terça-feira, 26 de maio de 2009

A Rosa de Paracelso




A Rosa de Paracelso

Jorge Luis Borges

De Quincey: Writings, XIII, 345

Em sua oficina, que abarcava os dois cômodos do porão, Paracelso pediu a seu Deus, a seu indeterminado Deus, a qualquer Deus, que lhe enviasse um discípulo.

Entardecia. O escasso fogo da lareira arrojava sombras irregulares. Levantar-se para acender a lâmpada de ferro era demasiado trabalho. Paracelso, distraído pela fadiga, esqueceu-se de sua prece. A noite havia apagado os empoeirados alambiques e o atanor quando bateram à porta. O homem, sonolento, levantou-se, subiu a breve escada de caracol e abriu uma das portadas. Entrou um desconhecido. Também estava muito cansado. Paracelso lhe indicou um banco; o outro sentou-se e esperou. Durante um tempo não trocaram uma palavra.

O mestre foi o primeiro que falou:

- Lembro-me de caras do Ocidente e de caras do Oriente - falou, não sem certa pompa - Não me lembro da tua. Quem és e que desejas de mim?

- O meu nome não importa - replicou o outro - Três dias e três noites tenho caminhado para entrar em tua casa. Quero ser teu discípulo. Trago-te todos os meus bens - e tirou um taleigo que colocou sobre a mesa. As moedas eram muitas e de ouro.

Fê-lo com a mão direita. Paracelso lhe havia dado as costas para acender a lâmpada. Quando se voltou, viu que na mão esquerda ele segurava uma rosa, que o inquietou. Recostou-se, juntou as pontas dos dedos e falou:

- Acreditas que sou capaz de elaborar a pedra que transforma todos os elementos em ouro e ofereces-me ouro. Não é ouro o que procuro, e se o ouro te importa, não serás meu discípulo.

- O ouro não me importa - respondeu o outro. - Essas moedas não são mais do que uma parte da minha vontade de trabalho. Quero que me ensines a Arte; quero percorrer a teu lado o caminho que conduz à Pedra.

Paracelso falou devagar:

- O caminho é a Pedra. O ponto de partida é a Pedra. Se não entendes estas palavras, nada entendes ainda. Cada passo que deres é a meta.

O outro o olhou com receio. Falou com voz diferente:

- Mas, há uma meta?

Paracelso riu-se.

- Os meus difamadores, que não são menos numerosos que estúpidos, dizem que não, e me chamam de impostor. Não lhes dou razão, mas não é impossível que seja uma ilusão. Sei que há um Caminho.

- Estou pronto a percorrê-lo contigo, ainda que devamos caminhar muitos anos. Deixa-me cruzar o deserto. Deixa-me divisar, ao menos de longe, a terra prometida, ainda que os astros não me deixem pisá-la. Mas quero uma prova antes de empreender o caminho.

- Quando? - falou com inquietude Paracelso.

- Agora mesmo - respondeu com brusca decisão o discípulo.

Haviam começado a conversa em latim; agora falavam em alemão. O garoto elevou no ar a rosa.

- É verdade - falou - que podes queimar uma rosa e fazê-la ressurgir das cinzas, por obra da tua Arte. Deixa-me ser testemunha desse prodígio. Isso te peço, e te dedicarei, depois, a minha vida inteira.

- És muito crédulo - disse o mestre - Não és o menestrel da credulidade. Exijo a Fé!

O outro insistiu.

- Precisamente por não ser crédulo, quero ver com os meus olhos a aniquilação e a ressurreição da rosa.

Paracelso a havia tomado e ao falar, brincava com ela.

- És um crédulo - disse. - Perguntas-me se sou capaz de destruí-la?

- Ninguém é incapaz de destruí-la - falou o discípulo.

- Estás equivocado. Acreditas, porventura, que algo pode ser devolvido ao nada? Acreditas que o primeiro Adão no Paraíso pode haver destruído uma só flor ou uma só palha de erva?

- Não estamos no Paraíso - respondeu teimosamente o moço - Aqui, abaixo da lua, tudo é mortal.

Paracelso se havia posto em pé.

- Em que outro lugar estamos? Acreditas que a divindade pode criar um lugar que não seja o Paraíso? Acreditas que a Queda seja outra coisa que ignorar que estamos no Paraíso?

- Uma rosa pode queimar-se - falou, com insolência, o discípulo.

- Ainda fica o fogo na lareira - disse Paracelso - Se atiras esta rosa às brasas, acreditarías que tenha sido consumida e que a cinza é verdadeira. Digo-te que a rosa é eterna e que só a sua aparência pode mudar. Bastar-me-ia uma palavra para que a visse de novo.

- Uma palavra? - perguntou com estranheza o discípulo - O atanor está apagado e estão cheios de pó os alambiques. O que farías para que ressurgissem?

Paracelso olhou-o com tristeza.

- O atanor está apagado - reiterou - e estão cheios de pó os alambiques. Nesta etapa de minha longa jornada uso outros instrumentos.

