pode ser iniciada pela chegada de uma nuvem magnética proveniente de uma erupção solar.

“Os eventos extremos na natureza, tais como ciclones, tsunamis, a precipitação excessiva de chuvas em regiões localizadas, manchas solares e ejeções de massas coronais interplanetárias, estão relacionados às estruturas coerentes que dominam a dinâmica da turbulência e podem causar grandes impactos no clima terrestre, clima espacial e ambiente solar-terrestre”, explicou.

O segundo trabalho foi iniciado durante o estágio de pós-doutorado de Rempel na Universidade de Cambridge, com Bolsa da FAPESP, e contou com a colaboração de Chian e de Axel Brandenburg, professor do Instituto Nórdico de Astrofísica Teórica e da Universidade de Estocolmo (Suécia).

De acordo com Chian, Brandenburg é um dos pioneiros do modelo de dínamo cósmico. “Esse modelo de dínamo pode explicar a origem e a evolução de ciclos solares, por exemplo, o aparecimento de períodos prolongados de atividades calmas do Sol conhecidos como os Grandes Mínimos”, disse.

No estudo, o grupo investigou as estruturas coerentes lagrangianas da turbulência astrofísica, com base na simulação numérica de um modelo não-linear de dínamo.

As estruturas coerentes lagrangianas são linhas ou superfícies materiais que atuam como barreiras de transporte na turbulência. Inspirado pela teoria de caos, esse conceito foi introduzido há quase dez anos por George Haller, atualmente professor de engenharia mecânica da Universidade de McGill, no Canadá.

“Essa nova técnica não-linear permite uma visualização mais acurada da dinâmica e estrutura complexa de fluidos, que não seria possível usando as técnicas tradicionais baseadas em formalismo euleriano”, disse Chian.
Essas estruturas são determinadas por meio da computação do máximo expoente de Lyapunov de tempo finito, que fornece o valor médio da taxa máxima de divergência ou do alongamento entre as trajetórias das partículas num certo intervalo de tempo.

“Isso permite a identificação de trajetórias atrativas e repulsivas em imagens obtidas das simulações numéricas ou imagens reais do campo de velocidade de um fluido, revelando o esqueleto da turbulência que forma as barreiras para o transporte das partículas. Os cruzamentos entre essas barreiras são responsáveis pela mistura caótica de partículas”, disse.

Coerência no caos
O estudo de estruturas coerentes lagrangianas, segundo os autores, tem aplicações em diversas áreas, por exemplo, a previsão do movimento dos poluentes na atmosfera e no mar, a migração dos fitoplânctons no oceano, o fluxo aperiódico em furacões, a interação entre o fluido e a estrutura no entorno das válvulas cardíacas e o plasma termonuclear em máquinas de confinamento magnético.

De acordo com Rempel, o grupo brasileiro foi o primeiro a introduzir essa nova técnica para a astrofísica. Usando as imagens da turbulência de plasma simuladas para modelar a geração do campo magnético nas camadas convectivas do Sol e de outras estrelas, foi comprovado pelo estudo que as estruturas coerentes lagrangianas são capazes de distinguir nitidamente os detalhes da complexidade da distribuição espacial de barreiras de transporte entre dois regimes diferentes do dínamo.

Desde que o conceito foi desenvolvido por Haller, a técnica foi aplicada para problemas de fluidos, tanto em simulações como em dados observacionais voltados para dispersão de poluentes nos oceanos, por exemplo, mas não tinham ainda sido utilizadas, no campo da astrofísica, em fluidos com campo magnético”, disse Rempel.

Essas estruturas coerentes marcam certas direções preferenciais das partículas de fluidos em movimento. Quando um poluente é arrastado pelos vórtices e correntes do oceano a identificação das estruturas coerentes permite detectar linhas de atração que possibilitam prever para onde o fluido irá se movimentar. O mesmo fenômeno pode acontecer, por exemplo, com as cinzas expelidas na atmosfera por um vulcão.

“No enfoque da astrofísica, nosso objetivo era saber qual o impacto do campo magnético sobre os movimentos turbulentos do plasma de uma estrela”, disse Rempel, que coordenou o projeto Simulação numérica e análise de transição para turbulência em plasmas espaciais: uma abordagem baseada em sistemas dinâmicos, apoiado pela FAPESP por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular.

