domingo, 21 de fevereiro de 2010

AFEGANISTÃO E OBAMA

 

mundo / Afeganistão

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21/02/10 - 14h39 - Atualizado em 21/02/10 - 14h45

Resistência talibã está um pouco abalada no Afeganistão, diz general dos EUA

Ela é 'formidável, mas um pouco desarticulada', segundo Petraeus.
Tropas da Otan fazem ofensiva contra redutos do movimento no sul.
Da AFP
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O general norte-americano David Petraeus, que comanda as tropas do país no Iraque e Afeganistão, afirmou neste domingo (21) que a resistência dos talibãs à ofensiva militar liderada pelos Estados Unidos é "formidável, mas um pouco desarticulada".

"Alguns deles se surpreenderam pela maneira como a operação é conduzida. Mas sem dúvidas há batalhas duras", disse Petraeus, diretor do Comando Central dos Estados Unidos, ao programa de televisão da NBC "Meet the Press".

Foto: AFP

Soldados britânicos durante ofensiva na região afegã de Marjah neste domingo (21). (Foto: AFP)

A operação Mushtarak, o primeiro teste da nova estratégia do presidente Barack Obama, entrou na segunda semana com lutas armadas e minas espalhadas que atrasam as tentativas para controlar as áreas de Nad Ali e Marjah na província de Helmand, sul do Afeganistão.

Petraeus advertiu os talibãs que este é apenas o início de uma campanha de longo prazo ordenada por Obama e aplicada pelo general Stanley McChrystal, que leva os 113 mil militares dos Estados Unidos e da Otan a combater os insurgentes.

Leia mais notícias sobre o Afeganistão

 

' Bilderbergues ' do mundo , uni-vos !

 








“No Iraque Pós-Guerra, Usar as Forças Militares para Defender Interesses Vitais dos EUA, Não para a Reconstrução da Nação” — Fundação Heritage

E caso não tenham percebido a ideia, o mesmo documento da Fundação Heritage, datado de 25 de Setembro de 2002 prossegue dizendo-nos,

“Proteger as infra-estruturas iraquianas de sabotagem interna ou de ataques estrangeiros para recolocar o Iraque nos mercados globais da energia e para assegurar que os EUA e os mercados mundiais de energia tenham acesso aos seus recursos.”[1]

Tudo o que disser o contrário na imprensa estatal ou corporativa é apenas propaganda e/ou mentiras. Ponto final parágrafo.

Oleando as engrenagens do capitalismo com petróleo

O ponto de viragem no qual o petróleo tomou o lugar central aconteceu significativamente quando se iniciou o século XX e os navios imperiais mais poderosos, os alemães e os britânicos, deixaram o carvão e passaram e utilizar o petróleo. A partir desse ponto os destinos da Pérsia e do mundo árabe tornaram-se irrevogavelmente centrais para as ambições imperialistas ocidentais. Foi tanto assim que até à data estamos a viver (e a morrer) com os resultados, mais notavelmente os palestinianos e os iraquianos, sem esquecer as duas Guerras Mundiais onde o petróleo foi fulcral para todos as partes em combate, não apenas para a luta como para o controlo.

“Raramente discutido, no entanto, é o facto dos objectivos geo-políticos estratégicos da Grã-Bretanha, muito antes de 1914, incluírem não apenas o esmagamento o seu maior rival industrial, a Alemanha, mas, pela conquista através da guerra, o assegurar um controlo britânico inquestionável sobre o precioso recurso que, já em 1919, provava ser a matéria-prima estratégica de futuros desenvolvimentos económicos – o petróleo.” — ‘A Century of War’, F William. Engdahl, pág.38.[2]

O petróleo aumentou o alcance dos navios imperiais para dar a volta ao globo sem necessidade de reabastecimento, permitindo que a marinha britânica tomasse controlo dos oceanos e rotas comerciais do mundo. Um dos objectivos da Primeira Guerra Mundial era negar à Alemanha o acesso aos campos petrolíferos recém-descobertos onde agora é o Irão. Isto significava controlar o acesso ao Médio Oriente onde os britânicos controlavam o Canal do Suez (‘roubado’ aos franceses), o que eventualmente determinou o destino do povo da Palestina e de todo o Médio Oriente.

Claro que o petróleo é apenas um componente mas sem ele nada funciona, muito menos um exército mecanizado. Sem petróleo não há nada daquilo que o mundo moderno está dependente.