- Não me atrevo a perguntar quais são - falou o moço, deixando Paracelso na dúvida se foi com astúcia ou com humildade. E continuou - Falastes do que usou a divindade para criar os céus e a terra. Falastes do invisível Paraíso em que estamos e que o pecado original nos oculta. Falastes da Palavra que nos ensina a ciência da Cabala. Peço-te, agora, a mercê de mostrar-me o desaparecimento e o aparecimento da rosa. Não me importa que operes com alambiques ou com o Verbo.

Paracelso refletiu. Depois disse:

- Se eu o fizesse, dirias que se trata de uma aparência imposta pela magia dos teus olhos. O prodígio não te daria a Fé que buscas: Deixa, pois, a Rosa.

O jovem o olhou, sempre receoso. O mestre elevou a voz e lhe disse:

- Além disso, quem és tu para entrar na casa de um mestre e exigir um prodígio? Que fizeste para merecer semelhante dom?

O outro replicou, temeroso:

- Já que nada tenho feito, peço-te, em nome dos muitos anos que estudarei à tua sombra, que me deixes ver a cinza, e depois a Rosa. Não te pedirei mais nada. Acreditarei no testemunho dos meus olhos.

Tomou com brusquidão a rosa encarnada que Paracelso havia deixado sobre a cadeira e a atirou às chamas. A cor se perdeu e só ficou um pouco de cinza. Durante um instante infinito, esperou as palavras e o milagre.

Paracelso não havia se alterado. Falou com curiosa clareza:

- Todos os médicos e todos os boticários de Basiléia afirmam que sou um farsante. Talvez eles estejam certos. Aí está a cinza que foi a rosa e que não o será.

O jovem sentiu vergonha. Paracelso era um charlatão ou um mero visionário e ele, um intruso que havia franqueado a sua porta e o obrigava agora a confessar que as suas famosas artes mágicas eram vãs.

Ajoelhou-se, e falou:

- Tenho agido de maneira imperdoável. Tem-me faltado a Fé que exiges dos crentes. Deixa-me continuar a ver as cinzas. Voltarei quando for mais forte e serei teu discípulo e no final do Caminho, verei a Rosa.

Falava com genuína paixão, mas essa paixão era a piedade que lhe inspirava o velho mestre, tão venerado, tão agredido, tão insigne e portanto tão oco. Quem era ele, Johannes Grisebach, para descobrir com mão sacrílega que detrás da máscara não havia ninguém? Deixar-lhe as moedas de ouro seria esmola. Retomou-as ao sair.

Paracelso acompanhou-o até ao pé da escada e disse-lhe que em sua casa seria sempre bem-vindo. Ambos sabiam que não voltariam a ver-se. Paracelso ficou só. Antes de apagar a lâmpada e de se recostar na velha cadeira de braços, derramou o tênue punhado de cinza na mão côncava e pronunciou uma palavra em voz baixa. A Rosa ressurgiu.

- Fim -

domingo, 24 de maio de 2009

LEDA E O CISNE NA POESIA






Leda e o Cisne,
de Paul Prosper Tillier, 1860

Decidi experimentar volúpia nova
E encarnar princesas mitológicas
Acolhendo as entidades pouco lógicas
Em que Zeus transfigurado punha à prova

A doce e embevecida prontidão
Em tê-lo entre as coxas bem no meio
Ou como chuva de ouro no meu seio
Mesmo que ensopasse meu colchão.

Assim comecei pelo meu cisne
Que ganhara de meu pai, enternecida
Por sua beleza branca enaltecida

Em que senti das plumas como seda
Emergir rubro arpão sem que me tisne
As pétalas e encantos, como Leda...

Selma Alves Rocha

Leda e o cisne
1º Canto

Suave se aproxima em branca plumagem
Cercando Leda no aquecer das penas,
Garboso, empina as asas, distende o carmim olhar
E toca-lhe a pele, com o bico, apenas...

Leda não se move, lânguida
na misteriosa sedução perene,
nem crendo, afasta os joelhos lentamente,
abrindo-se ao Cisne, infrene.

O abraço de asas em vigor é assalto
co'a força do bico na nuca, e presa
sob o peito robusto, o desejo lhe arrebata
no leque de penas que em Leda adentra ...

Imóvel em suas coxas orgasma o Cisne
Rasgando-lhe a gruta vezes eternas,
Estremece em plumagem, treme penugens
Quando Leda o envolve no abraço das pernas!


Leda e o cisne
2º Canto

Um Deus em mim!
Um Cisne em mim!
Esse ato louco
Farfalhando asas
No grunhido rouco...

Um Cisne em mim!
Um Deus em mim!
Nosso êxtase louco
a penugem sagrada
Estremece meu corpo...

Esse ato em mim!
O farfalhar em mim!
Um Cisne louco
Um Deus de asas...


Leda e o cisne
3º Canto

Ela repousa...a beleza adormece
Em meio aos cisnes do calmo lago
Ela repousa...eis a hora!
Nua na relva, no verde afago...

Tão bela...Eis Leda...a proibida
Que a outro pertence e lhe é só sua
Do Olimpo que Deus não a quereria?
Escravo do belo, me rendo....Zeus...

Em desejo me transporto...ei-la!
Desperta aos cisnes de branca plumagem
Seus dedos se estendem nas águas silentes
Seus joelhos se abrem...eterna miragem.