Segundo ele, na camada convectiva do Sol, uma região intensamente turbulenta, as partículas se movimentam como se estivessem aprisionadas em vórtices. As estuturas coerentes lagrangianas marcam as fronteiras desses vórtices, delimitando as regiões do fluido entre as quais as partículas não se misturam.

“Quando fazemos o estudo das estruturas coerentes, vemos que algumas partículas podem se cruzar, passando para outras regiões do fluido. No caso da estrela, observamos que, quando o campo magnético ficava mais forte, existiam menos cruzamentos – isto é, a turbulência diminuía”, disse.
Esses resultados, segundo Rempel, foram obtidos a partir de uma simulação ainda bastante simplificada.

“A partir desse modelo acadêmico,
vamos agora procurar estender essa aplicação 
a modelos mais realistas 
da camada convectiva do Sol”, 
Os artigos Detection of current sheets and magnetic reconnections at the turbulent leading edge of an interplanetary coronal mass ejection, (doi: 10.1088/2041-8205/733/2/L34), de Abraham Chian e Pablo Muñoz, e Lagrangian coherent structures in nonlinear dynamos, de Erico Rempel, Abraham Chian e Axel Brandenburg (doi: 10.1088/2041-8205/735/1/L9), podem ser lidos por assinantes do Astrophysical Journal Letters.
Agência FAPESP
 http://agencia.fapesp.br/14116 - 04-07-2011
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quinta-feira, 30 de junho de 2011

TELESCÓPIO MOSTRA NEBULOSA BERÇÁRIO



Ciência

Telescópio mostra nebulosa berçário

Por Paula Rothman

São Paulo – À primeira vista, as duas nuvens verdes na imagem acima parece ser a região formadora de estrela registrada pelas lentes infravermelhas do Telescópio Espacial Spitzer, da Nasa. 

No entanto, elas são apenas as cavidades formadas na grande nebulosa escura, através das quais a luz de jovens estrelas passa e pode ser registrada.
 
Conhecidas como Messier 7, elas são uma espécie de buraco no grande disco de poeira que as cerca. É ele quem fornece material para a formação de jovens estrelas (os pequenos pontos vermelhos na imagem), cuja luz cava os buracos.

A estrutura é facilmente visível com um pequeno telescópio – basta olhar na constelação de Órion, a nordeste do cinturão.  No entanto, a imagem só pode ser vista dessa forma em infravermelho. 

Na luz visível, ela se parece mais com um aglomerado escuro.  

As lentes do Spitzer conseguem revelar o que a poeira esconde e a luz em comprimentos específicos: o azul representa comprimentos de 3.6 e 4.5 microns, o verde mostra a luz a 5.8 e 8 microns, e o vermelho a 24

Fonte:
INFO Online
http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/telescopio-mostra-nebulosa-bercario-30062011-12.shl
NASA/JPL-Caltech
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quarta-feira, 29 de junho de 2011

4 MISTÉRIOSOS PONTOS OCEÂNICOS

 

4 Misteriosos pontos oceânicos   


Você provavelmente já ouviu falar do Triângulo das Bermudas, área oceânica famosa por fazer barcos desaparecem misteriosamente. Infelizmente, esse não é o único lugar com segredos obscuros e atividade (aparentemente) paranormal. Mais regiões das águas já passaram por situações inexplicáveis. Confira:

1 – Triângulo das Bermudas

O Triângulo das Bermudas, uma região da parte ocidental do Atlântico Norte, é definido pelos seus pontos em Bermuda, Flórida e Porto Rico. A área tem uma longa reputação de misteriosamente engolir barcos, navios e até aviões.
Algumas pessoas acreditam que a região contém um buraco para outra dimensão, enquanto outros dizem que a área é um local de atividade OVNI e que alienígenas estariam abduzindo os barcos perdidos.

A primeira vez que o Triângulo das Bermudas atraiu atenção foi em dezembro de 1945, quando cinco aviões da marinha dos Estados Unidos desapareceram durante um exercício de treinamento. Antes de perder contato com o rádio e desaparecer em algum lugar ao largo da costa do sul da Flórida, o líder do voo teria dito: “Estamos entrando em águas brancas, nada parece familiar”. Nunca mais se ouviu falar dos 14 homens. 

Mesmo a aeronave de busca e resgate com 13 homens a bordo, enviada para localizar os aviões desaparecidos, também desapareceu inexplicavelmente. 