‘O jornal Energy Bulletin de 17 de Fevereiro de 2007 assinala que o consumo de petróleo dos aviões, barcos, veículos e instalações do Pentágono fazem dele o maior consumidor de petróleo do mundo. Nessa altura, a marinha dos EUA tinha 285 barcos de combate e de apoio e cerca de 4000 aviões em operação. O exército dos EUA tinha 28,000 veículos blindados, 140,000 veículos multi-usos de alta mobilidade, mais de 4,000 helicópteros de combate, várias centenas de aeronaves e uma frota de 187493 veículos. Exceptuando os 80 submarinos e porta-aviões nucleares, que libertam poluição radioactiva, todos os outros veículos consomem petróleo.’[3]

Os meios de comunicação corporativos, se alguém grita ‘Petróleo!’ quando se fala do Iraque, querem que acreditemos que essa pessoa é uma espécie de maluco, daqueles que são raptados por Ovnis, nada mais nada menos que uns adeptos da ‘teoria da conspiração’.

Em 2003, quando os EUA e o Reino Unido invadiram o Iraque, eu fiquei espantado com os argumentos desesperados da imprensa corporativa de que a invasão não tinha nada a ver com o petróleo, acusando os que afirmavam que o petróleo tinha tudo a ver com a invasão, de serem uns loucos adeptos da teoria da conspiração a obviamente a viverem na Área 51.

“Abundam as teorias da conspiração …. Outros defendem que foi por causa do petróleo…. Teoria que não faz sentido.” — The Independent, 16 de Abril de 2003.

Pelo contrário, as empresas do petróleo não se fizeram rogadas em vir falar sobre o papel fulcral do petróleo na invasão do Iraque, ecoando o que disseram os engravatados da Fundação Heritage:

“Eu diria que especialmente as empresas petrolíferas dos EUA… anseiam por um Iraque aberto ao negócio [depois do derrube de Saddam],” disse um executivo de uma das maiores empresas petrolíferas do mundo.”

“O que eles [os neo-conservadores do governo Bush] têm na ideia é a desnacionalização, e a divisão em parcelas do petróleo iraquiano para as empresas americanas. Nós conquistamos o Iraque, instalamos o nosso regime, produzimos petróleo ao máximo e dizemos à Arábia Saudita que vá para o inferno.” James E. Akins, antigo embaixador dos EUA na Arábia Saudita.

“Irá provavelmente ditar o fim da OPEP.” Shoshana Bryen, director de projectos especiais do JINSA (Instituto Judeu para Assuntos de Segurança Nacional), isto é, depois da queda do Iraque e da privatização do seu petróleo.

“As empresas americanas terão uma grande oportunidade com o petróleo do Iraque,” Ahmed Chalabi no jornal Washington Post.

Em “O Futuro do Iraque Pós-Saddam: Um Plano para o Envolvimento Americano”, uma série de documentos de Fundação Heritage, é desenvolvido um plano para a privatização do petróleo do Iraque e de facto para a privatização de toda economia iraquiana.[4]

Será uma conspiração? Bem, isso depende de como definem essa palavra. As definições do dicionário são estas:

o acto de conspirar.
um plano malévolo, ilícito, traiçoeiro, ou subreptício formulado em segredo por duas ou mais pessoas;uma combinação de pessoas com um propósito secreto, ilícito, ou malévolo.

Jur. um acordo entre duas ou mais pessoas para cometerem crime, fraude, ou outro acto incorrecto.

Qualquer concorrência de acções; conluio para obter um dado resultado.

Eu penso que todas colectivamente se encaixam na descrição da invasão do Iraque, afinal Bush e Blair conspiraram para burlar o mundo através da fabricação de provas sobre as armas de destruição em massa do Iraque de modo a invadirem ilegalmente o país. Eles conspiraram (com outros) para destruir um país e roubar os seus recursos, ergo: uma conspiração.

Dito isto, há aqueles que vão muito mais longe, afirmando que há uma conspiração global que já remonta desde há cem anos entre as classes políticas dos Estados Unidos e do Reino Unido que, em conjunto com poderosos banqueiros e conglomerados da energia, conseguiram controlar o planeta, os seus recursos, mercados e trabalhos. Mas será isso uma conspiração ou é meramente o imperialismo a fazer o que sabe melhor: roubar, matar e colonizar? Por outras palavras, precisamos de uma conspiração para explicar os acontecimentos? E se realmente existe uma conspiração há mais de cem anos? Isso não muda nada, continuamos a confrontar-nos com as mesmas forças.

O que é preciso perguntar é: Por que é que os meios de comunicação corporativos/estatais insistem em usar a palavra conspiração para ridicularizar quem questione a ortodoxia vigente? A resposta é imediatamente óbvia: a palavra conspiração foi distorcida de modo a não significar a sua definição do dicionário, mas sim tudo o que desafie as razões apresentadas pelos nossos mestres políticos sobre o funcionamento das coisas.