Me visto em penugens e meus braços de asas
Arriscam o vôo até a outra margem
Sacudindo as penas respingo-a inteira
A sentir seu perfume em cada gesto.

Uma carícia...seu afago...Eis a hora!
Leda minha, um Deus a quer
No peito estufado, nas asas turbadas
Nas coxas fêmeas macias...eis a mulher!

É a hora...não se move... Leda espera
A posse alada que já nos domina
Sua nuca mansa, no bico já presa
Faz rendição das pernas que me fascina!

Sobre Leda eis-me! Eis a hora!
Mesclado em desejos... Deus... Cisne!
Mergulho insano na intumescida fenda
Finco em mais sua gruta enquanto cisme!

Tremor, arrepios, gozo tenaz
Eis-me em Leda, é a hora!
Fecundo seu ventre na avidez mordaz
Possuída és, para sempre e agora!


Leda e o cisne
4º Canto
 

Coração já não é o meu
Nem de Zeus
Coração é Leda!!!

Corpo já não é o meu
Nem de Zeus
Corpo é de Leda!!!

*
Desejo já não é o meu
Nem de Zeus
Desejo é de Leda!!!

*
O êxtase
O gozo
O frêmito
A posse
Rendição nossa!!!


Leda e o cisne
5º Canto - Triunfo do Desejo

Nem o sagrado recinto
Dos Deuses, o Panteón

Nem a distância da Terra
Nas margens do lago protegida
Nem as aves, nem o bando
Imunes estão...

*
Basta um olhar!

E do olhar, o desejo
E do desejo o prazer
E que isto se faça e seja
Para matar ou morrer...
*
Transmutar-se, transformar-se
Ser outro ser e não ser
Metamorfosear-se de súbito
Para tudo acontecer...
*
Ao fundo, ao largo, no interno
Nada se confunde, dúvida não há
A vontade se avulta e arremessa
Ao delírio divino que será.

*
Nada imunes, portanto, eis o cuidado!
Ó mortais e deuses de todos os Tempos!
Sempre Leda existirá e um Deus
Se fará Cisne e dela se apossará
Em metamorfoses, sedentos!

Leda e o Cisne 
- Peter Paul Rubens
Holanda, 1577-1640

terça-feira, 19 de maio de 2009

Projeto HAARP: Caixa de Pandora

A dança mortal
do ritmo cruel e macabro
criado em 1958.

A boca do homem
faminto de horrores
vomita a morte.

Maldita esta raça
riquecida na matança
da própria mãe!

HAARP

Para ver e pensar!!!
Paz e Bem. Urgentíssimo!

Memória do Brasil - Imagens do Século XX

Apenas 1:33 minutos
imagens reais dos bastidores
- verdade, ainda que tardia

http://video.google.com/videoplay?docid=-570340003958234038

Se Chico Buarque
no intervalo da canção, fala,
quem vai duvidar?

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Prêmio Cidadão do Mundo


Agradecimento pelo Prêmio Cidadão do Mundo, da Fundação Kant

D. Frei Luiz Flávio Cappio, ofm

Saúdo os membros da Fundação Kant. Saúdo as autoridades presentes, especialmente o Vice-Ministro Gernot Erler pela “laudatio”, que muito agradeço. Saúdo as senhoras e senhores presentes nesta festa magnífica, em especial o professor Jeff Hapter, companheiro de premiação. Saúdo os pobres do mundo, ainda sem vez e sem voz, que lutam pelos direitos humanos - comigo recebem este Prêmio.

No Brasil e em lugar nenhum, não cabe mais o crescimento ilimitado e obsessivo. É urgente mudar nosso modo de produção e nossos padrões de consumo, estabelecendo como critério a destinação universal dos bens necessários. Temos que aprender a “viver mais com menos”. Emergencialmente, ampliar iniciativas como a taxação de atividades destrutivas, do capital especulativo e dos grandes lucros, e o emprego destes recursos em programas de prevenção dos desastres ecológicos e apoio às vitimas da fome, da sede, das doenças e das mudanças climáticas.

* * * * *

domingo, 10 de maio de 2009

MULHER QUEM É VOCÊ ?



                                                   MULHER QUEM È VOCÊ ?

- Sou aquela que te perturba as noites
aquela mesma com quem sonhas acordado
e não te sou estranha, estou é amordaçada
embora grite e cante por quantos sentidos tens.

Sou bem mais forte do que me deixas mostrar
e só guardo o medo de que tarde me descubras,
pra não deixar-te perder nem mais minuto
daquilo ou tudo que procuras.

Na fé alicercei tudo que sou
e a ternura em mim se transformou.

Não sou cometa, mas sou incandescente
e vim de um mundo onde a busca é a perfeição
inda que lenta, que sôfrega e castigante
pois nos castigos, nas angústias do seu dia
já encontras mil jeitos de me ver
mil maneiras de me absorver

Não há segredo:
Você me desfruta e se aprimora.

Não sou um rosto, um seio ou um orgasmo
embora quando pedes te obedeço;
me visto com meu manto de mistério
só pra te dar o prazer de conquistar-me
de desvendar-me

Mas posso ser Maria, marinha ou a paisagem
a sua frente, a sua volta
gritando por socorro ou de alegria.