Desde então, o desaparecimento de embarcações na área, incluindo um navio-tanque americano transportando uma tripulação de 39 pessoas em 1963, e um navio americano com 309 tripulantes em 1918, ficaram conhecidos e o Triângulo das Bermudas virou tópico de assombração.

2 – Mar dos Sargaços

Não há costa no Mar dos Sargaços, uma região no meio do oceano Atlântico Norte cercada por correntes oceânicas. As correntes marinhas depositam plantas e lixo no Mar dos Sargaços, fazendo com que seja cheio de sargaço, um gênero de alga marrom denso e invasivo. Devido ao acúmulo de algas e ao isolamento criado pelas correntes, o mar permanece estranhamente quente e calmo, apesar de estar rodeado por águas geladas e agitadas. 

A estranha calma contribui para o mistério da área, já que vários navios foram encontrados à deriva, sem nenhuma tripulação, nas suas águas pacíficas. Em 1840, o navio mercante francês Rosalie navegou pelo Mar dos Sargaços e foi descoberto mais tarde com suas velas em pé, mas sem tripulantes a bordo. 

Em um esforço para explicar os desaparecimentos misteriosos, o folclore do século XIX dizia que as algas do mar eram carnívoras, e devoravam os marinheiros, deixando somente os navios.

3 – Mar do Diabo, Japão

O Mar do Diabo, também conhecido como “Triângulo das Bermudas do Pacífico” ou “Triângulo do Dragão”, por causa de antigas lendas sobre dragões que viviam na costa do Japão, é uma região do Pacífico em torno da ilha Miyake, ao sul de Tóquio. 

Durante o final de 1980, o autor Charles Berlitz escreveu o livro “O Triângulo do Dragão” sobre fenômenos paranormais que ele acreditava ter ocorrido no Mar do Diabo. Ele escreveu que o Japão perdeu cinco embarcações militares com um total de mais de 700 velejadores durante os anos entre 1952 e 1954, e que a área foi declarada oficialmente uma zona de perigo. 

Investigações posteriores sobre as alegações de Charles descobriram que os navios eram na verdade de pesca, alguns dos quais haviam desaparecido fora do Mar do Diabo. Além disso, os pesquisadores apontaram que, durante o período de tempo em que os navios desapareceram, centenas de barcos de pesca se perderam ao redor do Japão devido às condições meteorológicas e à pirataria – não por causa de atividade sobrenatural ou dragões míticos. Ainda assim, a reputação do Mar do Diabo como uma área perigosa permanece.

4 – Triângulo de Michigan

O Triângulo de Michigan fica no lago Michigan, cujo litoral se estende pelos estados americanos de Illinois, Michigan, Indiana e Wisconsin. Obviamente não é um ponto oceânico como diz o título do artigo.

A área tem sido responsabilizada pelo desaparecimento misterioso de navios e aviões e suas tripulações inteiras. 

Alguns relatam que, enquanto navegavam ao longo do Triângulo, o tempo parecia ter parado, ficado mais lento ou acelerado. Em 1937, o desaparecimento do capitão George Donner criou de vez o status de lugar estranho ao Triângulo de Michigan. 

Durante uma entrega de carvão de rotina, Donner deu ordens para sua equipe acordá-lo quando o navio fosse chegar ao porto. Três horas depois, os marinheiros foram a sua cabine, mas Donner tinha desaparecido, apesar do fato de que a porta da cabine estava trancada por dentro. 

Em 1950, o voo 2501 da Northwest Airlines desapareceu enquanto voava de Seattle sobre o Triângulo de Michigan, com destino a Nova York. Com 58 pessoas a bordo, o avião sumiu no ar. Os passageiros e o avião nunca foram encontrados novamente.[LifesLittleMysteries]


Natasha Romanzoti tem 21 anos, é estudante de jornalismo, apaixonada por futebol (e corinthiana!) e livros de suspense, viciada em séries e doces e escritora nas horas vagas.

hyperciencia
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sábado, 18 de junho de 2011

MISTÉRIO DA FÍSICA A SER SOLUCIONADO

Cientistas perto de solucionar um dos maiores mistérios da física
 

Mistério da física está mais próximo de ser solucionado

Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/06/2011
De onde veio toda a matéria do Universo? E para onde foi a antimatéria?
Este é um dos maiores mistérios da física moderna.