A História está repleta de todo o género de conspirações estatais e/ou corporativas, desde o Incêndio no Reichstag à provocação no Golfo de Tonkin, ou ao derrube feito pela CIA/ITT de Allende no Chile, às não existentes armas de destruição em massa do Iraque, daí a necessidade de não deixar que se estabeleça uma ligação entre o petróleo e o Iraque/Irão/Afeganistão, só para o caso das pessoas chegarem às conclusões certas sobre por que é que acontecem as coisas.

A linguagem é assim mutilada para servir os objectivos da classe corporativa, isto com a ajuda dos verdadeiros doidos das conspirações, que vêm tudo como uma conspiração, por vezes iniciadas há séculos atrás e que envolvem cabalas secretas de um ou de outro tipo. Ligar a esquerda a esta malta serve para degradar o nosso argumento e seguramente é esse o objectivo.

Não há dúvidas que a classe criminosa internacional traça ligações, projecta e planeia. É isso que o Council on Foreign Relations [Conselho de Relações Estrangeiras - EUA] (CFR) faz, tal como a Chatham House (Instituto Real de Assuntos Internacionais), o equivalente no Reino Unido, e ambas as organizações foram montadas no início do século XX com o fortalecimento da ‘Aliança Anglo-Saxónica’. A lista de membro do CFR ilustra o facto de os principais governos ocidentais serem efectivamente servos do Grande Capital.

Tal qual o grupo Bilderberg, composto por ‘capitães internacionais da indústria’ e políticos-chave das classes políticas dos principais estados capitalistas. Mas será isto uma conspiração? A um certo nível, não. No fundo é legítimo que as classes dominantes se organizem e planeiem. É por isso que Washington DC está a rebentar pelas costuras com tantas ‘Fundações’ e ‘Institutos’. Desde o final da Segunda Grande Guerra, milhares de milhões de dólares tanto públicos como privados, foram despejados nessas organizações. O seu objectivo? Espalhar o ‘mercado livre’ e combater quem se oponha, por meios correctos ou por meios pouco correctos.

‘“…os homens mais poderosos do mundo reuniram-se pela primeira vez” em Oosterbeek, Países Baixos [há mais de cinquenta anos], “debateram o futuro do mundo,” e decidiram reunir-se anualmente em segredo. Apelidaram-se de Grupo Bilderberg e os seus membros representam a nata das elites dominantes mundiais, principalmente da América, Canadá e Europa Ocidental, com nomes familiares como David Rockefeller, Henry Kissinger, Bill Clinton, Gordon Brown, Angela Merkel, Alan Greenspan, Ben Bernanke, Larry Summers, Tim Geithner, Lloyd Blankfein, George Soros, Donald Rumsfeld, Rupert Murdoch, outros chefes de estado, senadores influentes, congressistas e deputados, responsáveis do Pentágono e da NATO, membros da realeza europeia, figuras mediáticas seleccionadas, e outros convidados – alguns em segredo segundo algumas fontes, como Barack Obama e muitos dos seus oficiais de topo.” — ‘A Verdadeira História do Grupo Bilderberg’ Por Daniel Estulin.[5]

É claro que o capitalismo moderno evoluiu ao longo de gerações e gerações com toda a aparência de uma conspiração em amplo sentido, e uma do mais sofisticado que há, empregando um vasto exército de operacionais que incluiu elementos fulcrais nos meios de comunicação, academias, homens de negócio e políticos, quer dentro ou fora da governação. Uma ‘conspiração’ para manter o capitalismo como a única forma permissível de sociedade, como poderia ser de outra forma? Simplesmente há muita coisa em jogo e para provar isso basta-nos ver como esta poderosa elite internacional de negócios/governos/meios de comunicação conspirou para matar a COP15 [Conferência da ONU sobre as mudanças climáticas, que decorreu em Copenhaga] independentemente das consequências.

Ligações familiares, de formação, e de negócios —com o estado como ‘mediador’— criaram aquilo que é agora uma rede internacional que liga as classes dominantes dos mais poderosos estados capitalistas. É por isso que eles têm um Grupo Bilderberg, é onde os líderes dos negócios, a classe política, académicos e membros seleccionados dos meios de comunicação se encontram e formulam estratégias e tácticas, necessárias num mundo onde as comunicações são agora virtualmente instantâneas. Não serve ter governos a fazerem declarações que estão fora da linha do ‘consenso’, como acontece de tempos a tempos, e a ilusão esfuma-se por breves momentos.

Num mundo onde as forças económicas dominantes são poucas centenas de grandes corporações, corporações que de facto asseguram que os seus respectivos governos promovem políticas favoráveis à sua sobrevivência e que aumentem a prosperidade dos seus principais accionistas, a coisa lógica a fazer é combinarem sobre os assuntos que os afectam a todos. Eu ficaria extremamente surpreendido se o Grupo Bilderberg ou outro parecido, não existisse.