Posso aflorar do nada e me tornar azul...

Ah!...mas se me dás um pouquinho
um pouquinho só de liberdade
deixo que os meus azuis encontrem uma lágrima
só, somente pra mostrar depois
toda a beleza de um infinito arco-iris.

Ai, que vontade tenho de te fazer ouvir
o eco do meu grito, do meu canto,
te ver fluir em poesia
na hora da mais bela Ave-Maria...
Te dar dar o gosto de galgar com os anjos
os degraus que elevam ao pedestal divino.

Não sou impossível, palpável nem abstrata
e pra me possuir basta que se disponha
a mergulhar de corpo e de alma
no mundo maravilhoso, no universo fantástico
que existe dentro de você.

Eu,
Sou a mulher-moldura
que cerca e protege,
valoriza e embeleza
cada uma de suas alvoradas.

Sou a mulher-luz
que te mostra a simplicidade
das coisas e da vida

Sou a mulher-cor
que te colore a alma.

Sou a mulher-música
pra te provar o divino.

Sou a mulher memória
de ida e vindas no tempo, nas eras
a te envolver em harmonia
com a natureza e a eternidade.

Sou a mulher-arte
inacabada obra maior,
aquela que persegues, que te atormenta
que te tira o sono de noite
e te faz sonhar acordado;
que é mística de "Deus"
nunca, nunca do diabo
e que nem Baco, Sócrates ou Platão
seriam capazes de ver,
nem na sombra de um clarão
com todos os recursos seus
podiam te responder:
- que a mulher que procuras
tão simples, carnal e vazia
não te merece, porque:
As maiores gemas, as mais puras e sem jaça
você as tem contidas,bem guardadas no seu ser.


ARAGUAIA - BH - 11/10/1979

(Resposta ao Poema de FERNANDO PAZ - "MULHER QUEM É VOCÊ ? "
-Entregue em mão este ESBOÇO num caderno novo no dia 12/10/1979
- DIA DAS CRIANÇAS
Apenas um esboço para Fernando PAZ "burilar" as idéias, a gramática
e transformá-lo num belo poema.

Transcrito no ADHEIR WebSite em 27/12/2005
14,14 horas (verão)








Copyright © por ADHEIR WEBSITE Todos os direitos reservados.

Publicado em: 2005-12-27 (19 lido)

sábado, 9 de maio de 2009

OLGA BENÁRIO - A MÃE


Olga Benario, mãe.


Jorge Antunes
para mim


Amanhã, domingo, dia 10 de maio, todos comemoraremos o “Dia das Mães”.

Lembrando a importante data, quero homenagear todas as mães.

Para tanto, coloco à disposição, para escuta, a “Ária Anita Livre” de minha ópera Olga. Essa ária é cantada por Olga, na prisão de mulheres de Barnmistrasse, em Berlin, em 1936, quando a prisioneira dos nazistas recebe a notícia de que sua filha Anita, nascida na prisão de Berlim, está em liberdade sob os cuidados da avó Leocádia. A pequena Anita fora arrancada dos braços de Olga pelos nazistas. Olga Benario não sabia, até então, do paradeiro da menina.

Ouça em:
http://www.americasnet.com.br/antunes/aria_anita_livre_de_Olga

Solista; Martha Herr
Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo
Regente: Maestro José Maria Florêncio

ÓPERA OLGA
de Jorge Antunes
libreto de Gerson Valle

GRANDE ÁRIA FINAL (A carta)


Queridos:

Amanhã vou precisar de toda a minha força e de toda a minha vontade. Por isso, não posso pensar nas coisas que me torturam o coração, que são mais caras que a minha própria vida. E por isso me despeço de vocês agora. É totalmente impossível para mim imaginar, filha querida, que não voltarei a ver-te, que nunca mais voltarei a estreitar-te em meus braços ansiosos. Quisera poder pentear-te, fazer-te as tranças – ah, não, elas foram cortadas. Mas te fica melhor o cabelo solto, um pouco desalinhado. Antes de tudo, vou fazer-te forte. Deves andar de sandálias ou descalça, correr ao ar livre comigo. Sua avó, em princípio, não estará muito de acordo com isso, mas logo nos entenderemos muito bem. Deves respeitá-la e querê-la por toda a tua vida, como o teu pai e eu fazemos. Todas as manhãs faremos ginástica... Vês? Já volto a sonhar, como tantas noites, e esqueço que esta é a minha despedida. E agora, quando penso nisto de novo, a idéia de que nunca mais poderei estreitar teu corpinho cálido é para mim como a morte.

Carlos, querido, meu amado: terei que renunciar para sempre a tudo de bom que me destes? Eu me conformaria, mesmo que não pudesse ter-te muito próximo, se teus olhos mais uma vez me olhassem. E queria ver teu sorriso. Quero-os a ambos, tanto, tanto! E estou tão agradecida à vida, por ela me ter dado a ambos. Mas o que eu gostaria era de poder viver um dia feliz, os três juntos, como milhares de vezes imaginei. Será possível que nunca verei o quanto orgulhoso e feliz te sentes por nossa filha?