É por isso que a comunidade científica está tão entusiasmada com o anúncio de uma descoberta feita por um experimento conhecido com Superkamiokande, no Japão.

Os resultados indicam uma intrigante nova propriedade das enigmáticas partículas conhecidas como neutrinos.

Oscilações do neutrino
Existem três tipos, ou sabores, de neutrinos - neutrino do elétron, neutrino do múon e neutrino do tau.

Experiências anteriores têm demonstrado que estes diferentes sabores de neutrinos podem, espontaneamente, transformar-se um no outro, um fenômeno chamado de "oscilação" de neutrinos.

Dois tipos de oscilações já foram observados, mas em seu primeiro período completo de funcionamento, o experimento T2K (Tokai-to-Kamioka) já encontrou indícios de um novo tipo de oscilação - o aparecimento de neutrinos de elétrons em um feixe de neutrinos do múon.

Um feixe de neutrinos do múon foi gerado no acelerador de prótons J-PARC, localizado em Tokai, e dirigido ao longo de 295 quilômetros até o detector subterrâneo Superkamiokande, localizado na costa leste do Japão.
Uma análise dos eventos induzidos por neutrinos no Superkamiokande indica que uma pequeno número dos neutrino do múon - seis, exatamente - transformaram-se em neutrinos do elétron durante a viagem.
Isto significa que agora já se observou experimentalmente que os neutrinos podem oscilar em todas as formas possíveis.

Partículas e anti-partículas
Esse nível de complexidade abre a possibilidade de que as oscilações de neutrinos e suas anti-partículas (chamadas de anti-neutrinos) possam ser diferentes.

E se as oscilações dos neutrinos e dos anti-neutrinos são diferentes, isso seria um exemplo do que os físicos chamam de violação de CP (carga-paridade).
Isto poderia ser a chave para explicar porque há mais matéria do que antimatéria no Universo - um excesso de uma delas não deveria acontecer dentro das leis conhecidas da física.

Cientistas perto de solucionar um dos maiores mistérios da física
Nesse diagrama projetado do cilindro de sensores do SuperKamiokande, cada ponto colorido mostra um fotomultiplicador que detecta luz. Os neutrinos do elétron interagem com a água no detector para produzir elétrons, que induzem "chuveiros eletromagnéticos", emitindo luz de Cherenkov, que é detectada por uma estrutura em formato de anel. [Imagem: SuperKamiokande Team]
 
"Quase certamente"
O experimento funcionou de janeiro de 2010 até 11 de março deste ano, quando foi drasticamente interrompido pelo terremoto japonês.

Seis eventos de neutrinos do elétron foram observados claramente nos dados anteriores ao terremoto - na ausência de oscilações, deveria ter sido apenas 1,5.

Ainda que tal excesso só pudesse acontecer por acaso cerca de uma vez em cem, ele não é suficiente para confirmar uma descoberta real em física - a observação é chamado de "indicação".

"As pessoas às vezes pensam que as descobertas científicas são como interruptores de luz, que passam de desligado para ligado, mas, na realidade, elas vão do 'talvez' ao 'provavelmente', e daí para 'quase certamente' conforme você obtém mais dados. Agora nós estamos em algum lugar entre o 'provavelmente' e o 'quase certamente'," explicou o professor Dave Wark, do Imperial College London e membro do T2K.
Fonte:
INOVAÇÃO Tecnológica
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=universo-holografico-holograma&id=010130090130


A TERRA É REDONDA. MAS O UNIVERSO É PLANO?


Espaço

A Terra é redonda. Mas o Universo é plano?

Eugenie Samuel Reich/New Scientist - 22/07/2009
A Terra é redonda. Mas o Universo é plano?
"Hoje nós chamamos os defensores da Terra plana de ignorantes, mas estamos prestes a cometer um erro quase idêntico - não com relação ao nosso planeta, mas em relação do universo inteiro," diz o cientista.[Imagem: Fredrik]   
 
Por séculos, os antigos acreditaram que a Terra era plana. As evidências em contrário eram ou ignoradas ou facilmente integradas na visão dominante do mundo.