E os assuntos são fáceis de adivinhar: controlo/propriedade e acesso aos recursos; acesso a mão-de-obra barata; livre movimento de capitais; e por último, mas não menos importante, neutralizar os que desafiam o domínio do capital onde quer que eles apareçam.

Alinhado contra nós, o povo, está um vasto aparelho de controlo e manipulação que envolve órgãos governamentais, ‘não’-governamentais, fundações privadas, meios de comunicação, estatais e corporativos, ‘entretenimento’ em todas as suas extraordinárias formas, think tanks, institutos, fundações, academias, órgãos formais e informais, quer nacionais quer internacionais, associações, ONGs e ‘ONGs’, instituições de solidariedade e ‘instituições de solidariedade’, todas elas fortemente subsidiadas pelo estado e/ou corporações. Quem precisa dos ‘Illuminati’ quando temos todos estes alinhados contra nós?

Notas

1. Ver ‘In Post-War Iraq, Use Military Forces to Secure Vital U.S. Interests, Not for Nation-Building’ por Baker Spring e Jack Spencer, Backgrounder #1589, 25 de Setembro de 2002.

“A Administração deveria tornar claro que a presença militar dos EUA no Iraque após a guerra pretende assegurar interesses vitais dos EUA, não serve para o exercício da chamada construção de uma nação — a política aberta da Administração Clinton da enviar tropas americanas para regiões problemáticas onde não estavam ameaçados interesses vitais dos EUA.”

2. Penso que a melhor (e mais sucinta) análise deste período é a que foi feita por F. William Engdahl no seu livro ‘A Century of War’ Anglo-American Oil Politics and the New World Order’. Podem ver a minha crítica ao livro aqui. Comprem o livro aqui na Pluto Books.

3. Ver ‘Pentagon’s Role in Global Catastrophe: Add Climate Havoc to War Crimes’ por Sara Flounders com dados sobre o gigantesco apetite por petróleo por parte do exército norte-americano.

E aqui têm a fonte, ‘US military oil pains’ por Sohbet Karbuz, Energy Bulletin, 17 de Fevereiro de 2007. Note-se que os dados usados no artigo já têm mais de dois anos e estão longes de estarem completos, já que apenas incluem o petróleo comprado directamente pelo Departamento da Defesa dos EUA. Quaisquer que sejam os números eles estão a subir, provavelmente tão alto como 30 mil milhões de dólares anualmente, sem nenhum sinal de redução no horizonte, pelo menos de acordo com o Departamento da Defesa:

““No ano fiscal de 2005, o DESC [Departamento de Energia] irá comprar cerca de 128 milhões de barris de combustível com um custo de 8.5 mil milhões de dólares, e o combustível para aviação constitui perto de 70% das compras de produtos petrolíferos do Departamento da Defesa.”

“Para alguns, isto ainda não é suficiente. “Como o consumo de petróleo do Departamento da Defesa representa a maior prioridade de todos os usos, não haverá limites fundamentais ao fornecimento de combustível do Departamento da Defesa durante muitas e muitas décadas.”” — ‘United States Department of Defense … or Empire of Defense?’ Por Sohbet Karbuz, 6 de Fevereiro de 2006

4. http://www.heritage.org/Research/MiddleEast/bg1632.cfm,
http://www.heritage.org/Research/MiddleEast/bg1633.cfm

5. Ver ‘The True Story of the Bilderberg Group and What They May Be Planning Now.’ Uma crítica ao livro de Daniel Estulin feita por Stephen Lendman



Fonte: O sito do autor - Bilderbergs of the world unite!
Artigo original publicado em 14 de janeiro de 2010

Este artigo é para português de

Sobre o autor

Alexandre Leite é redactor do blog http://investigandoonovoimperialismo.blogs.sapo.pt e membro de Tlaxcala, a rede internacional de tradutores pela diversidade lingüística. Esta tradução pode ser reproduzida livremente na condição de que sua inade seja respeitada, bem como a menção ao autor, aos tradutores, aos revisores e à font
URL deste artigo em Tlaxcala: http://www.tlaxcala.es/pp.asp?reference=10014&lg=po

ao vivo da guerra imperialista americana no afeganistão 21.02.10


























sábado, 20 de fevereiro de 2010

"planejando a guerra" 20.02.10


"planejando a guerra"http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=17720
"reunião secreta CIA-Mossad"

Baku - A reunião secreta entre o director da Agência Central de Inteligência (CIA) Leon Panetta e autoridades israelenses alegadamente centrada sobre o programa nuclear iraniano, citando relatórios APA Al Jazeera.

 
Em uma visita secreta a voar para Israel na quinta-feira, o chefe da CIA teria discutido questão nuclear do Irã em um sit-down com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ministro da Defesa, Ehud Barak, eo Chefe do Mossad, Meir Dagan.