Querida Anita, meu querido marido, meu Garoto: choro debaixo das mantas para que ninguém me ouça, pois parece que hoje as forças não conseguem alcançar-me para suportar algo tão terrível. É precisamente por isso que me esforço para despedir-me de vocês agora, para não ter de fazê-lo nas últimas e difíceis horas. Depois desta noite, quero viver para este futuro tão breve que me resta. De ti, aprendi, querido, o quanto significa a força de vontade, especialmente se emana de fontes como as nossas. Lutei pelo justo, pelo bom. Eu lutei. Lutei pelo melhor do mundo. Prometo-te agora, ao despedir-me, que até o último instante não terão porque se envergonhar de mim. Quero que me entendam bem: preparar-me para a morte não significa que me renda, mas sim saber fazer-lhe frente quando ela chegue. Mas, no entanto, podem ainda acontecer tantas coisas... Até o último momento me manterei firme e com vontade de viver. Agora, ao descanso, vou-me embora, vou dormir, pra ser muito mais forte amanhã. Beijo-os pela última vez.

Solista, no papel de Olga: soprano Martha Herr

Grande Ária Final (18m 53s)

quarta-feira, 6 de maio de 2009

O COLÓQUIO



O COLÓQUIO ENTRE DOIS ARCANJOS
E DOIS ARQUIDEMÔNIOS


"O colóquio entre dois arcanjos e dois arquidemônios na ocasião,
independente do tempo,em que nasceu o homem.

MIRDAD: Na ocasião, independente do tempo,em que nasceu o Homem -
dois arcanjos,no pólo superior do Universo,mantiveram a seguinte conversa:

Disse o primeiro arcanjo:

Uma criança prodigiosa nasceu à Terra, e a Terra está brilhando de luz.
Disse o segundo arcanjo:
Um glorioso rei nasceu ao Céu, e o Céu está vibrando de alegria.

- Ele é o fruto da união do Céu com a Terra.
- Ele é a união eterna - o pai, a mãe e o filho.(*)

- Nele a Terra é exaltada.
- Nele o Céu é justificado.

- O dia dorme em seus olhos.
- A noite está desperta em seu coração.

- Seu peito é um ninho de tempestades.
- Sua garganta é uma escala de canções.

- Seus braços abraçam as montanhas.
- Seus dedos beliscam as estrelas.

- Há mares bramindo em seus ossos.
- Há sois girando em suas veias.

- Sua boca é uma forja e um molde.
- Sua língua é uma bigorna e um martelo.

- Em volta de seus pés estão as cadeias do amanhã.
- No seu coração está a chave dessas cadeias.

- Este nenê ainda está no berço do pó.
- Mas envolto nas fraldas dos eões.

- Tal como Deus, ele conhece todos os segredos
dos números.Tal como Deus, ele conhece o mistério das palavras.
- Sabe ele todos os números, exceto o número sagrado,
que é o primeiro e o último. Conhece ele todas as palavras ,
menos a Palavra Criadora,que é a primeira
e a última.

- No entanto, ele saberá o Número e a Palavra.
- Somente quando houver retirado os seus pés
dos caminhos perdidos do Espaço;somente quando seus olhos
já não olharem para as medonhas cavernas do Tempo.

-Maravilhoso, muito maravilhoso, é este filho da Terra.
- Glorioso, muito glorioso é este rei dos Céus.

- Aquele, que não tem nome, o chamou de Homem.
- E ele chamou O que não tem nome de Deus.

- Homem é a palavra de Deus.
- Deus é a palavra do Homem.

- Glória Àquele cuja palavra é Homem.
2º - Glória àquele cuja palavra é Deus.

- Agora e para sempre.
- Aqui e em toda parte.

Assim falaram os dois arcanjos no pólo superior do Universo,
na ocasião,independente do tempo,em que nasceu o Homem.

Ao mesmo tempo, dois arquidemônios,
no pólo inferior do Universo,estavam assim conversando:
Disse o primeiro arquidemônio:

Um valente guerreiro entrou para as nossas fileiras.
Com seu auxílio venceremos.
Disse o segundo arquidemônio:
Dize antes um covarde queixoso e manhoso.
E a traição está encerrada em sua cabeça.
É terrível na covardia e na traição.


- Impávido e selvagem é o seu olhar.
- Lamuriento e desanimado é o seu coração.
Mas inspira pavor pelo seu desânimo e suas lágrimas.

- Penetrante e perseverante é a sua mente.
- Vagaroso e estúpido é o seu ouvido.Mas é
perigoso na sua vagarosidade e na sua estupidez.

- Rápido e precisa é a sua mão.
- Hesitantes e preguiçosos são os seus pés.
Mas é terrível a sua preguiça e alarmante a
sua hesitação.

- Nosso pão será aço para os seus nervos.
Nosso vinho será fogo para o seu sangue.
- Ele nos apedrejará com as arcas dos nossos
pães e quebrará em nossas cabeças as bilhas
do nosso vinho.

- A sua concupiscência pelo nosso pão e a sua
sede pelo nosso vinho serão o seu carro na batalha.
- Com uma fome insaciável e uma sede inapagável,
ele se tornará inconquistável e provocará rebelião
em nosso acampamento.