Hoje nós chamamos os defensores da Terra plana de ignorantes, mas estamos prestes a cometer um erro quase idêntico - não com relação ao nosso planeta, mas em relação ao universo inteiro.
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Universo plano
Quando se trata do universo, "plano" refere-se ao fato de que os feixes de luz viajam longas distâncias paralelos uns aos outros. Se o universo for "plano", os feixes permanecerão sempre paralelos. Entretanto, matéria, energia e energia escura, todos produzem curvaturas no espaço-tempo. Se o espaço-tempo do universo é positivamente curvado, como a superfície de uma esfera, os feixes paralelos deverão se juntar. Se for negativamente curvado, em um universo em forma de sela, os feixes paralelos deverão divergir.

Graças em parte à sonda espacial WMAP (Wilkinson Microwave Anisotropy Probe), que revelou a densidade da matéria e da energia nos estágios iniciais do universo, a maioria dos astrônomos está confiante em que o universo é plano.
Interpretação incorreta dos dados
Mas esta visão está sendo agora questionada por Joseph Silk e seus colegas da Universidade de Oxford, que afirmam que é possível que as observações da WMAP tenham sido interpretadas de forma incorreta.

Em um artigo publicado no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, eles pegaram dados da WMAP e de outros experimentos cosmológicos e os analisaram usando o teorema de Bayes, que pode ser usado para mostrar como a certeza associada a uma determinada conclusão é afetada por diferentes pressupostos iniciais.

Usando os pressupostos da moderna astronomia, que pressupõe um universo plano, eles calcularam a probabilidade de que o universo esteja em um de três estados: plano, positivamente curvado e negativamente curvado. Isto produziu uma probabilidade de 98% de que o universo seja de fato plano.
Quando eles rodaram novamente os cálculos usando uma postura mais mente-aberta, entretanto, a probabilidade mudou para 67%, tornando o universo plano uma certeza muito menos convincente do que os astrônomos concluem.

Preconceitos
"É uma hipótese plausível que o universo não seja inteiramente plano," diz Silk, acrescentando que os cálculos revelam o quanto os preconceitos dos astrônomos podem afetar suas conclusões.

David Spergel, da Universidade de Princeton, e porta-voz da equipe da WMAP, concorda. "Eles desenvolveram uma forma estatisticamente rigorosa de examinar a questão," disse ele.

Silk afirma que os astrônomos precisam alcançar um nível de segurança de 99,9999% com relação ao universo plano, o que seria alto o suficiente para resultar convincente quaisquer que fossem as hipóteses iniciais. É possível, entretanto, que nenhuma medição seja capaz de atingir esse nível de precisão.

Para conhecer uma forma totalmente diferente de conceber o nosso universo, veja a reportagem Nosso Universo pode ser um gigantesco holograma.

Nosso Universo pode ser um gigantesco holograma

Redação do Site Inovação Tecnológica - 30/01/2009
Nosso Universo pode ser um gigantesco holograma
Componentes ópticos que guiam o feixe de laser do experimento GEO600, destinado a detectar ondas gravitacionais.[Imagem: MPI for Gravitational Physics] 
 
  Há sete anos, os cientistas do experimento GEO600, instalado na Alemanha, vêm procurando por ondas gravitacionais. Eles ainda não encontraram nenhuma, mas podem ter feito, por acaso, uma das maiores descobertas da física nos últimos 50 anos.

As ondas gravitacionais, previstas por Einstein, são oscilações no tecido do espaço-tempo causadas por objetos astronômicos superdensos, como estrelas de nêutrons ou buracos negros (veja Jóia de precisão vai ajudar a detectar ondas gravitacionais).

Convulsões quânticas
Nessa busca, os cientistas do GEO600 depararam-se com um efeito inexplicável: uma espécie de ruído captado continuamente pelo seu gigantesco detector, que mergulha a cerca de 600 metros de profundidade terra adentro.
Agora, Craig Hogan e seus colegas acreditam ter encontrado a explicação para esse ruído. "Parece que o GEO600 está sendo atingido pelas convulsões quânticas microscópicas do espaço-tempo," diz ele.

Segundo os pesquisadores, eles podem ter se deparado com os limites fundamentais do espaço-tempo - o ponto onde o espaço-tempo deixa de se comportar como o suave contínuo descrito por Einstein, e se transforma em "grânulos", da mesma forma que uma foto em um jornal se dissolve em pontos de tinta à medida que se faz um zoom sobre ela.