 
A viagem, que foi originalmente programada para ocorrer em maio, segue uma recente onda de desenvolvimentos no Médio Oriente, que implica fortemente os preparativos para um possível novo conflito militar na região.

 
Israel tem aumentado, alegadamente no âmbito das suas operações secretas na região, especialmente contra o Líbano, o Irão, da Síria e do movimento de resistência palestino Hamas. A extensão deste pode ser visto em recentes declarações o ministro israelense Yossi Peled, em que o antigo general do Exército disse explicitamente que o outro confronto com a resistência do Líbano Hezbollah era quase inevitável.
Primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri respondeu às reivindicações nesta quinta-feira, dizendo que as ameaças de Israel contra o Hezbollah são percebidos como ameaças contra o Líbano. "Consideramos que as ameaças de Israel contra o Líbano de ser uma ameaça para o governo do Líbano como um todo, ao invés de uma pessoa em particular", disse Hariri, durante uma conferência de imprensa conjunta com o presidente egípcio, Hosni Mubarak, no Cairo, informou a Reuters.

Enquanto isso, autoridades do Hamas dizem que têm provas concretas de que a agência de inteligência israelense, Mossad, encenou o recente assassinato de um comandante do Hamas, Mahmoud al-Mabhouh, em Dubai, em 20 de janeiro. Suas reivindicações têm sido muito apoiada pelo chefe de polícia de Dubai Dhahi Khalfan.
"Poderia ser Mossad," AFP quoted chefe de polícia Dhahi Khalfan dizendo que, no domingo.

Para adicionar à controvérsia, fontes em parte da Turquia decisão MIGnews Rússia disse neste sábado que os agentes de espionagem israelense executou uma estação de monitorização electrónica avançada da sede militar de Ancara para manter abas em redes de comunicação no Irão e na Síria.

 
Segundo as fontes que falaram sob condição de anonimato, os sinais de estação de Inteligência foi gerida exclusivamente por pessoal de inteligência de Israel e tornou-se fora dos limites para os membros do governo turco. Durante anos, os políticos israelenses comandou uma onda de operações secretas e tramas de terror em vários países, incluindo a Jordânia, Síria, Líbano, Irã, Suíça, e os E.U.. No entanto, grande parte das operações de espionagem de Israel têm sido ultimamente centrado sobre o governo de Teerã, em grande parte por causa das atividades iranianas de enriquecimento de urânio, o que Tel Aviv tem procurado retratar como uma ameaça mortal.
Tel Aviv, que é relatada a ter um arsenal de 200 ogivas nucleares em si, acusa o Irã de desenvolver armas nucleares e rotineiramente ameaça reduzir sites do país ao enriquecimento sem entulho.
Isto é, enquanto o Irã, ao contrário de Israel, é membro do Tratado de Não-Proliferação Nuclear e abriu as suas instalações de enriquecimento de inspecção da ONU. No sábado, E.U. presidencial auxílio James Jones rejeitou perspectivas de um ataque israelense contra o Irã.
Embora os funcionários E.U. normalmente negam ter qualquer plano para a fase nova guerra na região, tem havido recentemente fortes indícios do contrário.

 
The New York Times noticiou sábado que Washington irá aumentar ainda mais sua presença militar no Golfo Pérsico - alegadamente a sopa a sua defesa contra possíveis ataques de mísseis iranianos. Enquanto isso, E.U. presidente Barack Obama aprovou a implantação de novos equipamentos de combate, incluindo sistemas avançados de mísseis e navios de guerra especial, para a região. 

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postado por inteligênciabrasileira @ 16:40
 
 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

HIPÁTIA DE ALEXANDRIA


Hipátia

Hipátia de Alexandria - Provável gravura de Gasparo

Hipátia (ou Hipácia) de Alexandria (em grego: Υπατία), matemática e filósofa neoplatônica, nascida aproximadamente em 370 e assassinada em 415.

Biografia
Hipátia era filha de Theon, um renomado filósofo, astrônomo, matemático, autor de diversas obras e professor em Alexandria.

Criada em um ambiente de idéias e filosofia, tinha uma forte ligação com o pai, que lhe transmitiu, além de conhecimentos, a forte paixão pela busca de respostas para o desconhecido. Diz-se que ela, sob tutela e orientação paternas, submetia-se a uma rigorosa disciplina física, para atingir o ideal helênico de ter a mente sã em um corpo são.

Hipátia estudou na Academia de Alexandria, onde devorava conhecimento: matemática, astronomia, filosofia, religião, poesia e artes. A oratória e a retórica também não foram descuidadas.

No tocante à religião, buscou e obteve informações sobre todos os principais sistemas religiosos da época, tendo sempre o cuidado de não permitir que essas crenças limitassem ou deturpassem a busca de conhecimento.