- Mas a Morte será a condutora do carro.
- Com a Morte como condutora do carro,ele se
tornará imortal.

- Poderá a Morte levá-lo a algo que não seja a Morte?
- Ai! Tão exausta ficará a Morte de suas constantes lamentações
que acabará por levá-lo ao acampamento da Vida.

- Será a Morte traidora da Morte?
- Não. A Vida será fiel à Vida.

- Excitaremos o seu paladar com frutos raros e deleitosos.
- Ele ansiará por frutos que não crescem neste pólo.

- Seduziremos seus olhos e seu nariz com flores
lindas e fragrantes.
- Mas seus olhos buscarão outras flores e seu nariz
outras fragrâncias.

- E encantaremos os seus ouvidos com doces e distantes melodias.
- Mas os seus ouvidos estarão voltados para outros coros.

- O medo o acorrentará a nós.
- A Fé o libertará da dor.

- Encheremos o seu sono de sonhos misteriosos e
espalharemos sombras enigmáticas nas suas
andanças despertas.
- Sua fantasia desfará os mistérios e decifrará os enigmas.

- Poderemos contar com ele, como um de nós.
- Conta-o como sendo um de nós, se assim quiseres;
mas conta-o também como sendo contra nós.

- Pode ele, ser,ao mesmo tempo,a nosso favor e contra nós?
2 - Ele é um guerreiro solitário, no campo.
Seu único adversário é a sua sombra.
Conforme muda a sua sombra, muda a batalha.
Ele está conosco, quando sua sombra está diante dele.
Está contra nós,quando sua sombra está atrás.

- Não vamos manter, então, constantemente de costas para o Sol?
- Mas quem conservará, constantemente o Sol detrás dele?

- Este guerreiro é um enigma.
- Esta sombra é um enigma.

- Salve o cavaleiro solitário.
- Salve a sombra solitária.

- Salve ! Quando está conosco.
- Salve ! Quando está contra nós.

- Agora e para sempre.
- Aqui e em toda parte.

Assim falaram dois arquidemônios, no pólo inferior
do Universo,na ocasião,independente do tempo,em
que nasceu o Homem. "



*****

14º capítulo :

O LIVRO DE MIRDAD
Um Farol e um Refúgio -
de Mikhail Naimy]
Publicado sob orientação do
LECTORIUM ROSICRUCIANUM


******************************************************

* Pergunto aos amigos : Homem é TRINDADE em si ou no
tempo ?
Homem : o pai, a mãe e o filho.
Obs. Jesus também disse:
"Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?"
( Apontando a mão para os discípulos)
"Eis aqui minha mãe e meus irmãos.”
Porque TODO AQUELE que faz a vontade do meu Pai que está
no céu, ESTE é meu irmão, minha irmã e MINHA MÃE" -

Encontramos neste dois textos provas da REENCARNAÇÃO?

segunda-feira, 4 de maio de 2009

PLATO AGORA

28/07/07

AGORA SOMOS AGORA


AGORA SOMOS AGORA


Somos do mesmo tempo,idênticos,
o nosso sangue destilado no sacro momento da mais insólita união,

Somos porque somos semente,flores e frutos,
a mais bela criação

Somos o que somos porque piamente fomos o realizar da beleza
a mais sublime vontade destilada em cristalina e redentora taça.

Somos fiéis fractais condensados na aurora de imorredouras façanhas
exemplares do humanismo longamente sonhado na original paternidade

Quem nos vê a verdade admira de nossa simplicidade.
Nem sonha que somos um com a pura divindade.

Somos o que somos,assim meio deus,meio gente,algo estranho,
diferente do que antes existia.

E somos assim diferentes,meio deuses,meio gente,para provar ao mundo,
que a criação não tem rédeas,nem se compraz em feitura de meras feras,criaturas.

E se somos o que somos não o somos por acaso.

Sim,fomos feitos de lama mas de uma lama estelar,
preparada e cozida no coração ardente do astro mais quente do grande Pai,o dono da sementeira, a mina de todas as pedras,invulgares,preciosas,destinadas à coroa,honra da majestade incrustada na testa.

Quem pode negar esta ata se de tão Vera idade ,bem antes da grande explosão turbilhonasse a paixão bem antes de haver os mundos, seres e leis para conter os astros,contendas,colisões,festejos nos saraus ,festas divinas,olímpicas jogatinas de fanfarras doidivanas entre os deuses meninos?

Só quem lá coabitou,dormiu em leitos de ouro,mamou no peito da luz,pode te uma lembrança do que é felicidade e gracioso lembrar do que é ser ,ser filho da verdade.

Lembrar orgulhoso de ser dileto, mil vezes desejado,pontilhado por lápis da luz faceira,no leito real docemente embalado,em pleno estado de graça.

Podem todos duvidar,nada muda a bela história escrita no coração,
feito desenho de arte,arte e manha do Grande Arquiteto.

Falas,palavras,lembranças,novelos de fios singelos
dão -se em verbos,versos,poemas eternos pingam da forja pia e fiel,ao ritmo gracioso de cantares eternizados na ância de novas miragens,perpétuos,edificantes.