Holograma cósmico
"Se o resultado do GEO600 é o que nós suspeitamos que seja, então nós estamos todos vivendo em um gigantesco holograma cósmico," diz Hogan.
A ideia de que vivemos em um holograma pode parecer absurda inicialmente, mas ela é uma extensão natural das atuais teorias sobre os buracos negros e dos nossos melhores entendimentos sobre a estrutura do cosmos.

Ou seja, ela está de acordo com as teorias da física aceitas por virtualmente toda a comunidade científica. Na verdade, essa ideia de um universo holográfico foi sugerida ainda nos anos 1990, por Leonard Susskind e Gerard't Hooft.

Evaporação dos buracos negros
Nos anos 1970, Stephen Hawking demonstrou que os buracos negros não eram realmente negros, podendo emitir uma radiação que, ao longo de eras, poderia fazê-los evaporar inteiramente e desaparecer.

O problema é que a radiação de Hawking não carregaria nenhuma informação sobre o buraco negro e, quando ele finalmente evaporasse por inteiro, toda a informação sobre a estrela que colapsou para formá-lo estaria irremediavelmente perdida.

Isso contraria 
o princípio largamente aceito
de que a informação 
nunca pode ser destruída.

Jacob Bekenstein logo propôs uma solução para esse paradoxo da informação dos buracos negros. Segundo ele, a entropia do buraco negro - que pode ser entendida como o conteúdo de informações do buraco negro - é proporcional à área superficial do seu horizonte de eventos, uma espécie de fronteira imaginária, além da qual nada escapa à gravidade do buraco negro.

Universo holográfico
Trabalhos teóricos posteriores demonstraram que ondas quânticas microscópicas poderiam codificar as informações do interior do buraco negro na superfície bidimensional de seu horizonte de eventos.
Estava então aberto o caminho para a ideia de um universo holográfico, uma vez que toda a informação tridimensional da estrela precursora do buraco negro poderia estar registrada em uma espécie de holograma 2D.
Para propor um universo holográfico, Leonard Susskind e Gerard't Hooft estenderam esse princípio para todo o Universo.

Desta forma, toda a informação contida no Universo, inclusive os raciocínios que você está desenvolvendo ao ler esta matéria, estariam codificadas bidimensionalmente na esfera imaginária que circunda nosso Universo.
Exatamente como o holograma encontrado no seu cartão de crédito, podendo mostrar a informação tridimensional completa - seus raciocínios, inclusive - a partir de um desenho 2D.

Interpretações
Para que a teoria seja verdadeira, a esfera imaginária que representa a fronteira final do nosso Universo deve conter uma espécie de "pixels cósmicos," pequenos quadrados, cada um dos quais contendo um bit de informação.
São esses pixels cósmicos que Hogan acredita que o experimento GEO600 está registrando. É importante perceber que o cientista não afirma que o ruído seja uma "evidência" de que vivamos em um Universo holográfico. 

O ruído pode ser só ruído mesmo,
de uma fonte interna 
do experimento ainda não localizada.

O que Hogan afirma com todas as letras é: a proposta de um Universo holográfico está de acordo com todas as atuais teorias da física e o ruído captado pelo GEO600 faz sentido como uma explicação dos bits de informação bidimensional gravados na esfera imaginária que nos envolve.

Ao final, olhar para os dados com outra perspectiva pode ser uma mera questão de mudar o holograma de posição e passar a ver outra imagem.

Mistério da física está mais próximo de ser solucionado

Telescópio ESO fotografa galáxia parecida com a Via Láctea

A imagem poderia ser um cartão postal da nossa Via Láctea enviado por um amigo extragaláctico, uma vez que esta galáxia é muito semelhante à nossa.  01/06/2011  Leia mais...

Telescópio capta chuva de cristais em estrela em formação

Minúsculos cristais de um mineral verde, chamado olivina, estão caindo como chuva sobre uma proto-estrela, uma estrela nascente.  27/05/2011  Leia mais...

Estrela solitária é três milhões de vezes mais brilhante que o Sol

Todas as "super-estrelas" anteriormente descobertas foram encontradas em enxames estelares, mas este verdadeiro farol cósmico brilha em seu próprio esplendor solitário.  25/05/2011  Leia mais...
 INOVAÇÃO Tecnológica
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=universo-holografico-holograma&id=010130090130
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