Quando adolescente, viajou para Atenas, para completar a educação na Academia Neoplatônica, onde não demorou a se destacar pelos esforços para unificar a matemática de Diofanto com o neoplatonismo de Amónio e Plotino, isto é, aplicando o raciocínio matemático ao conceito neoplatônico do Uno (mônada das mônadas).[1] Ao retornar, já havia um emprego esperando por ela em Alexandria: seria professora na Academia onde fizera a maior parte dos estudos, ocupando a cadeira que fora de Plotino. Aos 30 anos já era diretora da Academia, sendo muitas as obras que escreveu nesse período.

A maioria dessas obras não chegou até nós, tendo sido destruída junto com a Biblioteca ou quando o templo de Serápis foi saqueado [2] O que sobrou provém, principalmente, de correspondências que ela trocava com outros professores e com os alunos. Um desses alunos foi o notável filósofo Sinésio de Cirene (370 - 413), que lhe escrevia freqüentemente, pedindo-lhe conselhos. Através destas cartas, sabemos que Hipátia inventou alguns instrumentos usados na Física e na Astronomia, tais como o astrolábio, o planisfério e um hidrômetro[carece de fontes?].

Sabemos também que desenvolveu estudos sobre a Álgebra de Diofanto ("Sobre o Cânon Astronômico de Diofanto"), tendo escrito um tratado sobre o assunto, além de comentários sobre os matemáticos clássicos, incluindo Ptolomeu. Em parceria com o pai, escreveu um tratado sobre Euclides.

Ficou famosa por ser uma grande solucionadora de problemas. Matemáticos confusos, com algum problema em especial, escreviam-lhe pedindo uma solução. E ela raramente os desapontava. Obcecada pelo processo de demonstração lógica, quando lhe perguntavam porque jamais se casara, respondia que já era casada com a verdade. [3]

A tragédia de Hipátia foi ter vivido numa época de luta aguda entre o Paganismo declinante e o Cristianismo triunfante, que se impunha no mundo greco-romano. Ela era neoplatônica e defensora intransigente da liberdade de pensamento, o que a tornava má vista por aqueles que pretendiam encarcerar o pensamento nas celas da ortodoxia religiosa.
Hipátia por Rafael

O fim trágico se desenhou a partir de 390, quando Cirilo foi nomeado bispo de Alexandria, com a missão de destruir o Paganismo em todas as formas e manifestações. Ele era um cristão intransigente, que lutou toda a vida defendendo a ortodoxia da Igreja e combatendo as heresias, sobretudo o Nestorianismo. Acredita-se que tenha sido o principal responsável pela morte de Hipátia, ainda que não haja nenhuma prova inequívoca disso.

Por ensinar que o Universo era regido por leis matemáticas, Hipátia foi considerada herética, passando a ser vigiada pelos chefes cristãos. Por algum tempo, a admiração do prefeito romano Orestes (que fora aluno) a protegeu. Mas quando, em 412, Cirilo tornou-se Patriarca [4] de Alexandria, a sorte foi selada.
[editar] Intolerância e fanatismo

O reinado de Teodósio (379-392) marca o auge de um processo de transformação do Cristianismo, da condição de religião intolerada para religião intolerante. Em 391, atendendo pedido do então Patriarca de Alexandria, Teófilo, ele autorizou a destruição de todas as instituições não-cristãs existentes no Egito: Sinagogas, Biblioteca de Alexandria, Templo de Serápis e outros monumentos.

Embora a legislação de 393 procurasse coibir distúrbios, surtos de violência popular contra judeus e pagãos tornaram-se frequentes em Alexandria, principalmente após a ascensão de Cirilo ao Patriarcado, cuja oratória raivosa criava o clima propício a esses excessos. Bairros judeus foram atacados e a população massacrada por fanáticos cristãos, enquanto preciosos monumentos do Helenismo eram sumariamente destruídos.

O resultado dessa política foi a migração dos sábios alexandrinos para Babilônia e outras cidades fora dos domínios do Império Romano. Alexandria jamais voltou a ser o que fora: a capital cultural do mundo antigo.
[editar] A morte trágica de Hipátia

Numa tarde de março de 415, quando regressava do Museu, Hipátia foi atacada em plena rua por uma turba de cristãos enfurecidos. Ela foi golpeada, desnudada e arrastada pelas ruas da cidade até uma igreja. No interior do templo, foi cruelmente torturada até a morte, tendo o corpo dilacerado por conchas de ostras (ou cacos de cerâmica, segundo outra versão). Depois de morta, o corpo foi lançado a uma fogueira.

O prefeito Orestes denunciou o crime a Roma e pediu uma investigação, que jamais progrediu por "falta de testemunhas"[carece de fontes?]. Ele acabou sendo afastado do cargo.