Quem do sarau divino ouve uma só sentença e nela vem meditar cala o choro velho repetido na criançada sedenta de maravilhas.

Este canto glorioso que parte do coro celeste ,reverbera incontinente , colorindo espaços aonde gravitam berçários de estrelas num bailar deslumbrante ao ritmo da harmonia - cativante nave que tudo abarca e transporta,semeia liberdade afora.

O eterno recital de astronômica estrutura ,sob a regência suprema tem por finalidade abrir veredas,caminhos na solidão infinita,apropriada à romper do caos as sementes,dispô-las em simetria nas rotas cadenciadas,aonde timbres e modos distintos se acasalam diferenças ,para fartos folguedos, mirar a dinâmica do significante significado em cada e toda semente enraizada nos céus

E a beleza doadora plasmada por ser sentida na potência imorredoura - doura na alma a latência no simplesmente acordar.

Ah, quem poderá resistir
ao som nascido no gozo quântico da dinâmica maestria?

A festa de viver chama ardente, proclama,convida cada elemento ao banquete se incorporar ,
ser alimento,iguaria,sustento para ali na mesa redonda
todos sedentos se ofertam deliciosos ao grande banquete ,
uníssonos,vibráteis integrados ao coro reverberante
clamando sustento e vida servida na taça transbordante de alegria.

Vem,venham os famintos,
os que têm sede de auroras,
de novas cenas ditosas ,
de substâncias perenes,
de festa infinda na alma!

Vem,mas vem desarmado,
sem medo de novas façanhas ,
sem modos e meios vulgares.
Vem para ser sempre a si mesmo
- outro bem-aventurado.

AGORA SOMOS AGORA
ΙΩΝ ( 28/07/07 )

sábado, 18 de abril de 2009

AÇÔES DA AVOSC - Balanço de 2007



09/04/2008 - Avosc apresenta balanço de 2007

A presidente da Associação das Voluntárias da Santa Casa (Avosc), Mônica Salles Moreira da Costa, apresentou balanço das atividades realizadas pela entidade ao longo de 2007 no Salão Nobre, nesta terça-feira (8). As 164 voluntárias trabalharam 27.291 horas, todas elas dedicadas ao paciente carente da Santa Casa. Na ocasião, as voluntárias receberam diplomas e estrelas pelas horas trabalhadas pela entidade.

Ao longo do ano, as senhoras da Avosc distribuíram gelatina para pacientes no ambulatório; promoveram bazar para arrecadação de dinheiro; entregaram medicamentos; e recuperaram brinquedos doados para serem depois ofertados às crianças da Pediatria.

A Avosc promoveu ainda a doação de alimentos (sucos e biscoitos); de aparelhos diversos (entre eles próteses e óculos); muletas; cadeiras de rodas e de banho; roupas e agasalhos; brinquedos; vales transporte; e exames diversos. Ao todo, 47.472 pacientes foram atendidos pela Associação. Outros 37 pacientes foram beneficiados com o Banco de Muletas da Avosc, que empresta o aparelho a pacientes para uso temporário.

A Associação Maternal de Amparo à Infância Iolanda Pentagna Guimarães (Amai) doou à Avosc enxovais para bebês que foram repassados aos recém-nascidos da Maternidade Hilda Brandão, durante todo o ano. As datas comemorativas (Festa Junina, Dia das Crianças e Natal) foram lembradas com distribuição de lanches e presentes.

Para a Santa Casa, as voluntárias doaram três cadeiras de rodas; roupas e agasalhos; 60 cadeiras para acompanhantes; aparelhos de TV e rádio; e banquetas, entre outros.

A voluntária Ilda Fragas Franco Moreira foi a que mais trabalhou em 2007, somando 1.081 horas e 30 minutos.

AÇÕES DA AVOSC - Balanço de 2007

www.santacasabh.org.br

09/04/2008 - Avosc apresenta balanço de 2007

A presidente da Associação das Voluntárias da Santa Casa (Avosc), Mônica Salles Moreira da Costa, apresentou balanço das atividades realizadas pela entidade ao longo de 2007 no Salão Nobre, nesta terça-feira (8). As 164 voluntárias trabalharam 27.291 horas, todas elas dedicadas ao paciente carente da Santa Casa. Na ocasião, as voluntárias receberam diplomas e estrelas pelas horas trabalhadas pela entidade.

Ao longo do ano, as senhoras da Avosc distribuíram gelatina para pacientes no ambulatório; promoveram bazar para arrecadação de dinheiro; entregaram medicamentos; e recuperaram brinquedos doados para serem depois ofertados às crianças da Pediatria.

A Avosc promoveu ainda a doação de alimentos (sucos e biscoitos); de aparelhos diversos (entre eles próteses e óculos); muletas; cadeiras de rodas e de banho; roupas e agasalhos; brinquedos; vales transporte; e exames diversos. Ao todo, 47.472 pacientes foram atendidos pela Associação. Outros 37 pacientes foram beneficiados com o Banco de Muletas da Avosc, que empresta o aparelho a pacientes para uso temporário.

A Associação Maternal de Amparo à Infância Iolanda Pentagna Guimarães (Amai) doou à Avosc enxovais para bebês que foram repassados aos recém-nascidos da Maternidade Hilda Brandão, durante todo o ano. As datas comemorativas (Festa Junina, Dia das Crianças e Natal) foram lembradas com distribuição de lanches e presentes.

Para a Santa Casa, as voluntárias doaram três cadeiras de rodas; roupas e agasalhos; 60 cadeiras para acompanhantes; aparelhos de TV e rádio; e banquetas, entre outros.

A voluntária Ilda Fragas Franco Moreira foi a que mais trabalhou em 2007, somando 1.081 horas e 30 minutos.


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AÇÕES DA AVOSC - Balanço de 2007




09/04/2008 - Avosc apresenta balanço de 2007

A presidente da Associação das Voluntárias da Santa Casa (Avosc), Mônica Salles Moreira da Costa, apresentou balanço das atividades realizadas pela entidade ao longo de 2007 no Salão Nobre, nesta terça-feira (8). As 164 voluntárias trabalharam 27.291 horas, todas elas dedicadas ao paciente carente da Santa Casa. Na ocasião, as voluntárias receberam diplomas e estrelas pelas horas trabalhadas pela entidade.

Ao longo do ano, as senhoras da Avosc distribuíram gelatina para pacientes no ambulatório; promoveram bazar para arrecadação de dinheiro; entregaram medicamentos; e recuperaram brinquedos doados para serem depois ofertados às crianças da Pediatria.

A Avosc promoveu ainda a doação de alimentos (sucos e biscoitos); de aparelhos diversos (entre eles próteses e óculos); muletas; cadeiras de rodas e de banho; roupas e agasalhos; brinquedos; vales transporte; e exames diversos. Ao todo, 47.472 pacientes foram atendidos pela Associação. Outros 37 pacientes foram beneficiados com o Banco de Muletas da Avosc, que empresta o aparelho a pacientes para uso temporário.

A Associação Maternal de Amparo à Infância Iolanda Pentagna Guimarães (Amai) doou à Avosc enxovais para bebês que foram repassados aos recém-nascidos da Maternidade Hilda Brandão, durante todo o ano. As datas comemorativas (Festa Junina, Dia das Crianças e Natal) foram lembradas com distribuição de lanches e presentes.

Para a Santa Casa, as voluntárias doaram três cadeiras de rodas; roupas e agasalhos; 60 cadeiras para acompanhantes; aparelhos de TV e rádio; e banquetas, entre outros.

A voluntária Ilda Fragas Franco Moreira foi a que mais trabalhou em 2007, somando 1.081 horas e 30 minutos.




sexta-feira, 17 de abril de 2009


ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO


ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO




Oração de São Francisco de Assis

Senhor,

Fazei de mim um instrumento de vossa Paz!

Onde houver Ódio, que eu leve o Amor,

Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão.

Onde houver Discórdia, que eu leve a União.

Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé.

Onde houver Erro, que eu leve a Verdade.

Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança.

Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria.

Onde houver Trevas, que eu leve a Luz!


Ó Mestre,

fazei que eu procure mais.

Consolar, que ser consolado.

Compreender, que ser compreendido.

Amar, que ser amado.

Pois é dando, que se recebe.

Perdoando, que se é perdoado e

é morrendo, que se vive para a vida eterna!

Amém .

COMO AJUDAR A AVOSC

Como Ajudar:
Este é um momento de superação e desafio para a manutenção das obras da AVOSC. Para isso, a Associação conta com a generosidade de todos aqueles que acreditam na construção de uma sociedade mais justa.

Para contato:
Associação das Voluntárias da Santa Casa
Endereço: Av. Francisco Salles, 1111
Telefone: (31)3222-3465
Telefax: (31)3213-5727
E-Mail: avosc@terra.com.br
CNPJ: 17508888/0001-70


segunda-feira, 13 de abril de 2009

POR QUE AMAMOS CLARICE

Por que amamos Clarice,
essa estrela que nos cala,como uma ladra do mais íntimo de nós?


PRECE

"Alivia a minha alma,
faze com que eu sinta que Tua mão está dada à minha,

faze com que eu sinta que a morte não existe porque na verdade já estamos na eternidade,

faze com que eu sinta que amar é não morrer,
que a entrega de si mesmo não significa a morte,

faze com que eu sinta uma alegria modesta e diária,

faze com que eu não Te indague demais, porque a resposta seria tão misteriosa quanto a pergunta,

faze com que me lembre de que também não há explicação porque um filho quer o beijo de sua mãe e no entanto ele quer e no entanto o beijo é perfeito,

faze com que eu receba o mundo sem receio, pois para esse mundo incompreensível eu fui criada e eu mesma também incompreensível, então é que há uma conexão entre esse mistério do mundo e o nosso, mas essa conexão não é clara para nós enquanto quisermos entendê-la,

abençoa-me para eu viva com alegria o pão que eu como, o sono que durmo,

faze com que eu tenha caridade por mim mesma, pois senão não poderei sentir que Deus me amou,

faze com que eu perca o pudor de desejar que na hora de minha morte haja uma mão humana amada para apertar a minha, amém."