No século VII, o bispo João, de Nikiu, nos escritos,[5] justificou o massacre de judeus e o assassinato de Hipátia, ocorridos naquele ano, alegando tratar-se de medidas necessárias para a sobrevivência e o fortalecimento da Igreja. É através dos escritos que conhecemos os detalhes da morte daquela que viria a ser chamada de Mártir do Paganismo.

A morte trágica de Hipátia foi determinante para o fim da gloriosa fase da matemática alexandrina, de toda matemática grega e da matemática na Europa Ocidental. Após seu desaparecimento, nada mais seria produzido por um período mil anos e, por cerca de doze séculos, nenhum nome de mulher matemática foi registrado.[6]
[editar] Citações sobre Hipátia

    * Sócrates, o Escolástico (em ' História Eclesiástica')
    "Havia em Alexandria uma mulher chamada Hipátia, filha do filósofo Theon, que fez tantas realizações em literatura e ciência que ultrapassou todos os filósofos da época. Tendo progredido na escola de Platão e Plotino, ela explicava os princípios da filosofia a quem a ouvisse, e muitos vinham de longe receber os ensinamentos."

    * Descrição da morte de Hipátia, pelo historiador Edward Gibbon:
    "Num dia fatal, na estação sagrada da Quaresma, Hipácia foi arrancada da carruagem, teve as roupas rasgadas e foi arrastada nua para a igreja. Lá foi desumanamente massacrada pelas mãos de Pedro, o Leitor, e a horda de fanáticos selvagens. A carne foi esfolada dos ossos com ostras afiadas, e os membros, ainda palpitantes, foram atirados às chamas".

    * Carl Sagan, em "Cosmos"
    "Há cerca de 2000 anos, emergiu uma civilização científica esplêndida na nossa história, e a base era em Alexandria. Apesar das grandes chances de florescer, ela decaiu. A última cientista foi uma mulher, considerada pagã. O nome era Hipácia. Com uma sociedade conservadora a respeito do trabalho da mulher e do papel, com o aumento progressivo do poder da Igreja, formadora de opiniões e conservadora quanto à ciência, e devido a Alexandria estar sob domínio romano, após o assassinato de Hipácia, em 415, essa biblioteca foi destruída. Milhares dos preciosos documentos dessa biblioteca foram em grande parte queimados e perdidos para sempre, e com ela todo o progresso científico e filosófico da época."

    * Hesíquio, o hebreu, aluno de Hipátia:
    "Vestida com o manto dos filósofos, abrindo caminho no meio da cidade, explicava publicamente os escritos de Platão e de Aristóteles, ou de qualquer filósofo a todos os que quisessem ouvi-la… Os magistrados costumavam consultá-la em primeiro lugar para administração dos assuntos da cidade".

    * Trecho de uma carta de Senésio de Cirene , aluno de Hipátia:
    "Meu coração deseja a presença de vosso divino espírito que mais do que tudo poderia adoçar minha amarga sorte. Oh minha mãe, minha irmã, mestre e benfeitora minha! Minha alma está triste. Mata-me a lembrança de meus filhos perdidos… Quando receber notícias tuas e souber, como espero, que estás mais feliz do que eu, aliviar-se-ão pelo menos a metade de minhas dores".

HIPÁTIA 



A matemática e filósofa Hipátia de Alexandria, retratada a partir do renascimento como uma bela jovem com traços nobres e altivos. - Foto: Divulgação / Internet
Hipátia nasceu em Alexandria por volta do ano 370 DC. Aperfeiçoou os seus estudos em Atenas e, de volta para sua cidade natal, tornou-se professora de matemática e filosofia. Era considerada uma palestrante carismática e suas aulas foram muito concorridas. Escreveu comentários à obras clássicas de matemáticos gregos. Manteve-se solteira e declarava-se "casada com a verdade". O conjunto da sua obra é tido como de relevo, e a sua morte, ocorrida em 415, trágica. Foi o último dos grandes nomes intelectuais que trabalhou na Biblioteca de Alexandria. Tornou-se a primeira mulher que a história registra como dedicada à matemática.

 Hipátia de Alexandria nasceu em um lar de sólida tradição intelectual. Seu pai Têon, conhecido matemático, filósofo e astrônomo, escreveu em 11 livros um comentário sobre o célebre tratado "Almagesto" de Ptolomeu, e realizou uma revisão dos "Elementos" de Euclides, de onde são baseadas as edições mais modernas da obra do conhecido matemático grego.

As famílias fundadas sobre este lastro intelectual e de projeção social da Alexandria da sua época costumavam ainda cultuar o ideal grego da "mente sã em um corpo sadio" ("men sana in corpore sano"). Com esse lema na cabeça, o pai de Hipátia não mediu esforços para torná-la o "ser humano ideal", educando-a em matemática e filosofia e dirigindo-a em um programa de treinamento físico para lhe assegurar um corpo saudável. Todo esse esforço foi compensador.

Quando Hipácia passou a ser retratada a partir do renascimento, o seu rosto ganhou belos traços com um perfil nobre e altivo. Esses traços capturam de uma certa maneira uma projeção positiva que é feita da sua vida e obra, e um certo sentimento de reverência com respeito ao seu fim trágico.

No campo da matemática, Hipátia escreveu comentários sobre a "Aritmética" de Diofanto e as "Secções cônicas" de Apolônio. Ela era interessada particularmente no estudo dos planos formados nas intersecções de um cone e nas curvas decorrentes dessas intersecções, as chamas secções cônicas (hipérboles, parábolas e elipses). A maior parte da obra escrita por Hipátia foi perdida, mas no século XV foi encontrada na Biblioteca do Vaticano uma cópia do seu comentário sobre a obra do matemático grego Diofanto.

Devido a sua ambientação cultural e a influência da educação recebida do seu pai, é certo que Hipátia conheceu e estudou a obra do astrônomo Ptolomeu. A partir das cartas escritas por Sirenius, um dos seus alunos, sabemos hoje que Hipátia gastou bastante tempo da sua atividade cultural desenvolvendo astrolábios, instrumentos mecânicos utilizados para cálculos astronômicos e localização de astros no céu.

Na filosofia, Hipátia abraçou a causa da escola neoplatônica (ou "plotinismo"), que na sua época em Alexandria atuava em oposição aos grupos cristãos, mais fervoroso e atuante. Ao longo do tempo, o cristianismo, por assim dizer, dominou e até mesmo assimilou o que lhe interessava do neoplatonismo, na época considerada uma filosofia pagã; isto aconteceu não somente em Alexandria como em todo o mundo romano.

Disputas religiosas e conflitos entre lideranças de Alexandria, apoiados por correntes religiosas, atraíram a ira de devotos inflamados cristãos contra a "herege" Hipátia. A matemática e filósofa era considerada a face visível do neoplatonismo na cidade.
Existem várias versões sobre o seu trágico final, todas coerentes entre si, sendo a mais difundida é a variante registrada por Edward Gibbon, no seu conhecido livro "O declínio e a queda do império romano". Nesta versão, em uma manhã da quaresma de 415, Hipátia foi atacada na rua, quando voltava para sua casa em sua carruagem. A multidão enfurecida arrancou-lhe os cabelos e a roupa, esfolou a sua pele com carapaças de ostras, arrancaram-lhe os seus braços e pernas, e queimaram o que restou do seu corpo. Atitude de um verdadeiro furor bárbaro.

O impacto dramático da morte de Hipátia fez com que o ano do seu ocorrido fosse tomado por alguns historiadores como o marco do fim do período antigo da matemática grega. Para outros, este fecho só ocorrerá mais de cem anos depois, com a morte de Boécio (425), também de uma maneira trágica. Entretanto, a morte de Hipátia de um certo ponto de vista sinaliza o fim de Alexandria como importante centro de estudos da matemática grega antiga.

A vida, a obra e a morte trágica de Hipátia despertaram a atenção de filósofos, matemáticos, comentadores e historiadores que a sucederam. Damáscio, um dos seus alunos, que mais tarde tornou-se um crítico severo do seu trabalho, escreveu que ela era "por natureza, mais refinada e talentosa que o seu pai". Intelectuais de Voltaire a Carl Sagan, passando por Bertrand Russel dedicaram-lhe comentários de apreço e reconhecimento. Sua vida foi reconstituída em um romance de Charles Kingsley ("Hypatia, or new foes an old face". New York: E. P. Dutton, 1907), e contada por Maria Dzielsk ("Hypatia of Alexandria", trad. F. Lyra, Cambridge, M. A.: Harvard Press, 1995).

Recentemente, o conhecido diretor espanhol de cinema Alejandro Amenabar ("Mar adentro", 2004) dedicou um filme ("Ágora") a vida de Hipátia, que é representada pela bela e talentosa atriz Rachel Weiz. No filme, Ágora mostrado no último Festival de Cannes, fora da competição, não são apresentados os detalhes do final trágico de Hipátia descrito por E. Gibbon. A heroína é retratada como uma "mulher agnóstica e letrada, destruída por fanáticos". Amebar declarou que o seu filme pode ser interpretado como uma espécie de reflexão sobre os fundamentalismos religiosos de todos os tempos.

Hipátia de Alexandria

Publicado em 02/06/2009 por:
wiki repórter
Jony Santellano
São José dos Campos-SP

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